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O mistério dos príncipes sauditas desaparecidos na Europa:bonus betpix
Inconsciente, ele foi levado para o aeroportobonus betpixGenebra e colocadobonus betpixum avião particular.
Anos depois, já exilado, Sultan fez um relato do episódio para uma corte na Suíça.
Serviço encerrado
No diabonus betpixque Sultan foi raptado, secretáriobonus betpixcomunicações dele, Eddie Ferreira, o esperavabonus betpixum hotel suiço junto com outros funcionários.
"Tentamos contatar o príncipe e não houve resposta. O dia foi passando e o silêncio se tornou ensurdecedor", conta Eddie. "Nós não conseguíamos falar com os seguranças — esse foi o primeiro sinal vermelho."
À tarde, dois visitantes inesperados apareceram. "O embaixador saudita na Suíça chegou com o gerente do hotel e simplesmente disse para a gente sair", diz Eddie. "Ele disse que o príncipe estavabonus betpixRiyadh (capital da Arábia Saudita) e que nossos serviços não seriam mais necessários."
Mas o que o príncipe Sultan havia feito parabonus betpixprópria família tê-lo drogado e raptado tão violentamente?
No ano anterior, ele tinha ido à Europa para um tratamento médico e havia começado a dar entrevistas nas quais fazia críticas ao governo saudita. Ele condenava o histórico do paísbonus betpixabusosbonus betpixdireitos humanos, condenava a corrupção entre príncipes e oficiais, e propunha uma sériebonus betpixreformas.
O país é governado por uma monarquia absolutista desde que foi fundado,bonus betpix1931, pelo rei Abdulaziz, conhecido Ibn Saud.
Arrastados
Com um alto cargo dentro da polícia saudita, o príncipe Turki bin Bandar chegou a ser responsável pela segurança da família real. No entanto, depoisbonus betpixuma disputa familiar acirrada sobre a herança, acabou sendo colocado na prisão. Quando conseguiu sair, fugiu para a França, onde começou a postar vídeos no YouTube pedindo por reformas na Arábia Saudita.
Os sauditas reagiram com a mesma atitude que tiveram com o príncipe Sultan: tentaram convencer Turki a retornar. Quando o ministro do interior, Ahmed al-Salem, ligou, o príncipe gravou a conversa e colocou na internet.
"Todos estamos ansiosos pelo seu retorno, Deus te abençoe", disse o ministro.
"Esperando meu retorno?", respondeu Turki. "E as cartas que seus oficiais me enviaram dizendo 'seu filho da puta, nós te arrastaremosbonus betpixvolta como fizemos com Sultan'?".
O ministro responde: "Eles não vão encostarbonus betpixvocê. Eu sou seu irmão."
"Não, as cartas são suas. O ministro do interior que as mandou", diz Turki.
O príncipe continuou publicando vídeos até julhobonus betpix2015. Depois,bonus betpixalgum momento do ano seguinte, ele desapareceu.
"Ele me ligava uma vez por mês", diz seu amigo Wael al-Khalaf, que é ativista e blogueiro. "De repente ele sumiu por quatro ou cinco meses. Eu fiquei desconfiado. Aí ouvibonus betpixum oficial da monarquia que Turki bin Bandar estava com eles. Então concluí que ele tinha sido sequestrado."
Um artigobonus betpixum jornal do Marrocos da época dizia que Turki estava voltando para a França depoisbonus betpixuma visita ao país quando foi preso. Então, seguindo um pedido das autoridades sauditas, foi deportado com a aprovação da justiça marroquina.
Ainda não se sabe com certeza o que aconteceu com Turki bin Bandar. Antesbonus betpixseu desaparecimento, ele deu a seu amigo Wael a cópiabonus betpixum livro que ele havia escrito, na qual ele deixou uma nota:
"Querido Wael, essa declaração não deve ser compartilhada a não ser que eu seja sequestrado ou assassinado. Eu sei que eles vão me raptar ou me matar. Também sei que vão abusar dos meus direitos e dos direitos do povo saudita."
Na mesma épocabonus betpixque o príncipe Turki sumiu, outro membro da realeza, Saud bin Saif al-Nasr, também desapareceu. Ele tinha relativamente pouca importância dentro da família e um gosto por cassinos europeus e hotéis caros.
Em 2014, Saud começou a postar críticas à monarquia saudita no Twitter. Ele pedia que os oficiais que haviam apoiado a queda do presidente egípcio, Mohammed Morsi, fossem processados.
Em setembrobonus betpix2015, quando duas cartas anônimas, supostamente escritas por algum membro da realeza, clamavam por um golpe para remover o rei Salman, Saud os apoiou publicamente – foi o único membro da realeza a fazê-lo. Isso é equivalente à traição, e pode ter sido o que selou seu destino.
Depoisbonus betpixalguns dias, ele postou: "Clamo para que a nação transforme o conteúdo dessas cartasbonus betpixpressão popular". Depois disso, suas publicações pararam.
Outro dissidente, o príncipe Khaled bin Farhan, que fugiu para a Alemanhabonus betpix2013, acredita que Saud foi enganado e convencido a embarcarbonus betpixum vôobonus betpixMilão para Roma para discutir um negócio com uma companhia Russo-Italiana que queria abrir filiais no golfo.
"Um jatinho particular da empresa levou o príncipe Saud, mas não pousoubonus betpixRoma. Pousoubonus betpixRiyadh", diz Khaled. "A agênciabonus betpixinteligência saudita tinha inventado a operação toda", afirma. "Seu destino é o mesmo que obonus betpixTurki: uma prisão clandestina".
Exílio
Já o príncipe Sultan, que estava acima na hierarquia da família real, vivia entre a cadeia e a prisão domiciliar. Mas quandobonus betpixsaúde começou a se deteriorar,bonus betpix2010, ele recebeu permissão para buscar tratamento médicobonus betpixBoston, nos EUA.
Na segurança do exílio, ele entrou com uma ação criminal na justiça da Suíça acusando o príncipe Abdulaziz e o xeque Saleh al-Sheikhbonus betpixresponsabilidade por seu sequestrobonus betpix2003.
Seu advogado americano, Clyde Bergstresser, conseguiubonus betpixficha médicabonus betpixum hospitalbonus betpixRiyadh, onde Sultan havia sido admitidobonus betpix2003. O documento atestava que um tubo havia sido colocado embonus betpixboca para ajudá-lo a respirar enquanto estava anestesiado, e que um dos ladosbonus betpixseu diafragma estava paralisado como resultado do ataque.
Foi a primeira vez que um membro importante da realeza entrou com uma ação criminal contra outro familiar, ainda por cimabonus betpixuma corte ocidental.
Bergstresser diz, no entanto, que as autoridades suíças mostraram pouco interesse no caso.
"Nada foi feito para investigar o que aconteceu no aeroporto", diz ele. "Quem eram os pilotos? Quais eram os planosbonus betpixvôo quando esses aviões da Arábia Saudita chegaram? O rapto aconteceubonus betpixsolo suíço e ébonus betpixse imaginar que haveria interessebonus betpixdescobrir o que aconteceu."
Em janeirobonus betpix2016, Sultan estavabonus betpixParis e foi convencido a embarcarbonus betpixum avião.
Ele planejava visitar seu pai – que também era crítico ao governo saudita – no Cairo, quando o consulado da Arábia Saudita ofereceu um jato particular a ele e seus 18 acompanhantes – incluindo um médico, enfermeiras e seguranças dos EUA e da Europa.
Apesar do que havia acontecido com elebonus betpix2003, Sultan aceitou. Doisbonus betpixseus acompanhantes contaram o que aconteceubonus betpixseguida – mas pediram para não serem identificados.
"Era um avião enorme. Foi estranho porque havia muitos tripulantes a bordo, todos homens", diz um deles.
O avião decolou com os monitores dizendo que o destino era o Cairo. Mas depoisbonus betpixcercabonus betpixduas horas no ar, os monitores apagaram.
O príncipe Sultan estava dormindobonus betpixseu compartimento privado, mas acordou uma hora antes do pouso. "Ele olhou pela janela e ficou ansioso", descreve um dos acompanhantes.
Quando ficou evidente que estavam prestes a pousar na Arábia Saudita, Sultan começou a socar a porta da cabine do piloto e gritar por ajuda. Um tripulante mandou os funcionários do príncipe permanecerembonus betpixseus assentos.
"Olhamos pela janela e vimos um grupobonus betpixpessoas com rifles cercar o avião", diz um dos funcionários.
De acordo com os relatos, os soldados e os tripulantes arrastaram Sultan para fora do avião. Ele gritava para que seus funcionários ligassem para a embaixada americana.
O príncipe e seus médicos foram levados para uma vila e ficaram sob vigilância armada. Os outros aguardavam no avião, nervosos. Depois foram levados para um hotel, onde ficam presos por três dias sem passaportes ou acesso a telefone. Mais tarde, receberam permissão para tomar um vôo para o destino que desejassem.
Antesbonus betpixsaírem, um oficial saudita, reconhecido como um dos "tripulantes" do vôo, pediu desculpas. "Ele disse que estávamos no lugar errado na hora errada. E que ele sentia muito pelo inconveniente", diz o servidor.
O outro funcionário complementa: "Não foi um inconveniente, eu fui sequestrado! Fui preso contra a minha vontadebonus betpixum país para o qual eu não queria ir."
Foi uma situação excepcional: 18 estrangeiros tinham sido raptados, levados para a Arábia Saudita e mantidos sob a guardabonus betpixmilitares.
Depois desse evento, não houve mais notícias do príncipe Sultan.
Questionado pela reportagem, o governo da Arábia Saudita preferiu não comentar.
O príncipe Khaled, que atualmente está exilado na Alemanhã, tem medobonus betpixtambém ser forçado a retornar à Riyadh. "Havia quatro membros da família real na Europa. Todos nós criticávamos a família e a maneira como ela governava nosso país. Três foram sequestrados. Sou o único que sobrou", diz ele.
"Tenho certeza que sou o próximo da lista. Se pudessem me sequestrar, já o teriam feito. Eu não tenho liberdade, preciso ser cauteloso o tempo todo."
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