Por que a China não quer que suas grandes empresas invistam no exterior:roleta online aleatoria

Yuan

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O governo chinês quer manter mais divisas no país com vistasroleta online aleatoriafortalecer o yuan como uma moeda internacional
O vice-presidente dos Estados Unidos, John Kerry, com empresários chineses

Crédito, SAUL LOEB

Legenda da foto, A China quer investir milhões no exterior, masroleta online aleatoriasetores específicos

Os técnicos então avaliaram que o melhor a ser feito era demolir o edifício e reconstruí-lo. A prefeituraroleta online aleatoriaMadri, porroleta online aleatoriavez, reagiu firmemente: se tratavaroleta online aleatoriaum dos edifícios mais emblemáticos da cidade e estava protegido pela legislação como patrimônio histórico.

A Wanda prometeu que a reconstrução respeitaria o projeto original. Mesmo assim, o governo local insistiu que a fachada do prédio fosse preservada, embora isso nunca tenha sido feito antes, e especialistas não pudessem garantir que a obra fosse ser bem sucedida, diante do tamanho do edifício.

Três anos depois, Wanda entregou os pontos e pôs o imóvel à venda. Segundo a imprensa chinesa, a aventura espanhola custou ao empresário cercaroleta online aleatoriaUS$ 30 milhões (cercaroleta online aleatoriaR$ 100 milhões).

Compras compulsivas

Edifício Espanha

Crédito, GERARD JULIEN

Legenda da foto, O edifício Espanha,roleta online aleatoriaMadri, é um exemplo do receio do governo chinês com investimentos arriscados

Nos últimos anos, empresas chinesas protagonizaram uma ondaroleta online aleatoriacompras ao redor do mundo.

A China - que tenta ser uma economiaroleta online aleatoriamercado, mas sem renunciar aos rígidos controles governamentais- reduziu restrições para investimentosroleta online aleatoriaempresas chinesas no exterior na última década.

O objetivo era evitar que as reservasroleta online aleatoriadivisas estrangeiras no país chegassem a um volume incontrolável e também facilitar a aquisiçãoroleta online aleatoriarecursos e tecnologia que permitissem às empresas crescer.

Mas essa etapa parece estar chegando ao fim, já que o governoroleta online aleatoriaXi Jinping começou, no ano passado, a impor limites que foram ainda mais reforçados na última semana.

"Ele pediu ao setor bancário para ficar alerta para o bemroleta online aleatoriatodos os chineses", disse à BBC Kent Deng, professorroleta online aleatoriaHistória da Economia da London School of Economics.

O organismo responsável pelo setor bancário determinou que os bancos avaliassem como estão expostos às grandes empresas, ou seja, que consequências sofreriam, caso essas companhias entrassemroleta online aleatoriacrise.

As autoridades não informaram exatamenteroleta online aleatoriaque empresas se tratavam, mas as ações da Wanda e dos grupos Fosun e HNA começaram a cair dias depois.

"O dinheiro deve permanecer na economia nacional. Qualquer quantia grande que saia das fronteiras está sujeita ao controle do regulador financeiro desde o último dia 1ºroleta online aleatoriajulho", disse Deng.

Investimentos irracionais

Xi Jinping e Ángela Merkel

Crédito, Pool

Legenda da foto, O governo recomendou aos bancos avaliarem o risco trazido por algumas empresas

Somenteroleta online aleatoria2016, os investimentos chineses no exterior cresceram para maisroleta online aleatoriaUS$ 169 bilhões (cercaroleta online aleatoriaR$ 550 bilhões) no ano, segundo dados do centroroleta online aleatoriaestudos American Enterprise Insitute (AEI).

Neste ano, a quantidaderoleta online aleatoriainvestimentos anunciados foi ainda maior. Mas quantidade e qualidade são coisas diferentes, e o padrão qualitativo desses aportes não convenceu as autoridades asiáticas.

Segundo o jornal Washington Post, o ministro chinês do Comércio, Zhong Shan, qualificou os investimentos feitos no ano passado como "cegos e irracionais".

Embora tenha admitido que poucas empresas tivessem cometido esses "erros", ele foi contundente: "Algumas já pagaram o preço."

O ministro ainda lamentou que diversas empresas "tiveram impacto negativo na nossa imagem nacional".

O presidente do Banco Popular Chinês foi mais explícito, e afirmou que essas empresas não cumpriam exigências e políticas para investimentos no exterior, já que visavam a setores "que não trazem muito benefício à China", como esportes e entretenimento.

"Projetosroleta online aleatoriainvestimento como estes são vistos como um vazio legal para lavagemroleta online aleatoriadinheiro e saídaroleta online aleatoriacapitais", disse Deng.

Uma moeda internacional

Jogadores do Atleticoroleta online aleatoriaMadri

Crédito, Gonzalo Arroyo Moreno

Legenda da foto, O grupo Wanda é proprietárioroleta online aleatoria20% do time do Atléticoroleta online aleatoriaMadri

A China quer evitarroleta online aleatoriaseu território situações como as que viveu o Japão ou os Estados Unidos.

Por exemplo, empresas americanas acumulam cercaroleta online aleatoriaUS$ 2,6 trilhões no exterior (cercaroleta online aleatoriaR$ 8,5 trilhões), segundo a consultoria Capital Economics. Trata-seroleta online aleatoriadinheiro obtido pelos lucrosroleta online aleatoriasuas operações no exterior e que não foi repatriado para evitar a cobrançaroleta online aleatoriaimpostos por autoridades fiscais americanas.

"As reservasroleta online aleatoriadivisas estrangeiras na China caíram muito rapidamente e são necessárias para dar apoio ao yuan na tentativaroleta online aleatoriatorná-lo uma moeda internacional", afirma Deng.

Apesar das advertências e medidas chinesas, algumas empresas continuaram anunciando investimentos. Algo que, segundo Deng, acabaram tendo que cancelar.

"Os investimentos recentes serão cancelados pelo Estadoroleta online aleatoriaforma unilateral", disse.

"Empresas chinesas pararam com essa ondaroleta online aleatoriacompras descontroladas. Na verdade, aquelas firmas bem informadas e conectadas completaram antes do fimroleta online aleatoria2016 todas as compras que interessavam", garantiu.

Para ele, as restrições anunciadas pelo governo são "muito pequenas e chegam tarde demais".

Estrada na África

Crédito, LAUDES MARTIAL MBON

Legenda da foto, A China quer investirroleta online aleatoriaprojetosroleta online aleatoriainfraestrutura, como esta estrada que construiu na África

Então por que a China impulsiona uma campanharoleta online aleatoriainvestimentos globais para a qual destina milhõesroleta online aleatoriadólares?

Porque o país asiático quer ter operações no exterior, masroleta online aleatoriasetores que lhe interessam. A Nova Rota da Seda está dedicada a investimentosroleta online aleatoriainfraestrutura.

"A maioria desses projetos ajudam a China a exportar o seu excedenteroleta online aleatoriaaço, cimento, locomotivas, navios, barcos e contêineres. Estes são os projetos que se promovem nas mais altas esferas", concluiu Deng.