Com apoio menor após eleição, premiê britânica teráwikipedia bwin'suavizar' Brexit?:wikipedia bwin

Londres

Crédito, AFP

Uma das principais questõeswikipedia bwinjogo é a relação do Reino Unido com a União Europeia após o Brexit. De um lado, há a visão do que vem sendo chamadowikipedia bwin"Brexit duro" - que vinha sendo defendido por May -,wikipedia bwinabandonar por completo o mercado comum e restringir a liberdadewikipedia bwincirculaçãowikipedia bwinpessoas com passaporte europeuwikipedia bwinterritório britânico. Do outro, está a ideiawikipedia bwinum Brexit mais "suave",wikipedia bwinque o país mantém laços com a UE e o acesso - mesmo que limitado - ao mercado comum, oferecendowikipedia bwintroca algum tipowikipedia bwinliberdadewikipedia bwincirculação para cidadãos não britânicos.

Até mesmo os ministros que apoiam o Brexit concordam que um governo com apoio parlamentar minoritário teráwikipedia bwinmudarwikipedia bwintom. É possível esperar uma abordagem mais branda,wikipedia bwinbuscawikipedia bwinum consenso - que incluisse até mudanças sugeridas pela oposição.

Questões fundamentais

Mas será que o revés eleitoralwikipedia bwinMay a forçará a considerar uma meia-volta no Brexit - decididowikipedia bwinum plebiscito no ano passado?

Na terça-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, dissewikipedia bwinencontro com May que a possibilidadewikipedia bwino Reino Unido permanecer na UE é uma opção que pode ser considerada pelo menos durante os dois anoswikipedia bwinnegociação do Brexit (que começarão formalmentewikipedia bwin19wikipedia bwinjunho).

Mas o governo britânico insiste que não vai voltar atrás no Brexit. Segundo ministros ouvidos pela BBC, é possível que o governo agora se esforce para negociar o máximo possívelwikipedia bwinacesso do Reino Unido ao mercado comum europeu no pós-Brexit.

E, levando-sewikipedia bwinconta a "mensagem" passada pelos eleitores britânicos nas urnas na semana passada, maiswikipedia bwin80% do público votou para os dois principais partidos - e ambos, Conservador e Trabalhista, prometeram abandonar a livre circulaçãowikipedia bwinpessoas e o livre comércio da União Europeia.

No momento, May negocia com o partido norte-irlandês DUP (Partido Unionista Democrático, que obteve 10 assentos parlamentares na eleição)wikipedia bwinbuscawikipedia bwinapoio para composiçãowikipedia bwinseu governo ewikipedia bwinmais capital político.

Mesmo assim, a aritmética parlamentar ainda é preocupante para May, o que significa que ela precisa ouvir mais outros partidos - e também que está mais vulnerável à pressão deles.

Macron e Theresa May, nesta terça-feira

Crédito, EPA

Legenda da foto, Macron disse que portas estão abertas para britânicos renegociarem saída da UE

Um argumento fácilwikipedia bwinser defendido é owikipedia bwinque a comissão que debate o Brexit precisa ter representanteswikipedia bwintodos os partidos. Isso poderia ser uma ferramenta política para Theresa May fazer parecer que está ouvindo todos os lados. A ideia não está sendo rejeitada, mas tampouco encorajada no governo. E quem está lá dentro sabe como projetos assim podem se mostrar inúteis.

Já existe, por exemplo, a comissão para discutir a situação do Brexit entre as quatro nações que fazem parte do Reino Unido (Inglaterra, Paíswikipedia bwinGales, Irlanda do Norte e Escócia). Algumas pessoas próximas desse processo garantem que ele não avançou muito até agora. E anoswikipedia bwindiscussãowikipedia bwinuma comissão para debater o NHS (sistema britânicowikipedia bwinsaúde pública, equivalente ao SUS) também não foram efetivos.

Theresa May não é uma pessoa que confia facilmente nos outros. Na verdade, não seria muito do estilo dela dialogar com cada partidowikipedia bwinmaneira formal - e, mais do que isso, não está claro se as lideranças trabalhistas,wikipedia bwinoposição, iriam querer esse tipowikipedia bwinaproximação com ela.

Mas a realidade dos números do Parlamento mostra que ela é forçada a levarwikipedia bwinconsideração todas as opiniões, ou seu governo irá cair. Não há dúvidaswikipedia bwinque haverá discussões sobre como será feito o Brexit e sobre se um novo processo deveria começar ou não. Parece provável que agora governo e oposição passem a se conhecer muito melhor.

Mas trabalhar junto com outros partidos significará para May "cortar suas próprias asas" - e é importante lembrar que ela não é só vulnerável para a oposição, mas também para seu próprio lado.