O país onde absorventes internos podem causar alertaservice client vbetsegurança:service client vbet

service client vbet Uma repórter da BBC passou por uma situação inusitada - e um pouco constrangedora - no aeroporto do Cairo por causaservice client vbetum absorvente interno que carregava consigo. Aqui, Claire Read conta o que aconteceu:

O sistemaservice client vbetsegurançaservice client vbetlá começa já na porta que leva aos terminais. Apenas passageiros podem entrar neles. Então, antes mesmo do check-in, já há controlesservice client vbetraio-X, passaportes e passagens.

Foi num desses controles que fui chamada para uma revista mais detalhada. Uma mulherservice client vbetuniforme passou suas mãos pelo meu corpo e depois apontou para uma pequena protuberância que encontrou no bolso direito da minha jaqueta jeans. Era algo pequeno,service client vbetformaservice client vbetuma balaservice client vbetrevólver.

A guarda apontou e me perguntouservice client vbetárabe egípcio: "O que é isso?"

Na hora, disse que não era nada, tentei explicar….achava que era um lenço. Mas quando tirei do bolso, para o meu desespero, percebi que estava segurando um absorvente interno na frente dela. Ela ergueu as sobrancelhas e parecia perplexa. Perguntouservice client vbetnovo: "O que é isso?".

Aí foi minha vezservice client vbeterguer as sobrancelhas.

"Humm", comecei, sem saber muito bem o que dizer. "É para aqueles momentos, sabe…"

Eu já fiz entrevistas capciosas com candidatos à Presidência do Egito e com outros porta-vozes do governo, mas desta vez, fiquei sem palavras. "É para aquele período todo mês…", continuei, ainda sem saber como lidar com a situação.

"É para a menstruação", disseservice client vbetárabe. Ao que a segurança respondeu: "E como você usa?".

Aqui fiquei envergonhadaservice client vbetvez e meu rosto ficou vermelho. Agradeci aos céus por estar viajando sozinha.

Expliquei o princípioservice client vbetfuncionamento do absorvente e, mais uma vez, ela parecia perplexa tentando entender como esse pequeno objeto branco poderia ser capaz dessa função.

Minha mala, enquanto isso, saiu do raio-X e outro segurança, homem desta vez, estava esperando para me fazer perguntas sobre os fios e microfones que estavam nela.

Perguntei à mulher que me questionava se ela gostariaservice client vbetver as instruções da caixa dos absorventes internos - eu tinha isso na minha mala. Ela me olhou admirada: "Você tem mais desses? Temos que passá-los separadamente no raio-X".

Absorventes internos não são considerados uma opção para as mulheres no Egito, porque eles temem que isso possa acabar com a virgindadeservice client vbetuma mulher - ou romper seu hímen.

O que aconteceu no aeroporto é, na verdade, uma reação muito comum das mulheres egípcias quando são apresentadas a um absorvente interno ou quando descobrem como eles funcionam.

Eu passei por uma situação semelhante quando ofereci um desses a uma colega no trabalho e ela negou com veemência após entender como funcionava. Eu mostrei a ela um vídeo com instruções sobre como usar o absorvente que também a deixou perplexa. E quando contava essa história para outras amigas egípcias ou estrangeiras vivendo no Egito, eu vivi a mesma coisa, com as reaçõesservice client vbetperplexidade e as inúmeras perguntas.

A faltaservice client vbetinformação domina as mulheres do país. Educação sexual é assunto somente para os pais tratarem e, quando se falaservice client vbetpuberdade na escola, isso normalmente acontece quando algumas das meninas já começaram a menstruar.

Até a língua reflete o tratamento que dão a esse tiposervice client vbetassunto no Egito - a matéria é denominada ma'ib, que significa "vergonhoso". Mulheres preferem usar palavrasservice client vbetinglês, porque simplesmente não houve o desenvolvimentoservice client vbetexpressões coloquiais egípcias - o que sobra para tocar no assunto são palavrasservice client vbetinglês ou termos árabes "oficiais".

Absorventes internos não são nem temaservice client vbetdiscussão no Egito. Principalmente por causa do medoservice client vbetque levem à perda da virgindade na mulher.

Isso provoca situações esquisitas até mesmo nas farmácias. Uma amiga me contou que uma vez perguntaram se ela era casada antesservice client vbetlhe mostrarem os absorventes. A imprensa nacional também acaba fomentando esses mal-entendidos - por exemplo, um artigo recente trazia três mães discutindo os perigos dos absorventes internos.

Mas como diz a egípcia-britânica Shereen el Feki, ativistaservice client vbetdireitos das mulheres, há diversas questões complexas ligadas ao uso desse tiposervice client vbetabsorvente no país: o controle do próprio corpo, mobilidade e o medo que envolve a perda da virgindade antes do casamento, por exemplo. Ela acredita que a medição da extensãoservice client vbetseu uso poderia ser usada pela ONU como termômetro do nívelservice client vbetemancipação das mulheresservice client vbetcada país.

De volta à entrada do aeroporto do Cairo, o segurança queria analisar cada pedaço do meu kitservice client vbetrádio, mas a segurança tinha uma questão mais importante que a dele. Ela jogou minha caixaservice client vbetabsorventes internos para as mãos dele chorando. "Olha só quantos ela tem! Acho que precisamos passá-losservice client vbetnovo pelo raio-X". Ele concordou e dito e feito, tudo foi passado novamente pelo raio-X, enquanto ela olhava as instruçõesservice client vbetuso na caixa.

Ela me devolveu os absorventes, aproximou-seservice client vbetmim e perguntouservice client vbetvoz baixa: "É possível conseguir isso no Egito?".

Eu disse que sim e deixei as instruçõesservice client vbetuso com ela. Ela aceitou, e eu, depois, me arrependiservice client vbetnão ter dado alguns absorventes também.

Agora, sempre lembroservice client vbetmanter um desses no meu bolso quando vou passar pela segurança do aeroporto para levar o assunto a mais e mais mulheres por lá.