'Eles saberão que as mulheres não ficarão caladas': brasileira denuncia abuso sexualbetano bônus grátishostel na Tailândia:betano bônus grátis
betano bônus grátis Leia seu depoimento à BBC Brasil:
Estava fazendo uma viagem pelo sudeste asiático. Cheguei à Tailândia no dia 26betano bônus grátismaio e fui a um albergue que era super-renomadobetano bônus grátistodas as redes sociais, um "party hostel". Cada quarto tem cercabetano bônus grátis10 cubículos. As camas são fechadas nas laterais e só é possível a entrada e saída atravésbetano bônus grátisum acesso protegido por uma cortina, onde ficam os pés da cama.
Saí naquela noite. Fui à uma festa e voltei sozinha ao albergue por voltabetano bônus grátis1h da manhã. Deitei no meu cubículo e dormi. Acordei, assustada, quando senti um carabetano bônus grátiscimabetano bônus grátismim, colocando a mão dele dentro da minha vagina. Quando percebi o que estava acontecendo, gritei para ele sair. Ele disse que ia enfiar o pênis dentrobetano bônus grátismim. Comecei a chutá-lo e ele saiu.
Pela manhã, expliquei a uma pessoa encarregada do albergue que havia sido vítimabetano bônus grátisabuso sexual. Ela perguntou se eu queria ir à polícia, mas naquele momento eu estava abalada, queria desaparecer.
O gerente foi chamado e eu pedi os dados do meu agressor, um indiano. Ele me pediu que eu preservasse o nome do albergue caso eu decidisse escrever nas redes sociais o que havia acontecido. Essa era a única preocupação dele. Fiquei indignada. Peguei minha mala e me hospedeibetano bônus grátisoutro hotel.
Contei o que havia acontecido à minha família e publiquei um post no Facebook relatando o abuso. Meu post repercutiu muito. Nunca imaginei que seria assim. Quando publiquei, minha intenção erabetano bônus grátisque todas as pessoas conhecidas soubessem do ocorrido. Queria transformar essa história horrívelbetano bônus grátisum alerta para outras pessoas.
Decidi formalizar a denúncia contra o abusador. Fui à polícia turística e encontrei uma oficial que me orientou a fazer a denúncia na delegacia. Da delegacia fui encaminhada ao hospital para fazer exames. O médico disse que minha vagina tinha um corte, estava um pouco inchada. Aquilo não provava nada, claro.
Fui encaminhada a uma psiquiatra. Ela assinou um laudo que confirmava que eu havia sido vítimabetano bônus grátisabuso sexual. Isso permitiu que os policiais locais finalmente me levassem a sério.
Prestei depoimento na delegacia por maisbetano bônus grátiscinco horas. Me perguntaram quantos dedos o cara colocou na minha vagina. A policialbetano bônus grátisturismo estava comigo e traduzia tudo. Foi um processo lento e desgastante.
Por meio do Facebook, duas pessoas me alertaram terem visto o estuprador na ilhabetano bônus grátisKho PhiPhi. Um deles tirou uma foto do agressor e me enviou o endereço onde ele estava hospedado. Passei as informações à polícia. Tremi e chorei. As redes sociais me salvaram.
No dia seguinte, fui informadabetano bônus grátisque ele já estava sob custódia policial. Fui à delegacia acompanhadabetano bônus grátistrês policiais mulheres. Tive que confirmar que aquele jovem sorridente que conversava com os oficiais tinha me violentado. Senti medo e repulsa e preferi que ele não me visse.
No depoimento, ele teria dito que estava bêbado, que se sentou na beirada da minha cama e colocou a mão na minha perna e então eu lhe disse "vai embora, vai embora". Essa foi a versão dele. Ele insistiubetano bônus grátisfalar comigo na delegacia, mas não aceitei.
A advogada do renomado albergue apareceu na delegacia e me informou que posso ser processada pela postagem feita no Facebook caso não cheguemos a um acordo. Eles alegam que o trabalho deles foi afetado pelo que eu disse.
Mas foi a minha postagem que me permitiu encontrar meu agressor. Agora quero que o hostel pensebetano bônus grátiscomo agir para evitar que isso se repita, ou seja, usar o meu caso a favor da sociedade.
O processo contra o meu agressor ainda estábetano bônus grátisandamento. Os oficiais me informaram que ele será levado à corte tailandesa e terá que ficar um mês preso. Se optar por pagar uma fiançabetano bônus grátis200 mil baths, cercabetano bônus grátisUS$ 6 mil, poderá aguardarbetano bônus grátisliberdade o julgamento, mas não poderá sair da ilhabetano bônus grátisKrabi nem do país.
Depoisbetano bônus grátisum mês ele será levado novamente à corte. Se assumir o que fez terábetano bônus grátiscumprir uma pena. Não sabemos por quanto tempo. Se não assumir, terábetano bônus grátisficarbetano bônus grátisKrabi até que o caso seja resolvido.
Para mim é uma vitória. Algumas pessoas disseram que seria muito difícil levar isso adiante porque eu não tinha testemunhas ou provas. Mas eu tinha que fazer alguma coisa, encorajar a outras mulheres que já passaram por isso ou alertar as que ainda serão vítimasbetano bônus grátisabuso.
Não podemos ter vergonhabetano bônus grátis"o que as pessoas vão pensarbetano bônus grátismim?", não. Somos vítimas.
Eu poderia estar desmaiadabetano bônus grátisbêbada, pelada, não importa. Muita gente não conta ter sido vítimabetano bônus grátisabuso sexual e eu entendi o porquê. Foi muito sofrido. Porém, se nos mantivermos fortes, é possível.
Denunciar pode inibir a açãobetano bônus grátisestupradores. Eles saberão que as mulheres já não ficarão caladas e eles terãobetano bônus grátispagar pelo o que fazem.
Acredito que denunciar ajuda, sim, a diminuir a cultura do estupro. Não podemos, alémbetano bônus grátisser vítimas, assumir um papelbetano bônus grátisterapeuta do agressor. Quanto mais a palavra estupro sair, mais ajudamos a romper o tabubetano bônus grátisfalar sobre isso. Quanto mais exposto, mais fácil será combater e caminhar contra a cultura da violação sexual.