Sequestro e assassinatobet maciçomenino por técnico que o tratava como filho chocam Uruguai:bet maciço
Sem permissão da mãe, Sierra foi buscá-lo na escola na quinta-feira. Foi a última vez que se teve notícia deles - até o sábado, quando os dois foram encontrados sem vida a 150 kmbet maciçoMontevidéu, capital do país.
Sierra atirou contra o menino e depois se matou, segundo confirmou o chefebet maciçopolícia da cidade Maldonado, onde os dois viviam.
De acordo com a imprensa uruguaia, autoridades responsáveis pelo caso comentaram que a autópsia preliminar do corpo do menino indicaria sinaisbet maciçoviolência sexual "não recentes", mas aguardam o resultadobet maciçoum exame mais detalhado para se pronunciar oficialmente.
Unidos pelo futebol
Felipe era filhobet maciçoum conhecido ex-jogadorbet maciçofutebol, Luis Romero, que era um "pai ausente", segundo dissebet maciçomãe, Alexandra Pérez, ao jornal El País do Uruguai. "Não era tanto assim", refutabet maciçotia à BBC Mundo.
Sierra e Felipe se conhecerambet maciço2015, por meio da equipe infantil do Club Defensorbet maciçoMaldonado. Sierra era o técnico da equipebet maciçoque o menino jogava.
Apesarbet maciçoSierra ter ficado a cargo do grupo do qual Felipe fazia parte por pouco tempo, eles desenvolveram uma relação próxima.
"Ele levava e trazia Felipe dos treinos, das partidas, andavam juntos para todos os lados, ele o tratava como se fosse seu filho, e Felipe o tratava como se fosse seu pai. Por maisbet maciçouma vez, Felipe o chamoubet maciçopapai", diz Myriam Sosa, dirigente do Club Defensor Maldonado responsável pela divisão infantil.
Atébet maciçomorte, Sierra ainda trabalhava como técnico. Ele se apresentava como um "amigo da família" conta Sosa, e, por isso, ninguém estranhava tanta proximidade entre ele e o garoto.
"Fernando sempre foi uma pessoa tranquila, muito correto, muito educado com os pequenos, muito respeitoso. Ninguém podia pensar que algo assim aconteceria", diz Sosa.
Sierra participavabet maciçoreuniões na escolabet maciçoFelipe, o levava e buscava depois das aulas e até mesmo viajoubet maciçoférias ao Brasil com o garoto, com a permissãobet maciçoseus pais.
A tia do menino diz que o pai autorizara a viagem porque a ideia original era que família toda fosse junta - ou seja, Felipe,bet maciçomãe,bet maciçoirmã e Sierra.
'Eu me mato'
O treinador se tornara a figura paternabet maciçoFelipe, até que, depoisbet maciçoalgumas viagens que fizeram juntos, a psicóloga do menino chamou a mãe do garoto para conversar.
"Ela notou sinaisbet maciçoque algo não estava bem com Felipe", contou a mãe do garoto ao El País. Foi recomendado que ela não deixasse mais o menino sozinho com o treinador.
A mãebet maciçoFelipe decidiu confrontar Sierra. Na quarta-feira, enquanto seu filho treinava, ela chamou Sierra para conversarem a sós.
"Veja bem, Fernando, as psicólogas me alertaram que não pode voltar a ficar sozinho com Felipe. Entenda como queira. Mas precisa aceitar o que estou te pedindo. Por favor", disse ela, como relatado ao El País.
"Se não posso mais ver o Felipe, eu me mato", foi a resposta do treinador, segundo a mãe do menino.
Na quinta-feira, ele foi buscá-lo na escola. Ninguém estranhou, pois era comum.
O pior desfecho
O caso mobilizou o Uruguai. Foram criadas campanhasbet maciçoredes sociais, e os amigos da família se ofereceram como voluntários para participar das buscas por Felipe.
O próprio Ministério do Interior se encarregoubet maciçodar a triste notícia. "A busca pelos desaparecidos teve o pior desfecho", comunicou embet maciçoconta no Twitter.
"Lamentavelmente, na manhãbet maciçohoje, uma equipe localizoubet maciçoVilla Serrana os corpos sem vida."
A notícia deixou a todos na cidadebet maciçoMaldonado sem chão. "Aqui, todo mundo se conhece. Nunca poderíamos imaginar uma situação assim", diz a tiabet maciçoFelipe, sem conseguir conter a emoção.