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O 'vilão' da cozinha apontado pelos médicos como principal causa da epidemia globalsites de apostas internacionaisobesidade:sites de apostas internacionais
Na verdade, o óleo vegetal, especialmente osites de apostas internacionaissoja e osites de apostas internacionaispalma (ou dendê), está entre os oito ingredientes - os outros sendo trigo, arroz, milho, açúcar, cevada e batata - que fornecem 85% das calorias consumidas mundialmente.
A cada dia que passa, não importa o paíssites de apostas internacionaisque vivemos, todos temos uma dieta parecida - ricasites de apostas internacionaiscalorias e pobresites de apostas internacionaisnutrientes.
Calorias muito baratas
É um processo que o professor Benton, pesquisador da Universidadesites de apostas internacionaisLeeds especializadosites de apostas internacionaissegurança alimentar e sustentabilidade, relaciona diretamente ao comércio global.
A produçãosites de apostas internacionaisóleos vegetais e as culturas oleaginosas cresceram consideravelmente nas últimas três décadas.
Esse crescimento foi incentivado por uma combinaçãosites de apostas internacionaisacordos comerciais, que tornaram mais barato e fácil exportar e importar óleo, e políticas governamentais. Por exemplo, os subsídiossites de apostas internacionaispaíses como Malásia e Indonésia, destinados a aumentar a produção para exportação, ajudaram a baixar o preço do óleo vegetal.
"Competirsites de apostas internacionaisum mercado global exige uma escalasites de apostas internacionaisprodução altamente eficiente e barata. Agora nós temos um sistema alimentar construído sobre calorias incrivelmente baratas", diz o professor Benton.
Em muitos casos, esse comérciosites de apostas internacionaisalimentos ajudou a reduzir a fome ao dar "aos mais pobres acesso a calorias baratas", destaca.
Mas ele afirma que isso significa que mais pessoas estão consumindo produtos importados menos saudáveis do que os disponíveis a nível local - e isso também teria ajudado a nos tornar mais gordos.
Estamos mais gordos
Maissites de apostas internacionais50 por cento da população mundial não têm um "peso saudável",sites de apostas internacionaisacordo com uma recente pesquisa coordenada pelo professor Benton. E a obesidadesites de apostas internacionaistodo o mundo mais do que dobrou desde 1980.
"Os mais pobres ainda lutam para consumir as calorias necessárias e estão abaixo do peso. Nos países ricos, porém, a pobreza geralmente não impede que as pessoas deixemsites de apostas internacionaisingerir calorias, mas faz com que paremsites de apostas internacionaister uma dieta ricasites de apostas internacionaisnutrientes", diz a pesquisa.
A professora Corinna Hawkes, diretora do Centrosites de apostas internacionaisPolítica Alimentar da Universidadesites de apostas internacionaisLondres, diz que o grande aumento das fontessites de apostas internacionaiscalorias desde o início da era da globalização vem do cultivosites de apostas internacionaisoleaginosas.
"Houve um súbito e forte aumento da ofertasites de apostas internacionaisóleossites de apostas internacionaissoja e palma e, a meu ver, isso está diretamente relacionado com as políticas que tornaram asites de apostas internacionaiscomercialização mais fácil", explica.
As oleaginosas estão atualmente entre as sementes mais vendidas e a maior parte dos alimentos processados contém óleossites de apostas internacionaissoja ousites de apostas internacionaispalma, porque isso ajuda a aumentar o seu prazosites de apostas internacionaisvalidade nas prateleiras dos supermercados, acrescenta a professora.
"Como se tornou muito mais fácil e barato para a indústriasites de apostas internacionaisalimento importá-los, não houve um desestímulo ao uso desses óleos", continua.
Uma pequena quantidadesites de apostas internacionaisgordura é parte essencialsites de apostas internacionaisuma dieta saudável e balanceada. Mas gorduras são ricassites de apostas internacionaiscalorias, por isso consumi-lassites de apostas internacionaisgrande quantidade pode aumentar o riscosites de apostas internacionaissobrepeso ou obesidade. Gorduras saturadas ou trans também são associadas a doenças cardíacas.
A professora Hawkes diz que o baixo custo e a grande ofertasites de apostas internacionaisóleo levaram a mudançassites de apostas internacionaishábitos culináriossites de apostas internacionaisalguns países. Na China, por exemplo, a comida é preparadasites de apostas internacionaisgrandes quantidadessites de apostas internacionaisóleo, assim como no Brasil.
Mas além do aumento do comérciosites de apostas internacionaisoleaginosas, acrescenta a professora, é importante notar que a vendasites de apostas internacionaisfrutas e vegetais também aumentou e isso significa que muitas pessoas viram asites de apostas internacionaisdieta melhorar.
Desequilíbrio
A professora Hawkes chama atenção para um outro fator, que ela chamasites de apostas internacionais"a questão da quinoa". A crescente procura por este "superalimento", cultivado há milênios nos Andes - os incas o chamavamsites de apostas internacionais"grão dos deuses", pois era asites de apostas internacionaisprincipal fontesites de apostas internacionaisproteína -, tem feito seu preço disparar e tirado ele das prateleirassites de apostas internacionaispaíses onde a quinoa se originou, como Peru, Bolívia, Equador e Colômbia.
A questão que surge está no centro da controvérsia que envolve a globalização: o aumento do consumosites de apostas internacionaisquinoa beneficiousites de apostas internacionaismaneira desproporcional populações que já tinham um cardápio privilegiado.
Ou seja, enquanto quem tem acesso a informações sobre nutrição e saúde estaria se tornando mais saudável graças ao comércio globalizado, pessoas que não possuem esse conhecimento estariam vendo a qualidade dasites de apostas internacionaisdieta piorar.
'Globalização social'
No entanto, isso é desmentido por um recente estudo da London School of Economics (LSE), que analisou 26 países entre 1989 e 2005, períodosites de apostas internacionaisgrande expansão da globalização.
A pesquisa concluiu que a chamada "globalização social" - as mudanças na maneira como trabalhamos e vivemos - é o que está nos tornando gordos, e não a maior ofertasites de apostas internacionaisalimentos baratos e mais calóricos.
A culpa pela obesidade deve ser atribuída ao fatosites de apostas internacionaisque agora estamos cada vez mais sujeitos a trabalhar, a comprar e a socializar sem precisar se movimentar, diz a autora do estudo, Dr. Joan Costa-Font.
Ela diz que o consumo continua o mesmo dos tempos pré-globalização,sites de apostas internacionaisque as necessidades eram outras, quando "as pessoas tinham que andar até os lugares e não havia tantas atividades que nos faziam poupar energia como hoje".
"Os indivíduos tinham contatos sociais mais próximos, cozinhavam e gastavam mais tempo com as tarefas domésticas diárias", analisa.
Costa-Font diz que as pessoas têm novas necessidades e por isso, por se movimentarem menos, deveriam comer menos - ou se movimentar mais.
Ele cita os Estados Unidos como exemplo. Embora os índicessites de apostas internacionaisobesidade no país cheguem a quase 35 % da população, este percentual vem se mantendo praticamente o mesmo na última década.
"Esta é uma boa notícia. Pode ser que os EUA estejam começando a aprender como comer e adaptar o seu estilosites de apostas internacionaisvida à globalização. A hipótese ésites de apostas internacionaisque este aumento da obesidade seja apenas transitório".
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