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Sua memória pode ficar tão boa quanto ado pokerum campeãodo pokermemorização, garantem cientistas:do poker
"Ter uma boa memória é algo que se pode aprender e para o qual se pode treinar", disse Martin Dresler, do Centro Médico da Universidadedo pokerRadboud, na Holanda.
Dresler comandou uma investigação que escaneou cérebrosdo poker23 vencedores do World Memory Championships (o Campeonato Mundialdo pokerMemória, realizado anualmente desde 1991), uma competiçãodo pokeresporte mentaldo pokerque os concorrentes memorizam o máximodo pokerinformação possíveldo pokerum determinado períododo pokertempo.
Os resultados foram publicados na conceituada revista científica Neuron, especilizadado pokerneurociência.
A estratégia mnemônica
Se forem usadas técnicasdo pokertreinamento mnemônicas, "realmente será possível melhorar consideravelmente ado pokermemória, inclusive se ela for muito ruim", afirma Dresler.
As técnicas mnemônicas baseiam-sedo pokerformas simplesdo pokermemorização e partem do princípiodo pokerque a mente humana tem mais facilidadedo pokerlembrar dados quando eles são associados a informação pessoal ou espacial do que se organizadosdo pokerforma aleatória ou sem significado aparente para o indivíduo.
Mas essas sequências têm que fazer algum sentido - ou serão igualmente difíceisdo pokermemorizar.
Entre as técnicas usadas está a do Palácio da Memória - também conhecida como métododo pokerloci, (lugar,do pokerlatim) -, que era usada pelos grandes oradores da Antiguidade para fazer seus discursosdo pokercabeça, sem nenhum tipodo pokerapoio.
O método do Palácio da Memória consistedo pokercriar um lugar imaginário, que pode ser inspirado num lugar familiar (como a própria casa da pessoa) ou totalmente fictício.
Valem lugares abertos ou fechados. O importante é conhecer bem o local e ter um númerodo pokerdetalhes compatível com odo pokeritens que se tem para decorar. Cada local será usado como um indicador visual para armazenar informação.
O estudo
Ao estudar os cérebros dos campeõesdo pokermemorização, os neurocientistas fizeram ressonâncias magnéticas e mediram a atividade cerebral e as mudanças no fluxo sanguíneo.
Eles fizeram o mesmo com um grupodo pokervoluntários da mesma idade e com coeficientedo pokerinteligência similar ao dos campeões.
Os pesquisadores compararam então as imagens dos cérebros dos prodígios da memorização com as dos outros participantes do estudo.
Eles encontraram diferenças sutis nos padrõesdo pokerconectividade várias regiões do cérebro. No entanto, nenhuma região específica destacou-se.
"Aprendemos que as diferenças neurobiológicas entre os campeões mundiaisdo pokermemorização e as outras pessoas pareciam ser bem distribuídas e sutis", explicou Dresler.
Os cientistas treinaram outros participantes do estudo, que tinham uma capacidadedo pokermemorização mediana, para verificar se conseguiam melhorar suas habilidades.
Alguns aprenderam as técnicas usadas pelos campeões, outros foram ensinados com métodos que não eram mnemônicos e um terceiro grupo não recebeu nenhum treinamento.
Depoisdo pokerseis semanas com 30 minutosdo pokertreinamento diário, todos os participantes passaram por novas ressonâncias cerebrais.
O resultado foi que os pesquisadores viram um aumento notável na capacidadedo pokermemorização das pessoas que usaram as técnicas dos campeõesdo pokermemória.
"Elas realmente desenvolveram padrões cerebrais que nos lembraram aqueles vistos nos competidores", disse Dresler.
"Esse padrão específico na conectividade do cérebro parece ser a base neurobiológicado pokerum desenvolvimento melhorado e superior da memória".
Técnica antiga
O neurocientista alemão Boris Nikolai Konrad, que detém dois títulos mundiais do Livro Guinness dos Recordes, teve o próprio cérebro escaneado para a pesquisa e treinou os principiantes.
Konrad memoriza 201 nomes e rostosdo pokerapenas 15 minutos, assim como 21 nomes e datasdo pokernascimentodo pokerdois minutos.
Apesar disso, ele diz que não nasceu com uma habilidade excepcional.
"Quase fui reprovado na escola porque não conseguia lembrar o vocabulário nas aulasdo pokeringlês", disse à BBC.
"Levei um tempo para descobrir o que me ajuda na horado pokermemorizar e particularmente conhecer estas técnicasdo pokermemorização", acrescentou.
"A ideiado pokermelhorar a memória realmente me encanta. Ainda não entendo por que não ensinamos isso mais às crianças, aos adultos. Acho realmente útil."
O professor Michael Anderson, do departamentodo pokerNeurociência da Universidadedo pokerCambridge, que não participa da pesquisa, lembrou à BBC que os métodos para melhorar a memória são conhecidos desde os tempos dos antigos gregos.
"Dresler e Konrad não apenas ilustraram elegantemente como esta técnicado pokermemorização pode ser ensinada e treinada, mas também deram um passo importante para identificar mudanças que ocorrem no cérebro quando ela é adotada", destacou.
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