Nós atualizamos nossa Políticacorinthians e boca juniors palpitePrivacidade e Cookies
Nós fizemos importantes modificações nos termoscorinthians e boca juniors palpitenossa Políticacorinthians e boca juniors palpitePrivacidade e Cookies e gostaríamos que soubesse o que elas significam para você e para os dados pessoais que você nos forneceu.
O ex-neonazista arrependido que 'resgata' extremistas e ajuda ex-combatente a deixar o EI:corinthians e boca juniors palpite
Um homem que havia visto o anúncio da palestra pediu para se reunir com ele. Mas não se tratava do típico casocorinthians e boca juniors palpiteum neonazista que precisavacorinthians e boca juniors palpiteum empurrão para mudar: era, na verdade, um ex-combatente do grupo extremista autodenominado Estado Islâmico (EI).
'Todo jovem está vulnerável'
Para Picciolini, não existe um perfil exatocorinthians e boca juniors palpitequem pode se tornar um extremista. "Todo jovem está vulnerável a caircorinthians e boca juniors palpitegrupos radicais, porque todos estãocorinthians e boca juniors palpitebuscacorinthians e boca juniors palpiteuma identidade,corinthians e boca juniors palpiteaceitação,corinthians e boca juniors palpiteum propósitocorinthians e boca juniors palpitevida", diz.
Ele afirma que não cresceu sendo racista - seus pais eram imigrantes italianos que chegaram aos Estados Unidos na metade dos anos 1960 e sofreram na pele o preconceito contra os estrangeiros. Ambos tinham longas jornadascorinthians e boca juniors palpitetrabalho nos sete dias da semana. "Eu me sentia muito abandonado", lembra.
Era a décadacorinthians e boca juniors palpite1980. Ele tinha 14 anos no diacorinthians e boca juniors palpiteque um homem saiu do carro para arrancarcorinthians e boca juniors palpitesua boca o cigarrocorinthians e boca juniors palpitemaconha que estava fumando. "Você não sabe que é isso que os comunistas e os judeus querem que você faça, para que então eles possam te controlar?", disse o homem.
"Não sabia o que era um comunista e acho que nunca havia conhecido um judeu. Mas tinha certezacorinthians e boca juniors palpiteque não queria que ninguém me controlasse", conta Picciolini.
O homem se chamava Clark Martell, chefe do Chicago's CASH. "Ele disse que meus problemas não eram culpa minha, mas causados pelos outros. Falou sobre como os negros cometiam crimes, os mexicanos roubavam nossos empregos e os judeus manipulavam os meioscorinthians e boca juniors palpitecomunicação."
O neonazista ofereceu ao jovem a desculpa perfeita para canalizarcorinthians e boca juniors palpiterevolta adolescente: "Ele me ofereceu uma família e poder, justo no momentocorinthians e boca juniors palpiteque eu me sentia mais impotente".
'Destruí muitas vidas'
"Nunca fui preso, mas fiz coisas pelas quais deveria ter ido para a cadeia", admite Picciolini.
Os Chicago's CASH estamparam as manchetes dos jornais na época por terem atacado mulheres hispânicas, pintado suásticascorinthians e boca juniors palpitesinagogas e cometido atoscorinthians e boca juniors palpitevandalismo contra negócioscorinthians e boca juniors palpiteproprietários judeus, como recorda o livro Terrorismocorinthians e boca juniors palpitePerspectiva,corinthians e boca juniors palpiteSue Mahan e Pamala L. Griset.
Mas foi a agressão a uma antiga integrante do grupo que fez com que Martell fosse parar atrás das grades. Picciolini, ainda adolescente, foi encarregadocorinthians e boca juniors palpitesubstituí-lo.
"Eu era bom para recrutar pessoas", lembra-se. Ele criou uma bandacorinthians e boca juniors palpitemúsica que proclamava a supremacia branca para atrair pessoas mais novas - foi o primeiro grupocorinthians e boca juniors palpiteskinheads dos Estados Unidos a fazer uma turnê pela Europa.
Picciolini convenceu centenascorinthians e boca juniors palpitepessoas a se juntarem aos Chicago's CASH. "Destruí muitas vidas. Eu me sinto responsável pelo que fiz", diz.
Medocorinthians e boca juniors palpitecomeçar do zero
Mas o que leva um neonazista a querer deixarcorinthians e boca juniors palpitesê-lo? Segundo Picciolini, o motivo mais comum é conhecer o objeto do seu ódio.
Ele cita como exemplo o ex-militar nova-iorquino que ligou para ele depoiscorinthians e boca juniors palpiteler seu livrocorinthians e boca juniors palpitememórias, Violência Romântica, e lhe contou que odiava os muçulmanos e tinha vontadecorinthians e boca juniors palpiteatacá-los.
Picciolini viajoucorinthians e boca juniors palpiteChicago para falar com o homem e marcou um encontro na mesquitacorinthians e boca juniors palpiteseu bairro. "Fiquei amigo dele, e, agora, marcamoscorinthians e boca juniors palpitejantar toda sexta-feira", conta.
No seu caso, a razão para se afastar da violência foi outra: seu filho. "Foi a primeira pessoa que me permitiu voltar a amar depoiscorinthians e boca juniors palpitetantos anoscorinthians e boca juniors palpiteódio. Ele me reconectou com a inocência que eu havia perdido aos 14 anos, quando me juntei ao movimento", explica.
Sentir-se bem consigo mesmo é o primeiro passo, defende: "Uma vez que você consegue isso, a ideologia se quebra".
Mas o caminho é longo. "Quando você se junta ao movimento, deixa tudo para trás: a família, os amigos, tudo o que gostavacorinthians e boca juniors palpitefazer. Eu queria sair, mas tinha medocorinthians e boca juniors palpiteabandonar aquilo que, naquele momento, era para mim a minha identidade, a minha comunidade. Não queria começar do zero", conta.
Ele demorou três anos para sair do grupo.
A vida depois do ódio
Uma vez fora, Picciolini estudou e se formoucorinthians e boca juniors palpiteRelações e Negócios Internacionais. Em 2010, criou a ONG Life After Hate ("A vida depois do ódio",corinthians e boca juniors palpitetradução livre), que se dedica a ajudar neonazistas que querem deixar o radicalismo para trás.
"Fiquei 22 anos fora do movimento, tentando entender e desmantelar aquilo que eu mesmo havia ajudado a construir", afirmou. Uma experiência que inspira confiançacorinthians e boca juniors palpitemuitos, inclusive ex-jihadistas, como aquele que pediu para encontrá-lo na Bélgica.
O homem havia viajado da Síria e, ao voltar, se entregou para as autoridades. Cumpriucorinthians e boca juniors palpitepena na prisão, mas, ao sair, teve problemas para recomeçar a vida. "Os combatentes estrangeiros do EI estão voltando agora e não conhecem ninguém que tenha passado por uma transformação similar à minha, alguém que possa orientá-los", explicou Picciolini.
O antigo jihadista viu que a história do ex-neonazista e acorinthians e boca juniors palpitetinham algocorinthians e boca juniors palpitecomum. E ambos seguiam vivendo nos mesmos bairros onde haviam sido "capturados" pelo radicalismo - e onde tinham um passado difícilcorinthians e boca juniors palpiteapagar.
"Muitoscorinthians e boca juniors palpiteseus antigos amigos o veem como um traidor ou um covarde. Ele não tem conseguido trabalho, mesmo sendo engenheiro e tendo muita experiência. Ele não tinha mais com quem falar", afirma Picciolini.
"As pessoas que deixam esses grupos, sejam neonazistas ou jihadistas, precisam do apoiocorinthians e boca juniors palpiteoutros que tenham passado pelo mesmo. Para o restante das pessoas, não é fácil entender por que caíram no extremismo", observa.
Racismo 'mais suave'
O ex-líder dos Chicago's CASH alerta para o errocorinthians e boca juniors palpiteconcentrar todos os esforços no extremismo jihadista e relaxar na prevenção da expansãocorinthians e boca juniors palpitemovimentoscorinthians e boca juniors palpiteextrema-direita - ferramentas como a internet e a propagaçãocorinthians e boca juniors palpitesitescorinthians e boca juniors palpitenotícias falsas fizeram com que grupos como os neonazistas tenham mais facilidade para recrutar pessoas.
"Além disso, nossos políticos estão repetindo mensagens que nós (neonazistas) utilizávamos. Não sei se as eleições (americanas) provocaram mais racismo, mas elas deram forças aos racistas para sair da sombra e para que suas mensagens ganhem credibilidade", adverte.
"Às vezes, ouço os políticos dizerem as mesmas coisas que eu dizia quando era neonazista."
Picciolini diz que, há 30 anos, teve início uma estratégia para "normalizar" o racismo. "Deixamoscorinthians e boca juniors palpitelado a indumentária neonazista e as suásticas, porque nos demos contacorinthians e boca juniors palpiteque isso estava afugentando até mesmo as pessoas que já eram racistas."
Ele conta que a estratégia foi difundir a mensagemcorinthians e boca juniors palpiteódio "de uma forma mais suave", para que ela ficasse mais fácilcorinthians e boca juniors palpiteser absorvida pelo cidadão médio.
Até metade do ano passado, as vítimas fatais do extremismocorinthians e boca juniors palpitedireita nos Estados Unidos superavam ascorinthians e boca juniors palpiteataques jihadistas. Mas, com o massacre da boate Pulse,corinthians e boca juniors palpiteOrlando, a estatística virou, segundo o centrocorinthians e boca juniors palpitepesquisas New America.
Antescorinthians e boca juniors palpitedeixar a Casa Branca, a administraçãocorinthians e boca juniors palpiteBarack Obama aprovou um incentivocorinthians e boca juniors palpiteUS$ 400 mil (IR$ 1,25 milhão) para a ONGcorinthians e boca juniors palpitePicciolini desenvolver um programacorinthians e boca juniors palpiteintervenção direcionado a todos os tiposcorinthians e boca juniors palpitemilitantes radicais.
Hoje, esta e outras ideias com o mesmo fim estão sendo revistas pelo novo governo, segundo informou a imprensa americana.
Principais notícias
Leia mais
Mais lidas
Conteúdo não disponível