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Mulheres são mais interrompidas que homensdepósito mínimo novibetconversasdepósito mínimo novibettrabalho?:depósito mínimo novibet
Não se sabe exatamente onde ou quando o termo surgiu, mas o assunto é um tema frequentemente pesquisado, tanto por mulheres, quanto por homens. Mas afinal, o que essas pesquisas revelam sobre o fenômeno?
Estudos
Um estudo realizadodepósito mínimo novibet2014 na Universidadedepósito mínimo novibetGeorge Washington (EUA) e liderado por Adrienne B. Hancock, pesquisadoradepósito mínimo novibetcomunicação e gênero, mostrou que mulheres são duas vezes mais interrompidas que homensdepósito mínimo novibetconversas neutras. A pesquisa utilizou 40 pessoas - 20 homens e 20 mulheres - e estimulou diálogos aleatórios,depósito mínimo novibetmulheres com mulheres,depósito mínimo novibethomens com mulheres,depósito mínimo novibethomens com homens.
O resultado constatou que mulheres foram 2,1 vezes mais interrompidas por homensdepósito mínimo novibetconversasdepósito mínimo novibettrês minutos. Mais do que isso, o estudo mostrou que mulheres também são mais interrompidas por outras mulheres: quando falavam com uma interlocutora, elas interrompiam até 2,9 vezes. Mas mulheres só interrompiam homensdepósito mínimo novibetmédia apenas uma vez.
"O quedepósito mínimo novibetfato descobrimos é que mulheres têm suas falas interrompidas com mais frequência - tanto por homens, quanto pelas próprias mulheres", afirmou Hancock à BBC Brasil.
"Há explicações diferentes para isso, já que muitos outros aspectos da conversa são relevantes, além do gênero dos participantes. Algumas pessoas dizem que mulheres são interrompidas por homens porque homens gostamdepósito mínimo novibetdominar; outros dizem que mulheres são interrompidas por mulheres porque essa é uma formadepósito mínimo novibetfacilitar a amizade."
Na pesquisadepósito mínimo novibetHancock, pelo fatodepósito mínimo novibetas conversas terem tom neutro e não serem relacionadas a trabalho, não foi possível identificar ao certo se haveria uma explicação "cultural" para as interrupções.
"Seria preciso fazer pesquisas mais específicas,depósito mínimo novibetcontextodepósito mínimo novibettrabalho, para entender isso. Acho que pode existir uma explicação cultural, mas não há provas concretas que expliquem por que homens estão fazendo isso ou por que mulheres estão fazendo isso."
Quem fala mais?
Já o cientista político e pesquisador Christopher Karpowitz, da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, identificou um outro aspecto da questão:depósito mínimo novibetsituaçõesdepósito mínimo novibettrabalho, alémdepósito mínimo novibetsofrerem interrupções, as mulheres falam menos.
Segundo a pesquisa "Desigualdadedepósito mínimo novibetGênerodepósito mínimo novibetParticipações Deliberativas" realizada por eledepósito mínimo novibet2012, os homens falam durante 75% do tempodepósito mínimo novibetdiscussõesdepósito mínimo novibettrabalho, .
O experimento foi realizado com 94 gruposdepósito mínimo novibetpelo menos cinco pessoas -depósito mínimo novibetque havia uma ou duas mulhers -, que tinhamdepósito mínimo novibetdiscutir o que fazer com uma quantiadepósito mínimo novibetdinheiro que elas haviam ganhado juntas. A decisão teriadepósito mínimo novibetser tomadadepósito mínimo novibetduas maneiras: a primeira, por maioria, e a segunda, por unanimidade.
Na primeira situação, as mulheres falaram bem menos. De acordo com o pesquisador, isso acontecia porque, por serem minoria, se sentiam menos "influentes" no grupo e sentiam que dificilmentedepósito mínimo novibetvoz seria ouvida.
Mas quando a decisão precisava ser tomada por unanimidade, as mulheres se sobressaíam - mesmo estandodepósito mínimo novibetmenor número.
Ainda segundo a pesquisa, os resultados constataram que os grupos chegaram a decisões diferentes dependendo da quantidadedepósito mínimo novibetintervenções femininas na discussão. "Quando as mulheres participavam mais, elas traziam perspectivas únicas e muito úteis para a questãodepósito mínimo novibetdiscussão", explicou Karpowitz.
Motivos e estratégias para evitar
Apesardepósito mínimo novibetmuitas mulheres já terem percebido e relatado situaçõesdepósito mínimo novibetque foram frequentemente interrompidas por homensdepósito mínimo novibetreuniões ou apresentaçõesdepósito mínimo novibettrabalho, não há uma explicação científica ou exata para as ocorrências.
Pesquisadores do tema, porém, levantam algumas possibilidades. A especialistadepósito mínimo novibetcomunicação e gênero Deborah Tannen, autoradepósito mínimo novibetYou Just Don't Understand: Women and Men in Conversation (Você Não Entende: Mulheres e Homensdepósito mínimo novibetConversaçãodepósito mínimo novibettradução livre), afirma que homens "tendem a falar para atingir um poder ou um status", enquanto mulheresdepósito mínimo novibetseus discursos "buscam uma conexãodepósito mínimo novibetsuas falas".
A colunista do New York Times e também especialistadepósito mínimo novibetgênero Jessica Bennett pontua também a questão cultural e histórica que pode estar envolvida nessas situações.
"Estes comportamentos são profundamente enraizados, socialmente arraigados e que remontam há milharesdepósito mínimo novibetanos. Se você olhar para a história, sempre foram os homens os únicos a falar e assumir o controle. Eles foram ensinados a liderar e falar, e as mulheres foram ensinadas a ouvir", afirmou à BBC Brasil.
Autora do livro Feminist Fight Club: A Survival Manual for a Sexist Workplace (Clube da Luta Feminista: Um Manualdepósito mínimo novibetSobrevivência para um Localdepósito mínimo novibetTrabalho Machista", na tradução livre), Bennett tem alguns conselhos para mulheres que desejam fugir do "manterrupting" e se fazer ouvidas.
"Um deles é continuar falando até quem te interrompeu parardepósito mínimo novibetfalar. Outro é se debruçar, literalmente, sobre a mesa, colocando os cotovelos sobre ela, porque pesquisas mostram que isso passa a impressãodepósito mínimo novibetautoridade e faz com que as pessoas sejam menos interrompidas", disse.
"E a minha estratégia favorita: interromper quem está te interrompendo. É só dizer: 'então, você pode me deixar terminar?'. Pode parecer estranho, mas realmente funciona", concluiu.
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