Os óculosblaze crash comlentes líquidas que se adaptam a quase qualquer problemablaze crash comvisão:blaze crash com

óculos inteligentes

Crédito, Dan Hixson/Universidadblaze crash comUtah

Legenda da foto, Os óculos inteligentes desenvolvidos por Carlos Mastrangelo

"Eu não gostoblaze crash comcomo se vê as imagens. Elas ficam distorcidas e com má qualidade, me dá enxaqueca. Imagine como alguém vê por meioblaze crash comum espelhoblaze crash comparqueblaze crash comdiversões. Tudo fica muito deformado."

Então, o argentino Mastrangelo, que trabalha como professorblaze crash comengenharia elétrica e informática na Universidadeblaze crash comUtah, nos Estados Unidos, perguntou ao seu oftalmologista se havia outra solução.

"Ele disse que não, que tenho que usar óculos. Você pode ajustar a vista com uma cirurgia refrativa a laser, mas não pode corrigir os problemasblaze crash comacomodação."

Olho humano

Crédito, WIN-Initiative/Neleman/Getty

Legenda da foto, Quando o cristalino se torna mais rígido ou os músculos do olho ficam mais fracos, começamos a ver as imagens desfocadas

O problema

"Quando as pessoas envelhecem, perdem a capacidadeblaze crash comajustar o cristalino (a estrutura transparente que funciona como uma lente no olho) por várias razões. Geralmente, ele se torna mais rígido ou os músculos ficam mais fracos, ou as duas coisas ao mesmo tempo", explica o professor.

"O resultado é que se vê os objetos borrados e por isso as pessoas mais velhas precisam usar óculos para enxergar claramente objetos a distâncias diferentes."

Mastrangelo diz que, quando alguém usa óculos normais, precisa tirá-los para ver objetos distantes, e colocá-losblaze crash comnovo para vê-losblaze crash comperto. Já os óculos bifocais "reduzem o campoblaze crash comvisão severamente porque se o objeto não está na distância correta da área da lente na qual você está olhando, a imagem fica desfocada".

O engenheiro disse que estava "muito decepcionado", porque o sistema médico "não poderia oferecer algo melhor e mais moderno do que aqueles óculos que têm centenasblaze crash comanos."

A invenção

Então, ele decidiu resolver o problema. "Vivemos no século 21, mas parece que os médicos ficaram no passado. A necessidade é a mãe da invenção", diz.

Carlos Mastrangelo e Nazmul Hasan

Crédito, Dan Hixson/Universidadblaze crash comUtah

Legenda da foto, Carlos Mastrangelo (dir.) con o estudanteblaze crash comdoutorado Nazmul Hasan segurando os "óculos inteligentes"

Liderando uma equipeblaze crash comcercablaze crash comdez engenheiros (incluindo três professores), Mastrangelo começou, há dois anos, a trabalharblaze crash comum projeto para desenvolver um "óculos inteligente".

O progresso tem sido enorme.

No segundo ano, a iniciativa foi financiada pelo Instituto Nacionalblaze crash comSaúde dos EUA e os cientistas desenvolveram seu primeiro protótipo. Em 2017, ele recebeu um financiamento inicial do Estadoblaze crash comUtah para produzir uma versão para consumo público.

Mas como funcionablaze crash cominvenção e que tiposblaze crash comproblemasblaze crash comvisão ela pode resolver?

Lentes líquidas

Primeiro, ela tem "um microcontrolador que ajusta continuamente o poder dos óculos para enxergar claramente os objetos a qualquer distância", diz o inventor.

E as lentes não sãoblaze crash comvidro ou cristal.

"As lentes variáveis que usamos são lentes líquidas, membranas elásticas feitasblaze crash comborrachablaze crash comsilicone transparente (glicerina) e muito fina, que é muito flexível e altera a curvatura para mudar o grau. O compartimento é preenchido por um líquido transparente", explica Mastrangelo.

lentes inteligentes

Crédito, Dan Hixson/Universidadblaze crash comUtah

Legenda da foto, Óculos não têm vidros e possuem um sensor automático

Para encontrar o tipoblaze crash comdefeito ótico que a pessoa tem, estas lentes requerem o usoblaze crash comum aplicativo móvel oublaze crash comum tablet via bluetooth.

"Podem corrigir quaisquer problemas relacionados com o foco. Eles são projetadas para corrigir defeitos associados com a acomodação do cristalino e problemasblaze crash comvisão forablaze crash comfoco (visão borrada)."

Mastrangelo diz, no entanto, que seus óculos inteligentes não podem resolver problemas associados a danos na retina (como retinite pigmentosa) nem problemas ligados ao bloqueio cristalino (catarata).

"Para esses problemas, é precisoblaze crash comcirurgia ocular ou próteseblaze crash comretina."

Junto comblaze crash comequipe, ele está trabalhando agorablaze crash comreduzir o volume e o peso dos óculos. O maior problema é a bateria, explica, porque uma bateria mais leve significa que ela pode não durar muito tempo.

O professor também quer fazer com que os óculos tenham um design e estilo melhores e mais adequados para o consumo.

"Se tudo correr bem, teremos um produto no mercadoblaze crash comcercablaze crash comdois ou três anos", diz, com otimismo.