O que as criaçõesbonus deposito betbooporcos revelam sobre os antibióticos e a ameaça das superbactérias:bonus deposito betboo

Um montebonus deposito betbooseringas

Lymbery está na região para investigar se as fezes dos porcos estão contaminando a água.

Ele tentou visitar grandes fazendas comerciais na vizinhança, mas não foi recebido. Por isso, foi a uma fazenda familiarbonus deposito betboobuscabonus deposito betbooacesso.

A fazendeira aceita conversar com ele. Confirma que joga os detritos no rio e saber que não deveria fazer isso, mas revela que não enfrenta problemas, pois basta subornar um funcionário local.

Uma coisa chama a atençãobonus deposito betbooLymbery: uma pilhabonus deposito betbooseringas.

São antibióticos. Foram receitados por um veterinário?

Não, explica a fazendeira, não é preciso receita para comprá-los.

Além disso, os veterinários cobram muito caro e os antibióticos custam barato. Por isso, ela dá injeções frequentes nos porcos para evitar as doenças e não ter que chamar os profissionais.

Ela não é a única a fazer isso. As condições das fazendasbonus deposito betboocriação intensiva - apertadas e imundas - são um caldobonus deposito betbooculturabonus deposito betboodoenças, que pequenas doses frequentesbonus deposito betbooantibiótico podem ajudar a controlar.

E os antibióticos engordam os animais.

Os cientistas estão estudando os micróbios dos intestinos deles para entender o porquê, mas os fazendeiros não precisambonus deposito betboouma razão: sabem que vão ganhar mais dinheiro se seus animais forem mais gordos.

Não ébonus deposito betboose estranhar então que mais animais saudáveis do que doentes recebam injeçõesbonus deposito betbooantibióticosbonus deposito betbootodo o mundo.

Os analistas calculam que nas grandes economias emergentes, onde o consumobonus deposito betboocarne está crescendo com o aumento dos salários, o usobonus deposito betbooantibióticos na agricultura deve dobrarbonus deposito betboo20 anos.

Bactérias resistentes

O uso generalizadobonus deposito betbooantibióticos desnecessários não se limita à agricultura.

Muitos médicos são responsáveis por isso também e deveriam estar conscientes dos danos que causam, assim como os órgãos reguladores que permitem que antibióticos sejam comprados sem receita.

Mas as bactérias não se importam com culpa. Elas estão mais ocupadas desenvolvendo resistência às drogas, enquanto os especialistasbonus deposito betboosaúde pública temem que estejamos à beirabonus deposito betboouma era pós-antibiótica.

Um estudo recente calculou que até o ano 2050 os organismos resistentes às medicações vão matar 10 milhõesbonus deposito betboopessoas por ano - mais que o número atualbonus deposito betboovítimas anuaisbonus deposito betboocâncer.

É difícil calcular o custo dos antibióticos que se tornam inúteis, mas o estudo fez uma conta e chegou a US$ 100 bilhões (R$ 314 bilhões).

Diante dessas informações, poderíamos imaginar que estamos fazendo o possível para evitar que os antibióticos percam o poderbonus deposito betboosalvar vidas.

Mas infelizmente não é o que vem acontecendo.

Os perigos do egoísmo

Em 1945, enquanto a penicilina - o primeiro antibiótico produzidobonus deposito betboomassa - saíabonus deposito betboograndes quantidades dos laboratórios farmacêuticos, seu descobridor, Alexander Fleming, fazia uma advertência.

Na cerimôniabonus deposito betbooque recebeu o Prêmio Nobelbonus deposito betbooMedicina - dividido com Ernst Boris Chain e Howard Walter Florey -, o cientista escocês disse temer que uma "pessoa ignorante" usasse doses muito pequenas da droga para começar a criar bactérias resistentes aos medicamentos.

Mas o problema não foi a ignorância: desde o começo sabíamos dos riscos e os ignoramos por interesse próprio.

Vamos imaginar que estamos doentes. Talvez o mal seja um vírus, o que significa que é inútil tomar antibióticos. E mesmo se a causa é uma bactéria, é provável que se possa melhorar sem ajuda.

Mas se há alguma possibilidadebonus deposito betbooacelerar a recuperação, isso nos incentiva a tomá-los.

Vamos supor então que tenhamos uma fazendabonus deposito betbooporcos. Dar pequenas dosesbonus deposito betbooantibióticos rotineiramente aos animais é a forma perfeitabonus deposito betboocultivar bactérias resistentes, as superbactérias.

Mas isso não é problema nosso: o único interesse é ganhar mais dinheiro.

Este é um exemplo clássico do que se conhece como "tragédia dos comuns", uma situaçãobonus deposito betbooque indivíduos motivados pelo interesse pessoal agem racionalmente, mas acabam provocando um desastre coletivo que esgota algum recurso comum.

O conceito foi popularizado pelo ecologista Garrett Hardin no ensaio The Tragedy of the Commons (A Tragédia dos Comuns,bonus deposito betbooinglês), publicadobonus deposito betboo1968 na revista Science.

Até a décadabonus deposito betboo1970, os cientistas continuaram descobrindo novos antibióticos. Quando uma bactéria desenvolvia resistência a um deles, podia-se introduzir outro.

Essa fonte se esgotou. Mas ainda é possível que sejam criados novos medicamentos - investigadores estão explorando uma técnica promissora para encontrar componentes antimicrobianos na terra.

Mais uma vez, tudo dependebonus deposito betboointeresses. O mundo precisabonus deposito betboonovos antibióticos, que sejam guardados e usados nas piores emergências.

Mas um produto que não é usado não vai produzir as quantiasbonus deposito betboodinheiro que a indústria farmacêutica está acostumada a faturar.

Exemplo da Dinamarca

É preciso descobrir incentivos para que se continue a fazer mais pesquisas. E também repensarbonus deposito betbooforma mais inteligente os sistemasbonus deposito betbooregulação.

Neste sentido, a Dinamarca mostrou o caminho: seu bacon é mundialmente famoso e o usobonus deposito betbooantibióticos nos porcos é severamente controlado no país.

Um dos pontos fundamentais foi melhorar outras regulações para fazer com que as condiçõesbonus deposito betboovida dos animais sejam melhores. Há mais espaço e asseio, logo, menos doenças.

Estudos recentes indicam que quando os animais vivem nessas condições, as doses rotineirasbonus deposito betbooantibióticos não têm muito impacto no seu crescimento.

As intenções da fazendeira chinesabonus deposito betbooWuxi eram boas. Claro que ela não sabia o que o uso excessivobonus deposito betbooantibióticos causava. E mesmo que soubesse, enfrentaria um dilema diante do incentivo econômico para usá-los.

Mas isso tem que mudar, afirmam os especialistas.