A brasileira que derrubou lei do Império Romano para dar seu sobrenome ao filho na Itália:amazing slots paga

Crédito, Manuela Magalhães

Legenda da foto, Casada com italiano e radicadaamazing slots pagaGênova, soteropolitana Manuela Magalhães queria que filho também tivesse seu sobrenome, mas foi impedida; casal recorreu à Justiça, que julgou norma "inconstitucional"

Ela e o marido, o advogado italiano Marcello Galli, decidiram, então, recorrer à Justiça. Com a ajudaamazing slots pagauma amiga da família, a também advogada italiana Susanna Schivo, especializadaamazing slots pagadireitos das mulheres, o casal viu o processo ser examinado por diferentes instâncias jurídicas durante quatro anos.

'Inconstitucional'

Até que, no dia 8amazing slots paganovembro, a batalha legal chegou ao fim.

Em uma decisão sem precedentes, a Corte Constitucionalamazing slots pagaRoma julgou a norma "inconstitucional".

Será preciso, no entanto, aguardar a divulgação das motivações do tribunal para saber se as crianças poderão ter o sobrenome materno ao invés do paterno ou se terão direito a usar ambos.

A decisão afetaria os nascidos a partiramazing slots pagasua dataamazing slots pagapublicação, que deve sair ainda neste mês. Para aqueles nascidos antes disso, os pais vão precisar recorrer à Justiça se quiserem mudar o sobrenome dos filhos.

"Tão logo as motivações sejam publicadas, vamos ao cartório mudar o nome do nosso filho", garante Manuela.

Em 2014, a Corte Europeiaamazing slots pagaDireitos Humanos já havia pedido uma mudança na lei italiana, depoisamazing slots pagaconsiderá-la "patriarcal e discriminatória".

Para Manuela, trata-seamazing slots paga"um avanço histórico para os direitos civis na Itália".

"Nosso nome é nossa identidade social. Essa vitória é um reconhecimento do papel da mãe na sociedade italiana. Por que a mulher não deve ser representada no nomeamazing slots pagaseu próprio filho?", questiona ela, que trabalha como mediadora cultural.

"Além disso, no meu caso havia a questão intercultural, uma vez que eu sou brasileira e meu marido, italiano. No Brasil, meu filho tinha os dois sobrenomes e aqui, não", afirma.

Crédito, Susanna Schivo

Legenda da foto, Manuela Magalhães eamazing slots pagaadvogada, Susanna Schivo, comemoram decisão da Justiça italiana

Corre no Legislativo italiano um projetoamazing slots pagalei para mudar a norma. A proposta chegou a ser validada pela Câmara, mas está parada desde que chegou ao Senado. Há 40 anos.

Outros casais também já haviam tentando seguir o mesmo caminhoamazing slots pagaManuela apelando ao Judiciário, mas sem sucesso.

Ela diz que o próximo passo é uma modificação na lei.

Mas enquanto isso não acontece, Manuela se dedica a uma campanha para informar casais sobre a vitória que obteve na Justiça.

"Quero sensibilizar outros casais sobre a importânciaamazing slots pagaque a criança tenha o sobrenome da mãe ─ se este for o desejo dos pais, claro. Meu marido e eu queremos transmitir esse conceitoamazing slots pagafamília democrática", defende.

"É importante que as crianças percebam que as mulheres devem ser tratadasamazing slots pagacondiçõesamazing slots pagaigualdade com os homens", acrescenta.

Reações

Há 13 anos vivendo na Itália, para onde se mudou ao ganhar uma bolsaamazing slots pagaestudos financiada pelo governo daquele país, Manuela diz ter recebido apoio "tantoamazing slots pagahomens quantoamazing slots pagamulheres".

"É importante que os homens percebam que isso não é só uma luta das mulheres, mas deles, também. Recebi emails, telefonemas e pedidosamazing slots pagaentrevistaamazing slots pagatoda a imprensa italiana. Muitos desconhecidos nos deram parabéns pela vitória", opina.

"Essa conquista não é só minha e do meu marido, masamazing slots pagatoda a sociedade italiana", finaliza.