O país onde o parto ainda é a principal causa da morteapostas brasileirão 2024mulheres:apostas brasileirão 2024

Legenda da foto, Uma a cada 12 mulheres morre por razões ligadas à gestação na Somalia

apostas brasileirão 2024 Estar grávida e dar à luz deveria ser um dos momentos mais felizes na vidaapostas brasileirão 2024uma mulher, mas, na Somália, pode ser motivoapostas brasileirão 2024muita tristeza.

Atualmente, 732 mulheres a cada 100 mil morrem por razões ligadas à gestação, uma das taxas mais altas do mundo, segundo a Unicef. A situação ao menos melhorou um pouco nas últimas décadas: eram 1210 a cada 100 milapostas brasileirão 20241990. Mas o parto é a maior causa da morteapostas brasileirão 2024mulheres no país.

"É indescritível a sensação quando temos um bebê e uma mãe saudáveis", diz a médica Nafiso Sheikh, que trabalha do Hospital Banadir, a maior maternidade e unidade infantil da Somália, localizada na capital, Mogadíscio.

"Vim para cá para tentar reduzir essa taxaapostas brasileirão 2024mortalidade. Hoje, a maioria das nossas pacientes vemapostas brasileirão 2024áreas rurais eapostas brasileirão 2024uma situação bem ruim. Às vezes, uma mãe ficaapostas brasileirão 2024trabalhoapostas brasileirão 2024parto por três ou quatro dias, mas o bebê está morto."

Esse cenário crítico se explicaapostas brasileirão 2024parte pela alta taxaapostas brasileirão 2024fecundidade no país, com uma médiaapostas brasileirão 20246,6 filhos por mulher.

Legenda da foto, A médica Nafiso Sheikh quer se especializarapostas brasileirão 2024obstetrícia e ginecologia para combater a alta taxaapostas brasileirão 2024mortalidade

Mas, enquanto engravidar e dar à luz são algo frequente entre elas, seu acesso a serviços médicos especializados é bastante limitado, com apenas 44% dos partos na Somália sendo realizados por profissionais capacitados.

Isso também contribui para uma alta taxaapostas brasileirão 2024mortalidade infantil (umaapostas brasileirão 2024cada sete crianças não chega a completar cinco anosapostas brasileirão 2024idade), já que complicações neonatais estão por trásapostas brasileirão 202417% dos casos.

O país ainda enfrenta uma crise alimentar e enchentes. E muitas pessoas não tem acesso a fontesapostas brasileirão 2024águaapostas brasileirão 2024boa qualidade e ao sistema sanitário.

Em novembro, Amran Mahad, protagonistaapostas brasileirão 2024uma série dramáticaapostas brasileirão 2024rádio veiculada pela BBC Somália, tornou-se parte dessas estatísticas.

Seu filho nasceu saudável após uma cesariana, mas complicações no parto levaram à morteapostas brasileirão 2024Amran depois dias após a cirurgia.

Legenda da foto, Para fazer cesariana, médicos precisamapostas brasileirão 2024autorização da família da paciente

"Da à luz não deveria ser uma questãoapostas brasileirão 2024vida ou morte, mas, tragicamente, é assim para muitas gestantes da Somália", disse Mohamed Ghaas, vice-diretor da BBC Somália,apostas brasileirão 2024um texto sobre o falecimentoapostas brasileirão 2024sua colegaapostas brasileirão 2024trabalho.

"As principais causasapostas brasileirão 2024morte - hemorragia, infecção, abortos inseguros, pressão alta, convulsões e obstrução no trabalhoapostas brasileirão 2024parto - fazem do país um dos lugares mais perigosos do mundo para dar à luz. A maioria dessas mortes poderia ser evitada se o auxílio médico estivesse disponível."

É uma opinião compartilhada pela médica Nafiso, que faz parteapostas brasileirão 2024um grupoapostas brasileirão 2024cirurgiãs que batalham para salvar gestantesapostas brasileirão 2024Mogadíscio.

Ela diz que faltam recursos no hospital onde trabalha e o atraso dos salários dos funcionários, que não são pagos desde abril, mas explica haver ainda outro motivo para tantas mortesapostas brasileirão 2024gestantes e seus bebês.

Legenda da foto, Mulheres somali têm 6,6 filhosapostas brasileirão 2024média

"Quando se decide que a paciente precisa ser operada, é preciso o consentimento do marido, do pai, da mãe e até mesmo do sogro. Se eles não permitem, você não pode operá-la", afirma.

"Falamos para os parentes: 'Olhem para essa mãe. Ela pode morrer se vocês não deixarem fazer a cesariana'. Às vezes, eles consentem. Às vezes, não deixam e a levam para casa."

Agora, a médica quer ir para o exterior para fazer uma pós-graduação e se especializarapostas brasileirão 2024ginecologia e obstetrícia. "Quero que toda mãe somali tenha um parto seguro."