"Eram 11 horasqual casa de aposta é melhoruma noite que ainda não acabou", diz repórterqual casa de aposta é melhorprimeira equipe a chegar a área do desastre:qual casa de aposta é melhor
qual casa de aposta é melhor A repórter Lívia Laranjeira, o produtor Fabrício Crepaldi e o cinegrafista Erci Morais, do canalqual casa de aposta é melhorTV a cabo Sportv, foram os primeiros jornalistas brasileiros a chegar na cidade colombianaqual casa de aposta é melhorLa Ceja, ainda na noitequal casa de aposta é melhorsegunda-feira, poucas horas depoisqual casa de aposta é melhorsurgirem informaçõesqual casa de aposta é melhorque havia acontecido algo errado com o voo que levava o time da Chapecoense para disputar a final da Copa Sul-Americana.
A jornalista, que na semana anterior estivera acompanhando o timequal casa de aposta é melhorChapecó, contou à BBC Brasil como a esperançaqual casa de aposta é melhordar ao país boas notícias foi transformadaqual casa de aposta é melhortristeza profunda.
"Faz 24 horas que começou tudo e só agora há pouco eu choreiqual casa de aposta é melhorverdade. De cansaço,qual casa de aposta é melhortristeza,qual casa de aposta é melhorconsternação. Estávamos (eu, o produtor Fabricio Crepaldi e o repórter cinematográfico Erci Morais) na porta do hotel onde a delegação da Chapecoense ficaria hospedada. E eles chegariam a qualquer instante. Daqui a pouquinho mesmo. Na verdade, até já estavam atrasados, e nós, ansiosos. E aí, um colombiano com sotaque carregado disse alguma coisa sobre "una aeronave sin comunicación con la torre del aeropuerto". São línguas tão parecidas, mas não é possível, acho que eu entendi errado. Eu devo ter entendido errado. Eu tenho que ter entendido errado.
Eu entendi certo. Sem tempoqual casa de aposta é melhorpensar direito, jogamos as mochilas nas costas e entramos no primeiro táxi que apareceu. Eram 11 da noitequal casa de aposta é melhoruma noite que ainda não acabou.
Chovia muitoqual casa de aposta é melhorMedellín, e a serra sinuosa que leva ao aeroporto me aterrorizava. Pareiqual casa de aposta é melhorolhar pela janela e olhei pra dentro. Olhei pra mim. As imagens da semana anterior insistiamqual casa de aposta é melhorpipocar na minha cabeça.
Eu tinha passado uma semana inteiraqual casa de aposta é melhorChapecó, cobrindo o campeonato brasileiro e a semifinal da Copa Sul-americana. O jogo que garantiu a vaga pra vir a Medellín hoje. Ao longo daquela semana, tomei café da manhã várias vezes ao lado do Caio Junior, no restaurante do hotel. No fim da viagem, fiquei felizqual casa de aposta é melhorver que ele já sabia meu nome, quem eu era,qual casa de aposta é melhoronde. Ao longo daqueles sete dias, entrevistei ídolos do passado e do presente, e todos eles tinham uma coisaqual casa de aposta é melhorcomum: o maior sorriso do mundo no rosto. Inevitavelmente, a cada entrevista, vinha aquela pergunta: você imaginava que um dia estaria vivendo esse sonho?
Ao longo da última semana, o time queridinho do Brasil virou o meu queridinho. Uma das coberturas mais especiais que eu já tinha feito. Uma das mais importantes. Uma das mais divertidas. Vi um ídolo virar heroi por causaqual casa de aposta é melhorum gol salvo no último lance da partida. E se aquela bola tivesse passado pelo Danilo? E se aquele gol tivesse entrado?
Mas não entrou. Eu voltei a olhar pela janela, tentando me concentrar. Eu precisava manter a calma, manter o sangue frio. Seria uma cobertura longa, mas eu ainda tinha esperançasqual casa de aposta é melhorque fosse cheia das boas notícias.
Desistimosqual casa de aposta é melhoresperar no aeroporto e acabamos indo direto pra um dos hospitais que receberiam os feridos. Diziam que eram vários. Nunca achei que uma notícia sobre "vários feridos" me deixaria tão feliz. Eram vários e eles chegariam logo. Só que pareceu uma eternidade até que a gente ouvisse, lá no fundo, o somqual casa de aposta é melhoruma sirene, primeiro bem baixinho, depois aumentando aos poucos, até a ambulância surgir na nossa frente. Era Alan Ruschel. Era um primeiro jogador que tinha sobrevivido.
Ao longoqual casa de aposta é melhortoda a madrugada, as informações se desencontravam. Quem eram os sobreviventes? Qual era o estadoqual casa de aposta é melhorcada um? Tudo parecia extraoficial. Como repórter, meu maior medo era errar uma informação tão importante como a mortequal casa de aposta é melhoralguém no ar. Preferi ser cautelosa, só falar mesmo sobre o que estava confirmado, mesmo que parecesse pouco. Pensei muito naquelas famílias. Nas mulheres que tinham ficado naquela cidade que me recebera tão bem na semana anterior. Pensei no quanto elas deviam estar desesperadas por qualquer informação, e como eu podia ser o único caminho naquele momento.
Me emocionei pela primeira vez quando vi colombianos fluentesqual casa de aposta é melhorportuguês chegando ao hospital para ajudar com eventuais traduções. Me emocionei pela segunda vez quando vi uma repórter colombiana chorando. A terceira vez foi quando chegou uma moradora da regiãoqual casa de aposta é melhorque nós estávamos com uma bandeja com café e chá. Depois disso, perdi a conta.
Continuo me emocionando a cada instante. Lembro dos sorrisos que vi nesses últimos dias, e queria guardá-los daquele jeito na minha memória, mas a imagem do acidente insistequal casa de aposta é melhorse sobrepor. Acho que vai passar, que depoisqual casa de aposta é melhorum tempo as lembranças boas vão ser mais fortes. Eles merecem ser lembrados daquele jeito, como o time que já tinha conquistado todo o Brasil, que podia ter conquistado a América dentroqual casa de aposta é melhorcampo, e que agora, conquistou o mundo inteiro."