'O diaregras roleta cassinoque eu, cadeirante, levei um tapa por não me levantar durante a execução do hino da Índia':regras roleta cassino
regras roleta cassino Um cadeirante sendo agredido por não se "levantar" durante a execução do hino nacional dentroregras roleta cassinoum cinema.
regras roleta cassino É o que relata o Salil Chaturvedi, ativista indianoregras roleta cassinoprol dos direitosregras roleta cassinopessoas com deficiência. Ele contou à BBC que levou um tapa forte na nucaregras roleta cassinoum homem enquanto aguardava o inícioregras roleta cassinoum filme dentroregras roleta cassinouma salaregras roleta cassinocinemaregras roleta cassinoGoa, no sudoeste do país.
regras roleta cassino O incidente aconteceu meses atrás e, na opinião dele, tem como panoregras roleta cassinofundo o fortalecimento do patriotismo indiano, devido ao agravamento do conflito na Caxemira.
regras roleta cassino A região, localizada na fronteira entre a Índia e o Paquistão, é disputada pelos dois países há décadas.
regras roleta cassino Chaturvedi deu um depoimento à BBC. Confira abaixo.
Como um cadeirante na Índia, ir ao cinema não é tarefa fácil.
Por isso, eu e minha mulher, Monika, não saímosregras roleta cassinocasa para assistir filmes com frequência.
Mas uma vez a cada três meses nos dedicamos à jornada.
Em uma manhãregras roleta cassinodomingo alguns meses atrás, planejamos uma visita ao cinema.
Estava animado para ver Kabali, o novo filmeregras roleta cassinoRajnikant (o mais famoso ator indiano). Afinalregras roleta cassinocontas, eu nunca havia assistido a um longa dele no cinema.
Peguei meu carro - que foi adaptado especialmente para mim - e seguimosregras roleta cassinodireção ao local.
Era um domingo chuvoso, muito comumregras roleta cassinoGoa (sudoeste da Índia).
Acompanhadosregras roleta cassinoum amigo, entramos no cinema para uma sessão vespertina.
Ir ao cinema, para mim, equivale a uma operaçãoregras roleta cassinoguerra: minha mulher sai à caça dos lanterninhas enquanto observo os pôsteres dos filmesregras roleta cassinobuscaregras roleta cassinonovos lançamentos, ignorando as encaradasregras roleta cassinooutras pessoas, normalmente surpresas ao verem um cadeirante.
Algumas crianças sempre apontam para mim perguntando aos pais por que um homem está sentadoregras roleta cassinouma cadeiraregras roleta cassinorodas. É fofo, mas irritante.
Monika finalmente reaparece com dois lanterninhas e explica a eles que precisaremosregras roleta cassinoajuda para chegarmos ao meu assento e que eu possivelmente tereiregras roleta cassinoser carregado escada acima.
Ela sugere ainda que tudo isso seja feito antes da abertura dos portões ao público.
Então, naquele dia, nos acomodamosregras roleta cassinonossos assentos. A sala enche e o cheiro da pipoca toma o lugar aos poucos.
Mas antesregras roleta cassinoo filme começar, o hino nacional é executado e todos se levantam.
Trata-seregras roleta cassinoum daqueles momentosregras roleta cassinoque você se sente isolado porque você é o único a permanecer sentado.
Posso escutar um casal atrásregras roleta cassinomim cantando o hinoregras roleta cassinovoz alta. Presto atenção neles e admiro o patriotismo.
Agressão
De repente, levo uma tapa forte na minha nuca. Viro-me e vejo um homem gesticulando agressivamente, me mandando levantar.
Ainda atordoado, volto meus olhos à tela e espero o hino acabar. Deveria estar com raiva, penso comigo mesmo, mas minhas mãos trememregras roleta cassinonervosismo.
Quando o hino termina, viro-me novamente e questiono meu agressor: "Por que você não cuida daregras roleta cassinovida?"
A mulher dele, então, intervém e grita: "Você não pode ao menos se levantar para cantar o hino nacional"?
"Você não sabe o que está falando", respondo. "Cuida daregras roleta cassinovida. Por que você temregras roleta cassinoresolver tudo no braço e agredir as pessoas?", acrescento.
Minha mulher está observando tudo com surpresa e pergunta-se o que está acontecendo.
Meu amigo também não entende nada.
Mas quando Monika ouve a palavra "agredir", ela se descontrola.
"Por que você agrediu meu marido?", grita ela.
"Por que ele não pode se levantar para cantar o hino?", rebate a parceira do meu agressor.
"Você sabe que ele é cadeirante?", esbraveja minha mulher.
O homem rapidamente se dá conta do erro, reclina-se e começa a pedir desculpas para mim. A mulher dele, no entanto, parece se incomodar e continua batendo boca com Monika.
Foi uma situação horrível. Afinalregras roleta cassinocontas, nosso objetivo era apenas assistir a um filme.
De repente, um lanterninha aparece e nos pede calma, argumentando que outras pessoas na sala estão incomodadas com a confusão.
Minha mulher me pergunta se estou bem. Eu digo que sim.
"Vamos assistir ao filme, por favor", digo a ela, embora minha vontade naquele momento eraregras roleta cassinovoltar para casa.
Em seguida, o casal atrásregras roleta cassinonós se levanta e vai embora. Me sinto imediatamente relaxado.
Fico pensando no momento quando meu agressor decidiu se levantar e me dar um tapa na nuca. Como ele sabia que eu não responderia à agressão?
O amor pelo país dele (que é meu também) é tão intenso que ele acha que pode sair agredindo quem quiser?
E o que eu devo fazer se essa situação voltar a se repetir?
Reflexão
Devo informar as pessoas atrásregras roleta cassinomim que sou cadeirante e, portanto, não posso me levantar para cantar o hino?
Devo usar algum tiporegras roleta cassinocrachá que me identifique como cadeirante?
E mais importante: o hino nacional deve ser tocado no cinema?
Na manhã seguinte, as crianças da escola perto da minha casa cantam o hino nacional antes do início das aulas.
Deitadoregras roleta cassinominha cama, escuto as vozes delas repletasregras roleta cassinopatriotismo.
Enquanto isso, espero poder um dia cantar novamente o hino sem que isso me traga más lembranças.