'Sou culpado e faço parte do problema', diz argentinobet 3.5texto que viralizou após estupro que chocou país:bet 3.5
Caso chocante
O textobet 3.5Casciari foi publicado no diabet 3.5que centenasbet 3.5milharesbet 3.5pessoas foram às ruasbet 3.5um protesto convocado pelo movimento "Ni Una A Menos" contra a violênciabet 3.5gênero. As manifestações ocorrerambet 3.5vários países, inclusive no Brasil.
"Essa luta é, sem dúvidas, a mais revolucionária que já aconteceu nesse país por décadas. Um dia, vamos olhar para trás e vamos achar incrível que tenhamos demorado tanto para reagir."
A indignação tem crescido na Argentina pela sucessãobet 3.5ataques que diversas mulheres sofreram no país, entre eles obet 3.5Lucía Pérez, que morreu após ter sido drogada, torturada e estuprada. Três suspeitos estão presos pelo crime.
O textobet 3.5Casciari aborda o aspecto do papel dos homens,bet 3.5geral, no machismo - não só como autores dos abusos, mas também como perpetuadoresbet 3.5práticas machistas.
"Entre os 30 e 40 anos, escrevi maisbet 3.5500 crônicas na internet. Há pelo menos 20 delas que têm alguma frase machista ou alguma ideia retrógrada que hoje me envergonhobet 3.5ler", escreve.
"Aos 43, me perguntei pela primeira vez o que deveria fazer com esses textos. Apagá-los ou modificá-los ou deixá-los como estavam? Escolhi mantê-los. Para reconhecer a pessoa que fui e ser menos imbecil daquibet 3.5diante."
'Sou culpado'
Entre os quase 500 comentários no textobet 3.5Casciari, chama a atenção a quantidadebet 3.5mulheres que diz ter deixadobet 3.5segui-lo nos últimos tempos justamente por causabet 3.5suas colocações machistas.
Um dos comentários com maisbet 3.5mil curtidas ébet 3.5uma mulher que diz: "Deixeibet 3.5ler seus textos quando canseibet 3.5ver tantas mensagens subliminares ou mesmo diretas contra as mulheres".
"Sinceramente, pensei que suas crônicas só estavam sendo escritas para homens", afirmou ela.
Em seu textobet 3.5'mea culpa', Casciari cita exemplosbet 3.5sua infância para mostrar como teve uma criação machista.
"Durante a infância, minha mãe mandava minha irmã fazer compras no mercado e nunca me mandava fazer o mesmo. Comecei a ir ao mercado só aos 13 anos, por vontade própria."
"Uma vez, meu pai tevebet 3.5cozinhar porque minha mãe não estava. Minha avó fez um escândalo combet 3.5nora: Como é possível? Ele é o homem da casa!"
'Leviandade'
Agora, porém, ele afirma policiar-se para evitar perpetuar o machismo que aprendeu desde a infância.
"Nós homens não podemos mais ficar na leviandadebet 3.5dizer que uma 'cantada' não é violência, nem na indiferençabet 3.5achar que só elas devem protestar contra essa violência", afirmou.
No texto, ele finaliza dizendo que a atitude e a reaçãobet 3.5protestobet 3.5tantas mulheres diante do caso bárbarobet 3.5Lucía ficarão marcadas na história.
"Nossos netos, queridas, ficarão muito orgulhososbet 3.5vocês."