Matthew ameaça a Flórida: como são escolhidos os nomes dos furacões:bet360 apostas

Ponte destruida no Haiti

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Furacão Matthew deixa maisbet360 apostasvinte mortos no Haiti e se aproxima dos Estados Unidos.

bet360 apostas Os americanos estãobet360 apostasalerta com a aproximação do furacão Matthew, que deve atingir a Flórida nesta sexta-feira. Alguns moradores do sudeste dos Estados Unidos foram orientados a deixar suas casas.

O furacão já provocou ao menos 25 mortes, desde que se formou perto da fronteira entre a Colômbia e o México, no fimbet360 apostassetembro. Abet360 apostaspassagem foi destruidora no Haiti, onde ao menos 21 pessoas morreram e maisbet360 apostas350 mil estão desalojadas, segundo a ONU. Outras quatro mortes foram registradas na República Dominicana.

Com o rastrobet360 apostasdestruição, o Matthew poderá estar no nívelbet360 apostasoutras tempestades famosas pelos efeitos desastrosos como Andrew,bet360 apostas1992 e Katrina,bet360 apostas2005.

Mas qual seria a explicação para os nomes dos furacões e outros ciclones tropicais?

Usar nomes humanos -bet360 apostasvezbet360 apostasnúmeros ou termos técnicos - nas tempestades tem o objetivobet360 apostasevitar confusão e facilitar a divulgaçãobet360 apostasalertas.

Ao contrário do que dizem alguns boatos populares, a escolha dos nomes não tem nada a ver com políticos e não se tratabet360 apostashomenagens a pessoas que morreram no desastre do navio Titanic.

A listabet360 apostasnomes para os ciclones tropicais do Atlântico foi criadabet360 apostas1953 pelo Centro Nacionalbet360 apostasFuracões dos Estados Unidos (NHC, na siglabet360 apostasinglês) e seu padrão foi usado para as listasbet360 apostasoutras regiões do mundo.

Atualmente, as listas são mantidas e atualizadas pela Organização Meteorológica Mundial, agência da ONU baseadabet360 apostasGenebra, na Suíça.

As listas dos furacõesbet360 apostascada ano são organizadasbet360 apostasordem alfabética, alternando nomes masculinos e femininos. E os nomesbet360 apostastempestades são diferentes para cada região.

Neste ano já passamos por Alex, Bonnie, Colin, Danielle, Earl, Fiona, Gaston, Hermine, Ian, Julia, Karl e Lisa até chegarmos ao Matthew.

As listas são recicladas a cada seis anos, o que significa que alguns nomes podem voltar a aparecer.

Os comitês regionais da OMM se reúnem anualmente para decidir que nomesbet360 apostastempestades do ano anterior devem ser "congelados" por terem sido particularmente devastadoras.

O furacão Katrina, por exemplo, que deixou maisbet360 apostasdois mil mortosbet360 apostasNova Orleans, nos Estados Unidos,bet360 apostas2005, não teve seu nome reutilizado. Em 2011, quem apareceubet360 apostasseu lugar, com menos alarde, foi a tempestade Katia.

Mulheres e homens

Koji Kuroiwa, chefe do programabet360 apostasciclones tropicais na OMM, explicou que o Exército americano foi o primeiro a usar nomesbet360 apostaspessoasbet360 apostastempestades durante a Segunda Guerra Mundial

"Eles preferiam escolher nomesbet360 apostassuas namoradas, esposas ou mães. Naquela época, a maioria era nomebet360 apostasmulher."

O hábito tornou-se regrabet360 apostas1953, mas nomes masculinos foram adicionados à lista nos anos 1970, para evitar o desequilíbriobet360 apostasgênero.

americanos colocam grades para proteger janelasbet360 apostashotel

Crédito, AP

Legenda da foto, Americanos se preparam para a chegada do furacão Matthew.

Em 2014, um estudobet360 apostaspesquisadores da Universidadebet360 apostasIllinois, nos Estados Unidos, afirmou que furacões com nomesbet360 apostasmulheres matam mais pessoas que aqueles com nomes masculinos, porque costumam ser levados menos "a sério" e, consequentemente, há menos preparação para enfrentá-los.

Os cientistas analisaram dadosbet360 apostasfuracões que atingiram o país entre 1950 e 2012, com exceção do Katrinabet360 apostas2005 - porque o grande númerobet360 apostasmortos poderia distorcer os resultados.

O estudo, que foi divulgado na publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), afirmou que cada furacão com nome masculino causa,bet360 apostasmédia, 15 mortes. Já os que têm nomes femininos provocam maisbet360 apostasquarenta.

Kuroiwa diz que o usobet360 apostasnomes próprios pretende fazer com que as pessoas entendam previsões e alertas mais facilmente. Costuma ser frequente encontrar pessoas com vontadebet360 apostasparticipar.

"Temos muitos pedidos todos os anos: 'por favor, use meu nome ou o nome da minha esposa ou da minha filha'".

Nomes regionais

Durante a era vitoriana na Grã-Bretanha, as tempestades eram nomeadas aleatoriamente. Uma tormenta no oceano Atlântico que destruiu o mastrobet360 apostasum barco chamado Antje,bet360 apostas1842, foi chamadabet360 apostasFuracãobet360 apostasAntje.

Outros furacões foram identificados por suas localizações, mas coordenadasbet360 apostaslatitude e longitude não eram tão fáceisbet360 apostasidentificar e comunicar a outras pessoas.

Um meteorologista australiano do século 19, Clement Wragge, se divertia usando nomesbet360 apostaspolíticos dos quais não gostava. Na região do Caribe, os furacões já foram nomeadosbet360 apostashomenagem aos santos católicos dos diasbet360 apostasque eles atingiam cidades.

Atualmente, os nomes mudambet360 apostasacordo com a região dos ciclones.

"No Atlântico e no leste do Pacífico, usam-se nomes reaisbet360 apostaspessoas, mas há convenções diferentesbet360 apostasoutras partes do mundo", diz Julian Heming, cientistabet360 apostasprevisões tropicais no Met Office, escritóriobet360 apostasmeteorologia britânico.

Heming diz que no oeste do Pacífico, por exemplo, também se utilizam nomesbet360 apostasflores, animais, personagens históricos e mitológicos, e alimentos, como Kulap (rosabet360 apostastailandês) e Kujira (baleia,bet360 apostasjaponês).

"O importante é ser um nome do qual as pessoas possam se lembrar e identificar. Antes, esta região usava nomesbet360 apostasinglês e, há 10 anos, decidiu-se que eles deveriam ser mais apropriados para a região."

Hojebet360 apostasdia, Sandy poderia chegar aos Estados Unidos, mas Anika se aproximaria da Austrália, Bakung chegaria à Indonésia e Bulbul poderia atingir a Índia.

As letras Q,U,X,Y e Z não são usadas na lista das tempestades no Oceano Atlântico por causa da escassezbet360 apostasnomes próprios com elas. Neste caso, há no máximo 21 tempestades nomeadasbet360 apostasum ano até acabar a lista.

Mas o que acontece depois que a lista termina? "Se o resto da temporada tiver muita atividade, temos que usar letras do alfabeto grego", diz Heming.

mapa mundi mostrando formaçãobet360 apostasciclones, furacoes e tufoes

Crédito, NOOA

Legenda da foto, Furacões, tufões e ciclones descrevem o mesmo fenômeno climático, mas recebem nomes diferentes dependendo do lugar onde se formam.

* Reportagem originalmente publicadabet360 apostasoutubrobet360 apostas2015 e atualizada