Cessar-fogo entraesportes betvigor; Colômbia terá que 'engolir sapos' para ter paz, diz Ingrid Betancourt:esportes bet

esportes bet Ex-refém das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt afirmou que o cessar-fogo entre a guerrilha e o governo será um "grande sapo" que todos os envolvidosesportes betmaisesportes bet50 anosesportes betconfronto terão que engolir.

"Teremos que ser nobres e grandiosos se quisermos que isso funcione. Se continuarmos a agir como baratas, não irá funcionar", disse a ex-senadora, prisioneira das Farcesportes betfevereiroesportes bet2002 a julhoesportes bet2008, à BBC.

Betancourt disse que o acordoesportes betpaz permitirá "reforçar as instituições democráticas" na Colômbia, mas ainda será preciso julgar eventuais responsáveis por crimesesportes betguerra.

"Esperamos que a justiça venha num segundo estágio. Agora é como um adiantamento, no que esperamos que seja uma garantia para novas gerações não testemunharem e não serem submetidas à violência que vimos na Colômbia até agora."

Após quatro anosesportes betnegociações públicas, entrouesportes betvigor nesta segunda-feira, 29esportes betagosto, o cessar-fogo bilateral e definitivo que, na prática, encerra a insurgência do grupo guerrilheiroesportes betinspiração marxista, iniciadaesportes bet1964.

Fecha-se assim um capítulo fundamentalesportes betum conflito armadoesportes betmaisesportes bet52 anos,esportes betque maisesportes bet260 mil pessoas morrerem, quase sete milhões foram desalojadas e dezenasesportes betmilhares desapareceram.

A medida converteuesportes betpermanente o cessar-fogo unilateral que a guerrilha mantinha desde julhoesportes bet2015 - desde então o governo suspendeu bombardeios e reduziu ofensivas contra os rebeldes.

Ainda falta, porém, um passo crucial para selar o acordoesportes betpaz definitivo anunciado pelo governo e pelas Farcesportes betHavana,esportes betCuba, na semana passada: o voto dos colombianosesportes betplebiscito convocado para 2esportes betoutubro.

E o governo da Colômbia ainda negocia com outro grupo guerrilheiro: o Exércitoesportes betLibertação Nacional (ELN), fundado pouco depois do nascimento das Farc.

Para Betancourt, trata-seesportes bet"um bom começo", muito embora ela diga que ainda luta para tentar perdoar os responsáveis por seu sequestro.

"Estou tentando. A vontade está lá. Sei que é importante perdoar, porque é o meu caminho para a liberdade. Se não perdoar estarei acorrentada à minha sedeesportes betvingança. Acho também que perdoar é o caminho para a Colômbia. Precisamos deixar a guerra e o ódio para trás."

Sim ou não?

Pesquisasesportes betopinião feitas até agora não revelaram tendência clara a favor ou contra o acordoesportes betpaz.

Muitos colombianos respaldam os termos do cessar-fogo, mas outros veem o acordo com desconfiança.

Ainda há muita desinformação e faltaesportes betconhecimento sobre os acordos, e também tensão política entre o ex-presidente e atual senador Álvaro Uribe, opositor do acordo e ainda popular entre setores da população, e o atual presidente, Juan Manuel Santos, principal patrocinador do acordo e cuja gestão hoje tem níveis baixosesportes betaprovação.

Há quem veja nos acordos um nívelesportes betimpunidade considerado inaceitável, porque guerrilheiros e demais cidadãos que tenham cometido crimes graves poderiam evitar a prisão cumprindo penas alternativasesportes betreparação a comunidades afetadas pelo confronto.

O governo diz considerar a crítica injusta.

Betancourt disse concordar com a anistia a adolescentes e jovens que foram praticamente obrigados a se juntar às Farc. "O que a Colômbia está tentando é não usar a justiça como instrumentoesportes betvingança, mas para construir oportunidade para encontrarmos um novo jeitoesportes betser colombiano."

A opinião da população sobre o acordo deverá começar a ficar mais nítida quando os colombianos souberem a pergunta exata do plebiscito, que ainda não foi formulada.

O que vem depois

Enquanto isso, as Farc já anunciaram queesportes betdécima conferência,esportes betque os acordos serão aprovados internamente e haverá decisão pela conversão a uma organização não-armada, ocorreráesportes bet13 a 19esportes betsetembro.

Poucos dias depois, governo e Farc farão um ato oficialesportes betassinatura dos acordos, cerimônia que deverá ser acompanhada por líderes mundiais como o presidente dos EUA, Barack Obama, eesportes betCuba, Raúl Castro.

Se os colombianos aprovarem os acordos no plebiscito, as Farc deverão entregar todas suas armas à ONUesportes betcercaesportes betseis meses, para serem destruídas. E seus integrantes poderão se reintegrar à vida civil.

Se os acordos forem rejeitados pela população, o cenário seguinte será difícilesportes betprever.