Ex-presidiário, ativista canadense prepara-se para erguer 'império da maconha':wolfcasino

Marc Emery

Crédito, Rafael Chaché

Legenda da foto, Marc Emery já abriu quatro lojaswolfcasinomaconha no Canadá e prepara-se para criar redewolfcasinotodo o país

Com duas lojas já abertaswolfcasinoVancouver, onde vive, e outras duaswolfcasinoToronto, Emery prepara-se para criar uma redewolfcasinocomércio espalhada por todo o país. Também iniciou uma sériewolfcasinoviagens internacionais, numa cruzada pela regulamentaçãowolfcasinopaíses da Europa e da América do Sul.

"Vamos abrir uma loja a cada dois meses a partirwolfcasinoagora, para que todos possam comprar maconha legalmente. O Canadá passa por mudanças intensas, e deve influenciar outros países a fazerem o mesmo", diz à BBC Brasil.

Os diaswolfcasinomegafonewolfcasinopunho e protestos barulhentos, no entanto, prosseguem. "Só vou descansar quando os Estados Unidos legalizarem a maconha", avisa. "Eles são o país com maior influência global, cruciais para acabar com a guerra à erva".

Da fama à prisão

Marc Emery

Crédito, Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Emery foi condenado à prisão nos EUA por tráfico internacionalwolfcasinodrogas e lavagemwolfcasinodinheiro

Emery iniciouwolfcasinoluta pela descriminalização da cannabis nos anos 80. Vendia livros e revistas sobre os supostos benefícios do consumo. Naquele tempo, qualquer publicação relacionada à maconha era censurada no Canadá. Em seguida, criou um periódico sobre o assunto, a revista Cultura Cannabis.

Aos poucos foi ficando famoso. Ele diz ter "dividido baseados com personalidadeswolfcasinotodo o tipo, incluindo o atual premiê canadense, Justin Trudeau".

O auge da popularidade veio nos anos 90 e 2000, quando passou a comercializar também sementes da planta através dos correios.

A distribuição do insumo não se restringiu ao Canadá, e alcançou todos os Estados americanos. Ele diz ter conseguido lucrowolfcasinocercawolfcasinoU$ 5 milhões com a empreitada.

Mas o comércio era ilegal nos EUA, e Marc foi indiciado,wolfcasino2005, por tráfico internacionalwolfcasinodrogas e lavagemwolfcasinodinheiro.

Foi processado e acusadowolfcasinocrimes que poderiam acarretarwolfcasinoaté 40 anoswolfcasinocadeia. Após longa batalha judicial, conseguiu um acordo que reduziuwolfcasinopena para quatro anos.

Reportagemwolfcasinojornal com Marc Emery

Crédito, Reprodução

Legenda da foto, Conhecido como 'Príncipe da Maconha', Emery ganhou fama ao lutar pela legalização da erva

"Perdi todo o dinheirowolfcasinoadvogados e campanhas para mudar a legislação", conta. "E a acusaçãowolfcasinotráfico é absurda. Sempre paguei imposto por tudo que vendi. Jamais soneguei ou atueiwolfcasinoforma criminosa. Sówolfcasinotaxas foram US$ 600 mil recolhidos pelo governo do Canadá", diz à BBC Brasil.

Quando foi extraditado e preso nos Estados Unidos,wolfcasino2009, protestos contra seu encarceramento se espalharam por maiswolfcasino100 cidades do planeta, incluindo Londres, Paris e Nova York. "Usei meu período na cadeia para prestar assessoria jurídica a outros detentos. E mantive um blog contando minha rotina", conta.

Livre da prisão há dois anos, Marc Emery vive dias mais tranquilos. Apesarwolfcasinoainda não ser legal no Canadá, o consumowolfcasinomaconha já não sofre a repressãowolfcasinooutrora. O comércio é permitido para fins médicos e os dispensários, como são chamados os estabelecimentos que disponibilizam a erva, proliferam nas vias mais movimentadas das grandes cidades.

Marc Emerywolfcasinofrente awolfcasinoloja

Crédito, Rafael Chaché

Legenda da foto, Comérciowolfcasinomaconha para fins medicinais é permitido no país e feito por meiowolfcasinodispensários como owolfcasinoEmery

Algumas lojas, incluindo as dele, aproveitam o relaxamento nas leis e já vendem o produto a qualquer maiorwolfcasinoidade. De vezwolfcasinoquando, a negociação ainda é interrompida por batidas policiais e interdições. Mas os dispensários voltam a funcionarwolfcasinopoucas horas. E, quando uma loja é fechada, Emery faz questãowolfcasinoir pessoalmente ao local para reabri-la.

"Há um temorwolfcasinoque o comércio, ao ser regularizado, seja feito apenas por grandes corporações. Isso excluiria o pequeno e médio comerciante, que sempre lutou para que a maconha saísse da clandestinidade. Não vamos permitir que isso aconteça", afirma.

Marc Emery com cliente

Crédito, Rafael Chaché

Legenda da foto, Com o relaxamento das leis, Emery vende o produto a qualquer maiorwolfcasinoidade
LojawolfcasinoMarc Emery

Crédito, Rafael Chaché

Legenda da foto, Emery diz que 'só vai descansar quando os EUA legalizarem a maconha'

Após a regulamentação da produção, venda e consumo da maconha no Uruguai, implementada pelo ex-presidente José Mujica, Emery acredita a América do Sul também vai sofrer mudanças profundas na forma como trata a questão. Mas faz uma ressalva.

"O debate está muito atrasado na América Latina. E mesmowolfcasinopaíses da Europa, como a Itália. No Brasil, a repressão resulta numa maconha muito ruim, trazidawolfcasinoforma clandestina do Paraguai. Também aumenta a corrupção e alimenta a violência do tráfico. Por seu tamanho e influência, é importante que o país leve a questão a sério e mudewolfcasinolegislação extremamente retrógrada. O país é fundamental para atacar o crime organizado e a violência que assolam todo o continente sul-americano", diz.