'The Crown': série pode mudar a imagem da monarquia britânica?:antigos cassinos no brasil

Crédito, Netflix

Legenda da foto, Atriz Elizabeth Debicki interpreta a princesa Diana na quinta temporadaantigos cassinos no brasil'The Crown'.

Existem questionamentos sobre a realidade dos fatos mostrados na série, mas Maclaran afirma que o impacto real do programaantigos cassinos no brasilTV é aantigos cassinos no brasilmensagem emocional, especialmente depoisantigos cassinos no brasilfiltrada pelas redes sociais.

A série tem elementos característicosantigos cassinos no brasiluma novela sobre a realeza. A dramatização dos relacionamentos humanos gera emoções e opiniões no público, independenteantigos cassinos no brasilqualquer advertência sobreantigos cassinos no brasilimprecisão histórica.

Entre os espectadores da Geração Z, Maclaran espera ver Diana emergir como "ícone cultural", com os jovens identificando-se com suas dificuldades pessoais,antigos cassinos no brasildefesaantigos cassinos no brasilcausas públicas e seu questionamento das instituições formais. Nas redes sociais, a princesa é um meme para os marginalizados.

A históriaantigos cassinos no brasilDiana, interpretada pela atriz Elizabeth Debicki, é a principal da última temporada. Os mais jovem não têm recordações da princesa ainda viva.

"Essas representações na mídia podem ser muito poderosas", segundo a professora Maclaran.

Os jovens também parecem mais dispostos a aceitar a autenticidade da versãoantigos cassinos no brasilThe Crown. Uma pesquisa do instituto britânico YouGov concluiu que os jovens com 18 a 24 anosantigos cassinos no brasilidade estão três vezes mais dispostos que os idosos com maisantigos cassinos no brasil65 anos a acreditar que a nova sérieantigos cassinos no brasilThe Crown é precisa.

Crédito, Netflix

Legenda da foto, Imelda Staunton, como a rainha Elizabeth 2ª, e Jonathan Pryce, como o príncipe Philip, nos anos 1990, na visãoantigos cassinos no brasil'The Crown'

A Netflix descreve a série sobre a realeza como "dramatização fictícia, imaginando o que pode ter acontecido a portas fechadas".

Maclaran relembra que a monarquia já se beneficiou anteriormente desse tipoantigos cassinos no brasilabordagem, que incluiu o filme A Rainha (2006), com a atriz Hellen Mirren no papel principal e o roteirista Peter Morgan, criadorantigos cassinos no brasilThe Crown.

Comantigos cassinos no brasilmisturaantigos cassinos no brasilsimples minimização dos fatos e fortes sentimentos, A Rainha mostrou como Elizabeth 2ª precisou ajustar-se aos novos tempos para humanizar a família real britânica.

"A imagemantigos cassinos no brasilElizabeth 2ª realmente foi beneficiada por A Rainha. O filme deu a ela um lado emocional que as pessoas não tinham observado", afirma Maclaran.

Mas ela espera que a nova temporadaantigos cassinos no brasilThe Crown deixe uma impressão muito mais heterogênea da monarquia, principalmente entre os espectadores mais jovens.

'Mudou minha opinião sobre o rei'

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, O interesseantigos cassinos no brasilLinzi Cormack pela família real aumentou com a série 'The Crown', masantigos cassinos no brasilsimpatia está ao lado da princesa Diana

A série da Netflix serveantigos cassinos no brasilliçãoantigos cassinos no brasilhistória para a jovem Linzi Cormack,antigos cassinos no brasil29 anos, que mora na cidadeantigos cassinos no brasilStockton-on-Tees, no nordeste da Inglaterra.

"Eu era criança quando tudo aconteceu", explica ela. "Assistir à série realmente abriu meus olhos para toda a família real e tudo o que aconteceu."

Cormack acredita que a realeza esteja sendo retratada na tela exatamente como teria acontecido por trás dos portões do palácio. E admite que a série fez com que ela tenha mais respeito pela rainha Elizabeth.

"Honestamente, ela mudou minha opinião sobre a família real. Para começar, fez com que eu me interessasse por ela", afirma. Mas a temporada anterior aumentou muito seus sentimentos negativos sobre o rei Charles 3°."

"Ela mudou minha opinião sobre o rei e não acho que Camilla deveria ser rainha", ela conta. "Acho que o que eles fizeram com a princesa Diana foi horrível, considerando o quanto ela era adorada."

A princesa Diana é a única razão que faz Louise Wilson assistir a The Crown. Ela tem 25 anosantigos cassinos no brasilidade e moraantigos cassinos no brasilDumfries and Galloway, no sul da Escócia. Wilson admite que, às vezes, esquece que se trataantigos cassinos no brasiluma sérieantigos cassinos no brasilficção.

Ela não assistiu às três primeiras temporadas, mas começou a acompanhar quando Diana entrou na históriaantigos cassinos no brasil2020, interpretada pela atriz Emma Corrin. "Ela parecia simplesmente uma pessoa comum", segundo Wilson.

E a série também mudouantigos cassinos no brasilopinião sobre o então príncipe Charles e Camilla. "Eu realmente não gostava deles antesantigos cassinos no brasilassistir à série, mas ali entendi que eles estavam destinados a ficar juntos", ela conta.

Legenda da foto, Tori Cooper, dos EUA, afirma que não sabia nada sobre a família real britânica antesantigos cassinos no brasilassistir à série 'The Crown'

Já Tori Cooper, jovemantigos cassinos no brasil29 anos do Texas, nos Estados Unidos, diz que grande parte da temporada é novidade para ela.

"Eu não sabia que Charles havia conhecido Camilla antesantigos cassinos no brasilconhecer Diana e foi interessante ver suas ligações telefônicas e como ele ama Camilla todo o tempo", disse ela à BBC News,antigos cassinos no brasilfrente ao Palácioantigos cassinos no brasilBuckingham,antigos cassinos no brasilLondres.

"Às vezes, acho que é 100% real", ela conta, admitindo que chega a tratar a série como documentário. "Mas certamente eles tomaram algumas liberdadesantigos cassinos no brasilmuitos assuntos."

Crédito, Peter Summers

Legenda da foto, Pesquisas indicam que os espectadores mais jovens costumam acreditar mais na veracidade históricaantigos cassinos no brasil'The Crown'

Mística x ceticismo

A disparidadeantigos cassinos no brasilopiniões sobre a monarquia entre as gerações é clara.

Pesquisas realizadas pelo YouGovantigos cassinos no brasiloutubroantigos cassinos no brasil2022 concluíram que:

  • 30% das pessoas com 18 a 24 anosantigos cassinos no brasilidade acreditam que a monarquia é "boa para o Reino Unido",antigos cassinos no brasilcomparação com 73% entre as pessoas com maisantigos cassinos no brasil65 anos.
  • 45% das pessoas com 18 a 24 anosantigos cassinos no brasilidade acreditam que Charles fará um bom trabalho como rei; entre as pessoas com maisantigos cassinos no brasil65 anos, este percentual éantigos cassinos no brasil83%.

O historiador da realeza Ed Owens acredita que isso seja parteantigos cassinos no brasilum ceticismo muito mais amplo com relação às instituiçõesantigos cassinos no brasilgeral, não apenas com a monarquia.

"Existe uma sensaçãoantigos cassinos no brasildesencanto entre os jovens sobre a formaantigos cassinos no brasilque a sociedade e a política funcionam atualmente. A monarquia é uma instituição que incorpora o establishment político e as pessoas a veem como parteantigos cassinos no brasilum sistema antiquado que não funciona para elas", afirma Owens.

Se os jovens têm menos entusiasmo sobre a monarquia, a professoraantigos cassinos no brasilhistória Heather Jones, do University Collegeantigos cassinos no brasilLondres, afirma que também falta distinção clara sobre a formaantigos cassinos no brasilque a realeza é retratada.

Crédito, Netflix

Legenda da foto, O ex-primeiro-ministro John Major, interpretado na série por Jonny Lee Miller, acusou a nova temporadaantigos cassinos no brasilincluir 'absurdos'

Ela acredita que o efeito geralantigos cassinos no brasilThe Crown sobre os jovens seráantigos cassinos no brasil"reforçar a mística da monarquia" e nãoantigos cassinos no brasilprejudicá-la. Mas a professora se preocupa com a mistura entre uma sérieantigos cassinos no brasilentretenimento, com um roteiro criativo, e os registros históricos.

"Existe uma lacuna real no conhecimento histórico,antigos cassinos no brasilforma que os jovens muitas vezes acreditam que o que estão vendo no drama histórico é real", afirma Jones.

Ela indica filmesantigos cassinos no brasilguerra, como 1917 e Dunkirk, como outros exemplosantigos cassinos no brasilque ela constatou a faltaantigos cassinos no brasilreconhecimentoantigos cassinos no brasilque são "versões ficcionais da história, interessantes e envolventes".

Outro ponto que levanta ainda mais questões éticas sobre The Crown, segundo Jones, é o fatoantigos cassinos no brasilque muitos dos seus protagonistas ainda estão vivos. Não se trataantigos cassinos no brasiluma simples imaginação do passado, mas sim da dramatização das vidasantigos cassinos no brasilpessoas que ainda fazem parte do momento presente.

E, quanto mais série se aproxima dos dias atuais, mais problemática fica essa questão. Pode se tratarantigos cassinos no brasilficção dramatizada, mas as perdas e lutos são muito reais. E a morte da personagem central — a rainha Elizabeth 2ª — ainda é muito recente.

"The Crown sempre foi forte quando se manteve próxima dos eventos históricosantigos cassinos no brasilforma precisa", afirma Jones. "Quando ela se envereda por território inventado, muito dramático, ela se enfraquece... ela faz sensacionalismo com eventos que já são suficientemente 'sensacionalizados'."

O Palácioantigos cassinos no brasilBuckingham disse à BBC que não se pronunciará sobre The Crown.

A Netflix afirma que aantigos cassinos no brasilsérieantigos cassinos no brasilTV representa uma "década significativa para a família real — que já foi analisada e bem documentada por jornalistas, biógrafos e historiadores".

"The Crown sempre foi apresentada como dramatização com baseantigos cassinos no brasileventos históricos", diz a Netflix.

- Este texto foi publicadoantigos cassinos no brasilhttp://vesser.net/geral-63578233