Flexitarianismo: o que é tendência que pode ser 'degrau' para quem quer virar vegetariano:blazer casino online

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Legenda da foto, O flexitarianismo permite o consumoblazer casino onlinecarnes, mas prioriza os legumes, verduras e leguminosasblazer casino onlineuma forma geral

De acordo com a especialista, muitas pessoas tentam se tornar vegetarianas, mas desistem no meio do caminho. "E o flexitarianismo garante a transiçãoblazer casino onlineum jeito menos radical, porque o vegetarianismo às vezes assusta", diz Brito.

"Nós podemos ter grupos que reduzem só a carne vermelha, outros que comem menos peixe e outros que têm uma preocupação geral para todos os tiposblazer casino onlinecarnes. A frequência com que as pessoas reduzem a carne também varia. Pode ser uma vez por semana ou até várias. Mas não existe uma definição clara e universal", explica Michelle Jacob, pesquisadora, doutorablazer casino onlineciências sociais e professora do Departamentoblazer casino onlineNutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

'Não é só preço'

A jornalista gastronômica e empresária Ailin Aleixo se define como flexitariana. Ela diminuiu muito o consumoblazer casino onlinealimentosblazer casino onlineorigem animal há cercablazer casino online10 anos, quando começou a pesquisar e a visitar a produçãoblazer casino onlineovos, leite, carnes e afins.

"Visitar essas produções e entender o impacto gigante que existe na cadeiablazer casino onlineprodução desses alimentos me fez diminuir o consumo naturalmente e muito rápido", diz Ailin, que também é fundadora do site e podcast Vai Se Food e jurada do reality show Top Chef Brasil.

Ela acredita que grande parte da população não sabe como realmente se dá a produção desses alimentos. E, se soubesse, pensariablazer casino onlineforma diferente.

Ailin argumenta que antibióticos nos animaisblazer casino onlineabate, usoblazer casino onlinegaiolas para produçãoblazer casino onlineovos, tratamentoblazer casino onlineanimais e o impacto na saúde pública ajudaram a "diminuir o consumo ou quase parar".

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Legenda da foto, Segundo os especialistas, o que se espera ao reduzir o consumoblazer casino onlinealimentosblazer casino onlineorigem animal é que a pessoa coma mais vegetais e com variedade

Jornalista especializadablazer casino onlinegastronomia, ela afirma que há inúmeras possibilidadesblazer casino onlinecardápios no mundo vegetal. "Eu acho muito mais interessante quando usamos alimentos do universo animal como um detalhe, porque não é normal ou sustentável a gente consumir bicho como consumimos hoje", diz.

Uma comissão da ONG EAT-Lancet desenvolveu um relatório chamado A Dieta da Saúde Planetária que contou com a participaçãoblazer casino online37 cientistas líderesblazer casino online16 paísesblazer casino onlinediversas áreas, incluindo saúde humana, agricultura, ciência política e sustentabilidade ambiental.

O trabalho, que pode ser lidoblazer casino onlineportuguês, concluiu que a migração para dietas saudáveis até 2050 vai exigir mudanças substanciais. O consumo geralblazer casino onlinefrutas, vegetais e nozes terá que duplicar, enquanto o consumoblazer casino onlinealimentos como a carne vermelha terá que ser reduzidoblazer casino onlinemaisblazer casino online50%. Para os especialistas, a adoção globalblazer casino onlinedietas saudáveis, a partirblazer casino onlinesistemas alimentares sustentáveis, protegeria o planeta e melhoraria muito a saúdeblazer casino onlinebilhõesblazer casino onlinepessoas.

"E depoisblazer casino onlineentender tudo isso, eu não consegui não mudar a minha alimentação. Hoje, para mim, é inviável eu pensarblazer casino onlineme alimentarblazer casino onlineoutra forma", esclarece Ailin.

Especialistas veem com bons olhos

O movimento do flexitarianismo começou a ter notoriedade a partir dos anos 2000. Segundo Jacob, pesquisadora e professora do Departamentoblazer casino onlineNutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ainda não há pesquisas que definam os flexitarianos brasileiros, no entanto, assim comoblazer casino onlinedemais países, essa população visa, sobretudo, diminuir o impacto ambiental causado pelas cadeiasblazer casino onlineprodução alimentícias derivadasblazer casino onlineanimais.

"Esse é um grupo que está mais preocupado com questões relacionadas ao impacto ambiental direto. E para produzir carne nós gastamos muitos recursos naturais, como terra e água. Também emitimos muitos gasesblazer casino onlineefeito estufa por causa do desmatamento, já que o boi precisablazer casino onlineáreablazer casino onlinepastagem e, além disso, emite gasesblazer casino onlineefeito estufa durante ablazer casino onlinedigestão", comenta Jacob.

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Legenda da foto, Ailin Aleixo diz que passou a priorizar o consumoblazer casino onlinealimentos do reino vegetal depoisblazer casino onlineverblazer casino onlineperto como é a produçãoblazer casino onlinecarnes no país

A pesquisadora avalia também que alguns flexitarianos levamblazer casino onlineconta o sofrimento animal, isto é, a forma como são criados até o momento do abate ou o simples fatoblazer casino onlineeles "precisarem" morrer para que as pessoas se alimentem.

"No início da décadablazer casino online1960 já existia um movimentoblazer casino onlineevitar comer carne, principalmente, pelo sofrimento animal. E essas pessoas que exibiam essa preocupação passaram a ser chamadasblazer casino onlinevegetarianos", pontua Jacob, destacando que, com o passar do tempo, os impactos ambientais mais amplos ganharam força na discussão.

"O flexitarianismo é um modelo alimentar muito interessante tanto do pontoblazer casino onlinevista da saúde humana como ambiental. Sabemos que algumas pessoas no mundo precisam da carne para viver, como é o casoblazer casino onlinecertas populações indígenas que encontram nos animais silvestres uma importante fonteblazer casino onlinenutrição. Mas, para aquelas que possuem um leque amploblazer casino onlineescolhas, reduzir [o consumoblazer casino onlinecarne] é fundamental", conclui Jacob, pesquisadora e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Outros flexitarianos, porblazer casino onlinevez, alegam questões relacionadas à saúde..

"Pensandoblazer casino onlinesaúde, a grosso modo, o flexitarianismo tem muitos benefícios para quem adota, porque espera-se que a prática seja pautada na redução da frequênciablazer casino onlineprodutosblazer casino onlineorigem animal e no aumento e variedade dos produtosblazer casino onlineorigem vegetal, que é onde temos fibra dietética, vitaminas e minerais, alémblazer casino onlinecompostos bioativos. Então, você teria a ganhar por aumentar a oferta desses componentes todos", acredita Ana Luisa Kremer Faller, professora adjunta e pesquisadora do Institutoblazer casino onlineNutrição Josuéblazer casino onlineCastro da Universidade Federal do Rioblazer casino onlineJaneiro (UFRJ).

Alguns estudos têm mostrado que a tendência do flexitarianismo pode ter benefícios emergentes para a saúdeblazer casino onlinerelação à perdablazer casino onlinepeso, doenças cardiovasculares, problemas intestinais, prevençãoblazer casino onlinediabetes, entre outros.

Em contrapartida, a substituição da carne por produtos alternativos ultraprocessados como hambúrgueresblazer casino onlineorigem vegetal, por exemplo, não é benéfica. Ao contrário, porque esses produtos podem conter aditivos alimentares — ingredientes adicionados ao alimento com o objetivoblazer casino onlinealterar ou modificar suas características, como os conservantes, corantes, antioxidante e aromatizante.

"Para fazer essa dieta que, do pontoblazer casino onlinevista nutricional é mais simples, a pessoa vai ter que estar preparada também psicologicamente, porque depois da motivação inicial pode vir a desistência, tristeza e o sentimentoblazer casino onlinefracasso. Algumas pessoas até têm quadros depressivos", alerta a nutricionista do Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade.

Escolha, não necessidade

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Legenda da foto, O flexitarianismo aborda questões ambientais e defende a redução do consumoblazer casino onlinecarneblazer casino onlineprol da vida e do bem-estar dos animais

A pandemiablazer casino onlinecovid-19 provocou mudanças na mesa dos brasileiros, que reduziram o consumoblazer casino onlinecarne bovina para o menor nívelblazer casino online25 anos.

"Em 2018, cada brasileiro comeu,blazer casino onlinemédia, 34 quilosblazer casino onlinecarne. Em 2021, foram 27 quilos. Para este ano, a projeção éblazer casino onlineuma quedablazer casino online10,6%blazer casino onlinerelação ao ano passado. A carne bovina teve uma inflação médiablazer casino online78% desde 2018 até agora", analisa o pesquisador Guilherme Malafaia, especialistablazer casino onlinecadeias produtivas e coordenador do Centroblazer casino onlineInteligência da Carne da Embrapa (CiCarne).

Para Gabriel Delgado, coordenador da região Sul do Instituto Interamericanoblazer casino onlineCooperação para a Agricultura (ICCA) e representante no Brasil, mudançasblazer casino onlinehábitos alimentares envolve a economia e a própria cultura brasileira. "Por isso, tudo o que está acontecendoblazer casino onlinetermosblazer casino onlinenovos hábitosblazer casino onlineconsumoblazer casino onlinecarne, sobretudo entre as novas gerações, precisa ser acompanhado, já que se tratablazer casino onlineuma mudança cultural muito profunda", avalia.

No Brasil, ainda não existe um recorte mais bem definido sobre o perfil dos consumidores que se declaram flexitarianos, alémblazer casino onlineavaliação sobre quem são os principais substitutos da carne.

"O que se espera ao reduzir o consumoblazer casino onlinealimentosblazer casino onlineorigem animal é que a pessoa coma mais alimentos vegetais com variedade: cereais, leguminosas, sementes, frutas, e não apenas alface. O que não pode acontecer é a pessoa apenas tirar a carne e não a substituir adequadamente", diz Faller, professora da Universidade Federal do Rioblazer casino onlineJaneiro

Ns EUA, há mais dados sobre o flexitarianismo. De acordo com uma pesquisa recente encomendada pelo Sprouts Farmers Market e conduzida pela One Poll, mais da metade dos jovens adultos americanos (com idades entre 24 e 39 anos) se identificam como flexitarianos.

Além disso, 63% dos entrevistadosblazer casino onlinegeral disseram que estariam "dispostos a trocar a carne por uma alternativa à baseblazer casino onlineplantas se atendesse a certos critérios".

Este texto foi originalmente publicadoblazer casino onlinehttp://bbc.co.ukhttp://vesser.net/geral-62695317

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