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'Pandemônioesportes e sorteviroses': como pandemiaesportes e sortecovid mudou padrõesesportes e sortevírus conhecidos:esportes e sorte
A mudança começou logo nos primórdios da pandemia. Com o isolamento social, o usoesportes e sortemáscaras e o fechamentoesportes e sorteescolas eesportes e sorteespaços comuns, crianças e adultos pararamesportes e sorteter contato com vários patógenos.
"O caso da gripe foi muito marcante: ela simplesmente desapareceuesportes e sorte2020. Nós pesquisadores nunca imaginávamos que isso aconteceria", explica à reportagem Ellen Foxman, professora-assistente da Escolaesportes e sorteMedicinaesportes e sorteYale, nos Estados Unidos, e pesquisadoraesportes e sortecomportamentoesportes e sortevírus.
Além da influenza (causador da gripe), também praticamente desapareceram ao longoesportes e sorte2020, por exemplo, o VSR (que causa bronquioliteesportes e sortecrianças pequenas) e o rinovírus (causador do resfriado comum), relembra Francisco Oliveira.
Daí,esportes e sorte2021, esses vírus começaram a reaparecer — mas foraesportes e sorteépoca.
"Para nossa surpresa, o VSR e a influenza apareceram no verão atéesportes e sorteadultos", diz o médico.
Nos meses frios atuais, quando virosesesportes e sortefato se proliferam com mais velocidade, uma quantidade maior do que o comumesportes e sortevírus está causando atendimentos e internaçõesesportes e sortehospitais infantis. A começar pelo Sars-CoV-2.
No hospital pediátrico Pequeno Príncipe,esportes e sorteCuritiba,esportes e sortemaio a junho, aumentou 30% o númeroesportes e sorteinternações por covid-19, e a maioria dos casos eramesportes e sortecrianças não vacinadas (ou só com a primeira dose) e abaixoesportes e sorte5 anos (que ainda não recebem a vacina).
No diaesportes e sorteque conversou com a reportagem,esportes e sorte17esportes e sortejunho, Victor Horácio, infectologista pediátrico do Pequeno Príncipe, disse que uma alaesportes e sorte12 leitos infantis estava totalmente ocupada por pacientes com covid-19.
Fora isso, relata Horácio, tem havido "muito mais casosesportes e sorteVSR, adenovírus e parainfluenza (também causadoresesportes e sortedoenças respiratórias). O quadro clínico pode não só ser mais forte, como mais frequente".
E embora os casos mais gravesesportes e sorteVSR sigam ocorrendoesportes e sortebebês, até adolescentes têm sofrido mais com a doença, segundo o médico do Hospital Pequeno Príncipe.
No Sabará, têm crescido nas últimas semanas as internações por adenovírus, parainfluenza e rinovírus. "Antes, a prevalência desses vírus era menor", explica Oliveira.
"É uma situação anômala", diz o pediatra carioca Daniel Becker, que classifica o quadro atual como um "pandemônioesportes e sorteviroses".
"Temos visto um número excessivamente grandeesportes e sortecrianças pegando doenças consecutivas, uma atrás da outra. É uma observação pessoal, mas existe um consenso entre os médicosesportes e sorteque a ordemesportes e sortegrandeza das contaminações está bastante acima do normal", avalia.
Mas o que explicam as mudançasesportes e sortesazonalidade eesportes e sortequadro clínicoesportes e sortevírus tão conhecidos da medicina?
'Déficitesportes e sorteimunidade'
É algo que ainda está sendo investigado, mas, segundo cinco médicos consultados pela reportagem, um ponto-chave é que parece haver um "déficitesportes e sorteimunidade" causado pelo períodoesportes e sorteisolamento social —esportes e sortetodas as faixas etárias, mas particularmenteesportes e sortecrianças.
O fatoesportes e sorteelas não terem pego tantas viroses nos meses da pandemia foi um alívioesportes e sortemeio à tragédia e às disrupções da covid-19. Mas isso deixou seus sistemas imunológicos destreinados para enfrentar patologias comuns e criou grupos populacionais mais vulneráveis a alguns vírus e bactérias, diz um estudo francêsesportes e sortecoautoria do médico François Angoulvant, que desde 2020 tem acompanhado a evolução das doenças infecciosasesportes e sorteParis.
Além disso, é possível que o Sars-CoV esteja interferindo no desfechoesportes e sortealgumas infecções. Um caso emblemático disso diz respeito a surtos da misteriosa hepatite infantil vistosesportes e sortemeses recentes.
Uma possibilidade estudada pelos médicos é se crianças que foram infectadas com covid-19 eesportes e sorteseguida pegaram o chamado adenovírus 41 — que causa problemas estomacais — acabaram tendo uma resposta inesperada do organismo que pode ter levado à hepatite, explica Oliveira Júnior.
Os vírus estão mudando?
De modo geral, outra hipótese sendo investigada é se os vírus comuns mudaram nos dois últimos anos.
Um estudo da Universidadeesportes e sorteSydney, na Austrália, publicado no periódico Nature Communications avalia que a pandemia "mudou enormemente a incidência e a genética" do VSR no país, que teve um dos lockdowns mais rígidos do planeta.
Assim como no resto do mundo, o VSR teveesportes e sortesazonalidade bagunçada na Austrália: sumiu do mapaesportes e sorte2020, mas foi um dos primeiros a reaparecerem — mas no verão,esportes e sortevezesportes e sorteno inverno — quando o país reabriu.
Os pesquisadores australianos decidiram sequenciar geneticamente os principais surtos foraesportes e sorteépoca do vírus. "Uma descoberta surpreendente foi um grande 'colapso'esportes e sortecepas do RSV já conhecidas antes da covid-19 e a emergênciaesportes e sortenovas cepas, que dominaram os surtos"esportes e sortegrandes partes do país, diz comunicado da Universidadeesportes e sorteSydney.
"Precisamos reavaliar nosso entendimento atual e nossas expectativasesportes e sorteviroses comuns, incluindo a influenza, e a nossa abordagemesportes e sortegerenciá-los", disse John-Sebastian Eden, principal pesquisador do estudo. "Precisamos ficar vigilantes: alguns vírus podem ter praticamente desaparecido, mas possivelmente voltarão num futuro próximo,esportes e sorteépocas incomuns e com um impacto maior."
Ellen Foxman,esportes e sorteYale, e François Angoulvant, médicoesportes e sorteParis, no entanto, não acham que os vírusesportes e sortesi estejam mudando — a principal mudança é na nossa relação com eles.
"Nós é que mudamos (nosso comportamento na pandemia), e não os vírus", opina Angoulvant à BBC News Brasil. "Também vimos que não entendemos plenamente a sazonalidade dos vírus e que não podemos extrapolar o comportamentoesportes e sorteum vírus para os demais — o histórico do nosso sistema imunológico não responde igual a todos os vírus."
"A pandemia serviu para nos mostrar que as coisas que achávamos que eram culpa do clima (no caso das virosesesportes e sorteoutono/inverno, por exemplo) não necessariamente o são", agrega Ellen Foxman. "Nosso comportamento tem um papel muito maior do que pensávamos."
Além disso, ainda há muito a se decifrar sobre o nosso sistema imunológico. Por exemplo, um grande temor durante a pandemiaesportes e sortecovid-19 eraesportes e sorteque uma epidemiaesportes e sortegripe coincidisse com aesportes e sortecovid-19, levando a um potencial novo colapso dos sistemasesportes e sortesaúde.
Mas, apesaresportes e sorteter havido casosesportes e sorteco-infecçãoesportes e sorteinfluenza e Sars-CoV-2, a "epidemia gêmea" não chegou a acontecer.
O motivo disso está sendo estudado pelo laboratórioesportes e sorteFoxmanesportes e sorteYale.
"Pesquisamos se, quando um vírus avança com muita prevalência (como no caso do Sars-CoV-2 com suas variantes hiper-transmissíveis), acabe fazendo com que pessoas que tenham se infectado recentemente tenham o sistema imunológicoesportes e sortealerta máximo, o que pode afastar outros vírus", diz Foxman à BBC News Brasil.
"É o que chamamosesportes e sorteinterferência viral, mas isso não está plenamente compreendido ainda."
De qualquer modo, mesmo que a interferência viral acabe sendo comprovada, ela provavelmente não é algo permanente, afirma Francisco Oliveira Júnior, do Sabará. E os vírus, com seus ciclosesportes e sortealtos e baixos, vão "disputando espaço" na tentativaesportes e sortese proliferaresportes e sortenossos corpos.
"Não sabemos que nicho o Sars-CoV-2 vai ocupar, à medida que mais gente se vacina ou tem imunidade. Ele é capazesportes e sortemuitas mutações, que podem causar infecções, não necessariamente mais graves — mas é um vírus imprevisível e pode surgir uma cepaesportes e sortemaior gravidade que pode afetar subgrupos com resposta imune pior."
Ellen Foxman suspeita que, com o tempo, a covid-19 vai acabar se tornando um vírus sazonalesportes e sorteinverno (assim como outros coronavírus costumam ser). E que, à medida que o comportamento das sociedades ficam mais parecidos aos períodos pré-pandemia, a sazonalidade típica das demais viroses também volte a seus padrões conhecidos.
O que pais podem fazer contra as viroses infantis?
Enquanto isso não acontece, o pediatra Daniel Becker dá dicas sobre como lidar com os frequentes casos viraisesportes e sortecrianças.
"É importante evitar correr ao pronto-socorro logo no primeiro diaesportes e sortefebre, a não seresportes e sortecasoesportes e sortebebês pequenos (quando qualquer febre tem que ser avaliada por um médico). Isso porque, por conta do contexto do pronto-socorro, muitas vezes as crianças acabam sendo medicadas desnecessariamente, até com antibióticos, e passam horas na filaesportes e sorteatendimento, expostas a uma co-infecção", diz ele.
"Se a criança está com um bom estado geral, ela pode ser observada com cuidado e tratada com muito líquido, mel, lavagem nasal, banho quente e vapor. E se ela ficar abatida por causa da febre, um antitérmico pode aliviar o incômodo."
Se o quadro piorar ou persistir, aí sim pode ser horaesportes e sorteprocurar atendimento médico.
E, para crianças que estejam com muito catarro, mas sem febre e bem dispostas, brincaresportes e sorteáreas ao ar livre ajuda a melhorar a imunidade e a fortalecer o sistema cardiorrespiratório, agrega Becker.
Por fim, "sabemos que as crianças estão comendo mais alimentos ultraprocessados, e isso não é bom, porque piora o perfil do microbioma." Ele se refere ao conjuntoesportes e sortemicro-organismos que vivemesportes e sortepartes do nosso corpo, como o sistema intestinal, e que têm demonstrado ter um papel importante na saúde geral, inclusive na imunidade.
Então uma alimentação ricaesportes e sortefrutas, vegetais, grãos e leguminosas vai ajudar não só a saúde geral do corpo, como seu poderesportes e sortecombater infecções.
No longo prazo, o que podemos aprender com isso?
Além disso, todos os especialistas consultados pela BBC News Brasil dizem que a bagunça viral causada pela pandemia traz importantes lições, tanto para indivíduos como para as políticas públicas.
O primeiro ensinamento tem a ver com vacinas: manter o calendário vacinalesportes e sortedia, inclusive (mas não apenas) contra a covid-19, é essencial para proteger crianças e adultos dos patógenos para os quais existem imunizantes.
Governos e fabricantesesportes e sortevacinas podem teresportes e sortese adaptar para oferecer vacinas (como a da gripe) durante mais tempo, para além das sazonalidades típicas, pelo menos por enquanto. E pesquisas por vacinas novas, como uma contra o VSR, ou mais fortes, como no caso da covid-19, continuarão sendo importantes.
Para prevenir quadros viraisesportes e sortecrianças, medidasesportes e sorteproteção continuam sendo essenciais, entre elas usar álcool gel, manter as mãos sempre limpas e controlar a ida a aglomerações — inclusive adultos, que muitas vezes são grandes transmissoresesportes e sortevírus para o público infantil.
"Outra coisa que eu jamais imaginava é como as máscaras acabaram sendo tão eficientes", avalia Ellen Foxman.
Mesmo antes da pandemia, diz ela, "poderíamos ter prevenido o alastramentoesportes e sortetantas doenças se não fôssemos trabalhar doentes, ou deixando que todos ficassem sem máscaraesportes e sorteconsultórios pediátricos, passando vírus adiante. Usar máscara ou trabalharesportes e sortecasa pode reduzir tanto o fardo dessas doenças. Espero que a gente lembre dessas lições quando a pandemia passar."
'Este texto foi originalmente publicadoesportes e sortehttp://vesser.net/geral-61902861'
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