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Da varíola à covid-19, a história dos movimentos antivacina pelo mundo:aplicativo de apostas no futebol
Nos tempos antigos, a simples visãoaplicativo de apostas no futebolpacientes com varíola causava medo e pânico. Era uma doença perigosa.
Espalhado por gotículas líquidas, o vírus da varíola causa febre, náuseas e vômitos, formando abcessos purulentos (pústulas) na pele e nas mucosas.
Aqueles que sobreviveram à doença ficavam com cicatrizes no local das pústulas ressecadas pelo restante da vida e podiam ficar cegos.
O vírus morre fora do corpo humano e, uma vez infectados, sobreviventes desenvolvem imunidade para sempre.
Ainda se discute quando e como a varíola apareceu pela primeira vez na história, mas está documentado que as epidemias da doença destruíram vilarejos inteiros no Leste Asiático no início da Idade Média.
No Japão, uma epidemiaaplicativo de apostas no futebolvaríola durante os anosaplicativo de apostas no futebol735-737 matou cercaaplicativo de apostas no futebol35% da população.
Também teve efeito devastador na produção agrícola e contribuiu para a disseminação do budismo no país — uma resposta, acreditam os historiadores, à imensa dor que as pessoas sofreram.
Costumes orientais
Por volta dessa época, a varíola se espalhou para o mundo árabe eaplicativo de apostas no futebollá para a Europa.
No século 16, os espanhóis trouxeram a varíola para a América, onde ela causou mortesaplicativo de apostas no futebolmassa entre os povos indígenas.
Por volta da Idade Média, alguns povos africanos e asiáticos praticavam a "variolação" para se proteger da varíola.
Funcionava assim: eles pegavam o pusaplicativo de apostas no futebolalguém com varíola e o esfregavam na peleaplicativo de apostas no futeboluma pessoa saudável.
Após o procedimento, a infecção geralmente era leve e não deixava cicatrizes no corpo.
Essa prática foi observada pelo médico e filósofo persa Abu Bakr ar-Razi (864-925), o primeiro a diferenciar o sarampo e a varíola.
Na Europa, a prática da variolação surgiu muito mais tarde.
Ela foi introduzida pela primeira vez por Lady Mary Wortley Montagu (1689-1762), uma aristocrata e escritora que foi moraraplicativo de apostas no futebolIstambulaplicativo de apostas no futebol1717, onde seu marido era o embaixador britânico.
Ela mergulhou na cultura turca e passou muito tempo conversando com mulheres otomanas, que lhe contaram sobre a prática da variolação.
Lady Montagu havia contraído varíola no passado. A doença deixara cicatrizesaplicativo de apostas no futebolseu rosto e ela queria proteger seu filhoaplicativo de apostas no futebolcinco anos.
O médico da embaixada, Charles Maitland, aplicou variolação na criança sem consequências negativas para a saúde do menino.
Prática duvidosa,aplicativo de apostas no futebolacordo com médicos
Lady Montagu tentou compartilharaplicativo de apostas no futebolexperiência depoisaplicativo de apostas no futebolretornar à Grã-Bretanhaaplicativo de apostas no futebol1718, mas foi imediatamente contestada pelos médicos locais. Eles rejeitaram a variolação - ou, como os britânicos a chamavam, "inoculação" - como uma prática duvidosa dos curandeiros orientais.
Mas quando uma nova epidemiaaplicativo de apostas no futebolvaríola atingiu a Grã-Bretanhaaplicativo de apostas no futebol1721, Lady Montagu também fez a variolação emaplicativo de apostas no futebolfilha.
A notícia se espalhou entre a aristocracia e a família real. A princesaaplicativo de apostas no futebolGales e futura rainha da Grã-Bretanha e Irlanda, Carolineaplicativo de apostas no futebolBrandenburg-Ansbach, se interessou pelo método.
Ela aprovou um experimento: sete condenados à morte seriam libertados da prisão se aceitassem ser vacinados e sobrevivessem.
Todos os homens selecionados para o experimento sobreviveram e foram libertados. Posteriormente, a princesa decidiu submeter suas duas filhas ao procedimento.
Vale lembrar que a inoculação não era uma prática segura. Cercaaplicativo de apostas no futebol2-3% dos pacientes morriam após desenvolver doenças graves.
Uma pessoa inoculada também podia infectar pessoas saudáveis com varíola, porque as condiçõesaplicativo de apostas no futebolhigiene e isolamento da época deixavam muito a desejar.
Em 1782 e 1783, os dois filhos do rei britânico George 3º, Alfred e Octavius, morreram após a inoculação.
Porém, considerando o alto índiceaplicativo de apostas no futebolmortalidade por varíola, que pode chegar a 20-30%, muitos optaram por correr o risco e a prática se espalhou pela aristocracia.
Mortesaplicativo de apostas no futebolmonarcas
Monarcas como o imperador russo Pedro 2º e o rei francês Luís 15 perderam a vida para a varíola.
Na verdade, após a morteaplicativo de apostas no futebolLuís 15,aplicativo de apostas no futebol1774, o novo rei Luís 16 e seus irmãos foram imediatamente vacinados.
Os governantes da época não propunham tornar a inoculação obrigatória, não apenas porque alguns médicos e clérigos eram extremamente críticos da prática, mas também porque ela era cara.
Em meados do século 18, o médico Robert Sutton e seu filho, Daniel, tornaram a inoculação mais segura e quase indolor com o usoaplicativo de apostas no futeboluma lanceta.
Daniel Sutton e seus sócios logo a transformaramaplicativo de apostas no futebolum negócioaplicativo de apostas no futebolfranquia, expandindo-se para outros países europeus e para a América. Ele inoculou pessoalmente 22 mil pessoas entre 1763 e 1766, três das quais morreram.
Infelizmente, para os inoculadores, uma descobertaaplicativo de apostas no futebol1796 acabou com seus negócios para sempre. Foi um evento revolucionário que alterou fundamentalmente a história da medicina e da humanidade.
Varíola bovina
Tudo começou quando o médico britânico Edward Jenner (1749-1823) se interessou por rumores que circulavam pelos vilarejosaplicativo de apostas no futebolGloucestershire.
Trabalhadores que contraíram varíola bovina, que não é perigosa para os humanos, pareciam estar imunes à varíola.
Para constatar isso, Jenner usou pusaplicativo de apostas no futebollesõesaplicativo de apostas no futebolvaríola bovinaaplicativo de apostas no futeboluma ordenhadora, chamada Sarah Nelms, e as esfregouaplicativo de apostas no futebolum corte no braçoaplicativo de apostas no futebolum meninoaplicativo de apostas no futeboloito anos, James Phipps.
O menino não adoeceu, sofrendo apenasaplicativo de apostas no futeboldoraplicativo de apostas no futebolcabeça e perdaaplicativo de apostas no futebolapetite por um tempo.
Seis semanas depois, Jenner inoculou o menino com varíola humana, que não produziu efeito. James Phipps foi subsequentemente inoculado com varíola maisaplicativo de apostas no futebol20 vezesaplicativo de apostas no futebolintervalos diferentes, mas não teve nenhum sinal da doença.
Quando Jenner decidiu publicar os resultadosaplicativo de apostas no futebolsuas experiênciasaplicativo de apostas no futebolum livreto, The Study of the Causes and Effects of... The Cowpox ("O Estudo das Causas e Efeitos da… Varíola Bovina",aplicativo de apostas no futeboltradução livre), a Real Sociedadeaplicativo de apostas no futebolLondres (uma sociedade científica nacional) se recusou a ajudá-lo.
Castigoaplicativo de apostas no futebolDeus
Vários líderes religiosos acreditavam que a varíola era uma puniçãoaplicativo de apostas no futebolDeus e não deveria ser tratada. Alguns médicos se opuseram ao conceitoaplicativo de apostas no futebolvacinaçãoaplicativo de apostas no futebolJenner.
Foi nessa época que o movimento antivacinação começou a surgir, opondo-se aos Jennerites - seguidores do médico. As partesaplicativo de apostas no futebolconflito publicaram panfletos e tentaram usar jornais e tirinhas para ridicularizar seus oponentes.
Perdaaplicativo de apostas no futebolrenda
Entre os líderes proeminentes dos antivaxxers estavam os médicos Benjamin Moseley e William Rowley. Sua oposição não era apenas ideológica. Para esses médicos, a proliferação da vacinaçãoaplicativo de apostas no futebolmassa significou uma perdaaplicativo de apostas no futebolreceita com a inoculação que praticavamaplicativo de apostas no futebolpacientes ricos.
Benjamin Moseley (1742-1819) juntou-se à luta contra a vacinaçãoaplicativo de apostas no futebol1799 e tentou convencer o Parlamento a rejeitá-la durante seus discursosaplicativo de apostas no futebol1802 e 1808.
Moseley chamou a varíola bovinaaplicativo de apostas no futebol"sífilis do boi", brincando com a repulsaaplicativo de apostas no futebolalguns cidadãos que não gostaram do fatoaplicativo de apostas no futebolseus filhos serem vacinados com fluido do corpoaplicativo de apostas no futebolum animal. Na verdade, ele equiparou a vacinação à disseminaçãoaplicativo de apostas no futeboldoenças sexualmente transmissíveis e zoofilia (atração sexualaplicativo de apostas no futebolum ser humano por um animal não humano).
Ele também sugeriu que as pessoas vacinadas poderiam ter cabeloaplicativo de apostas no futebolvaca ouaplicativo de apostas no futebolcabeça assumiria a formaaplicativo de apostas no futebolum touro. Previu também a propagação da coqueluche e da insanidade.
Moseley até mencionou o mitoaplicativo de apostas no futebolPasífae, a rainha cretense que havia sido amaldiçoada por Poseidon e acasalada com um touro, dando à luz a Minotauro — um monstro metade homem metade touro.
Suas opiniões foram brilhantemente capturadas pelo artista britânico James Gillray (1756-1815)aplicativo de apostas no futeboluma tirinha intitulada "The Cow-Pock, or the Wonderful Effects of the New Inoculation!" ("A Varíola Bovina, ou os maravilhosos efeitos da nova inoculação!",aplicativo de apostas no futeboltradução livre).
Ela mostra Jenner fazendo um corte com uma lanceta no braçoaplicativo de apostas no futeboluma mulher. Pacientes correm com cabeçasaplicativo de apostas no futeboltouro brotandoaplicativo de apostas no futeboldiferentes partes do corpo, mas Jenner não se importa. Há uma pintura na parede que mostra a adoraçãoaplicativo de apostas no futeboluma vaca, aludindo à história bíblica da adoração do Bezerroaplicativo de apostas no futebolOuro.
Um defensor da vacinação, o médico e botânico inglês John Thornton respondeu com o tratado "Dr. Moseley's Prophecies" ("Profecias do Dr. Moseley",aplicativo de apostas no futeboltradução livre). Ele ridicularizou os argumentosaplicativo de apostas no futebolMoseley sobre possíveis mutaçõesaplicativo de apostas no futebolpessoas vacinadas e suas referências ao mitoaplicativo de apostas no futebolPasífae. Thornton acreditava que o líder antivax deveria ser responsabilizado por cada morte resultanteaplicativo de apostas no futebolseus esforços para espalhar o medo.
Proibiçãoaplicativo de apostas no futebolinoculação
No mesmo ano, outro apoiadoraplicativo de apostas no futebolJenner, o médico suíço Jeanaplicativo de apostas no futebolCarro, que espalhava a vacina na Áustria e no Leste Europeu, pediu a proibição da inoculaçãoaplicativo de apostas no futebolfavor da vacinação.
Em 1805, William Rowley publicou o tratado: "Cow-Pox Inoculation: No Security Against Small-Pox Infection" (Inoculaçãoaplicativo de apostas no futebolvaríola: Sem segurança contra a infecção por varíola). O médico argumentou que o usoaplicativo de apostas no futebolvaríola bovina era uma violação da religião sagrada. Ele usou ilustraçõesaplicativo de apostas no futebolum menino cujo rosto tinha grandes hematomas e uma menina cobertaaplicativo de apostas no futebolsarna, abscessos e úlceras, chamando-osaplicativo de apostas no futebolvítimasaplicativo de apostas no futebolvacinadores.
Em 1807, o antivaxxer John Smyth Stewart publicou um panfleto intitulado "30,000/ for the Cow-Pox!" ("30.000 / para a Varíola Bovina"). A tirinha no panfleto mostra Jenner e seus apoiadores com chifres e rabos. Eles estão alimentando bebês para uma fera enorme, que representa todos os problemas e doenças perigosas da humanidade. O terrível monstro defeca bebês, e Thornton, o apoiadoraplicativo de apostas no futebolJenner, os jogaaplicativo de apostas no futeboluma pilhaaplicativo de apostas no futebolestercoaplicativo de apostas no futebolanimal.
Não muito longe deles, há um memorial na foto que contém os nomesaplicativo de apostas no futebolmédicos que se opunham à vacinação: Benjamin Moseley, Robert Squirrel, William Rowley, John Birch, George Lipscomb. Médicos com espadas nas mãos, prontos para proteger a humanidade da vacinação, marcham nas proximidades.
'Comportamento rude'
"Ouvi de... uma criançaaplicativo de apostas no futebolPeckham (que), depoisaplicativo de apostas no futebolser inoculada com varíola bovina, teveaplicativo de apostas no futebolantiga disposição natural completamente mudada para a brutal,aplicativo de apostas no futebolmodo que correuaplicativo de apostas no futebolquatro como uma besta, berrando como uma vaca e atacando como um touro", escreveu Smyth Stewart.
Ele estava preocupado com o fatoaplicativo de apostas no futebolque a vacinação tornaria bebês inocentes espiritualmente incapazesaplicativo de apostas no futebolentrar no Reino dos Céus.
Doenças vacinais
Na verdade, várias doenças podiam ser transmitidas durante a vacinação naquela época, pois não havia desinfecçãoaplicativo de apostas no futebolinstrumentos médicos e os médicos acreditavam que a propagação da doença se devia ao miasma, ou seja, ao ar ruim. A descobertaaplicativo de apostas no futebolmicrorganismos causadoresaplicativo de apostas no futeboldoenças e o surgimento da cirurgia anti-séptica ainda não haviam acontecido.
Mas era a época das Guerras Napoleônicas e o país precisava evitar uma nova epidemiaaplicativo de apostas no futebolvaríola, que poderia atingir o Exército com a mesma força que o inimigo. Jenner recebeu o apoio da família real e,aplicativo de apostas no futebol1802, o Parlamento concedeu ao médico um prêmioaplicativo de apostas no futebol10 mil libras.
Vacinação do Exército
Instado pelo príncipe Frederick, duqueaplicativo de apostas no futebolYork, que comandou o Exército britânicoaplicativo de apostas no futebol1795 a 1827, a vacinação tornou-se obrigatória nas Forças Armadasaplicativo de apostas no futebol1800. Seu irmão, o futuro rei William 4º, fez o mesmo na Marinha.
A gravidade da propagação da varíola na época está registradaaplicativo de apostas no futebolum documento das Vacinações e Inspeçõesaplicativo de apostas no futebolRecrutas das Guardasaplicativo de apostas no futebolCavalo Reais para 1817-1851.
Ele dizia que dos 476 recrutas examinados, sendo que a maioria — 262 — tinha cicatrizes específicasaplicativo de apostas no futebolvaríola, 138 recrutas tinham marcasaplicativo de apostas no futebolinoculaçãoaplicativo de apostas no futebolseus braços e outros noveaplicativo de apostas no futeboloutras partes do corpo. Sessenta e cinco homens foram vacinados por Jenner. E apenas um recruta entre 476 não havia sido inoculado ou vacinado e nunca havia contraído varíola.
Vitória dos vacinadores
Em 1801, a vacinaçãoaplicativo de apostas no futebolJenner chegou ao Império Russo, eaplicativo de apostas no futebol1814, ele se encontrou pessoalmente com o imperador Alexandre 1º. A Comissão da Vacinação contra a Varíola surgiu no país no ano seguinte. No entanto, a vacinação não ganhou força na Áustria-Hungria e no Império Russo, ao permanecer opcional até a quedaaplicativo de apostas no futebolambos os impérios.
O presidente dos Estados Unidos, Thomas Jefferson, apoiou a vacinaçãoaplicativo de apostas no futebol1806. E sete anos depois, a Agência Nacionalaplicativo de apostas no futebolVacinas foi criada no país.
Após algum tempo, ficou claro que a vacinação contra a varíola com varíola bovina não conferia imunidade vitalícia, e a revacinação era realizada a cada 10 anos.
Mas ela teve um impacto: 7.858 mortes por varíola foram registradasaplicativo de apostas no futebolLondres na décadaaplicativo de apostas no futebol1810,aplicativo de apostas no futebolcomparação com 18.447 na décadaaplicativo de apostas no futebol1790, segundo dados oficiais da época.
Os oponentesaplicativo de apostas no futebolJenner culparam a vacinação por tudo, desde quedaaplicativo de apostas no futebolcabelo e miopia ao crescente pessimismo e declínio da arte e da literatura. Mas eles acabaram derrotados.
Lutando contra a 'tirania médica'
Em 1840, a inoculação foi proibida na Grã-Bretanha, e a vacinação tornou-se gratuita. Inicialmente, ela não era obrigatória.
A Leiaplicativo de apostas no futebolVacinação aprovada na Grã-Bretanhaaplicativo de apostas no futebol1853 previa que as crianças deveriam ser vacinadas durante os primeiros três mesesaplicativo de apostas no futebolvida, ou os pais poderiam ser multados ou presos. A vacinação tornou-se, assim, obrigatória pela primeira vez.
Essa lei significou que o Estado estendeu seus poderes ao setoraplicativo de apostas no futebolsaúde pública. O direito dos paisaplicativo de apostas no futebolescolher vacinar seus filhos era limitado para garantir a saúde da sociedade como um todo.
No início da décadaaplicativo de apostas no futebol1860, apenas dois terços das crianças haviam sido vacinadas e não havia punição para os paisaplicativo de apostas no futebolcrianças não vacinadas.
A oposição à nova legislação surgiu quase imediatamente. Jáaplicativo de apostas no futebol1854, o hidropata (defensor do tratamento da água) John Gibbs publicou um panfleto " Our Medical Freedoms" ("Nossas Liberdades Médicas",aplicativo de apostas no futeboltradução livre) — o primeiro trabalho contra a vacinação obrigatória.
O Estado abriu centrosaplicativo de apostas no futeboltreinamentoaplicativo de apostas no futebolvacinas e tentou controlar a qualidade da linfa usada para a vacinação.
Epidemiaaplicativo de apostas no futebolvaríola
Entre 1864 e 1868, outra epidemiaaplicativo de apostas no futebolvaríola varreu o país e os pais que não vacinaram seus filhos foram punidos.
A nova leiaplicativo de apostas no futebol1867 introduziu a vacinação obrigatóriaaplicativo de apostas no futeboltodas as crianças com menosaplicativo de apostas no futebol14 anos e levou à mobilizaçãoaplicativo de apostas no futeboloficiaisaplicativo de apostas no futebolvacinação.
A legislação permitiu que paisaplicativo de apostas no futebolcrianças não vacinadas fossem multados. As multas não eram mais únicas para cada criança não vacinada, mas repetidas — impostas continuamente até que a criança finalmente recebesse a vacina. A prisão era uma punição alternativa, e a pena também poderia ser estendida se a criança não tivesse sido vacinada.
Ligas antivacinação apareceram nas cidades britânicas. Elas exigiam a abolição da vacinação obrigatória e propunham medidas sanitárias, como isolar os pacientes com varíola e todos os seus contatos.
Em 1866, Richard Gibbs (1822-1871), um homeopata irlandês e primoaplicativo de apostas no futebolJohn Gibbs, fundou a primeira Liga Anti-Vacinaçãoaplicativo de apostas no futebolum distritoaplicativo de apostas no futebolLondres, com o objetivoaplicativo de apostas no futebolderrubar a 'tirania médica'. Em 1870, reunia maisaplicativo de apostas no futebol100 filiais, 10 mil membros e 200 mil simpatizantes.
'Liberdades civis' para crianças
Richard Gibbs exortou os pais "a irem para a prisão,aplicativo de apostas no futebolvezaplicativo de apostas no futebolse submeterem à inoculaçãoaplicativo de apostas no futebolseus filhos indefesos com escrófula, sífilis e mania".
William Hume-Rotherie, um líder da antivacinação na décadaaplicativo de apostas no futebol1870, insistiu que, mesmo que a vacinação fosse uma boa ideia, "não deveria ser promovida pelo Estado".
"Quanto às crianças. Se os pais não podem fazer o que acham que é certo para seus filhos, então as liberdades civis estão chegando ao fim", escreveu eleaplicativo de apostas no futebol''Vaccination and Vaccination Laws' (Vacinação e Leisaplicativo de apostas no futebolVacinação").
Na maioria dos casos, a vacinação ocorreu sem problemas. Mas houve incidentesaplicativo de apostas no futebolinfecçãoaplicativo de apostas no futeboloutras doenças.
Por exemplo, houve dois casosaplicativo de apostas no futeboltransmissãoaplicativo de apostas no futebolsífilis da linfaaplicativo de apostas no futeboluma pessoa doente para pessoas saudáveis durante a vacinaçãoaplicativo de apostas no futebol1871. Os antivaxxers usaram ativamente a possibilidadeaplicativo de apostas no futeboltransmissão da doença durante a imunização como argumento contra ela.
Jáaplicativo de apostas no futebol1810, o cirurgião italiano Gennaro Galbiati sugeriu tomar linfa diretamenteaplicativo de apostas no futebolvacas para evitar a sífilis. Mas essa iniciativa se tornou difundida apenas no final do século 19. Em 1881, o governo britânico começou a produzir centralmente uma vacina feita da linfaaplicativo de apostas no futebolvaca.
Recusaaplicativo de apostas no futebolvacinação obrigatória
Os jornais da época relatavam casosaplicativo de apostas no futebolrecusa à vacinação, às vezes por recomendaçãoaplicativo de apostas no futebolmédicos.
"'Edward Irons foi intimado por negligenciar o cumprimentoaplicativo de apostas no futeboluma ordemaplicativo de apostas no futebolvacinaçãoaplicativo de apostas no futebolseu filho,aplicativo de apostas no futeboldois anos. Ele disse que tinha uma objeçãoaplicativo de apostas no futebolconsciênciaaplicativo de apostas no futebolobedecer à Leiaplicativo de apostas no futebolVacinação, e também estava agindo sob o conselhoaplicativo de apostas no futebolseu médico, que afirmou que a vacinação não era favorável à saúde da criança, nem a beneficiaria", noticiou o jornal The Leicester Mercuryaplicativo de apostas no futebol1884.
"Umaplicativo de apostas no futebolseus filhos foi vacinado e sofreu muito com as consequências, por isso ele (Irons) não podia permitir que o menino corresse o mesmo risco", acrescentou o diário.
A cidadeaplicativo de apostas no futebolLeicester era então um dos centros do movimento anti-vacinação na Inglaterra. Dezenasaplicativo de apostas no futebolmilharesaplicativo de apostas no futebolmoradores irritados se reuniram nas ruas e queimaram a Leiaplicativo de apostas no futebolVacinação. O maior protestoaplicativo de apostas no futebolmarço 1885 reuniu 80 mil pessoas — elas carregavam cartazes anti-vacinação, caixõesaplicativo de apostas no futebolcrianças e um boneco queimado representando Edward Jenner.
Milharesaplicativo de apostas no futebolmoradores da cidade estavam sob investigação por se recusarem a vacinar crianças.
Em 10aplicativo de apostas no futeboljunhoaplicativo de apostas no futebol1884, o The Leicester Mercury escreveu assim sobre a multidão que saudou dois homens e uma jovem mãe que decidiu ir para a prisão por impedir a vacinaçãoaplicativo de apostas no futebolseus filhos:
"A maior simpatia foi expressa pela pobre mulher, que aguentou bravamente e, embora parecesse questionaraplicativo de apostas no futebolposição, expressouaplicativo de apostas no futeboldeterminaçãoaplicativo de apostas no futebolir para a prisão repetidas vezes,aplicativo de apostas no futebolvezaplicativo de apostas no futebolentregar seu filho às "ternas misericórdias"aplicativo de apostas no futebolum vacinador público. Os três foram assistidos por uma multidão numerosa e... três vivas calorosas foram dadas a eles, que foram renovadas com maior vigor quando entraram pelas portas das celas da polícia."
Isolamento
Os antivaxxersaplicativo de apostas no futebolLeicester, liderados pelo engenheiro sanitário John Thomas Biggs, tentaram introduzir o isolamento dos pacientes e medidas sanitárias, estabelecer a áreaaplicativo de apostas no futebolpropagação da doença e construir esgotos confiáveis como alternativa à vacinação.
Em 1880, a Sociedadeaplicativo de apostas no futebolLondres para a Abolição da Vacinação Obrigatória foi fundada e,aplicativo de apostas no futebol1896, tornou-se a Liga Nacional Anti-Vacinação. A entidade reunia intelectuais londrinos, que defendiam a "cura natural" e a homeopatia, e a classe trabalhadora das cidades industriais, que acreditava que a vacinação era outro elementoaplicativo de apostas no futebolopressão do Estado e da classe dominante.
O empresário William Tebb (1830-1917) foi um dos líderes da organização. Ele próprio foi multado 13 vezes por se recusar a vacinaraplicativo de apostas no futebolterceira filha. Tebb concentrou esforçosaplicativo de apostas no futebolatrair membros do Parlamento para o movimento antivacinação e chegou a criar um jornal, o periódico Vaccination Inquirer, para disseminar suas ideias.
Em 1888, Jacob Bright, parlamentaraplicativo de apostas no futebolManchester, tentou aprovar um projetoaplicativo de apostas no futebollei para revogar a Leiaplicativo de apostas no futebolVacinação, mas não angariou apoio. Em vez disso, foi criada a Comissão Real, que ouviu os argumentosaplicativo de apostas no futebolvacinadores e antivacinadores por sete anos até 1896.
'Veneno Animal'
Entre os líderes antivacinas da época estavam médicos como o cirurgião William Collins, que considerava a vacinação um 'veneno animal' desconhecido, e Charles Creighton, que chamava a vacinaçãoaplicativo de apostas no futebolenvenenamento do sangue, negava a existênciaaplicativo de apostas no futebolgermes e continuava insistindo que a doença era causada por 'ar ruim'.
Francis Newman, professoraplicativo de apostas no futebollatim na Universidade College London, redigiu as visões dos anti-vaxxersaplicativo de apostas no futebolseu tempoaplicativo de apostas no futebolforma precisa. Ele escreveu no Vaccination Inquirer:
"O Parlamento não tem o direito à agressão, qualquer que seja o pretexto da Saúde Pública; nem qualquer outro contra o corpoaplicativo de apostas no futeboluma criança saudável. Proibir a saúde perfeita é uma maldade tirânica, tanto quanto proibir a castidade ou a sobriedade. Nenhum legislador tem esse direito. A lei é uma usurpação insuportável, e cria o direitoaplicativo de apostas no futebolresistência".
Apenas dois dos 15 membros da Comissão Real eram contrários à vacinação, então a maioriaaplicativo de apostas no futebolseus membros decidiu por continuar a imunização obrigatóriaaplicativo de apostas no futebol1896.
Certificadosaplicativo de apostas no futebolisenção
A Leiaplicativo de apostas no futebolVacinaçãoaplicativo de apostas no futebol1898 aboliu formalmente a natureza obrigatória da vacinação, mas para impedir que os filhos fossem imunizados os pais tinham que obter da Justiça um certificadoaplicativo de apostas no futebolisençãoaplicativo de apostas no futebolvacinação. Na verdade, os juízes sabotaram a implementação da lei. Assim,aplicativo de apostas no futebol1906, apenas 40 mil recém-nascidos receberam o certificado. Ao mesmo tempo, a lei proibiu a vacinação mão a mão da linfa humana e a substituiu pela linfaaplicativo de apostas no futebolvaca para prevenir a transmissão da sífilis e da hepatite.
Mesmo assim, os antivaxxers continuaram a lutar. Eles encontraram apoio entre celebridades como o naturalista britânico Alfred Wallace e o escritor George Bernard Shaw, que acreditava que a vacinação era "esfregar resíduosaplicativo de apostas no futeboluma páaplicativo de apostas no futeboluma ferida". Shaw mais tarde recebeu o Prêmio Nobelaplicativo de apostas no futebolLiteratura, apoiou o stalinismo e negou a existência do Holodomor (Fome-Terror ou Grande fome) na Ucrânia.
O governo reconheceu que os juízes estavam sabotando a lei. Em 1907, uma nova lei foi adotada especificando que um pai poderia prevenir a vacinaçãoaplicativo de apostas no futebolseu filho se declarasse dentroaplicativo de apostas no futebolquatro meses que uma vacina poderia prejudicar a saúde dele.
Estados Unidos
A luta entre vacinadores e antivaxxers continuou ao mesmo tempo nos Estados Unidos.
Em 1855, o Estado americanoaplicativo de apostas no futebolMassachusetts abriu um precedente ao introduzir a vacinação obrigatóriaaplicativo de apostas no futebolcriançasaplicativo de apostas no futebolidade escolar. Em 1879, após a visita do líder antivax britânico William Tebb, foi formada a Liga Americana Anti-Vacinação.
O confrontoaplicativo de apostas no futebollonga data entre vacinadores e antivaxxers nos Estados Unidos resultouaplicativo de apostas no futebolum veredito da Suprema Corte dos EUAaplicativo de apostas no futebol1905aplicativo de apostas no futeboluma ação movida pelo pastor sueco-americano Henning Jacobson, que se recusou a vacinar crianças e pagar uma multa, contra o Estadoaplicativo de apostas no futebolMassachusetts.
Os juízes decidiram que qualquer Estado poderia introduzir a vacinação obrigatória se a legislatura estadual decidisse que seria a melhor maneiraaplicativo de apostas no futebolprevenir a propagação da varíola e proteger a saúde pública. As crianças poderiam ser isentas da vacinação obrigatória se ela não violasse os direitosaplicativo de apostas no futebolproteção dos adultos.
O lugar da vacinação contra a varíola na história
A vacinação contra a varíola teve um grande impacto na história da humanidade.
Exércitos francês e alemão
O Exército francês foi atingindoaplicativo de apostas no futebolcheio pela epidemiaaplicativo de apostas no futebolvaríola quando a Guerra Franco-Prussiana estourouaplicativo de apostas no futebol1870-1871. Dos 600 mil soldados, 124 mil adoeceram e 23 mil morreram por causa da doença.
Claro, esse não foi o único motivo para a derrota dos franceses, mas o Exército alemão perdeu apenas 460 soldadosaplicativo de apostas no futebol950 mil para a varíola, pois as tropas eram constantemente vacinadas e revacinadas.
A guerra resultou na unificação da Alemanha, na queda da monarquia francesa e no aumento da inimizade entre os dois Estados, o que contribuiu para a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais.
A Alemanha introduziu a vacinação e revacinação obrigatórias contra a varíolaaplicativo de apostas no futebol1874 e,aplicativo de apostas no futebol1897, apenas cinco pessoas morreram da doença naquele ano.
A França introduziu a vacinação compulsória contra varíola no Exército imediatamente apósaplicativo de apostas no futebolderrotaaplicativo de apostas no futebol1871.
A Alemanha e a Grã-Bretanha, onde a vacinação contra a varíola era obrigatória, praticamente se livraram da doença antes da Primeira Guerra Mundial. Por outro lado, nos impérios austro-húngaro e russo, a vacinação não era obrigatória e a mortalidade por varíola permaneceu alta.
O triunfo da ciência e o impacto da grande política
No final do século 19, pesquisas do cientista francês Louis Pasteur eaplicativo de apostas no futebolseu rival alemão Robert Koch estimularam o desenvolvimentoaplicativo de apostas no futebolvacinas. Eles lançaram as bases da microbiologia, do estudo dos microrganismos e, nas décadasaplicativo de apostas no futebol1870 e 1880, conseguiram provar ao mundo que as doenças são causadas por micro-organismos e não pelo "ar ruim".
Pasteur inventou vacinas contra cólera aviária, raiva e antraz. Após um teste bem-sucedido da vacinaaplicativo de apostas no futebolum pastor mordido por um cão raivosoaplicativo de apostas no futebol1885, Pasteur vacinou pacientesaplicativo de apostas no futeboloutros países europeus e até mesmo dos Estados Unidos. Em 1886, a vacina salvou a vidaaplicativo de apostas no futebolquatro meninos enviados ao cientista do outro lado do Atlântico, mais especificamente do Estadoaplicativo de apostas no futebolNova Jersey.
A partir daquele momento, novas vacinas apareceriam quase a cada década.
O espanhol Jaume Ferran testou a vacina contra o cóleraaplicativo de apostas no futebol1885.
Vacinas contra tétano, febre tifóide e tuberculose
As vacinas contra o tétano, febre tifóide e peste surgiram na décadaaplicativo de apostas no futebol1890.
As vacinas contra escarlatina, difteria, tuberculose e coqueluche foram desenvolvidas na décadaaplicativo de apostas no futebol1920.
E a décadaaplicativo de apostas no futebol1930 viu a invenção das vacinas contra tifo e febre amarela.
Para pelo menos parte da população, os cientistas que pesquisaram e desenvolveram as vacinas tornaram-se heróis.
Nações apoiaram a pesquisa. Na época da luta entre os impérios coloniais, cada Estado preferia ter tecnologia e medicina avançadas que protegessem os Exércitosaplicativo de apostas no futebolperdas não combatentes e reduzissem as tensões sociais.
Brasil
No Brasil, o medo e a desinformação sobre a imunização, alémaplicativo de apostas no futebolquestões políticas, foram os combustíveis para a chamada Revolta da Vacina, entre 10 e 16aplicativo de apostas no futebolnovembroaplicativo de apostas no futebol1904.
A rebelião popular contra a vacinação obrigatória da varíola resultouaplicativo de apostas no futebol945 prisões, 110 feridos e 30 mortos.
O estopim foi a lei nº 1.261,aplicativo de apostas no futebol31aplicativo de apostas no futeboloutubroaplicativo de apostas no futebol1904, que dava poderes às autoridades sanitárias como aplicar multas aos que se recusassem a tomar a vacina e exigir um atestadoaplicativo de apostas no futebolvacinação para se matricularaplicativo de apostas no futebolescolas, realizar casamentos e viagens, e até para conseguir emprego.
O então diretor-geralaplicativo de apostas no futebolsaúde pública do governo federal, o médico sanitarista Oswaldo Cruz, defendia que o imunizante havia sido salvado vidasaplicativo de apostas no futeboldiversos países da Europa — o Rioaplicativo de apostas no futebolJaneiro, então capital federal, sofria com o surtoaplicativo de apostas no futebolvaríola, devido principalmente ao seu crescimento desordenado.
Mas políticos se mostravam contrários à vacinação obrigatória e as pessoas acreditavam, por faltaaplicativo de apostas no futebolinformação, que a invasão às suas casas se tornaria algo corriqueiro — para vacinar as pessoas, os agentesaplicativo de apostas no futebolsaúde tinham autorização para entrar nas casas.
Além disso, assim como nos países europeus, a população não entendia a ciência por trás da vacina: por ser feita a partir do vírus causador da varíola bovina, circulavam boatosaplicativo de apostas no futebolque quem tomasse o imunizante passaria a se parecer com um boi.
Em 10aplicativo de apostas no futebolnovembro, a revolta começou. Ela era liderada pela Liga Contra Vacina Obrigatória, uma organização criada poucos dias antes e encabeçada pelo senador republicano Lauro Sodré.
"Houveaplicativo de apostas no futeboltudo ontem. Tiros, gritos, vaias, interrupçãoaplicativo de apostas no futeboltrânsito, estabelecimentos e casasaplicativo de apostas no futebolespetáculos fechadas, bondes assaltados e bondes queimados, lampiões quebrados à pedrada, árvores derrubadas, edifícios públicos e particulares deteriorados", noticiou a ediçãoaplicativo de apostas no futebol14aplicativo de apostas no futebolnovembro do jornal Gazetaaplicativo de apostas no futebolNotícias, do Rioaplicativo de apostas no futebolJaneiro.
Os confrontos com a polícia começaram com uma reunião entre pessoas contrárias à lei, principalmente estudantes.
Durante dias, maisaplicativo de apostas no futebol2 mil pessoas protestaram e combateram as forças do governo. As lojas fecharam, o transporte público sofreu interrupções.
Além das 945 prisões, 110 pessoas feridas e 30 mortos, cercaaplicativo de apostas no futebol461 presos foram deportados para o norte e condenados a trabalhos forçados.
Comunismo
Depois da Primeira Guerra Mundial e da ascensão do comunismo na Rússia, a luta das ideologias se somou ao cenário. A União Soviética não queria epidemias mortais, pois as pessoas tinham que viver e trabalhar por um "futuro brilhante", a menos, é claro, que se tornassem inimigas do povo.
A competição entre os blocos capitalista e comunista durante a Guerra Fria levou ao surgimento e à disseminaçãoaplicativo de apostas no futebolnovas vacinas. Ambos os partidos se esforçaram para assumir o poder, e isso era impossível sem vencer as doenças que poderiam levar a mídia e a população do bloco inimigo a acreditar que o país era fraco e subdesenvolvido.
Ambos os blocos também participaramaplicativo de apostas no futebolprogramasaplicativo de apostas no futebolvacinaçãoaplicativo de apostas no futebolpaíses pobres do Terceiro Mundo, já que a disseminação da doença e seu próprio prestígio e influência estavamaplicativo de apostas no futeboljogo.
Campanha globalaplicativo de apostas no futebolvacinação da OMS
A história do movimento antivacinação se repetiu. Em 1959, a Organização Mundial da Saúde lançou uma campanha globalaplicativo de apostas no futebolvacinação contra a varíola para atingir os países mais pobres da Ásia, África e América Latina. Os médicos novamente tiveram que lutar contra a oposição antivacinaçãoaplicativo de apostas no futebolvários países.
Oposição religiosa
Foi mais difícil para os médicos na Índia e na África Ocidental, onde a oposição antivacina era liderada por líderes religiosos e curandeiros locais. Muitas vezes eles diziam a analfabetos que a vacina havia sido introduzida por estrangeiros e que irritava ainda mais os deuses, que podiam puni-los com varíola.
Acreditava-se, assim, que a deusa hindu Shitala fosse capazaplicativo de apostas no futebolenviar varíola e outras doenças purulentas, alémaplicativo de apostas no futebolcurá-las.
O povo iorubá, uma das maiores culturas tradicionais da Nigéria e do Benin, tem um deus da varíola e das doenças infecciosas, Sopona. Os locais acreditavam que, se você irritasse seus sacerdotes, poderia ser vítimaaplicativo de apostas no futebolvaríola. As sociedades secretas frequentemente abusavam dessa fé para extorquir dinheiro e ameaçar suas vítimas com a maldiçãoaplicativo de apostas no futebolSopona se elas não pagassem o dízimo.
No início do século 20, o médico local Oguntola Sapara (1861-1935) invadiu uma das sociedades secretas e soube que elas propagavam a doença por meioaplicativo de apostas no futebolpartículasaplicativo de apostas no futebolpústula infectadas retiradasaplicativo de apostas no futebolpacientes. Tendo recebido essa informação, a administração colonial britânica proibiu o culto a Soponaaplicativo de apostas no futebol1907. No entanto, 60 anos depois, os médicos tiveram que superar a resistênciaaplicativo de apostas no futebolseus apoiadores para realizar uma vacinação bem-sucedida na Nigéria.
Declaração 'livreaplicativo de apostas no futebolvaríola'
Em 1980, a OMS declarou o mundo livre da varíola. Apesar dos apelos para que o vírus seja completamente destruído, suas amostras são armazenadasaplicativo de apostas no futeboldois laboratórios nos Estados Unidos e na Rússia.
Enquanto isso, o movimento antivax não desapareceu no Ocidente. Masaplicativo de apostas no futebolvoz enfraqueceu no início da Guerra Fria, porque, com a disseminação da educação e o avanço da ciência, cada vez mais pessoas preferiam ser vacinadas.
Os antivaxxers não negavam mais que os germes eram a origem das doenças, como seus predecessores do século 19 haviam feito. Em vez disso, se concentravam na coletaaplicativo de apostas no futebolinformações sobre os riscos à saúdeaplicativo de apostas no futebolcertas vacinas, relatos da mídia e autoridades questionandoaplicativo de apostas no futeboleficácia e expondo as empresas farmacêuticas.
Às vezes, as empresas farmacêuticas forneciam bons motivos para a hesitação à vacinação.
Erros Farmacêuticos
Por exemplo,aplicativo de apostas no futebol1955, o Cutter Laboratories produziu 120 mil dosesaplicativo de apostas no futebolvacina contendo poliovírus vivo,aplicativo de apostas no futebolvezaplicativo de apostas no futebolinativar a poliomielite. A revista científica Journal of the Royal Society of Medicine relatouaplicativo de apostas no futebol2006 que essas vacinas "causaram 40 mil casosaplicativo de apostas no futebolpoliomielite, deixando 200 crianças com vários grausaplicativo de apostas no futebolparalisia e matando 10". Outros estudos mostraram que 100 crianças sofreram paralisia e quatro morreram.
O Cutter Laboratories foi processado. O júri concluiu que: "a vacina não era comercializável nem adequada para o fim a que se destinava". Uma indenização financeira foi paga aos que moveram a ação.
O evento a seguir que foi usado por aqueles que se opunham à vacinação foi a campanhaaplicativo de apostas no futebolvacinação contra a gripe suínaaplicativo de apostas no futebol1976 nos Estados Unidos.
Campanha da gripe do presidente Ford dos EUA
Várias centenasaplicativo de apostas no futebolsoldados adoeceram com gripe suínaaplicativo de apostas no futeboluma base militaraplicativo de apostas no futebolFort Dix,aplicativo de apostas no futebolNova Jersey,aplicativo de apostas no futebolfevereiroaplicativo de apostas no futebol1976. O governo do presidente Gerald Ford (1973-1977) estava preocupado e temia uma pandemiaaplicativo de apostas no futebolgripe espanhola, que ceifara centenasaplicativo de apostas no futebolmilharesaplicativo de apostas no futebolvidas no paísaplicativo de apostas no futebol1918-1921. A eleição presidencial ocorreriaaplicativo de apostas no futebolbreve, e Ford decidiu vacinar toda a população para evitar uma catástrofe.
Apesar do fatoaplicativo de apostas no futebolque não houve epidemia, a vacinaçãoaplicativo de apostas no futebolmassa começou no outono. O próprio presidente Ford foi vacinado ao vivoaplicativo de apostas no futebol14aplicativo de apostas no futeboloutubro, o que convenceu alguns americanosaplicativo de apostas no futebolque se tratavaaplicativo de apostas no futebolum movimento político.
Quando os tabloides noticiaram a morteaplicativo de apostas no futeboltrês idososaplicativo de apostas no futebolPittsburgh após a vacinação, alguns dos vacinados começaram a associar os menores sinaisaplicativo de apostas no futebolindisposição ouaplicativo de apostas no futebolsuas próprias doenças com o recebimentoaplicativo de apostas no futeboluma injeção.
Os tabloides adicionaram lenha à fogueira com manchetes sobre o aumento da mortalidade. O New York Post publicou uma história intitulada "A cena na clínica da morte da Pensilvânia". A reportagem dizia: "Uma das idosas, Julia Bucci,aplicativo de apostas no futebol75 anos, estremeceu com a agulha hipodérmicaaplicativo de apostas no futebolseu braço, deu alguns passos débeis e caiu morta no chão do postoaplicativo de apostas no futebolsaúde. Bem na frente dos olhosaplicativo de apostas no futeboltodos."
Para dezenasaplicativo de apostas no futebolpessoas vacinadasaplicativo de apostas no futebolvários Estados, a vacinação foi mais tarde associada à disseminação da perigosa síndromeaplicativo de apostas no futebolGuillain-Barré. Trata-seaplicativo de apostas no futeboluma condiçãoaplicativo de apostas no futebolque o sistema imunológico ataca o sistema nervoso, causando fraqueza e formigamento nos membros e, no pior dos casos, paralisia.
Mais tarde, os cientistas descobriram que as chancesaplicativo de apostas no futebolcontrair essa síndrome durante uma infecção por gripe são muito maiores do que após a vacinação.
Desconfiança da vacinação estadual
Depoisaplicativo de apostas no futebolvacinar 45 milhõesaplicativo de apostas no futebolamericanos (22% da população), o processo foi interrompido e o novo governo Carter o abandonou. A vacinação sem epidemia e necessidade, o pânico provocado pelos tabloides e a associação das mortesaplicativo de apostas no futebolidosos à vacina - tudo gerou uma crescente desconfiança nos programas estaduaisaplicativo de apostas no futebolvacinação e fortaleceu o movimento antivax.
Mais tarde, houve até vários processos contra o governoaplicativo de apostas no futebolpessoas que tinham a síndromeaplicativo de apostas no futebolGuillain-Barré e acreditavam queaplicativo de apostas no futebolcausa era a vacinação.
Coqueluche
A introdução da vacinação contra a coquelucheaplicativo de apostas no futebol1949 desempenhou um papel importante na luta contra a doença, que era uma das principais causasaplicativo de apostas no futebolmortalidade infantil.
A coqueluche é causada pela cocobactéria, que penetra na mucosa do sistema respiratório humano. Após o períodoaplicativo de apostas no futebolincubação, o patógeno pode causar crisesaplicativo de apostas no futeboltosse, náusea e vômito, levando a parada respiratória e cianose (coloração azulada)aplicativo de apostas no futebolbebês. Doenças graves e alta mortalidade estão associadas a essa doença entre bebês não imunizados e, principalmente, criançasaplicativo de apostas no futebol1 a 5 anosaplicativo de apostas no futebolidade são afetadas.
Nas décadasaplicativo de apostas no futebol1950 e 1960, a vacinaçãoaplicativo de apostas no futebolmassa foi realizada nos países desenvolvidos e a mortalidade por coqueluche caiu 90%. Na décadaaplicativo de apostas no futebol1980, cercaaplicativo de apostas no futebol80% das crianças estavam vacinadas contra a coqueluche, segundo a OMS.
A coqueluche foi a principal causaaplicativo de apostas no futebolmorte infantil na Grã-Bretanha na décadaaplicativo de apostas no futebol1940, antes da invenção da vacina.
A vacinação contra coqueluche mudou até mesmo os intervalos entre as epidemias. O intervalo entre as epidemias aumentouaplicativo de apostas no futebol2,5 para 4 anos nas principais cidades da Inglaterra e Paísaplicativo de apostas no futebolGales na décadaaplicativo de apostas no futebol1960.
Pesquisaaplicativo de apostas no futebolefeitos colaterais
Masaplicativo de apostas no futebol1974, um artigo vinculou complicações neurológicasaplicativo de apostas no futebol36 bebês no Great Ormond Street Hospital,aplicativo de apostas no futebolLondres, à vacinação contra a coqueluche. A mídia cobriu amplamente o assunto, dando uma plataforma para os pais que creditaram à vacinação o aparecimento dos problemasaplicativo de apostas no futebolsaúdeaplicativo de apostas no futebolseus filhos, que começaram na longínqua décadaaplicativo de apostas no futebol1950. Nos três anos que se seguiram, a proporçãoaplicativo de apostas no futebolvacinados contra a coqueluche caiuaplicativo de apostas no futebol77% para 33%.
Ao mesmo tempo, Gordon Stewart, professoraplicativo de apostas no futebolMedicina da Universidadeaplicativo de apostas no futebolGlasgow, na Escócia, disse que o efeito protetor da vacina era insignificante e não excedia o perigoaplicativo de apostas no futebolseu uso. Ele era um conhecido cientista que trabalhou por algum tempo com Alexander Fleming, o inventor da penicilina, eaplicativo de apostas no futebolopinião era, por isso, muito importante. Stewart também fazia campanha para reduzir o usoaplicativo de apostas no futebolantibióticos desde 1960.
Em 1977, ele escreveu um artigo propondo que a vacina causava encefalopatia, que prejudicava o cérebroaplicativo de apostas no futeboluma criança, e insistindo que era mais seguro ter coqueluche do que receber o imunizante.
Queda da taxaaplicativo de apostas no futebolvacinação
Apesaraplicativo de apostas no futeboloutros cientistas terem argumentado que a vacina ajudou a reduzir o númeroaplicativo de apostas no futebolcasos eaplicativo de apostas no futebolo governo do Reino Unido ter se recusado a retirá-laaplicativo de apostas no futebolcirculação, houve uma queda nas taxasaplicativo de apostas no futebolvacinação e uma epidemia.
Em 1981, um estudo mostrou que o riscoaplicativo de apostas no futeboldistúrbios neurológicos persistentes ao usar a vacina contra difteria e coqueluche tifóide (DTP) era extremamente baixo e representava apenas 1aplicativo de apostas no futebol310 mil casos. O governoaplicativo de apostas no futebolMargaret Thatcher retomou uma campanha ativaaplicativo de apostas no futebolvacinação. O príncipe William foi uma criança vacinada com grande publicidade.
No início da décadaaplicativo de apostas no futebol1990, a vacinação na Grã-Bretanha novamente excedeu 90%.
No entanto, as críticas à vacina levaram a surtosaplicativo de apostas no futebolcoqueluche no Reino Unido, Suécia, Japão, Austrália e Itália. Na Suécia, o governo impôs uma moratória ao uso da vacina DTP, que durou até 1996. Como resultado, 60% das crianças no país com menosaplicativo de apostas no futebol10 anos contraíram coqueluche nessa época.
Em 1998, um grupoaplicativo de apostas no futebolcientistas publicou uma pesquisa no periódico científico The Lancet que provou que os países que mantiveram altos níveisaplicativo de apostas no futebolvacinação (EUA, Polônia e Hungria) tiveram incidência 10 a 100 vezes menoraplicativo de apostas no futebolcoqueluche do que os países onde os movimentos antivacinação foram bem-sucedidos. (Suécia, Japão, Reino Unido, Austrália e Rússia).
Sarampo, Dr. Wakefield e celebridades
A internet e a globalização tornaram mais fácil para os movimentos antivacinação espalharem suas ideias e ganharem o mundo sem a necessidadeaplicativo de apostas no futebolconstruir uma organização centralizada.
As redes sociais criaram uma oportunidade para disseminar informações imprecisas ou não comprovadas, atrair apoiadores e semear o medo ao focar nos efeitos colaterais das vacinas.
Afinal, não é a educação, a experiência médica ou a formação científica que realmente importam nessas plataformas, mas o númeroaplicativo de apostas no futebolusuários e a capacidadeaplicativo de apostas no futebolconvencê-los.
O movimento antivax foi muito inspirado pela publicaçãoaplicativo de apostas no futebolum estudo agora desacreditado pelo médico britânico Andrew Wakefield, queaplicativo de apostas no futebol1998 ligou a vacina Tríplice Viral (MMR) — para proteção contra sarampo, caxumba e rubéola — ao crescimento do autismoaplicativo de apostas no futebolcrianças.
A Tríplice Viral é usada desde 1971 e vital para prevenir a propagação dessas doenças. De acordo com o Centro Europeu para Prevenção e Controleaplicativo de apostas no futebolDoenças (ECDC), antes da introdução da vacinação global, 2,6 milhõesaplicativo de apostas no futebolpessoas morreramaplicativo de apostas no futebolsarampoaplicativo de apostas no futebol1980. Em 2012, o número eraaplicativo de apostas no futebol122 mil.
Artigoaplicativo de apostas no futebolWakefieldaplicativo de apostas no futebol1995 sobre a Tríplice Viral
Em 1995, Andrew Wakefield, professor e consultoraplicativo de apostas no futebolgastroenterologiaaplicativo de apostas no futeboluma escolaaplicativo de apostas no futebolmedicinaaplicativo de apostas no futebolLondres, publicou um artigo na principal revista médica The Lancet, dizendo que a vacina contra o sarampo poderia causar a doençaaplicativo de apostas no futebolCrohn (inflamação dos intestinos). Pesquisadores criticaramaplicativo de apostas no futebolmetodologia e descobriram que nem o sarampo nem a vacina contra o sarampo causaram a doença.
Em 1998, o artigoaplicativo de apostas no futebolWakefield no The Lancet teve colaboraçãoaplicativo de apostas no futeboloutros 11 pesquisadores, ligando a Tríplice Viral ao aumento do autismo.
Em 2001, Michael Gershon, professoraplicativo de apostas no futebolpatologia e biologia celular da Universidadeaplicativo de apostas no futebolColumbia nos Estados Unidos, conhecido como o pai da neurogastroenterologia, questionou as descobertasaplicativo de apostas no futebolWakefield e chamouaplicativo de apostas no futebolpesquisaaplicativo de apostas no futebol'lixo'.
O jornalista britânico Brian Deer,aplicativo de apostas no futeboluma reportagem investigativa para o jornal The Sunday Times e o periódico científico British Medical Journal, descobriu que Wakefield tinha um conflitoaplicativo de apostas no futebolinteresses duranteaplicativo de apostas no futebolpesquisa. A escola onde Wakefield trabalhava recebeu contribuiçõesaplicativo de apostas no futebolum advogado empregado pela organização antivacinação JABS e estava interessadaaplicativo de apostas no futebolminar a credibilidade da vacina.
Deer também escreveu que Wakefield fundou uma empresa com o nomeaplicativo de apostas no futebolsua esposa e queria desenvolver suas próprias vacinas, kitsaplicativo de apostas no futeboltesteaplicativo de apostas no futeboldiagnóstico e outros produtos médicos que só teriam sucesso se a credibilidade da Tríplice Viral fosse prejudicada.
O cientista e seus assistentes haviam calculado anteriormente que a receita com testes diagnósticos apenas para o terceiro ano do projeto seriaaplicativo de apostas no futebolaté US$ 43 milhões por ano.
É assim que o Centro Europeu para Prevenção e Controleaplicativo de apostas no futebolDoenças (ECDC) descreve o casoaplicativo de apostas no futebolWakefield:
"Sua promessaaplicativo de apostas no futebolinterromper a distribuição da vacina MMR recebeu muita atenção da mídia. Em 2004, foi descoberto que o cientista tinha interesses financeirosaplicativo de apostas no futebolfazer essa afirmação. Um advogado que pretendia processar os fabricantesaplicativo de apostas no futebolvacinas o contratou e recrutou as crianças para o estudo. Além disso, os dados foram falsificados: ao contrário do início dos sintomas relatados após a vacinação, algumas das crianças já apresentavam sintomas antesaplicativo de apostas no futebolserem vacinadas."
Em janeiroaplicativo de apostas no futebol2010, o Conselho Médico Geral do Reino Unido considerou Wakefield culpadoaplicativo de apostas no futeboldesonestidade e irresponsabilidade eaplicativo de apostas no futebolrealizar procedimentosaplicativo de apostas no futebolque seus pacientes não precisavam (por exemplo, o médico realizou uma colonoscopiaaplicativo de apostas no futebolcrianças que os colegas julgaram desnecessária).
O British Medical Journal escreveu que Wakefield era "culpadoaplicativo de apostas no futebolcercaaplicativo de apostas no futebol30 acusações, incluindo quatroaplicativo de apostas no futeboldesonestidade e 12aplicativo de apostas no futebolfazer com que crianças fossem submetidas a procedimentos invasivos que eram clinicamente injustificados".
A publicaçãoaplicativo de apostas no futebolWakefield foi finalmente removida da Lancet.
Andrew Wakefield na berlinda
Os dados do estudoaplicativo de apostas no futebolWakefield, publicados posteriormente, não revelaram distúrbios intestinais nos jovens participantesaplicativo de apostas no futebolsua pesquisa, ao contrário do que ele alegou.
Em maioaplicativo de apostas no futebol2010, Wakefield teve seu registro médico cassado e foi proibidoaplicativo de apostas no futebolpraticar medicina no país.
Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, ele disse: "Pareceu-me que eles haviam tomado essa decisão há muito tempo, muito antesaplicativo de apostas no futebolas evidências serem ouvidas com justiça. Essa é a forma como o sistema lida com a dissidência. Você é isolado, desacreditado e se torna um exemplo para outros médicos e cientistas não se envolverem neste tipoaplicativo de apostas no futebolcoisa. Ou seja, examinar questõesaplicativo de apostas no futebolsegurançaaplicativo de apostas no futebolvacinas."
Surtosaplicativo de apostas no futebolsarampo
No entanto, desde a publicação do artigoaplicativo de apostas no futebolWakefield, as taxasaplicativo de apostas no futebolvacinação contra o sarampo caíram drasticamenteaplicativo de apostas no futebolvários países. Em 2008, houve um surtoaplicativo de apostas no futebolsarampo no Reino Unido.
Nos Estados Unidos, onde a vitória sobre o sarampo foi declaradaaplicativo de apostas no futebol2000, os surtos recomeçaram a partiraplicativo de apostas no futebol2005, afetando gruposaplicativo de apostas no futebolpessoas que frequentemente se recusavam a ser vacinadas por causaaplicativo de apostas no futebolsuas crenças religiosas, como a comunidade Amishaplicativo de apostas no futebol2014-2015, e aqueles que ficaram assustados com a suposta ligação com o autismo, como a comunidadeaplicativo de apostas no futebolimigrantes somalis.
De acordo com a emissora americana CNN, os somalis americanosaplicativo de apostas no futebolMinnesota tiveram alguns dos níveis mais altosaplicativo de apostas no futebolvacinação contra o sarampo até 2008, quando antivaxxers locais realizaram várias palestras com Wakefield sobre autismo no Estado.
As ideias do cientista se tornaram fundamentais para sustentar o argumento dos antivaxxers sobre a vacinação contra o sarampo.
Em 2018-2019, surtosaplicativo de apostas no futebolsarampo atingiram vários países ao redor do mundo, como o Brasil.
As descobertasaplicativo de apostas no futebolWakefield encontraram ecoaplicativo de apostas no futebolalgumas celebridades.
A estrela da série Baywatch Jenny McCarthy acusou repetidamente a Tríplice Viralaplicativo de apostas no futebolcausar o autismoaplicativo de apostas no futebolseu filho —aplicativo de apostas no futebolseus próprios livros eaplicativo de apostas no futebolentrevistasaplicativo de apostas no futebolprogramasaplicativo de apostas no futebolTV, defendendo Wakefield.
Ao mesmo tempo, ela negou ser uma antivaxxer.
"Ela não tem ideia do que está falando. O que ela disse é enganoso e prejudicial, e o surtoaplicativo de apostas no futebolsarampo é uma indicação clara da resposta à disseminaçãoaplicativo de apostas no futeboltais mitos pseudocientíficos", escreveu o psiquiatra americano Jeffrey Liebermanaplicativo de apostas no futebolum artigoaplicativo de apostas no futebol2015 no Medscape.
Wakefield agora mora nos Estados Unidos e está fazendo documentários condenando a vacinação. Em 2016, seu filme Vaxxed: From Cover-Up to Catastrophe (Vacinado: Do acobertamento à catástrofe) seria exibido no Festivalaplicativo de apostas no futebolTribeca, cofundado pelo ator Robert De Niro. Houve indignação pública, e De Niro, cujo filho é autista, por algum tempo defendeu a decisãoaplicativo de apostas no futebolexibir o filme. Por fim, o festival se recusou a exibi-lo.
Movimentos antivacinação hoje
Os movimentos antivacinação continuam a se concentrar nos chamados efeitos colaterais das vacinas. Eles se baseiamaplicativo de apostas no futebolpesquisasaplicativo de apostas no futebolmédicos que desafiam a visão tradicionalaplicativo de apostas no futebolque a imunização protege os pacientes.
Hoje, os benefícios das vacinas na prevençãoaplicativo de apostas no futebolnovos surtos e reduçãoaplicativo de apostas no futebolmortes costumam ser regularmente ignorados pelo movimento antivacinação mesmoaplicativo de apostas no futebolfaceaplicativo de apostas no futebolevidências científicas esmagadoras.
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