Como as imagensbullsbet whatsappcomida nas redes sociais influenciam você a comer mais:bullsbet whatsapp
"Muitas das sugestões provenientes das interações pessoais estão relacionadas com as pessoas com quem convivemos", afirma Solveig Argeseanu, professorabullsbet whatsappsaúde global e epidemiologia da Universidade Emorybullsbet whatsappAtlanta, na Geórgia (Estados Unidos). "É mais uma questãobullsbet whatsapprelacionamento ebullsbet whatsappcomo me comparo com aquela pessoa que com indivíduos específicos. Se eu acho que a pessoa que está comigo é mais atraente ou popular, terei a tendênciabullsbet whatsappquerer imitá-la cada vez mais."
Isso pode significar que essas sugestões sociais geralmente nos incentivam a comer mais, segundo Argeseanu. Mas as pesquisas indicam que ficar ao ladobullsbet whatsapppessoas com alimentação saudável também pode nos incentivar a fazer o mesmo.
Nossos hábitosbullsbet whatsappalimentação são ainda influenciados pelo que vemos. Os cientistas afirmam que nós preferimos proteínas "derretidas", como gemasbullsbet whatsappovos líquidas ou muçarela borbulhante, por exemplo.
"Existem evidênciasbullsbet whatsappque, se você olhar fotografiasbullsbet whatsappalimentos, o estímulo visual pode fazer você sentir vontadebullsbet whatsappcomer", afirma Suzanne Higgs, professorabullsbet whatsapppsicobiologia do apetite da Universidadebullsbet whatsappBirmingham, no Reino Unido - embora, segundo ela, muitos outros fatores influenciem as pessoas na horabullsbet whatsappdecidir se atenderão ou não a essa vontade, como a disponibilidadebullsbet whatsappalimentos naquele momento.
Mas as redes sociais são onde as sugestões visuais e sociais se encontram - e é claro que existem evidênciasbullsbet whatsappque, se os seus amigos nas redes sociais postarem tipos específicosbullsbet whatsappalimentos com frequência, eles poderão fazer com que você os imite, para o bem ou para o mal. Pesquisas indicam que as redes sociais podem estar mudando o nosso relacionamento com a comida, fazendo com que pensemosbullsbet whatsappforma diferente sobre a nossa alimentação.
"Se todos os seus amigos nas redes sociais postarem fotografias deles próprios consumindo fast food, isso estabelecerá uma normabullsbet whatsappque comer fast food é o que as pessoas fazem [normalmente]", afirma Higgs.
Pesquisas indicam que temos maior propensão a interagir com fotografiasbullsbet whatsappfast food, segundo Ethan Pancer, professorbullsbet whatsappmarketing da Universidade Saint Marybullsbet whatsappHalifax, na Nova Escócia (Canadá). Isso é particularmente verdadeiro para a gordura saturada, que nos faz sentir bem ao liberar dopamina e estimular centrosbullsbet whatsappprazer no cérebro. Os seres humanos são biologicamente incentivados a procurar alimentos com alto teorbullsbet whatsappcalorias - uma capacidade que ajudou nossos ancestrais a sobreviver na épocabullsbet whatsappque eles coletavam seus alimentos.
"A psicologia da evolução descobriu que as pessoas se sentem felizes simplesmente ao ver imagens desses alimentos e, por isso, interagem mais com elas", afirma ele.
Para piorar a situação, os alimentos mais saudáveis muitas vezes têm aparência comparativamente inferior, enquanto os alimentos processados parecem mais atraentes, segundo Tina Tessitore, professorabullsbet whatsappmarketing do Institutobullsbet whatsappEconomia Científica e Gestão (IESEG, na siglabullsbet whatsappfrancês) da Faculdadebullsbet whatsappAdministraçãobullsbet whatsappLille, na França. "Na publicidade, você vê alimentos não saudáveisbullsbet whatsappambientes sociais - pessoasbullsbet whatsappum churrasco com os amigos, por exemplo - enquanto [os anúncios de] alimentos saudáveis muitas vezes se concentram no seu valor nutricional. Imagensbullsbet whatsappamigos comendo salada juntos não parecem muito convincentes", afirma ela.
Os cientistas estão cada vez mais preocupados com o conteúdo relacionado à comida nas redes sociais, que está fazendo com que pensemosbullsbet whatsappforma diferente sobre os alimentos. Os algoritmos das redes sociais promovem o conteúdo com o qual os usuários têm maior interação,bullsbet whatsappforma que ver mais alimentos não saudáveis significa que veremos cada vez mais esses alimentos nas nossas redes sociais, segundo Ethan Pancer.
"Com a maior interação e alcance dos alimentos não saudáveis, os produtoresbullsbet whatsappconteúdo podem aumentar gradualmente seu material não saudável para permanecer competitivos", afirma ele. "E, com maior exposição a alimentos não saudáveis, a percepção do consumidor sobre os hábitosbullsbet whatsappalimentação considerados normais pode tender a ser menos saudável."
Um estudo estimou que crianças e adolescentes assistem a publicidadebullsbet whatsappalimentosbullsbet whatsapp30 a 189 vezes por semana nos aplicativosbullsbet whatsappredes sociais. Dentre esses anúncios, osbullsbet whatsappfast food ebullsbet whatsapprefrigerantes são os mais comuns. Mas a responsabilidade não é só da publicidade da indústria alimentícia - todos nós somos capazesbullsbet whatsappinfluenciar as pessoas online.
'Comportamentos não saudáveis'
"Quando pensamos na publicidade, imaginamos as indústrias tentando empurrar um produto, mas os influenciadores podem trabalhar da mesma forma", afirma Patricia Cavazos, professorabullsbet whatsapppsiquiatria da Faculdadebullsbet whatsappMedicina da Universidade Washingtonbullsbet whatsappSt. Louis, Missouri, nos Estados Unidos. "O conteúdo dos amigos nas redes sociais causa muita influência,bullsbet whatsapptermosbullsbet whatsappimpacto sobre o que achamos que é relevante e atraente, bem como as normas sociaisbullsbet whatsappcomportamento", segundo ela.
O perigo começa, segundo Cavazos, se o conteúdo que as pessoas veem perpetua uma imagembullsbet whatsappcorpo não saudável, por exemplo. "Algunsbullsbet whatsappnós somos menos influenciados pelo conteúdo, mas, para outros que já estãobullsbet whatsapprisco e podem ter sintomasbullsbet whatsappdistúrbios alimentares, ver mais conteúdo normalizando padrõesbullsbet whatsappalimentação não saudáveis poderá levar alguém a desenvolver comportamentos não saudáveis."
Embora os estudos demonstrem que as redes sociais podem fazer com que pensemosbullsbet whatsappforma diferente sobre os alimentos e que nós tipicamente interagimos mais com conteúdo que apresente alimentos não saudáveis, ainda não há certeza se isso realmente se traduzbullsbet whatsappmudançasbullsbet whatsappcomportamento na nossa vida diária.
"Se estou olhando o Instagram, vendo fotosbullsbet whatsappalimentos apetitosos, a decisãobullsbet whatsappprocurar ou não a comida que estou sendo incentivada a buscar depende da minha fome e se aquele alimento é apropriado naquele momento", afirma Suzanne Higgs. E ela acrescenta que, quando realmente comemos, existem outras influências além das que vimos online.
"Pesquisas indicam que, quando tomamos a decisãobullsbet whatsappqual alimento comer ebullsbet whatsappqual quantidade, estamos combinando diferentes informações", segundo Higgs. "Influências momentâneas se reúnembullsbet whatsappformas que não compreendemos muito bem." Pesquisas concluíram que essas influências podem incluir o nívelbullsbet whatsappconhecimento nutricional, ideais do próprio corpo, habilidades na cozinha e o custo.
E, embora os pesquisadores possam isolar,bullsbet whatsappforma relativamente fácil, as possíveis influências nas redes sociais para ver como elas afetam nossa alimentação, existem muitos outros acontecimentos se desenrolando na vida real que esses estudos não conseguem observar, segundo Higgs. "É possível que, para algumas pessoas,bullsbet whatsappcertas situações, as redes sociais possam ser o fator predominante a influenciar seu comportamento, mas este não é o único fator", afirma ela.
A intensidade da influência das redes sociais sobre nós também varia para cada indivíduo, segundo Melissa Atkinson, conferencista sobre psicologia da Universidadebullsbet whatsappBath, no Reino Unido.
"Existem muitas variações individuaisbullsbet whatsappnossa formabullsbet whatsappreação às imagens nas redes sociais,bullsbet whatsapptermos dos nossos próprios processos biológicos e psicológicos", afirma ela. Algumas pessoas têm reaçõesbullsbet whatsapprecompensa maiores a sugestões, por exemplo, quando o cérebro envia sinaisbullsbet whatsappprazer depois que elas veem certos alimentos, segundo Atkinson. Essas pessoas são mais propensas a reagir a sugestõesbullsbet whatsappalimentos independentementebullsbet whatsapponde vêm essas indicações.
Mas, mesmo sem respostas definitivas, os pesquisadores estão buscando formasbullsbet whatsappfazer com que as redes sociais influenciem nossa alimentaçãobullsbet whatsappforma positiva.
Tina Tessitore, por exemplo, encontrou uma formabullsbet whatsappfazer com que os alimentos mais saudáveis pareçam mais atraentes nas redes sociais. Ela criou duas contas idênticas no Twitter, exceto por um detalhe: uma tinha 23 seguidores, enquanto a outra tinha maisbullsbet whatsapp400 mil.
As duas contas publicaram o mesmo tuíte sobre comer alimentos saudáveis. Ela mostrou uma das contas aos participantes e, quando questionados se tinham vontadebullsbet whatsappcomer salada, os que viram a conta com mais seguidores estavam mais inclinados a consumir esse tipobullsbet whatsappalimento. Segundo Tessitore, isso ocorre porque, quanto mais acreditamos que alguém é influente, mais propensos somos a ser influenciados por essa pessoa.
Embora as conclusões não reflitam a realidade, que tipicamente nos expõe a numerosos fluxosbullsbet whatsappinformação, imagens e tuítes, nós ainda observamos e processamos quantos seguidores tem uma conta no Twitter, segundo Tessitore,bullsbet whatsappforma que provavelmente se observaria o mesmo efeito.
Mas, no momento, estamos longebullsbet whatsappconseguir incentivar as pessoas a adotar alimentação mais saudável com postagens sobre saladas e fazer com que as pessoas se afastem das poderosas imagensbullsbet whatsappproteínas derretidas.
"Estamos lutando contra anosbullsbet whatsappevolução", afirma Pancer. "Existe uma razão por que evoluímos para procurar alimentos ricosbullsbet whatsappcaloriasbullsbet whatsappambientes com escassezbullsbet whatsappalimentos. Mas comer [apenas] o que parece bom é um erro - precisamos agora encontrar formasbullsbet whatsappnos recalibrarmos."
Pancer descobriubullsbet whatsappsuas pesquisas que, assim que desmistificarmos por que ver fotosbullsbet whatsapphambúrguer com batatas fritas parece bom, o efeito da boa sensação desaparece. Em outras palavras, se compreendermos que somos biologicamente programados para sentir-nos bem quando vemos imagensbullsbet whatsapphambúrgueres, talvez fiquemos menos propensos a ser influenciados por elas.
Em um estudo, ele ebullsbet whatsappequipe pediu aos participantes que assistissem a um dentre dois vídeos. Um deles apresentava alimentos com poucas calorias e o outro, alimentos com alto teorbullsbet whatsappcalorias. Os que assistiram aos alimentos com maior teorbullsbet whatsappcalorias sentiram-se melhorbullsbet whatsappseguida.
Na segunda parte do estudo, Pancer disse aos participantes que seus sentimentos não eram baseados nos alimentos que eles haviam visto, masbullsbet whatsappum sombullsbet whatsappbaixa frequência modulador do humor que estava sendo executado, que não era detectável pelos ouvidos humanos, enquanto o outro grupo não havia recebido essa influência. Os que foram informados sobre o som não eram mais propensos a interagir com o vídeo nas redes sociais depoisbullsbet whatsappassistir ao vídeobullsbet whatsappalimentos com alto teorbullsbet whatsappcalorias.
Mas, por fim, quando saímos das redes sociais e voltamos para a vida real, as muitas influências sobre o que comemos ebullsbet whatsappque forma consumimos esses alimentos são ainda muito mais fortes, segundo os especialistas.
"Imagino que as sugestõesbullsbet whatsappalimentos sejam mais fortes pessoalmente", afirma Argeseanu. "Não estamos interagindo da mesma forma, nem por muito tempo, quando rolamos fotos no celular. Além disso, existem pesquisas que demonstram que, se observarmos muitas fotos, começamos a sairbullsbet whatsappsintonia - começamos a sentir algo similar à saciedade, como se tivéssemos devorado todas elas."
Pelo menos, se você preferir ter esses banquetes apenas no Instagram, não precisará afrouxar seu cinto.
Leia a íntegra desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.
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