Paris-2024 pode ser a última chance para skatistas brasileirosautobet bet365Olimpíadas?:autobet bet365

autobet bet365 Torcedores brasileiros se acostumaram a passar algumas madrugadas das últimas duas semanas acompanhando manobras com nomes complicados, como "caballerial tailautobet bet365back", e vendo atletas ganharem medalhas no skate, esporte que fez aautobet bet365estreia olímpicaautobet bet365Tóquio 2021.

O desempenho do Brasil no skate ajudou a dar popularidade à modalidade: foram três pratas nos quatro torneios disputados — até agora o esporteautobet bet365que o Brasil mais ganhou medalhasautobet bet365Tóquio 2021, ao lado do boxe (onde uma foi conquistada e duas já garantidas). Quase 20% das medalhas brasileiras recebidasautobet bet365Tóquio 2021 até agora foram conquistadas pelo skate.

No entanto, o futuro do skate como modalidade olímpica é incerto. O skate está garantido nos Jogos Olímpicosautobet bet365Paris 2024 — mas depois disso ainda não há definição sobre se permanecerá no calendário olímpico.

Em dezembro do ano passado, o Comitê Olímpico Internacional (COI) aceitou o pedido feito pelos organizadoresautobet bet365Parisautobet bet365incluir quatro esportes na programação: escalada, surfe, skate (os três fizeramautobet bet365estreia como esportes olímpicosautobet bet365Tóquio 2021) e break dance.

Em comum, os quatro esportes têm grande apelo entre pessoas mais jovens — tanto como praticantes quanto como espectadores.

"O COI está empenhadoautobet bet365estabelecer um novo padrão para jogos inclusivos, com equilíbrioautobet bet365gênero e centrados na juventude. Paris-2024 apresentouautobet bet365proposta ao COI para integrar quatro novos esportes intimamente associados à juventude e recompensar a criatividade e o desempenho atlético", diz a nota dos organizadores dos Jogosautobet bet365Paris 2024.

"Todos os quatro são fáceisautobet bet365entender e os participantes formam comunidades muito ativas nas redes sociais. Nos próximos cinco anos, a inclusão desses eventos nos Jogos Olímpicos ajudará a inspirar milhõesautobet bet365crianças a praticar esportes."

O skate se aproveitouautobet bet365uma desburocratização no processoautobet bet365adoçãoautobet bet365novos esportes nas Olimpíadas, no entanto essa via mais rápida faz com que o esporte precise ser revisado a cada edição.

Quando um esporte se torna permanente, o anúncio costuma ser feito sete anos antesautobet bet365Jogosautobet bet365que isso vira norma.

Como um esporte se torna olímpico

Antigamente, o caminho tradicional para um esporte ser considerado olímpico era longo e cheioautobet bet365burocracias. O primeiro passo era uma atividade ser reconhecida como esporte pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e depois pelas Federações Esportivas Internacionais. Nessa etapa, exigia-se que o esporte adira à Carta Olímpica (uma espécieautobet bet365Constituição dos Jogos) e siga o códigoautobet bet365antidoping.

A Carta Olímpica diz que, para virar atividade olímpica, um esporte precisa ser praticado por homensautobet bet365pelo menos 75 paísesautobet bet365quatro continentes e por mulheresautobet bet365pelo menos 40 paísesautobet bet365três continentes. A Carta também exclui competições que são essencialmente cerebrais ou que dependemautobet bet365propulsão mecânica — por isso atividades que já são consideradas esportes, como xadrez e automobilismo, não podem virar modalidades olímpicas.

Mas desde a última década, o COI vem modernizando a legislação esportiva que guia os Jogos, com um projeto chamado Agenda Olímpica 2020 — os Jogosautobet bet365Tóquio 2021 foram os primeiros a se beneficiarem destas mudanças.

Uma das principais mudanças foi na desburocratização para inclusãoautobet bet365novos esportes. Em vez daqueles caminhos tradicionais apontados na Carta Olímpica, agora os próprios países-sede podem propor novos esportes a serem incluídos apenas nos Jogos que vão sediar.

A mudança dá maior agilidade à inclusãoautobet bet365novos esportes — no entanto algumas dessas modalidades como o skate acabam se tornando apenas temporárias, dependendo da vontade do comitê organizador dos Jogosautobet bet365cada sede.

A Agenda Olímpica 2020 também passou a usar outra competição do COI — os Jogos Olímpicos da Juventude — como laboratórios para testar a popularidadeautobet bet365novas modalidades esportivas, antesautobet bet365incluí-las na programação oficial. Foi o caso do skate e escalada, que tiveramautobet bet365estreia como "esportesautobet bet365demonstração" nos Jogos da Juventudeautobet bet3652014,autobet bet365Nanjing, na China. Outros esportes testadosautobet bet365Nanjing foram abandonados, como a arte marcial chinesa wushu e patinaçãoautobet bet365velocidade com patinsautobet bet365linha.

O sucessoautobet bet365skate e escalada junto ao público fez com que as modalidades fossem adotadas nos Jogosautobet bet365Tóquio 2021. O mesmo teste foi feito com dança break, que foi testada — e aprovada — nos Jogos Olímpicos da Juventudeautobet bet3652018autobet bet365Buenos Aires, e agora virarão modalidadeautobet bet365Paris 2024. Em todos os casos, também houve outro critério que agradou ao COI: o alto númeroautobet bet365participantes mulheres, já que uma das metas da Agenda Olímpica 2020 é ter mais equilíbrioautobet bet365gênero no esporte.

Skate é uma atividade popularautobet bet365Los Angeles, que sediará as Olimpíadasautobet bet3652028. A Califórnia e Los Angeles são considerados berços do esporte, onde vivem atletasautobet bet365ponta, como Tony Hawk, Lance Mountain e Stacy Peralta. Mas a manutenção do esporte nos Jogos depende das prioridades do comitê organizador local americano e do próprio COI até lá.

Em entrevista para a ABC News, o CEO da equipe olímpicaautobet bet365skate dos EUA, Josh Friedberg, disse que espera que o skate seja mantidoautobet bet3652028 nos Jogosautobet bet365Los Angeles, já que a cidade e seu entorno possuem equipamentos populares, como nas praiasautobet bet365Santa Monica e Venice.

Revisões

Mas mesmo os esportes considerados "permanentes" podem eventualmente serem retirados das Olimpíadas.

O COI está constantemente revisando e retirando atividades das Olimpíadas. É o que aconteceu ao longo dos 125 anosautobet bet365Jogos Olímpicos com cabo-de-guerra, críquete, lacrosse, esqui aquático, entre outros.

Dois esportes introduzidosautobet bet365Tóquio 2021 — caratê e baseball/softball — não serão disputadosautobet bet365Paris-2024. Golfe e rúgbi, que foram introduzidos no Rioautobet bet365Janeiro,autobet bet3652016, serão revisados após Tóquio-2021.

Também existe a preocupação com o interesse da audiência e com o custoautobet bet365se construir estruturas para o esporte.

A Agenda Olímpica 2020 prioriza o usoautobet bet365arenas já existentes nas cidades-sede e tenta minimizar a necessidadeautobet bet365construçãoautobet bet365novos aparelhos. Em Paris-2024, a meta é que 95% das arenas olímpicas usadas nos Jogos sejam já existentes ou temporárias. Para Los Angeles-2028, não se planeja a construçãoautobet bet365nenhum equipamento esportivo permanente.

Essas metas afetam a inclusão ou exclusãoautobet bet365esportes olímpicos nos Jogos.

O baseball e softball, por exemplo, foram excluídos após os Jogosautobet bet365Pequim 2008, mas foram retomadosautobet bet365Tóquio 2021 a pedido do comitê organizador japonês — pois o esporte é muito popular no Japão e o país já possuía estruturas adequadas para aautobet bet365prática. Ambos os esportes não estarão nos Jogosautobet bet365Parisautobet bet3652024, mas cogita-se que eles voltemautobet bet365Los Angeles 2028, já que também são populares nos EUA.

Outros esportes amplamente praticados pelo mundo nunca foram incluídos por não gerarem um interesse comercial grande, como sinuca e squash. No caso do squash, houve um lobby forte da federação para a inclusão do esporte no Rioautobet bet365Janeiroautobet bet3652016, mas ele acabou derrotado pelo golfe.

Negócio do skate

A transmissão do skateboarding olímpico na televisão deu ao esporte uma visibilidade inédita. Por anos, o esporte foi ignorado por emissorasautobet bet365televisão, por ser estigmatizado e considerado parteautobet bet365uma cultura urbana marginal.

Agora a postura do COI tem sido exatamente oposta a esse pensamento.

"Queremos levar esporte para os jovens. Com as muitas opções que os jovens têm, não podemos mais esperar que eles venham automaticamente até nós. Temos que ir até eles", disse o presidente do COI, Thomas Bach, quando foram os novos esportes para Tóquio.

Essa mudança já vinha acontecendo desde que se acrescentou as provasautobet bet365ciclismo BMXautobet bet365Pequim 2008 eautobet bet365snowboarding, nos Jogosautobet bet365Invernoautobet bet365Nagano, no Japão,autobet bet3651998.

Muitas dessas modalidades que vem recebendo atenção do COI já vinham rendendo bilhõesautobet bet365dólares a setores privados que investiram neles quando havia pouco interesse do mainstream. O caso mais emblemático é o da emissora esportiva americana ESPN, que criouautobet bet3651995 o X Games, competição exclusiva para esportes radicais.

Muitos dos ídolos do skateboarding mundial — incluindo os medalhistas brasileiros — foram revelados nos X Games.

No Brasil, a culturaautobet bet365skate existe há décadas. Brasil e Japão se beneficiaram que o esporte virou modalidade olímpica justamenteautobet bet365um momento bom daautobet bet365atual geraçãoautobet bet365competidores. Há alguns anos, o skate competitivo era dominado por atletas americanos, que foram pioneiros na popularização dos torneios.

Em Tóquio, foram 80 skatistas homens e mulheresautobet bet36525 países competindoautobet bet365quatro torneios — nas modalidades park e street.

O caso do Brasil ilustra como um esporte pode ser impulsionado com as olimpíadas — com milhõesautobet bet365espectadores parando pela primeira vez na vida para acompanhar uma competição.

Empresasautobet bet365equipamentos esportivos afirmam que a demanda por skates explodiu depois das medalhasautobet bet365prataautobet bet365Rayssa Leal, Pedro Barros e Kelvin Hoefler. Rayssa, conhecida como Fadinha, ganhou maisautobet bet365quatro milhõesautobet bet365seguidores no Instagram ao longo dos Jogos.

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