Por que o centro da Terra cresce maisbetbet365um lado do que outro, mas o planeta não inclina:betbet365
Combinando essas disciplinas, os cientistas chegaram a uma pista importante sobre o que está acontecendo a quilômetros abaixobetbet365nossos pés.
Em um novo estudo, eles revelam como o núcleo interno da Terra está crescendo mais rápidobetbet365um lado do que do outro, o que pode ajudar a explicar a idade do núcleo interno e a história intrigante do campo magnético da Terra.
Terra Primitiva
O núcleo da Terra foi formado bem no início da históriabetbet3654,5 bilhõesbetbet365anos do nosso planeta, nos primeiros 200 milhõesbetbet365anos.
A gravidade puxou o ferro mais pesado para o centro do jovem planeta, deixando os minerais rochososbetbet365silicato para formar o manto e a crosta.
A formação da Terra reteve muito calor dentro do planeta.
A perda desse calor e o aquecimento pelo decaimento radioativo contínuo têm impulsionado a evolução do nosso planeta.
A perdabetbet365calor no interior da Terra impulsiona o intenso fluxobetbet365ferro líquido no núcleo externo, que cria o campo magnético da Terra.
Enquanto isso, o resfriamento no interior profundo da Terra ajuda a fornecer energia às placas tectônicas, que moldam a superfície do nosso planeta.
Conforme a Terra esfriou com o tempo, a temperatura no centro do planeta acabou caindo abaixo do pontobetbet365fusão do ferrobetbet365pressões extremas, e o núcleo interno começou a se cristalizar.
Hoje, o raio do núcleo interno continua a crescer cercabetbet3651 mm a cada ano, o que equivale à solidificaçãobetbet3658 mil toneladasbetbet365ferro fundido a cada segundo.
Em bilhõesbetbet365anos, esse resfriamento acabará fazendo com que todo o núcleo se torne sólido, deixando a Terra sem seu campo magnético protetor.
Questão central
Pode-se supor que essa solidificação crie uma esfera sólida homogênea, mas não é o caso.
Na décadabetbet3651990, os cientistas perceberam que a velocidade das ondas sísmicas que viajam pelo núcleo interno variavabetbet365forma inesperada.
Isso sugeria que algo assimétrico estava acontecendo no núcleo interno.
Especificamente, as metades leste e oeste do núcleo interno mostraram diferentes variaçõesbetbet365velocidadebetbet365onda sísmica.
A parte leste do núcleo interno está abaixo da Ásia, do Oceano Índico e do Oceano Pacífico ocidental, enquanto a parte oeste encontra-se sob as Américas, o Oceano Atlântico e o Pacífico oriental.
O novo estudo analisou esse mistério, usando novas observações sísmicas combinadas com modelagem geodinâmica e estimativasbetbet365como ligasbetbet365ferro se comportambetbet365alta pressão.
Eles descobriram que o núcleo interno oriental localizado abaixo do Marbetbet365Banda da Indonésia está crescendo mais rápido do que o lado ocidental abaixo do Brasil.
Você pode imaginar esse crescimento desigual como tentar fazer sorvetebetbet365um freezer que só funcionabetbet365um lado: cristaisbetbet365gelo se formam apenas no lado do sorvetebetbet365que o resfriamento é eficaz.
Na Terra, o crescimento desigual é causado pelo resto do planeta sugando calor mais rapidamentebetbet365algumas partes do núcleo interno do quebetbet365outras.
Mas, diferentemente do sorvete, o núcleo interno sólido está sujeito a forças gravitacionais que distribuem o novo crescimento uniformemente por meiobetbet365um processobetbet365fluxo gradual, que mantém a forma esférica do núcleo interno.
Isso significa que a Terra não corre o riscobetbet365tombar, embora esse crescimento desigual seja registrado nas velocidades das ondas sísmicas no núcleo interno do nosso planeta.
Datando o núcleo
Essa abordagem poderia nos ajudar a entender então quantos anos o núcleo interno pode ter?
Quando os pesquisadores compararam suas observações sísmicas com seus modelosbetbet365fluxo, eles descobriram que é provável que o núcleo interno — no centrobetbet365todo o núcleo que se formou muito antes — tenha entre 500 milhões e 1.500 milhõesbetbet365anos.
De acordo com o estudo, a extremidade mais jovem dessa faixa etária é a que corresponde melhor, embora a mais velha corresponda a uma estimativa feita medindo as mudanças na força do campo magnético da Terra.
Qualquer que seja o número correto, é claro que o núcleo interno é relativamente jovem, com algo entre um nono e um terço da idade da Terra.
Este novo trabalho apresenta um novo modelo poderoso do núcleo interno.
No entanto, uma sériebetbet365suposições físicas que os autores fizeram teriam que ser verdadeiras para que isso esteja correto.
Por exemplo, o modelo só funciona se o núcleo interno consistebetbet365uma fase cristalina específicabetbet365ferro, sobre a qual há alguma incerteza.
E nosso núcleo interno irregular torna a Terra incomum?
Na verdade, muitos corpos planetários têm duas metades que sãobetbet365alguma forma diferentes uma da outra.
Em Marte, a superfície da metade norte é mais baixa, enquanto a metade sul é mais montanhosa.
A crosta da face visível da Lua é quimicamente diferente do lado que está mais distante.
Em Mercúrio e Júpiter, não é a superfície que é irregular, mas o campo magnético, que não forma uma imagem espelhada entre o norte e o sul.
Portanto, embora as causasbetbet365todas essas assimetrias variem, a Terra parece estar bem acompanhada como um planeta ligeiramente assimétricobetbet365um sistema solarbetbet365corpos celestes desiguais.
* Jessica Irving é professorabetbet365geofísica da Universidadebetbet365Bristol, no Reino Unido.
Sanne Cottaar é professorabetbet365sismologia global na Universidadebetbet365Cambridge, também no Reino Unido.
Este artigo foi publicado originalmente no sitebetbet365notícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em inglês).
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