A pianista que trocou fama mundial para preservar cultura da Ilhabeting betPáscoa:beting bet

Mas a pianista Mahani Teave, que triunfou no circuito internacional da música clássica, faz partebeting betuma cultura vibrante que abrange muito mais do que as famosas estátuas esculpidas por seus ancestrais.

"Sinto que as crianças Rapanui aprendem a andar só para dançar e falar para poder cantar", diz Teave,beting bet37 anos.

Em 2016, ela foi uma dos 11 Rapanui que fundaram a Fundação Toki, uma organização cultural que mistura educação clássica, tradicional e ambiental para oferecer oportunidades aos jovens da ilhabeting betuma sociedade fortemente dependente do turismo.

Criançasbeting betaté dois anos fazem aulas preliminares e as mais velhas aprendem piano, violoncelo, violino, trompete e teoria musical. Algumas aulas são ministradas na língua Rapanui, e os alunos também aprendem ukulele, re'o riu (um canto antigo) e takona (pintura corporal), alémbeting betori e hoko, duas danças tradicionais.

Teave nasceu no Havaí, depois quebeting betmãe americana viajou para Rapa Nui, onde conheceu seu pai, que era músico. A família mudou-se para Rapa Nui quando ela era criança.

"Nunca me senti isolada", diz Teave. "Quando você crescebeting betum lugar como aquele, ele se torna o seu mundo e parece tão grande. Ainda há lugares na ilha que não conheço."

Aos seis anos, Teave teve aulasbeting betbalé e se encantou com as partituras clássicas que ouvia enquanto praticava seus movimentos. As aulas terminaram abruptamente com a mudança da professorabeting betbalé para o exterior.

Mas determinada, Teave convenceu uma pianista aposentada a ensiná-la, praticando por horas depois da escola e temendo que a professora pudesse encerrar as aulas e retornar à paz da aposentadoria. Aos nove anos, Teave mudou-se para Valdivia, no sul do Chile.

"Sair da ilha foi uma experiência amarga e senti muita saudade", lembra ela. "Não conseguia entender por que alguém tinha que deixarbeting betcasa e seu povo para fazer algo tão natural como tocar música."

Depois disso, Teave foi para os EUA estudar com o pianista armênio-americano Sergei Babayan, antesbeting betse mudar para a Alemanha.

Embora ao longo da carreira tenha tocadobeting betalgumas das mais famosas salasbeting betconcerto do mundo, foi a vulnerabilidade dabeting betcultura e a faltabeting betoportunidades na ilha que a levaram a regressar a Rapa Nuibeting bet2012 para fundar uma escolabeting betmúsica.

"Enquanto estive no exterior, pensei muito sobre o alcoolismo, o usobeting betdrogas e outros problemas sociais que existembeting betRapa Nui, e como tudo isso tinha muito a ver com a faltabeting betoportunidades", diz ela.

"Na minha cabeça, pertencia a uma culturabeting betviasbeting betextinção e sempre achei que deveria haver uma escolabeting betmúsica na ilha."

Um dos alunosbeting betTeave foi Rolly Parra, que se mudou para a ilha aos seis anosbeting betidade com seu pai, um oficial da Marinha chilena que trabalhava lá. Ele começou a aprender piano na escola antesbeting betganhar o cobiçado Prêmio Claudio Arau no Chilebeting betjaneirobeting bet2017.

"Mahani me inspirou e copiei tudo o que ela fez", diz Parra. "Se ela tocava uma sinfoniabeting betChopin, tentava fazer o mesmo."

A carreirabeting betTeave deu uma guinada inesperadabeting bet2018, quando David Fulton, um colecionadorbeting betinstrumentos raros, visitou Rapa Nui durante uma turnê mundial e ficou surpreso ao saber que ela nunca havia gravado um álbum próprio.

Fulton se ofereceu para financiar uma gravação e foi assim que "Odyssey Rapa Nui" foi lançadobeting betjaneiro, chegando ao topo da listabeting betclássicos da Billboard dos EUA.

O álbum percorre algumasbeting betsuas faixas favoritasbeting betBach, Liszt, Handel e Chopin, e termina com uma poderosa interpretaçãobeting bet"I He a Hotumatu'a", o hinobeting betRapa Nui. Todo o faturamento do disco é destinado à Fundação Toki.

De volta à ilha, Teava e seus colegas contribuem para os esforçosbeting betRapa Nui para se tornar sustentável e sem resíduos até 2030.

"A visão ancestral do mundo Rapanui enfatiza nossa conexão com a Terra, da qual pertencemos e pela qual somos responsáveis", explica.

Voluntáriosbeting bettodo o mundo levaram um ano e meio para construir a escola, com dejetos deixados por turistas ou com o que era trazido para a ilha pelo mar, como toneladasbeting betpapelão, latas, garrafas e pneus. A escola é autossuficiente com seus próprios painéis solares e coletoresbeting betágua da chuva.

O trabalho ambiental da fundação ganhou importância especial durante a pandemia do coronavírus, que revelou a faceta sombriabeting betuma ilha extremamente dependente do turismo e da importaçãobeting betalimentos: quando os voosbeting betSantiago foram suspensosbeting betmarço do ano passado, o desemprego disparou e as reservasbeting betalimentos se esgotaram.

Além das atividades culturais e iniciativasbeting betcoletabeting betlixo, a líder do projeto ecológico da fundação ajudou a coordenar 500 lotes comunitários e encorajar o usobeting betjardinsbeting betpedra tradicionais que protegem as plantações da erosão e conservam a umidade para aliviar a escassezbeting betalimentos.

"Já enfrentamos muitos dos desafios que afetarão o mundo na próxima década", diz Teave. "Se conseguirmos tornar esta ilha 100% sustentável, Rapa Nui pode se tornar um exemplo a ser seguido pelo mundo."

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