Como Napoleão Bonaparte realmente morreu e outras 3 'surpresas' sobre o imperador francês:brasil futebol

Por quase dois séculos, todas essas questões e outras foram debatidas e contestadas.

Nascidobrasil futebol1769brasil futeboluma família da Córsegabrasil futebolrecursos modestos,brasil futebol1811 Napoleão Bonaparte governou 70 milhõesbrasil futebolpessoas e dominou a Europa.

Quatro anos depois, seus sonhos dinásticos, políticos, imperiais e militares foram destruídos e ele foi exilado na remota ilhabrasil futebolSanta Helena.

Atébrasil futebolmorte, ele ebrasil futebolfamília viverambrasil futeboluma vila chamada Longwood House.

Uma morte lenta

A mortebrasil futebolNapoleão não ocorreubrasil futebolrepente.

Durante meses, ele sofreubrasil futeboldores abdominais, náuseas, suores noturnos e febre. Quando não estava constipado, tinha diarreia. Perdeu muito peso. Ele reclamavabrasil futeboldoresbrasil futebolcabeça, pernas fracas e desconforto sob luz forte. Sua fala ficou confusa. Os suores noturnos o deixavam encharcado. Suas gengivas, lábios e unhas eram incolores.

Ocorreu-lhe que estava sendo envenenado, mas então decidiu que tinha o mesmo câncer que matara seu pai e que toda ajuda médica seria inútil.

Em 4brasil futebolmaiobrasil futebol1821, ele perdeu a consciência. Em 5brasil futebolmaio, a notíciabrasil futebolque o grande homem havia morrido causou um choque mundial, e as perguntas começaram a surgir.

O primeiro teórico da conspiração foi o médico irlandês Barry O'Meara, que havia sido cirurgião no navio HMS Bellerophon quando Napoleão se rendeu a seu capitão depoisbrasil futebolWaterloo e se tornou o médico pessoal do líder francês.

O'Meara cuidou do ex-imperador por três anos, até fazer a explosiva afirmaçãobrasil futebolque o governador britânicobrasil futebolSanta Helena, Sir Hudson Lowe, teria ordenado que ele "abreviasse a vidabrasil futebolNapoleão". Como esperado, O'Meara foi demitido depois disso.

Lowe era o sujeito perfeito para desempenhar o papel do vilão britânico, que é a versão que entrou para a história e, não por acaso, a versão que Napoleão queria que o mundo acreditasse.

Napoleão tinha um plano astuto para escaparbrasil futebolSanta Helena, alegando que o clima o estava enfraquecendo fatalmente e usando a autoridade médica do Dr. O'Meara como amparo.

O'Meara se encantou com o famoso charmebrasil futebolseu paciente e apoiou suas alegações:brasil futebol1818, ele acusou o governador Lowebrasil futeboltentar apressar a mortebrasil futebolNapoleão e,brasil futebol1822, publicou um livro no qual afirmava que o governo britânico estava determinado a eliminar qualquer possibilidadebrasil futeboloutro retorno napoleônico.

Muitas pessoas suspeitaram que O'Meara estava certo, mas ninguém poderia provar isso. Ainda não existia nenhum método para identificar a presençabrasil futebolarsênicobrasil futebolum cadáver.

Se Napoleão tivesse sido assassinado, o assassino aparentemente escapou impune. Até que um dentista sueco descobriu a história real cercabrasil futebol100 anos depois, e retomou tudobrasil futebolonde O'Meara havia parado.

Investigações

Quando os diários privados do criadobrasil futebolNapoleão foram publicados na décadabrasil futebol1950, oferecendo relatos íntimos dos últimos dias do imperador, o dentista sueco Sten Forshufvud acreditou ter encontrado uma prova irrefutável.

Dos 31 sintomasbrasil futebolenvenenamento por arsênico descobertos por cientistas desde 1821, Napoleão apresentou 28, então Forshufvud pediu a uma universidade escocesa que fizesse um testebrasil futeboldetecçãobrasil futebolarsênico recém-inventado.

A análisebrasil futebolativaçãobrasil futebolnêutrons (NAA) foi realizada nos cabelos da cabeçabrasil futebolNapoleão datandobrasil futebol1816, 1817 e 1818, e revelou níveis fatalmente altosbrasil futebolarsênicobrasil futebolseu sistema. O'Meara, ao que parecia, estava certo: Napoleão foi morto, mas quem o matara?

Assassinato

O milionário canadense Ben Weider (descobridor do jovem Arnold Schwarzenegger) chegou à mesma conclusão usando um método diferente.

Convencidobrasil futebolque Napoleão havia sido assassinado, Weider revisou as inúmeras memórias escritas por aqueles que moraram na casabrasil futebolLongwoodbrasil futebolbuscabrasil futebolpistas.

Ele e Forshufvud coletaram evidências para os sintomas descritos nas memórias e as compararam aos picos da absorçãobrasil futebolarsênio mostrados pela análisebrasil futebolNAA. Com base nisso, acreditaram possuir evidênciasbrasil futeboldoses da substância administradasbrasil futebolintervalos ao longobrasil futebolvários anos.

O livrobrasil futebolBen Weider intitulado Assassinatobrasil futebolSanta Helena também mencionou um novo suspeito: o ex-amigobrasil futebolNapoleão, Charles Tristan, o Marquêsbrasil futebolMontholon, um personagem sombrio cuja esposa Napoleão havia seduzido, que estava desesperado para sair da ilha, e se beneficiaria pessoalmente da morte do ex-imperador.

Os reis Bourbon restaurados da França (que tinham tanto interesse quanto os britânicosbrasil futebolmanter Napoleão sob controle) haviam ameaçado (segundo Weider e Forshufvud) tornar público o desviobrasil futebolfundos militares por Montholon se ele não concordassebrasil futebolenvenenar Napoleão com arsênico.

O debate sobre o arsênico

No entanto, essa teoria elaborada não convenceu a todos: mesmo que o arsênico fosse a causa da mortebrasil futebolNapoleão, isso não significava que alguém teria matado o ex-imperador francês com essa substância.

Na décadabrasil futebol1980, o debate sobre o envenenamento tomou uma direção diferente: Napoleão poderia simplesmente ter absorvido arsênico suficientebrasil futebolseu ambiente para morrer.

Qualquer casa do século 19 estava saturadabrasil futebolarsênico: cosméticos, tônico para o cabelo, cigarros, cerabrasil futebollacre, panelas, repelentesbrasil futebolinsetos, venenobrasil futebolrato, coberturabrasil futebolbolo. Tudo era tóxico.

Quando um químico da Universidadebrasil futebolNewcastle fez um teste com um pedaçobrasil futebolpapelbrasil futebolparedebrasil futebolLongwood, roubado por um turista do século 19, ele descobriu que gases venenosos exalados por um mofo crescendo atrás dele poderiam ter contribuído para o declínio fatalbrasil futebolNapoleão.

Pesquisadores posteriormente compararam os cabelos do filhobrasil futebolNapoleão combrasil futebolprimeira esposa, a imperatriz Josefina, com osbrasil futebol10 pessoas vivas, e concluíram que os europeus no início do século 19 tinham até 100 vezes mais arsênicobrasil futebolseus corpos do que uma pessoa viva hoje.

Mas aqueles que estavam convencidosbrasil futebolque Napoleão fora assassinado não aceitaram essa hipótese.

Por vários anos, as duas escolasbrasil futebolpensamento lutaram com evidências e contra-evidências: o FBI, a Scotland Yard, o Instituto Forensebrasil futebolStrasbourg, os laboratórios da políciabrasil futebolParis... todos realizaram testes e todos confirmaram os altos níveisbrasil futebolarsênico no sistemabrasil futebolNapoleão.

No entanto, nenhum dos dois conseguiu estabelecer definitivamente como o veneno foi parar lá.

A teoria da substituição

Enquanto isso, um segundo debate surgiu: sobre substituição.

A ideia do imperador substituto tem sido usadabrasil futebolfilmes e romances e certamente os fãs mais apaixonadosbrasil futebolNapoleão tinham (e têm) certezabrasil futebolque o homem que morreubrasil futebol5brasil futebolmaio era outra pessoa.

A versão mais surpreendente das teorias da substituição afirma que Napoleão nunca foi a Santa Helena: que eles enviaram um sósiabrasil futebolseu lugar. O ex-imperador teria se aposentadobrasil futebolVerona e virado vendedorbrasil futebolóculos, mas foi baleado enquanto tentava escalar as paredesbrasil futebolum palácio austríaco para ver seu filho mais novo.

Essa história, no entanto, não tem nenhum fundamentobrasil futeboldocumentos.

Segunda teoria

Uma segunda teoria da substituição girabrasil futeboltornobrasil futebolJean-Baptiste Cipriani, mordomobrasil futebolLongwood atébrasil futebolmortebrasil futebolfevereirobrasil futebol1818 durante uma epidemiabrasil futebolhepatite, e enterrado nas proximidades.

A 'escola Cipriani' afirma que os britânicos desenterraram secretamente o corpobrasil futebolNapoleão no final da décadabrasil futebol1820 por razões inexplicáveis.

Quando confrontados com um pedido francêsbrasil futebol1840 para desenterrar Napoleão e trazê-lobrasil futebolvolta a Paris, os britânicos desenterraram Cipriani rapidamente e o jogaram na tumba vaziabrasil futebolNapoleão.

Por que, dizem os adeptos desta teoria, o oficial britânico encarregado só permitia que os observadores franceses presentes vissem o corpo à meia-noite, à luzbrasil futeboltochas? Por que não permitia que fossem feitos esboços? Por que o caixão foi aberto apenas por dois minutos antesbrasil futebolfechá-lo novamente e levá-lo a bordo da fragata francesa?

Máscaras mortais falsas, meias podres, cicatrizes faciais desbotadas, a posição dos vasos que prendem as vísceras: os detalhes levantados e negados são muitos para listar aqui, mas eles mantiveram os estudiososbrasil futebolNapoleão felizes por anos.

Em 1969, no bicentenário do nascimentobrasil futebolNapoleão, um jornalista francês chegou a publicar um "apelo" deliberadamente sensacionalista aos britânicos: "Anglais, rendez-nous Napoleon!" (Britânicos, devolvam-nos Napoleão!).

Sua surpreendente acusação foi abrasil futebolque a família real britânica mandou reenterrar Napoleão na Abadiabrasil futebolWestminster, o que teria sido um insulto final.

A verdade mais prosaica é que o corpobrasil futebolNapoleão (quase) certamente está sob a cúpulabrasil futebolLes Invalidesbrasil futebolParis.

No entanto, até que as autoridades francesas permitam que o caixão seja aberto para exumar o corpo, as teorias sobre o destino finalbrasil futebolum dos personagens mais fascinantes da história continuarão a assombrar.

Não é só a mortebrasil futebolNapoleão — que completa 200 anos nesta quarta-feira — que provoca polêmica. Quase todos os aspectosbrasil futebolsua vida foram intensamente analisados e discutidos ao longo desses dois séculos.

Confira abaixo outras três curiosidades, que você provavelmente não sabia, sobre a vidabrasil futebolNapoleão.

1. Planobrasil futebolresgate

Depoisbrasil futebolser derrotadobrasil futebol1814, Napoleão Bonaparte escapou da ilha mediterrâneabrasil futebolElba, onde havia sido exilado. Quando chegou a horabrasil futebolcolocá-lobrasil futeboluma prisão após a Batalhabrasil futebolWaterloo, seus inimigos escolheram um dos lugares mais remotos do planeta: Santa Helena, uma ilhabrasil futebol121 km² a maisbrasil futebol1,9 mil quilômetros da terra mais próxima no Atlântico Sul, um oceano que era controlado pela Marinha Real Britânica.

Apesarbrasil futeboltal precaução ebrasil futebolNapoleão estar sob vigilância armada, havia planos para resgatá-lo, incluindo um elaborado por um grupobrasil futebolex-soldados franceses que viviam no Texas (então província do México), que desejavam ressuscitar o Império Napoleônico na América do Norte.

2. Baixinho... mas não tanto

Um dos apelidos mais conhecidosbrasil futebolNapoleão era "o pequeno corso" e um dos maiores mitos é justamente esse:brasil futebolque ele era baixinho.

A imagembrasil futebolNapoleão como um líder militar brabo e atarracado foi tão difundida no século 20 que existe até um complexo psicológico com o seu nome.

Quando ele morreu, o prego no caixão veio com o relatório do médicobrasil futebolque seu corpo media "cinco pés, duas polegadas e quatro linhas, do topo da cabeça aos calcanhares". Isso equivaleria a 1,57 metros.

Mas... essa medição foi feita no "pied métrique", um sistema métrico estabelecido pelo próprio Bonapartebrasil futebol1812 que equivalia a um terço do metro.

Ou seja, ajustando essa medida ao sistema métrico que usamos hojebrasil futeboldia, ele tinha 1,68 metros, altura um pouco mais alta do que a média da época.

3. Misericórdia

Em 13brasil futeboljulhobrasil futebol1815, 25 dias apósbrasil futebolderrotabrasil futebolWaterloo, Napoleão escreveu uma carta ao rei George 4º do Reino Unido, que era então príncipe regente, implorando por misericórdia.

Assinada pelo próprio imperador, a carta defende a "hospitalidade do povo britânico" e apela ao príncipe — "o mais poderoso, o mais constante e o mais generoso dos meus inimigos" — a protegê-lo. Em buscabrasil futebolrefúgio, o imperador se compara a Temístocles, um estadista grego que se colocou sob o governante persa Artaxerxes e mais tarde foi recebido com honras.

Ao receber a carta, o príncipe declarou: "Uau, uma carta muito apropriada, muito mais, devo dizer, do que qualquer outra que recebibrasil futebolLuís 18º."

No entanto, o pedidobrasil futebolproteção feito por Napoleão foi rejeitado.

* Siân Reesé o autorbrasil futebol"As Muitas Mortesbrasil futebolNapoleão Bonaparte".

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