Coronavírus: é possível contrair covid pelos olhos?:aposta ganha ios

Portanto, a transmissão do Sars-CoV-2 por meio da superfície ocular e da lágrima é possível. Aerossóis infectados por vírus entramaposta ganha ioscontato com a superfície ocular e, posteriormente, com o sistema respiratório por meio do ducto nasolacrimal.

Anatomicamente, a mucosa conjuntiva (do olho) e a mucosa respiratória são conectadas por meio desse ducto.

Quais são as manifestações oculares da covid-19?

O Sars-CoV-2 está causando um grande impactoaposta ganha iostodo o mundo e suas manifestações clínicas ainda não são totalmente compreendidas.

A maioria das pesquisas clínicas se concentra nas manifestações respiratórias. No entanto, há um corpo cada vez maioraposta ganha iosevidênciasaposta ganha iosmanifestações oculares.

Algumas causadas pelo próprio vírus e outras derivadas da pandemia, seja por mudanças nos hábitosaposta ganha iosvida ou decorrentes da longa permanênciaaposta ganha iospacientesaposta ganha iosUnidadesaposta ganha iosTerapia Intensiva (UTIs), onde podem ficaraposta ganha ios3 a 6 semanas com ventilação assistida eaposta ganha iosa posição prona (de bruços).

Nesse sentido, têm sido descritos casosaposta ganha iospapiledemaaposta ganha iosdisco óptico bilateral e hemorragias retinianas que podem estar associados a um estadoaposta ganha ioshipercoagulabilidade. Alémaposta ganha iosum aumento da pressão intraocular devido ao edema periorbital pela compressão direta do olho e da órbita (síndrome compartimental orbital) provocado por longos períodos na posição prona (16 horas por dia).

Por outro lado, os longos períodosaposta ganha iosconfinamento e uso obrigatórioaposta ganha iosmáscara têm levado ao aumento da incidência da síndrome do olho seco eaposta ganha iosoutras doenças da superfície ocular.

As manifestações oculares causadas pelo próprio Sars-CoV-2 publicadas são bem variadas ​​e incluem conjuntivite, episclerite, olho seco, sensaçãoaposta ganha iosareia nos olhos, coceira, visão turva e fotofobia.

A mais frequente é a conjuntivite ou inflamação da mucosa conjuntiva, que pode até se apresentar como um dos primeiros sinais para o diagnósticoaposta ganha ioscovid-19.

O períodoaposta ganha iosincubação do vírus variaaposta ganha ios5 a 14 dias. Pode ocorreraposta ganha iosforma isolada, como pródromo (sintoma que pode indicar o inícioaposta ganha iosuma doença)aposta ganha iosinfecção respiratória, e até aparecer após o início dos sintomas sistêmicos.

O tempoaposta ganha iosevolução dos sintomas oculares também é variável. A prevalênciaaposta ganha iosinfecção ocular é muito baixa (0,8%-9,4%, dependendo da série). Em um estudoaposta ganha iosmeta-análise, pesquisadores concluíram que a conjuntivite pode estar associada a uma forma mais grave da doença.

Além do comprometimento da superfície ocular, são descritos casosaposta ganha iosparalisia dos nervos responsáveis ​​pela inervação dos músculos dos movimentos oculares. Casos isoladosaposta ganha iosneurite óptica também estão aparecendo. Além da córnea, também foi detectado o RNA viral Sars-CoV-2 na retinaaposta ganha iospacientes que faleceramaposta ganha ioscovid-19.

Por meio da tomografiaaposta ganha ioscoerência óptica e examesaposta ganha iosfundo do olho, foram observadas lesões hiper-reflexivas a nível das células ganglionares e camadas plexiformes, assim como manchas algodonosas sutis e micro-hemorragias ao longo das arcadas retinianas, possivelmente relacionadas à covid-19.

Apesaraposta ganha iostudo isso, o debate continua.

O que podemos fazer para evitar?

Algumas publicações mostraram que os olhos (a mucosa conjuntiva) são uma portaaposta ganha iosentrada para o vírus no corpo e uma potencial fonteaposta ganha iosinfecção.

Embora o vírus tenha sido isolado nas secreções lacrimaisaposta ganha iospacientes sem conjuntivite, o riscoaposta ganha iostransmissão ocular nesses indivíduos parece desprezível, uma vez que a carga viral é muito menor do que na mucosa respiratória.

Apesaraposta ganha iosa pandemia ter começado há quase um ano, não sabemos exatamente o comportamento da infecção.

Mas é preciso ser muito cauteloso. Nesse sentido, a lavagem contínua das mãos é imprescindível — e evite tocar e esfregar os olhos. Esta medida é especialmente importante para quem usa lentesaposta ganha ioscontato (importante lavar e secar cuidadosamente as mãos antes e depois do uso da lenteaposta ganha ioscontato).

* Cristina Peris Martínez é diretora médicaaposta ganha iosOftalmologia da Fundação Fisabio.

Este artigo foi publicado originalmente no siteaposta ganha iosnotícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em espanhol).

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