Diatruco online grátisFinados na pandemia: por que mesmo no isolamento é importante homenagear quem se foi:truco online grátis

"Estas pessoas enlutadas não puderam ter os rituaistruco online grátisdespedida (por restrições da pandemia) normalmente — participando do enterro com toda a família, vendo o corpo. O processotruco online grátisluto foi interrompido."

"Rituais assim são importantes porque trazem a concretude da morte. Por mais dificuldade que um evento assim traga, é importante para o processo do luto. E nestes espaços, você está (em condições normais) ao ladotruco online grátispessoas amadas e onde você pode liberar seus sentimentos", explica.

"Por isso, a possibilidadetruco online grátisida a cemitérios neste Diatruco online grátisFinados vai ser bastante importante para muitas pessoas."

Ainda assim, para aquelas pessoas que não puderem ou quiserem sairtruco online grátiscasa, Almeida defende que rituaistruco online grátishomenagem àqueles que se foram sejam feitos mesmo assim. Por exemplo, promovendo um encontro virtual entre familiares e amigos da pessoa querida; para quem for religioso, praticando rituaistruco online grátisacordo comtruco online grátisfé; escrevendo ou falando sobre a pessoa amada; ou até mesmo fazendo um almoço especial com o prato preferido daquela pessoa, brindando atruco online grátisvida.

"Seja qual for, todos os rituais são importantes, pois ajudarão no processo do luto."

'Maior homenagemtruco online grátisvelas do mundo'

Presidente da Associação Cemitérios e Crematórios do Brasil e do Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Acembra-Sincep), Gisela Adissi afirma que, para estes locais, não há data no ano como o Diatruco online grátisFinados — seja no volumetruco online grátispessoas reunidastruco online grátisuma só vez ou estrutura que isso exige, da segurança à limpeza.

Por isso, a data costuma ser organizada com cercatruco online grátistrês mesestruco online grátisantecedência pelos cemitérios, mas neste ano Adissi relata que, diante das incertezas, as administrações desses lugares se prepararam para ter "plano a, b, c".

A depender das regras locais, muitos deles vão abrir. Ainda assim, a Acembra-Sincep organizou, durante a pandemia, uma campanha estimulando os cemitérios a organizarem painéis virtuais com fotos e mensagens enviadas pelas famílias e amigostruco online grátishomenagem aos entes queridos.

O grupo Cortel, por exemplo, está preparando "a maior homenagemtruco online grátisvelas do mundo" para a data, com 8 mil delas. Com vários cemitérios pelo Brasil, o grupo também terá transmissões ao vivo e onlinetruco online grátispalestras e cultos no Diatruco online grátisFinados, alémtruco online grátisestar recolhendo imagens e textos sobre pessoas a serem homenageadas.

Adissi acredita que, mesmo com a organizaçãotruco online grátiscelebrações virtuais, as visitas presenciais na data serão numerosas.

"Acredito que haverá um contingente maiortruco online grátispessoas, por contatruco online grátistantos óbitos por covid-19. Muitos deles não puderam ser homenageados, lutos não foram vivenciados. A liberação (de visita,truco online grátisalguns lugares), somada aos ritos que não aconteceram antes, vai gerar essa espécietruco online grátisgrito reprimido daqueles que não puderam honrar quem perderam na pandemia."

'Honre todos os sentimentos que aparecerem'

Para Adissi, que administrou cemitérios por 18 anos anos, o Diatruco online grátisFinados não é apenastruco online grátislamentações.

"Da minha experiência, é também uma data festiva,truco online grátismuito significado para quem vai. Sempre me chamou a atenção o hábitotruco online grátismuitas pessoas que vão ao cemitério na parte da manhã, com roupas mais velhas, preparadas para fazer uma espécietruco online grátisfaxina com uma ou duas pessoas da família. Elas fazem o ritualtruco online grátislimpeza, colocam flores, voltam para casa e almoçam. De tarde, retornam ao cemitério com toda a família e mais arrumadas. Obviamente não é um dia feliz, mas também é mais do que lamentação. Tem um feriado, a família está reunida."

Tom Almeida destaca, portruco online grátisvez, que a influência cultural do catolicismo no país ressalta emoções difíceis nesta data — que são preponderantes quando o assunto é a morte, como mostrou uma pesquisatruco online grátis2018, segundo a qual os brasileiros a associam a sentimentostruco online grátistristeza (63%), dor (55%), saudade (55%), sofrimento (51%) e medo (44%). Em percentuais menores, estão sentimentos como a aceitação (26%) e libertação (19%).

"Outras culturas celebram também a vida da pessoa que foi embora, não pesando apenas para a morte. No luto, existe dor, mas também amor, gratidão, cumplicidade. Não é minimizar o sofrimento, mas considerar que a experiência não se limita a ele. Tudo cabe (na experiência do luto)", diz o fundado do movimento inFINITO.

Para a segunda-feira, Almeida aconselha que pessoas vivendo a dor e a saudade "honrem todos os sentimentos que aparecerem".

"Pode estar triste, com raiva, muita saudade, gratidão. Todos os sentimentos estão certos porque o luto é muito particular. E ele é um processo que exige transformação — a dor faz que tenhamos que achar recursos e autoconhecimento para readequar a vida quando alguém já não está mais por perto. Às vezes, a dor ocupa todos os espaços. Depois, ela ocupa um lugar", afirma, reforçando porém que cada experiência é única.

Ele lembra por exemplotruco online grátisuma postagem recentetruco online grátisuma amiga que contou como o Diatruco online grátisFinados era o único que conseguia reunir toda a família — começando com reverências e terminando com um grande piquenique, onde as histórias dos antepassados são contadas e celebradas.

Almeida diz também que lidar com o luto não tem prazos: a saudade pode apertartruco online grátisrelação a alguém que foi embora há pouco tempo, mas também há muitas décadas.

"Na verdade, o luto nunca acaba - ele encontra o seu lugar. Vive-se bem, mas uma música ou um cheiro podem 'apertar' o botão da dor. Só que, no início, parece que aquele botão está sempre ativado."

Setruco online grátis2018 a pesquisa nacional sobre o luto mostrou que, para 48% dos brasileiros, falar sobre a morte é algo depressivo, e para 28%, mórbido, Almeida diz ter a impressãotruco online grátisque, pouco a pouco, as pessoas estão se abrindo mais para falar sobre o assunto.

E a pandemiatruco online grátiscoronavírus parece,truco online grátisalguns casos, ter empurrado essa conversa.

"Percebi que existe uma urgênciatruco online grátisse falar sobre o viver e o morrer. E não existe barreira para isso acontecer — mesmo com barreiras virtuais, as pessoas estão abertas a falar, desde que tenham um espaçotruco online grátisconfiança e se sintam acolhidas."

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