A incrível história do meteorito que iluminou céu da Costa Ricaaposta ganha um2019 e segue intrigando cientistas:aposta ganha um

O que aconteceu foi a quedaaposta ganha umum meteorito que, segundo os especialistas, era do tamanhoaposta ganha umuma máquinaaposta ganha umlavar, embora tenha quebrado ao entrar na atmosfera terrestre.

Os fragmentos literalmente bombardearam a propriedadeaposta ganha umMárcia e perfuraram o telhadoaposta ganha umsua casa.

"A casa dela foi literalmente apedrejada do céu", disse Gerardo Soto Bonilla, pesquisador da Escola Centro-Americanaaposta ganha umGeologia (ECG) da Universidade da Costa Rica, à BBC News Mundo, o serviçoaposta ganha umespanhol da BBC.

Tesouro inestimável

A quedaaposta ganha umrochas espaciais é comum. Na verdade, dezenas chegam à Terra todos os dias. A maioria é destruída antesaposta ganha umchegar à superfície.

Mas não esta. Agora, o que restou do objeto se tornou um valioso tesouro para os cientistas.

O meteorito contém elementos semelhantes aos que existiam na época da formação do sistema solar. E parteaposta ganha umsua composição tem origem orgânica.

Rochas como esta caíram há bilhõesaposta ganha umanos na Terra e, segundo alguns especialistas, podem ser uma das chaves para o surgimento da vida no planeta.

Daí a importância do meteorito Aguas Zarcas, que leva o nome da área onde caiu.

Os fragmentos foram recuperados por moradores da comunidade e especialistas da Escola Centro-Americanaaposta ganha umGeologia. A caçada permitiu reunir cercaaposta ganha um27 quilosaposta ganha umpedaçosaposta ganha umrocha.

Formado nas estrelas

O maior fragmento recuperado pesa 1,8 mil gramas, mas seu maior valor são as informações que contém.

O meteorito que caiuaposta ganha umAguas Zarcas é um condrito carbonáceo, uma variedade muito raraaposta ganha umalto valor científico.

De fato, na história da geologia, apenas 504 desse tipoaposta ganha umrocha foram recuperadas, segundo o pesquisador da Universidade da Costa Rica.

Os condritos carbonáceos contêm o único registro da composição geoquímica dos primeiros anos do sistema solar.

Ao analisar os fragmentos recuperados na Costa Rica, foram descobertos componentesaposta ganha umcarbono orgânico, masaposta ganha umorigem inorgânica.

É um processo que remonta aos primeiros momentos da formação do Sistema Solar, afirma o pesquisador Soto Bonilla.

"O carbono original foi formado a partir da fusão nuclearaposta ganha umestrelas, a origem é totalmente inorgânica", explica.

Ao analisar os fragmentos, também foram encontrados minerais que emaposta ganha umestrutura molecular continham água, alémaposta ganha umoutros componentes como o sulfeto com níquel.

Outra descoberta foi que a composição geral da rocha contém isótoposaposta ganha umoxigênio muito semelhantes aos que existem no Sol.

A chave da vida

Os condritos carbonáceos são considerados essenciais para estudar a idade e a composição do Sistema Solar.

Rochas como a encontradaaposta ganha umAguas Zarcas são ricasaposta ganha umcarbonos, mas também contêm moléculas orgânicas, como aminoácidos, que são um dos componentes básicos das proteínas.

Um elemento chave era o carbono estelar. "Como ele tem uma capacidade muito grandeaposta ganha umse associar a outros elementos, isso o levou a se misturar com outros elementos".

Alguns deles eram oxigênio, nitrogênio e hidrogênio, por exemplo. A reação química "começou a formar as moléculas que dão origem ao que são os seres vivos".

Um processo que, ao longoaposta ganha ummilhõesaposta ganha umanos, permitiu o surgimentoaposta ganha umvida na Terra.

Na verdade,aposta ganha umacordo com o ECG, o meteorito Aguas Zarcas pode ter cercaaposta ganha um4.560 milhõesaposta ganha umanos.

'Fresquinho'

Há outro elemento que aumenta o valor científico da bolaaposta ganha umfogo: o momentoaposta ganha umque caiu na Terra e a rapidez com que os fragmentos foram recuperados.

Os condritos carbonáceos que caíram há dezenas ou centenasaposta ganha umanos, quando recuperados, já tinham perdido a maior parteaposta ganha umseus componentes orgânicos.

Um exemplo é o meteorito Murchinson, que pousou na Austráliaaposta ganha um1969 e foi considerado um dos maiores achados da história do Sistema Solar.

A rocha, porém, foi manipuladaaposta ganha umvários momentos e seus componentes também foram contaminados com os da Terra, ou se perderam com o passar dos anos.

Além disso, explica Soto Bonilla, a tecnologia da época não permitia uma análise completa das partículas orgânicas, algo que hoje é possível.

No caso da bolaaposta ganha umfogo que caiu na Costa Rica, há ampla oportunidadeaposta ganha umaproveitar ao máximo as informações contidas nela.

"Está fresquinha, acabouaposta ganha umcair", diz o pesquisador da ECG. "Isso nos dá a oportunidadeaposta ganha umanalisar os componentes que vêm intactos do Sistema Solar porque, quando entram na Terra, eles mudam muito pouco."

Os componentes orgânicos criados há bilhõesaposta ganha umanos são quase completamente preservados. "É daí que vem a importância do meteorito Aguas Zarcas."