'Reabrir agora é suicídio': os donosjogar mahjong onlinebares e restaurantes que decidiram continuar fechados:jogar mahjong online

Segundo o Ministério da Saúde, o Estadojogar mahjong onlineSão Paulo tinha no domingo (5/7) cercajogar mahjong online320 mil infectados por coronavírus, alémjogar mahjong onlinepouco maisjogar mahjong online16 mil mortes por covid-19.

"Achamos os protocolos (de reabertura) vagos e,jogar mahjong onlinealguns casos, sem sentido. Por que abrir apenas para o horário do almoço e fechar à noite? Não há nenhuma pesquisa mostrando que o coronavírus se propaga mais à noite", diz Gabriel Pinheiro, dono da pizzaria Villa Roma, que tem duas unidades na capital: uma na região da avenida Paulista e outra no Tatuapé.

Segundo ele, a maior parte do faturamento do restaurante antes da pandemia vinha do período noturno, no jantar. O almoço, no entanto, reunia clientes que trabalhamjogar mahjong onlineprédios comerciais ejogar mahjong onlineescritórios — hoje,jogar mahjong onlineboa parte, fechados.

"Não faz sentido para nós abrir sójogar mahjong onlinemanhã se nossos clientes estão trabalhandojogar mahjong onlinehome office", explica. "Ninguém vai sairjogar mahjong onlinecasa para almoçar fora nesse momento. As pessoas estão cozinhando ou pedindo por delivery."

O empresário Gerson Higuchi, dono do restaurante Apple Wood, no bairro da Anália Franco, também tem a maior parte do seu faturamento à noite. "Quem vai vir almoçar se as pessoas não estão trabalhando nos escritórios?", questiona.

'Reabrir é suicídio'

Empresários ouvidos pela BBC News Brasil, que atendem hoje apenas por delivery, dizem temer que a reabertura dos restaurantes signifique um prejuízo financeiro ainda maior — e até a falência diante do aumentojogar mahjong onlinegastos sem retorno no faturamento.

"Nós hoje operamosjogar mahjong onlinemaneira enxuta, com poucos funcionários. Suspendemos os contratosjogar mahjong online70% do nosso pessoal. Se reabrir, teriajogar mahjong onlinetrazê-losjogar mahjong onlinevolta sem perspectivajogar mahjong onlineque o faturamento iria aumentar novamente", explica Gabriel Pinheiro, da pizzaria Villa Roma.

Segundo o empresário, a atual operação por delivery rende apenas 20% da arrecadação do restaurante antes da pandemia, volume que não paga nem os custos fixosjogar mahjong onlinesuas duas unidades, como aluguel, salários e fornecedores. "Hoje temos um prejuízo semanaljogar mahjong onlineR$ 10 miljogar mahjong onlinecada pizzaria", diz.

Já Gerson Higuchi, do Apple Wood, concorda que a reabertura do espaço criaria mais gastos sem garantiajogar mahjong onlineretorno financeiro diante do movimento fraco.

"Teríamos que recontratar os funcionários, aumentar o estoque e outros gastos, alémjogar mahjong onlinereformular a operação sem garantiajogar mahjong onlineque o movimento volte a crescer. Vi pesquisas mostrando que a grande maioria das pessoas não está disposta a sairjogar mahjong onlinecasa ainda", diz ele, que durante a pandemia demitiu 17 dos antigos 20 funcionários.

"Nós ainda não atingimos o pico da pandemia. Agora, no inverno, os casos podem aumentar e, possivelmente, o governo terájogar mahjong onlinefechar novamente o comércio. Entendo quem está desesperado, também estou. Mas preferi esperar do que reabrir agora e terjogar mahjong onlinefecharjogar mahjong onlinenovo daqui a 30 dias. Qualquer movimento que eu tome sem planejar muito bem pode ser fatal para minha empresa. Reabrir agora é suicídio, significa falência", explica.

Para Percival Maricato, presidente da seção paulista da Associação Brasileirajogar mahjong onlineBares e Restaurantes (Abrasel), muitos estabelecimentos da cidade não têm capacidade financeira para reabrir nesta semana.

"Mesmo para reabrir, os proprietários precisam recontratar o pessoal e renovar estoque. Nem todo mundo consegue fazer isso hoje, então prefere ficar quietinho, fechado. Muita gente que reabrir terá mais prejuízo ainda", diz.

Segundo ele, a Abrasel tem negociado uma flexibilização ainda maior, com aumento do horário permitido até o período noturno e o fim da restrição do usojogar mahjong onlinemesas nas calçadas — algo bastante popularjogar mahjong onlineSão Paulo e que foi proibido pela nova norma do governo do Estado.

Para Renato Yada, dono do bar e restaurantejogar mahjong onlinecomida japonesa Izakayada, na região centraljogar mahjong onlineSão Paulo, reabrir o local colocaria os clientes e funcionáriosjogar mahjong onlineriscojogar mahjong onlineinfecção por coronavírus.

"Nosso espaço é pequeno, as pessoas ficam bem juntas. Pela normajogar mahjong online40% da capacidade, poderíamos receber só seis pessoas durante seis horas. Não vale a pena colocar as pessoasjogar mahjong onlinerisco. Tenho familiares idosos, não posso levar a doença para casa", diz.

O Izakayada tem funcionado apenas por delivery — e o dono é quem faz as entregas, sem auxíliojogar mahjong onlineprofissionaisjogar mahjong onlineaplicativos. Para continuar funcionando, o bar demitiu quatro funcionários e hoje apenas os sócios trabalham na unidade.

"Nosso faturamento caiu 80%. Hoje não conseguimos nem pagar as contas, às vezes precisamos vender algumas coisas para compensar o prejuízo. Só estamosjogar mahjong onlinepé porque somos pequenos e porque temos esperançajogar mahjong onlinequejogar mahjong onlinebreve a situação vá melhorar", diz.

'Vitória mutilada'

Para o empresário Facundo Guerra, donojogar mahjong onlinebares e baladas como o Riviera e o Cine Joia, a reabertura do setor é uma "vitória mutilada". "Abrir agora significa expor meus funcionários, meus cliente e eu mesmo. Os números estão aí. Não achatamos a curvajogar mahjong onlineinfecções nem chegamos no pico da pandemia", diz.

"Os shoppings reabriram e continuam vazios. Já os bares são locaisjogar mahjong onlinecelebração, e hoje não temos nada para celebrar. Entendo as pessoas que querem retomar os negócios, mas acho uma decisão equivocada. Não há garantiajogar mahjong onlineque o investimento para a reabertura agora será recompensado", afirma.

A empresária Ana Massochi, dona do restaurantejogar mahjong onlinecomida argentina Martín Fierro, na Vila Madalena, conta que também preferiu continuar atendendo apenas por delivery para proteger seus funcionários.

"O momento é crítico, a curvajogar mahjong onlineinfecção não baixou. A maioria dos meus funcionários usa transporte público para vir trabalhar. Não posso e não vou expô-los ao coronavírus", diz.

Para ela, que suspendeu contratos e reduziu saláriosjogar mahjong online50%, também não há garantiajogar mahjong onlineque todos os clientes vão sempre respeitar as normas, como usojogar mahjong onlinemáscaras.

"Imagina uma pessoa que tomou duas caipirinhas e passa a não seguir as regras. Como meu garçom vai resolver essa situação? Chama a polícia? E se houver violência?", questiona.

A empresária afirma que o delivery cobre apenas 50% da operação do Martín Fierro. "Estamos há quatro meses com prejuízo. As contas continuam chegando… Tudo está funcionando, menos o crédito para o pequeno empresário. Não tivemos um tostão do governo", reclama.

Para Percival Maricato, da Associação Brasileirajogar mahjong onlineBares e Restaurantes, o poder público também deveria olhar para o setor. "Tão importante quanto a reabertura do comércio seria fazer com que o crédito chegue na ponta. Muitos pequenos empresários estão frágeis financeiramente e não têm capacidadejogar mahjong onlinereabrir", diz.