'Ativismobet365 fifa esportsmarca' e protestos contra o racismo: como saber se as empresas praticam o que dizem:bet365 fifa esports

'Vidas negras importam' escrito,bet365 fifa esportsinglês,bet365 fifa esportsuma caixa da Amazon

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O movimento Black Lives Matter luta contra a violência policial contra negros nos EUA

Conheça o 'ativismobet365 fifa esportsmarca'

As empresas têm adotado cada vez mais o que é conhecido como "ativismobet365 fifa esportsmarca", adotando uma posição sobre questões sociais, ambientais ou políticas.

A tendência é impulsionada pelo comportamento do consumidor. Mais e mais pessoas esperam que as empresas contribuam positivamente para a sociedade.

Uma pesquisabet365 fifa esports2018bet365 fifa esports35 países mostrou que 64% dos consumidores recompensariam empresas que consideram engajadasbet365 fifa esportsalgum tipobet365 fifa esportsativismo.

"Portanto, não ébet365 fifa esportssurpreender que tenhamos visto muitas empresas se posicionarem publicamente depois do que aconteceu com George Floyd", diz Pepper Miller, consultorabet365 fifa esportsdiversidadebet365 fifa esportsChicago, nos EUA, à BBC.

"Nas ruas, a resposta também foi significativa. Houve até protestos na Finlândia. É difícil para as empresas ignorarem isso."

No entanto, Miller, que aconselha as empresas a trabalharem e pesquisarem mais para entender os consumidores negros há maisbet365 fifa esports20 anos, tem suas dúvidas sobre a mais recente ondabet365 fifa esports"ativismobet365 fifa esportsmarca".

Negros no comando

No caso do apoio corporativo ao Black Lives Matter, ela diz que, embora muitas empresas tenham adotado rapidamente a hashtag do movimentobet365 fifa esportsredes sociais, elas não parecem demonstrar o mesmo entusiasmobet365 fifa esportsseu quadrobet365 fifa esportsdiretores.

Pepper Millerbet365 fifa esportsuma conversa com outras mulheres durante um evento

Crédito, Courtesy of Pepper Miller

Legenda da foto, A especialistabet365 fifa esportsmarketing Pepper Miller (ao centro) diz que as empresas precisam ter atitudes compatíveis com seu discurso

Em 2020, apenas quatro das 500 maiores empresas americanas tinham um diretor-executivo negro.

"As empresas precisam fazer planosbet365 fifa esportslongo prazo para inclusão social e igualdade racial que sejam mais do que apenas dizer que eles 'apoiam pessoas negras'", diz Miller.

"Mas a experiência mostra, no entanto, que prática não funciona assim. A maioria das iniciativas é pontual."

A questão sobre a faltabet365 fifa esportsdiversidade nos quadrosbet365 fifa esportsdiretores atingiu até marcas grandes como a Nike.

Em 2018, a Nike lançou uma forte campanha com o astro do futebol americano Colin Kaepernick.

Kaepernick havia sido afastado da NFL (Liga Nacionalbet365 fifa esportsFutebol dos EUA) depoisbet365 fifa esportsse ajoelhar,bet365 fifa esportsprotesto contra a violência policial, durante o hino nacionalbet365 fifa esportsuma partidabet365 fifa esports2016.

Desde então, o gesto foi reproduzido por muitos, incluindo políticos, mas na época custou ao jogador o seu contrato com o time dos San Francisco 49ers.

A Nike, no entanto, o contratou para ser um dos rostos dabet365 fifa esportscampanhabet365 fifa esports30º aniversário. A empresa enfrentou protestos e ameaçasbet365 fifa esportsboicotes, mas também recebeu muitos elogios — e viu um aumento nas vendas, indicando que a ação com o jogador foi bem vista pelos consumidores.

Mas logo as atenções se voltaram para a diversidade dentro da empresa. Em 2019, menosbet365 fifa esports10%bet365 fifa esportsseus 3.000 vice-presidentes ao redor do mundo eram negros.

"No último ano, nós ampliamos nossos próprios esforços e medidasbet365 fifa esportsresponsabilidade nas áreasbet365 fifa esportsdiversidade, inclusão e pertencimento para criar um ambiente que atraia uma força da trabalho mais diversa", disse o diretor-executivo da Nike, John Donahue, no dia 5bet365 fifa esportsjunho.

Outdoor com o rosto serenobet365 fifa esportsColin Kaepernick'sbet365 fifa esports2018bet365 fifa esportsNova York

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A Nike colheu benefíciosbet365 fifa esportssua campanha com Colin Kaepernick, mas foi questionada por suas políticas internasbet365 fifa esportsdiversidade

A empresa também prometeu investir 40 milhõesbet365 fifa esportsdólares nos próximos quatro anos para apoiar a comunidade negra nos Estados Unidos.

"O racismo sistêmico e os eventos que ocorreram nos Estados Unidos nas últimas semanas servem como um lembrete urgente da mudança contínua necessáriabet365 fifa esportsnossa sociedade", acrescentou Donahue.

Pesquise quantos negros trabalham na empresa

Os ativistas estão pedindo que todas as empresas "assumam" o quão diversas elas são.

Sharon Chuter, uma ex-executiva nigeriana da indústria da beleza e fundadora da marca doméstica Uoma, lançou a campanha "Pull Up or Shut Up" (algo como "levante ou cale a boca",bet365 fifa esportstradução livre). É um desafio para as marcasbet365 fifa esportsbeleza divulgarem o númerobet365 fifa esportsnegros que trabalham para elas no nível executivo e para pedir ao público para não comprar das empresas que se recusam a fazê-lo.

A página do Instagram da campanha está cheiabet365 fifa esportspostsbet365 fifa esportsempresas que divulgam essas informações.

Pessoas colocam as mãos juntas

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Apenas 4 das 500 maiores empresas americanas tem um CEO negro

A hashtag #PullUpOrShutUp foi adotada por influenciadores como o youtuber Jackie Aina.

"Como sabemos, existem muitas marcas que adoram ganhar dinheiro com a cultura negra, a música negra, a estética negra, mas ficam caladas quando se tratabet365 fifa esportsfalar sobre questões e lutas negrasbet365 fifa esportsnossa comunidade", disse Ainabet365 fifa esportsum vídeo no Instagram, publicado no iníciobet365 fifa esportsjunho, com maisbet365 fifa esports1,7 milhãobet365 fifa esportsvisualizações até o momento.

'Vote combet365 fifa esportscarteira'

A famosa ativista Brea Baker adverte as empresas que campanhasbet365 fifa esportsredes sociais não são suficientes e que "os consumidores estão prestando atenção".

A publicação antirracismo da empresa francesabet365 fifa esportscosméticos L'Oreal no Instagram foi criticada, por exemplo. Os comentários das pessoas se referiram àbet365 fifa esportsdecisãobet365 fifa esportsdespedir a transgênero e modelo negra Munroe Bergdorfbet365 fifa esports2017.

Bergdorf criticou os violentos protestos nacionalistas brancos na cidade americanabet365 fifa esportsCharlottesville, dizendo: "Honestamente, não tenho mais energia para falar sobre a violência racial dos brancos. Sim, TODOS os brancos".

A ativista Brea Baker, uma jovem negra com sardas e cabelo presobet365 fifa esportscoque

Crédito, Courtsey of Brea Baker

Legenda da foto, A ativistas Brea Baker diz que as empresas não podem fazer apenas o mínimo

Na época, a L'Oreal disse que seus comentários estavam "em desacordo" com os valores da empresa e ela foi dispensada.

Mas,bet365 fifa esports9bet365 fifa esportsjunho, L'Oreal e Bergdorf publicaram uma "publicação conjunta" no Instagram anunciando que a modelo havia sido contratada como consultora para questõesbet365 fifa esportsdiversidade e que a empresa havia prometido doações para instituiçõesbet365 fifa esportscaridade que trabalham com jovens transexuais e minorias.

No post, a presidente da L'Oreal, Delphine Viguier, pediu desculpas à modelo.

"Eis o que ouvibet365 fifa esportsMunroe Bergdorf: há três anos, Munroe se sentiu silenciada por uma marca, a L'Oréal Paris, que tinha o poderbet365 fifa esportsampliarbet365 fifa esportsvoz. Lamento a faltabet365 fifa esportsdiálogo e apoio que a empresa mostrou a Munroe ao longo do tempo. Deveríamos também ter feito mais para criar uma conversa sobre mudanças, como estamos fazendo agora."

Baker diz que, enquanto algumas empresas estão respondendo à pressão "com o mínimobet365 fifa esportspostagens nas redes sociais", os consumidores estão observando as que "estão fazendo jus ao momento doando grandes quantiasbet365 fifa esportsdinheiro, elevando os recursos antirracistas e ecoando os chamados ao ativismo".

Veja o histórico da empresa

Em exemplo famosobet365 fifa esportscomo as pessoas podem responsabilizar marcas que são consideradas prejudiciais a certas causas ocorreu quando o Uber lucrou com o protestobet365 fifa esportstaxistasbet365 fifa esportsNova York contra a proibição do presidente Donald Trump da entradabet365 fifa esportscidadãosbet365 fifa esportsvários paísesbet365 fifa esportsmaioria muçulmana no país,bet365 fifa esports2017.

A empresa se desculpou publicamente e negou ter feito esforços para prejudicar a greve, masbet365 fifa esportspouco maisbet365 fifa esportsdois dias 200 mil pessoas excluíram suas contas do Uber. A empresa rival Lyft superou-a pela primeira vezbet365 fifa esportsdownloadsbet365 fifa esportsaplicativos.

"O consumidor quer marcas que se preocupam com uma sériebet365 fifa esportsquestões, incluindo direitos humanos e aquecimento global", explica Adam Stones, estrategistabet365 fifa esportscomunicaçãobet365 fifa esportsAmsterdã. "Mas as empresas precisam praticar o que pregam oubet365 fifa esportsmensagem será vista como desrespeitosa".

Stones está convencidobet365 fifa esportsque os profissionaisbet365 fifa esportsmarketing e as empresas não devem subestimar como os consumidores levandobet365 fifa esportsconsideração questões maiores quando estão comprando.

"As pessoas não são ingênuas. Uma empresa que tentar ganharbet365 fifa esportsconfiança sem a intençãobet365 fifa esportsmudarbet365 fifa esportsfato será descoberta pelos clientes e até pelos investidores", alerta o especialista.

Veja onde a empresa investe

Os clientes gostambet365 fifa esportsnegócios que buscam um "propósito" além do lucro, investindobet365 fifa esportsbenefícios sociais, comunitários e ambientais.

Um relatório da consultoria Korn Ferry mostrou que as empresas que adotam essa filosofia viram suas vendas aumentarem a taxas quatro vezes maiores do que os concorrentes entre 2011 e 2015.

Essas empresas são conhecidas como "empresas-B". Existem até certificações formais, como a certificação Fair Trade (Comércio Justo), que verifica diversos quesitos, incluindo a diversidade.

"As marcas estão sendo pressionadas a ser uma força do bem e algumas realmente foram bem-sucedidas", diz Adam Stones. "As empresas-B são um tipo diferentebet365 fifa esportsorganização, necessário para agregar valor à sociedade".

Maisbet365 fifa esports3.200 empresasbet365 fifa esports71 países e maisbet365 fifa esports150 indústrias são "empresas-B certificadas", que são legalmente obrigadas a pensar além do lucro.

A lista, que agrupa empresas por países, cidades e setores, está disponível gratuitamente online.

Empresas menores com um "perfil disruptivo" formam a maioria das empresas-B. Mas existem algumas empresas maiores assumindo a filosofia do "propósito e lucro".

Uma ilustraçãobet365 fifa esportsuma balança pesando um coração verde e moedas

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Legenda da foto, Consumidores cada vez mais querem políticas responsáveis das empresas

A Ben & Jerry's, fabricante americanabet365 fifa esportssorvetes, não apenas manteve a certificaçãobet365 fifa esports"empresa-B" que obteve no ano anterior, mas também teve um aumento embet365 fifa esports"pontuaçãobet365 fifa esportsimpacto" - uma medidabet365 fifa esportsengajamento ético realizado por terceiros.

A empresa causou alvoroço durante os protestos após o assassinatobet365 fifa esportsGeorge Floyd, emitindo uma declaração forte denunciando a "cultura da supremacia branca" na América.

Não é a primeira vez que Ben & Jerry's se posiciona. Eles têm um históricobet365 fifa esports"ativismobet365 fifa esportsmarca" que inclui apoio ao casamento gay e até mesmo um sabor "anti-Trump" chamado Pecan Resist.

Um potebet365 fifa esportssorvete da marca Ben and Jerry

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A fabricantebet365 fifa esportssorvete Ben & Jerry's tem um longo históricobet365 fifa esportsativismo social

Dinheiro é suficiente?

Várias empresas anunciaram contribuições substanciais para causas antirracismo nos últimos dias - a Disney anunciou uma doaçãobet365 fifa esports5 milhõesbet365 fifa esportsdólares e o Facebook prometeu outros 10 milhões, entre outros.

Mas essas doações nem sempre são suficientes se outras ações da empresa passam uma mensagem ambígua.

A Associação Nacional para o Progresso das Pessoasbet365 fifa esportsCor (NAACP, na siglabet365 fifa esportsinglês), uma das principais organizaçõesbet365 fifa esportsdireitos civis da América, publica regularmente um relatório sobre como os membros do Congresso dos EUA votarambet365 fifa esportsquestõesbet365 fifa esportsjustiça racial.

Em 2bet365 fifa esportsjunho, um relatório publicado no boletim Public Information mostrou que várias empresas que mencionaram o movimento Black Lives Matter também doaram centenasbet365 fifa esportsmilharesbet365 fifa esportsdólares a legisladores que receberam as notas mais baixas da NAACP.

Uber logo in a mobile phone

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O Uber perdeu milharesbet365 fifa esportsconsumidores que consideraram que a empresa havia boicotado um protesto anti-Trumpbet365 fifa esportsNova York

"Sim, queremos ver as empresas financiando causas contra a injustiça social", diz Nupol Kiazolu, ativistabet365 fifa esports19 anos do movimento Black Lives Matterbet365 fifa esportsNova York. "Mas também queremos que essas empresas pressionem os representantes democraticamente eleitos a adotar políticas que resultembet365 fifa esportsmudanças reais, não dando dinheiro aos políticos que não estão nos ajudando, apesarbet365 fifa esportsterem sido eleitos para representar o povo".

Kiazolu é muito clara embet365 fifa esportsmensagem aos consumidores: "A geração Z está levando as empresas a falar. Mas isso é apenas um primeiro passo. Também podemos quebrar vocês", acrescenta ela.

Sherri Williams, professora assistentebet365 fifa esportsRaça e Mídia da Universidade Americanabet365 fifa esportsWashington, pergunta: "Quão genuíno é esse desejobet365 fifa esportsmudança?"

"Muitos desses problemas enfrentados pelos afro-americanos ocorrem há décadas e essas empresas costumam ficar caladas", diz ela. "Algumas dessas empresas têm mais postagens sobre negros do que negros trabalhando para eles. As pessoas estão percebendo isso."

Embora os protestos possam fracassar, ativistas como Brea Baker acreditam que houve uma mudança radical.

"As pessoas farão com que seja diferente. Quando as pessoas exigem das corporações e dos que estão no poder um padrão mais alto, estabelecem um novo patamar."

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