#MeToo: A acusaçãobr betano com brassédiobr betano com brjovem atriz Adèle Haenel contra diretor que abala o cinema francês:br betano com br

"Me fez ver que me agarrei por muito tempo à versão do (diretorbr betano com brcinema) Christophe Ruggia,br betano com brque tudo tinha sido uma históriabr betano com bramor... (O documentário) me fez entender os mecanismosbr betano com brcontrole e fascínio", explicou.

Haenel, que hoje tem 30 anos, tinha apenas 12 quando foi escalada para o elenco do filme Les Diables,br betano com brRuggia — no qual ela interpreta uma órfã autista que foge com o irmão para encontrar os pais.

Segundo a investigação do site Mediapart - que incluiu o depoimentobr betano com brcercabr betano com broutras 30 testemunhas -, Ruggia teria desenvolvido uma obsessão pela jovem estrela. Outros atores e técnicos do setbr betano com brfilmagem falaram sobre o que seria uma atmosfera doentia.

Os dois viajaram juntos para promover o filme e, mais tarde, ele a teria convidado para ir até abr betano com brcasa.

Haenel diz que foi quando ele a tocou e tentou beijá-la pela primeira vez, e declarou seu amor por ela.

Aos 15 anos, ela entroubr betano com bruma profunda crise emocional, tentou cortar relações com Ruggia e procurou ajudabr betano com brintegrantes da equipe dele — mas poucos demonstraram empatia.

Nesta semana, a Sociedadebr betano com brDiretoresbr betano com brFilmes Franceses, da qual Ruggia foi copresidente por vários anos, expulsou o cineasta e se posicionou a favorbr betano com brHaenel.

A atriz se recusou a registrar uma acusação judicial, argumentando que não confia no sistema judicial francês. No entanto, com base no depoimento publicado, a promotoria pública abriu uma investigaçãobr betano com br"agressão sexual contra menor conduzida por alguém com autoridade".

Ruggia nega abuso, mas admite 'erros'

Ruggia, hoje com 54 anos, negou as acusaçõesbr betano com brabuso sexual, mas admitiu ter cometido "erros" embr betano com brcondutabr betano com brrelação a Haenel.

"Não vi que minha adulação por ela e as esperanças que depositei nela — dadabr betano com brtenra idade —, parecessem penosas às vezes. Se foi isso que aconteceu... peço perdão a ela", afirmoubr betano com brcomunicado.

"Minha exclusão social estábr betano com brandamento agora, e não há nada que eu possa fazer para escapar."

Christophe Ruggia fez apenas alguns filmes, nenhum deles teve muito sucesso. Nos últimos anos, ele tem sido um defensor aberto dos direitos dos imigrantes.

Adèle Haenel já atuoubr betano com brmaisbr betano com br25 filmes e ganhou duas vezes o prêmio Cesar — o equivalente francês ao Oscar. Entre os filmesbr betano com brque atuou, estão: Retratobr betano com brUma Jovembr betano com brChamas (2019), 120 Batimentos Por Minuto (2017), A Garota Desconhecida (2016) e L'Apollonide — Os Amores da Casabr betano com brTolerância (2011).

'Quebrar o silêncio'

A denúncia vem à tona dois anos após o surgimento do movimento #MeToo, que teve origem entre as atrizesbr betano com brHollywood contra a culturabr betano com brassédio sexual no principal cenário do cinema mundial.

Os apoiadores do #MeToo esperam que o caso possa acabar com o códigobr betano com brsilêncio estilo 'omerta' — o códigobr betano com brsilêncio praticado pela máfia —, que eles dizem ainda ter influência na indústria cinematográfica francesa e impede que muitas atrizes se manifestem sobre assédio.

"Acredito que seja uma espéciebr betano com brmomentobr betano com brvirada. É a primeira vez que uma atriz reconhecida internacionalmente, tão estimada, se abre sobre o assunto", afirma Veronique Le Bris, que administra um site sobre mulheres no cinema.

"Adèle,br betano com brcoragem é um presentebr betano com brgenerosidade incomparável... Você está rompendo um silêncio tão pesado", escreveu a atriz francesa Marion Cotillard nas redes sociais.

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