A pré-história da internet – e a palavra bíblica que deu seu pontapé inicial:melhores casas de apostas do brasil

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Legenda da foto, O Pentágono nos anos 60; a partir dali, nasceu a rede precursora da internet

Crédito, Gardner Campbell/Wikipedia

Legenda da foto, Taylor estudou psicologia na universidade antesmelhores casas de apostas do brasiltrabalhar como engenheiro aeronáutico, passar pela Nasa e chegar à Darpa

Três terminais espalhados pelos EUA

A ressurreição começoumelhores casas de apostas do brasil1966, quando Taylor e a Darpa plantaram a sementemelhores casas de apostas do brasilalgo grande.

Ao lado do escritório do engenheiro, havia uma salamelhores casas de apostas do brasilterminais, um pequeno espaço no qual havia três terminaismelhores casas de apostas do brasilacesso remoto com três teclados diferentes, um do lado do outro.

Cada terminal permitia que Taylor emitisse comandos para um computador mainframe (de grande porte, responsável por processar um volume grandemelhores casas de apostas do brasilinformações) distante.

Um deles estava no Institutomelhores casas de apostas do brasilTecnologiamelhores casas de apostas do brasilMassachusetts (MIT), a maismelhores casas de apostas do brasil700 kmmelhores casas de apostas do brasildistância dali.

Outros dois estavam do outro lado do país, na outra costa: um na Universidade da Califórnia e o outro no Comando Aéreo Estratégicomelhores casas de apostas do brasilSanta Mônica (também na Califórnia), chamado AN / FSQ32XD1A — ou Q32, para abreviar.

Cada um desses enormes computadores exigia um procedimentomelhores casas de apostas do brasillogin e uma linguagemmelhores casas de apostas do brasilprogramação diferente.

Era, como definiram os historiadores Katie Hafner e Matthew Lyon, como "ter uma sala lotadamelhores casas de apostas do brasilvárias televisões, cada uma dedicada a um canal diferente".

Ainda que Taylor pudesse acessar esses computadores remotamente por meiomelhores casas de apostas do brasilseus terminais, eles não podiam se conectar facilmente entre si ou com outros computadores financiados pela Darpa nos Estados Unidos.

Era quase impossível compartilhar dados, fazer conjuntamente um cálculo complexo ou até enviar uma mensagem entre esses computadores.

'Comece, você terá US$ 1 milhão a mais'

O próximo passo era óbvio, diz Taylor.

"Tínhamosmelhores casas de apostas do brasilencontrar uma maneiramelhores casas de apostas do brasilconectar todas essas máquinas diferentes", propôs Taylor.

Taylor falou com o então chefe da Darpa, Charles Herzfeld, sobre seu plano.

"Já sabemos como fazer isso", assegurou ele, embora não estivesse claro se alguém realmente sabia como conectar uma rede nacionalmelhores casas de apostas do brasilcomputadores mainframe.

"Ótima ideia!", exclamou Herzfeld. "Comece. Você terá US$ 1 milhão a maismelhores casas de apostas do brasilseu orçamento."

A reunião levou 20 minutos.

Desafio formidável

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Legenda da foto, Havia algo nascendo, só talvez não se sabia o quão grandioso

Larry Roberts, do MIT, já havia conseguido que ummelhores casas de apostas do brasilseus computadores mainframes compartilhasse dados com o Q-32: dois supercomputadores conversando por telefone.

Chegar a isso foi um processo lento e desafiador.

Mas Taylor, Roberts e seus colegas visionários tinham algo muito mais ambiciosomelhores casas de apostas do brasilmente: uma rede à qual qualquer computador pudesse se conectar.

Como Roberts disse na época, "quase todos os elementos concebíveismelhores casas de apostas do brasilhardware e software de computadores estarão na rede".

Foi uma grande oportunidade, mas também um desafio enorme.

Motormelhores casas de apostas do brasilFerrari para aquecer... um bife?

Os computadores eram raros, caros e frágeis para os padrõesmelhores casas de apostas do brasilhoje.

Geralmente, eram máquinas programadas manualmente pelos cientistas que as usavam.

Quem convenceria aqueles poucos privilegiados a deixarmelhores casas de apostas do brasillado seus projetos para escrever um código a serviço da trocamelhores casas de apostas do brasildados com outras pessoas?

Era como pedir ao donomelhores casas de apostas do brasiluma Ferrari que desligasse o motor para aquecer um bife que o cachorromelhores casas de apostas do brasiloutra pessoa iria comer.

Felizmente, outro pioneiro da computação, o físico Wesley Clark, surgiu com uma solução.

Legenda da foto, Desenhos feitos por Larry Robertsmelhores casas de apostas do brasil1969 projetando a Arpanet

Novas oportunidades com os minicomputadores

Clark vinha acompanhando o surgimentomelhores casas de apostas do brasiluma nova geraçãomelhores casas de apostas do brasilcomputadores.

O minicomputador era modesto e econômicomelhores casas de apostas do brasilcomparação com os mainframes do tamanhomelhores casas de apostas do brasiluma sala instalados nas universidades dos EUA.

Clark sugeriu a instalaçãomelhores casas de apostas do brasilum minicomputadormelhores casas de apostas do brasilcada ponto desta nova rede.

O mainframe local, o enorme Q-32, por exemplo, se comunicaria com um minicomputador perto dele.

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Legenda da foto, O PDP-8, o primeiro minicomputador, fabricado pela DEC

O minicomputador ficaria encarregadomelhores casas de apostas do brasilse comunicar com todos os outros minicomputadores da rede. Ele seria responsável também pelo novo e interessante desafiomelhores casas de apostas do brasiltransportar pacotesmelhores casas de apostas do brasildadosmelhores casas de apostas do brasilforma confiável para que chegassem a seu destino.

Todos os minicomputadores funcionariam da mesma maneira; portanto, se você escrevesse um programamelhores casas de apostas do brasilrede para um, ele funcionariamelhores casas de apostas do brasiltodos.

Adam Smith, o pai da economia, teria ficado orgulhoso da maneira como Clark estava se aproveitando da especialização e divisão do trabalho.

Os mainframes existentes continuariam a fazer o que já faziam bem. Já os novos minicomputadores seriam otimizados para gerenciar a redemelhores casas de apostas do brasilmaneira confiável, sem falhas.

À provamelhores casas de apostas do brasilestudantes

A beleza da ideiamelhores casas de apostas do brasilClark era que cada unidade central local tinha que simplesmente se comunicar com a pequena caixa preta ao lado: o minicomputador local.

Essa era a única coisa necessária para conectar-se a toda a rede.

As "pequenas caixas pretas" eram na verdade grandes e cinza e foram chamadasmelhores casas de apostas do brasilIMP (Interface Message Processors).

Os IMPs eram versões personalizadas dos minicomputadores Honeywell, que tinham tamanhomelhores casas de apostas do brasilgeladeiras e pesavam maismelhores casas de apostas do brasil400 kg.

Outro superlativo: custavam US$ 80 mil cada, cercamelhores casas de apostas do brasilUS$ 500 milmelhores casas de apostas do brasilvaloresmelhores casas de apostas do brasilhoje (cercamelhores casas de apostas do brasilR$ 2 milhões).

Os projetistas da rede queriam processadoresmelhores casas de apostas do brasilmensagens que trabalhassemmelhores casas de apostas do brasilsilêncio, com supervisão mínima e que resistissem à açãomelhores casas de apostas do brasilcalor ou frio, vibrações ou oscilações, mofo, ratos e, o pior,melhores casas de apostas do brasilestudantes curiosos armados com chavesmelhores casas de apostas do brasilfenda.

Os computadores Honeywell, na época usados pelo setor militar, pareciam um pontomelhores casas de apostas do brasilpartida ideal, embora a blindagem das máquinas fosse, talvez, um pouco excessiva.

'Lo!'

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Legenda da foto, Um mapa com pontos, destinos e conexões da Arpanet inicial

O protótipo, IMP 0, estava pronto no iníciomelhores casas de apostas do brasil1969. Mas não funcionou.

Um jovem engenheiro tentou consertá-lo por meses, desenvolvendo e enrolando manualmente fiosmelhores casas de apostas do brasiltornomelhores casas de apostas do brasilpalitosmelhores casas de apostas do brasilmetal separados por uma distânciamelhores casas de apostas do brasilaproximadamente 1 milímetro.

Somentemelhores casas de apostas do brasiloutubro daquele ano, é que o IMP 1 e o IMP 2 estavam prontos para uso na Universidade da Califórnia e no Stanford Research Institute, a maismelhores casas de apostas do brasil500 kmmelhores casas de apostas do brasildistância um do outro.

Em 29melhores casas de apostas do brasiloutubromelhores casas de apostas do brasil1969, dois computadores centrais (mainframe) trocarammelhores casas de apostas do brasilprimeira palavra por meiomelhores casas de apostas do brasilseus IMPs complementares.

A palavra foi: "Lo", uma interjeiçãomelhores casas de apostas do brasilsupresa que significa algo como "veja!" e que aparecemelhores casas de apostas do brasiltraduções para o inglês da Bíblia.

A verdade é que a intenção inicial do operador era escrever "Login", mas a rede caiu após as duas letras surgirem.

Um começo difícil, mas a Arpanet estava ligada.

Outras redes se seguiram, e o projeto da década seguinte foi interconectá-lasmelhores casas de apostas do brasiluma redemelhores casas de apostas do brasilredes, ou simplesmente a "internet" — "net"melhores casas de apostas do brasilinglês quer dizer "rede".

Finalmente, os IMPs foram substituídos por dispositivos mais modernos chamados roteadores. No final dos anos 80, aqueles já eram peçasmelhores casas de apostas do brasilmuseu.

Mas o mundo que Roberts havia previsto, no qual "quase todos os elementos concebíveismelhores casas de apostas do brasilhardware e softwaremelhores casas de apostas do brasilcomputadores estarão na rede" estava se tornando realidade.

E os IMPs abriram e mostraram o caminho.

E a Darpa? Graças ao sucesso desta missão, da qualidademelhores casas de apostas do brasilseus funcionários e à confiançamelhores casas de apostas do brasilseus projetos, a agência continua hoje tendo papel fundamental no desenvolvimento tecnológico, como na criação do sistemamelhores casas de apostas do brasilposicionamento global, o GPS e, mais recentemente, nos carros sem motorista.

Tim Harford escreve a coluna "Economista clandestino" no jornal britânico Financial Times. O Serviço Mundial da BBC transmite a serie 50 Things That Made the Modern Economy. Você pode encontrar mais informações sobre as fontes do programa e escutar todos os episodios, ou ainda al seguir o podcast da serie (em inglês).

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