Por que eu adoro clicar sempre que vejo um 'alertaestrela bet aspoiler':estrela bet a

Game of Thrones

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Para quem gostaestrela bet aspoiler, saber quem vai sobreviver ou não nas tramasestrela bet aseriados ajuda a trazer alívio

estrela bet a Fãsestrela bet aseriados estrela bet a como Game of Thrones estrela bet a e Stranger Things estrela bet a costumam ficar enlouquecidos ao descobrir inadvertidamente detalhes da trama antesestrela bet aassistir aos episódios mais recentes. Mas tem gente que não apenas não liga para spoilers, como os procura ativamente.

Veja o que dizem três amantesestrela bet aspoilers. E não se preocupe: esta reportagem só fala sobre spoilers, mas não traz nenhum.

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'Eu clicoestrela bet aalertasestrela bet aspoilers'

Eu amo um spoiler. Me sinto muito mais relaxada quando ouço um.

Acho que é o meu lado impaciente, mas me sinto nervosa sem saber o que vai acontecer quando assisto a um seriado ou filme. Como as pessoas conseguem assistir a Vingadores: Ultimato sem saber das idas e vindas do roteiro?

Entendo por que algumas pessoas querem assistir à batalha por Winterfellestrela bet aGame of Thronesestrela bet a"tempo real". Mas com o spoiler vem uma sensaçãoestrela bet aalívio.

Killing Eve é outro exemplo. No momento, me agrada ler a respeito da segunda temporada (já transmitida nos EUA, mas não no Brasil ou no Reino Unido).

Atrizesestrela bet aKilling Eve

Crédito, Sid Gentle Films

Legenda da foto, 'Para mim, um spoiler torna o programa mais divertido'; acima, Sandra Oh e Jodie Comer,estrela bet a'Killing Eve'

Para mim, um spoiler torna o programa mais divertido. Meu argumento é que a coisa que "pega" é a forma como o drama se desenlaça, não o momento "chocante". Consigo suportar saber (antesestrela bet aassistir) quem vai morrer, e até mesmo como vai morrer. Assim, consigo relaxar e apreciar as atuações, diálogo e direção, sem estar roendo as unhas.

Quando uma reportagem diz "alertaestrela bet aspoiler", eu clico. Quando a série dramática policial da BBC Line of Duty chegou ao grand finale no Reino Unido, as pessoas estavam bloqueando hashtags no Twitter e se recusando a ler notícias. Já eu,estrela bet avezestrela bet aevitar a cobertura, consumi tudo com vigor, tentando ativamente saber quem (dos personagens) iria sobreviver.

E não é sóestrela bet agrandes seriados dramáticos. Mesmo nas minhas novelas semanais eu gostoestrela bet aler as revistas que antecipam a trama, quem vai morrer ou ir embora.

Quando um personagem morreestrela bet arepente, fico impactada. Sinto como se o roteirista tivesse me decepcionado, por tirar o personagemestrela bet amim.

Um dos motivos pelos quais acho engraçado que spoilers causem tanto terror nas pessoas é queestrela bet aoutras áreas do entretenimento, como livros, elas não se importam (em saber o final). Afinal, será que alguém deixariaestrela bet aassistir a uma adaptaçãoestrela bet aOrgulho e Preconceito só porque já sabe o que acontece entre Elizabeth Bennett e Mr. Darcy?

Se você sabe a históriaestrela bet aum livro e consegue desfrutar a forma como ela é interpretada, por que não consegue com um seriadoestrela bet aTV?

Jenny Stallard,estrela bet aLondres, Reino Unido

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'Ficoestrela bet aolhoestrela bet avazamentos'

Sou um grande fãestrela bet aGame of Thrones, moro nos EUA e assisto assim que o episódio vai a streaming, aos domingos. Mas, antes, leio e escuto tudo o que posso sobre o episódio. A maioria dos meus spoilers vemestrela bet apodcasts, como Storm of Spoilers, que investiga teorias e junta informações vindasestrela bet avazamentos (de roteiros e gravações).

Game of Thrones

Crédito, Home Box Office (HBO)

Legenda da foto, 'As pessoasestrela bet ageral veem o spoiler como um resultado e querem alcançar a linhaestrela bet achegadaestrela bet asuas narrativas. Já eu prefiro a jornada'; acima, cenaestrela bet aGame of Thrones

Às vezes, mergulho ainda maisestrela bet aspoilers no Reddit e consigo informaçõesestrela bet afontes secundárias. Mas prefiro me manter informado com pessoas com conhecimento da indústria, que conseguem contextualizá-las. Isso torna o atoestrela bet aassistir mais profundo. E, mesmo que eu saiba que uma grande reviravolta vai acontecer, ainda tenho aquela sensaçãoestrela bet a"nossa, não acredito que eles fizeram isso acontecer".

É que eu não acredito no conceitoestrela bet aspoiler. As pessoasestrela bet ageral veem o spoiler como um resultado e querem alcançar a linhaestrela bet achegadaestrela bet asuas narrativas. Já eu prefiro a jornada.

E isso não quer dizer que eu tento arruinar os seriados para outras pessoas. Eu respeito seus sentimentos. É só que os spoilers não afetam o meu prazer pessoal do conteúdo e,estrela bet amuitos casos, eles enriquecem a minha experiência, então eu os busco.

Além disso, dá muito trabalho evitar spoilers. Para mim, saber e assistir são coisas completamente diferentes. Posso ir a um parqueestrela bet adiversões e assistir à montanha-russa, mas é outra coisa experimentar o passeio.

Dave Edward Pfeiffer-Ciesluk,estrela bet aHouston, Texas (EUA)

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'Suspense é superestimado'

Um tempo atrás, eu estava sentada no sofá assistindo a Breaking Bad com uma pessoa próxima a mim. O roteiro estava confuso, e depoisestrela bet aum tempo ele desligou o programa. "Era o episódio errado", ele disse. Mas já era tarde demais: já havíamos assistido ao que ia acontecer no seriado. Disse a ele para não se desculpar: agora que eu já sabia o que ia acontecer, conseguiria aproveitar o seriado.

Tinha afeição real por alguns dos personagens do seriado, e queria que eles ficassem bem - mas tinha o pressentimentoestrela bet aque pelo menos um deles não ficaria. Quando descobri quem ia morrer e quem ia sobreviver, consegui me preparar e focar minha atenção nos sobreviventes. É verdade, são personagens fictícios, e seu destino estava nas mãos dos criadores do seriado, e não nas minhas. E mesmo assim eu me importava com eles.

Breaking Bad

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, 'Ao saber o que ia acontecerestrela bet aBreaking Bad, consegui aproveitar o seriado'

Saber como as coisas terminam para os personagens é algo que ajuda. Não invisto tanta energia nos que estão condenados (isso seria um esforço triste e fútil) e posso dar mais atenção aos que vão permanecer, já que posso torcer por eles até o finzinho do seriado.

Quanto ao seriado Boneca Russa, do Netflix, eu me recusei a assistir até que alguém me dissesse se a personagem Nadia Vulvokov sobreviveria. Não é só com seriados: vou à última página dos romances, para saber se os relacionamentos terminam bem, e prefiro ler livros que adoro - como O Americano Tranquilo,estrela bet aGraham Greene - porque sei o que vai acontecer. Recentemente, quando um colega me contava sobre um novo podcast, eu o interrompi para perguntar: todo mundo sobrevive? Sabendo isso, consigo prestar atençãoestrela bet acomo a história se desenrola.

As pessoas dizem odiar spoilers, mas acho que o suspense é superestimado. Há fatos que sustentam isso: um estudo publicadoestrela bet a2016 na revista Nature mostra que a maioria das pessoas preferiria levar um choque elétrico a ficar sem saber se um choque seria disparado contra ela. Em outras palavras, as pessoas conseguem suportar tudo, menos a incerteza. É assim que eu me sinto -estrela bet aseriados, livros e na vida.

Há um antigo provérbio que diz "tudo vai ficar bem no final. Se não está bem, é porque não é o final". Às vezes as coisas não ficam bem. Mas se pelo menos você souber issoestrela bet aantemão, não tem que assistir à coisa toda.

Tara McKelvey, repórter da BBCestrela bet aWashington (EUA)

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