'Virei mulher depois que minha esposa desenvolveu demência':slot gladiator

Crédito, AoC

Legenda da foto, Stephanie, uma talentosa carpinteira, decidiu correr atrás do seu sonho e virar esteticista

Steve e Jill se conheceram praticando esporte no mesmo centro recreativo, pertoslot gladiatorRedruth, na Cornualha, no Reino Unido.

Crédito, S Gilbert

Legenda da foto, Steve e Jill no dia do casamento

Jill era 18 anos mais velha, com três filhosslot gladiatorum casamento anterior. A princípio, eles decidiram apenas "deixar rolar". Mas com o passar do tempo, se apaixonaram.

"Me apaixonei por ela e (o sentimento) ficou cada vez mais profundo", conta Stephanie.

Na época, Steve chegou a contar a Jill que achava que era mulher - mas quando ela disse a ele que o casamento mudaria isso, ele deixou as dúvidasslot gladiatorlado para se concentrarslot gladiatorser um bom marido e se aperfeiçoar nos esportes.

A mudança

Aos 20 anos, ele era particularmente bom no judô - ficouslot gladiatorterceiro lugar por três anos consecutivos naslot gladiatorcategoriaslot gladiatorcampeonatos nacionais.

Mas a sensaçãoslot gladiatorque ele deveria ser do sexo feminino cresceu - e com quase 50 anos, decidiu que queria viver como mulher.

"E, claro, foi quando as dificuldades começaram no casamento", lembra Stephanie.

Crédito, S Gilbert

Legenda da foto, Steve ficouslot gladiatorterceiro lugar por três anos consecutivos naslot gladiatorcategoriaslot gladiatorcampeonatos nacionaisslot gladiatorjudô

Após ser encaminhado para uma clínica especializadaslot gladiatoridentidadeslot gladiatorgêneroslot gladiatorNewton Abbot,slot gladiatorDevon, Steve recebeu autorização para o tratamento hormonal - mas Jill, com quase 70 anos na época, odiava a ideia.

Eles tinham praticamente decidido se separar, mas Jill teve uma sérieslot gladiatorperdas na família. E ela própria estava doente, com câncerslot gladiatormama e, mais tarde, artrite.

Steve decidiu, então, adiar o tratamento hormonal "até que as coisas fossem resolvidas".

"Eu não poderia fazer ela passar por isso."

Logo depois, Jill começou a apresentar os primeiros sinaisslot gladiatordemência.

"No começo, você percebe pequenas coisas... e então você conclui que há mais do que isso, quando ela começa a se repetir, e descobre que você tem meia dúziaslot gladiatorvidrosslot gladiatormostardaslot gladiatorpó e dezenasslot gladiatorrolosslot gladiatorpapelslot gladiatorcozinha, mas não tem papel higiênico. Você pensa: 'Tem alguma coisa errada'."

Jill nunca se recuperou totalmente da anestesia geralslot gladiatoruma cirurgia feita há quase nove anos, e Steve, um habilidoso carpinteiro e marceneiro, ficou cada vez mais preocupado com a segurança delaslot gladiatorcasa.

"No final, eu tiveslot gladiatorretirar os botões do fogão", diz Stephanie.

"Ficou complicado, abri mão completamente do trabalho para cuidar delaslot gladiatortempo integral."

Deixarslot gladiatortrabalhar também deu a Steve a oportunidadeslot gladiatorviver como Stephanieslot gladiatortempo integral.

"Em casa, eu seria apenas quem eu queria ser e tentaria cuidarslot gladiatorJill - mas não foi (uma ideia) brilhante", afirma.

"Eu tinha praticamente que serslot gladiatorgênero neutro, era indistinguível."

'Eu não aguentava mais'

Ser cuidadoraslot gladiatortempo integral era desgastante. Se Jill precisava ir ao banheiro à noite, muitas vezes não conseguia encontrar o caminhoslot gladiatorvolta para a cama.

"À medida que a doença se desenvolvia, acabei ficando sintonizada com ela. Então, assim que a ouvia levantar, acordava instantaneamente", diz.

Stephanie acabou ficando tão estressada e deprimida que chegou a ser internada no hospital por cinco dias.

Os filhosslot gladiatorJill assumiram o papelslot gladiatorcuidadores, mas perceberam rapidamente o quão difícil era e chamaram o serviço social.

"Isso meio que foi tirado das minhas mãos. Eu sabia que ela teriaslot gladiatorser levada para uma casaslot gladiatorrepouso, mas acabou sendo mais cedo do que eu esperava."

"Eu não aguentava mais", desabafa Stephanie.

'Uma inspiração'

Com Jill no lar para idosos, Stephanie começou a colar os cacosslot gladiatorsua vida.

Ela voltou para a clínica especializadaslot gladiatorgênero, onde foi encaminhada para iniciar o tratamento hormonal - foi um períodoslot gladiatorgrandes mudanças.

"Eu decidi que eu iria correr atrás do meu sonhoslot gladiatorser esteticista, já tinha pensado nisso anteriormente quando era Steve", revela.

Stephanie foi aceita no Cornwall College, que tem "uma políticaslot gladiatordiversidade muito boa".

"Acho que isso só ajudou a educá-los um pouco mais", diz ela, "porque, como uma pessoa trans, sempre tentei mostrar aos outros que somos apenas seres humanos que querem viver a vida".

Crédito, AoC

Legenda da foto, Os professores do Cornwall College dizem que Stephanie é 'uma inspiração'

Paula Riley, professoraslot gladiatorStephanie no curso, descreveu a aluna como "uma inspiração porslot gladiatoratitude abertaslot gladiatorrelação ao fatoslot gladiatorser trans".

Ela conta que o desempenhoslot gladiatorStephanie sempre foi excepcional, apesarslot gladiatortoda a agitação emocional provocada pela redesignaçãoslot gladiatorgênero e pelo fatoslot gladiatorsua esposa ter se mudando para uma casaslot gladiatorrepouso.

Em novembroslot gladiator2017, aos 59 anos, Stephanie finalmente submetida à cirurgiaslot gladiatorredesignação sexual e voltou a estudar no inícioslot gladiator2018 para concluir um cursoslot gladiatormassagem sueca.

A resiliênciaslot gladiatorStephanie a levou a receber o prêmio Adult Student of the Yearslot gladiator2018, concedido pela Association of Colleges.

Em setembro deste ano, ela vai começar um cursoslot gladiatornível superiorslot gladiatormassagem esportiva.

Crédito, Cornwall College

Legenda da foto, Stephanie recebeu o prêmio 'Adult Student of the Year'slot gladiator2018

Infelizmente, a demênciaslot gladiatorJill progrediu ao pontoslot gladiatorela não reconhecer mais o marido, com quem é casada há 30 anos - mesmo se Stephanie usar uma peruca curta e roupas neutras.

Stephanie agora tem um salãoslot gladiatorbelezaslot gladiatorcasa e oferece tratamentos estéticos para amigos, incluindo outras mulheres trans. No entanto, ainda ganha a vida como carpinteira e marceneiraslot gladiatorcanteirosslot gladiatorobras, uma vez que o salário é muito melhor.

Ela acha o trabalho pesado - por causa da terapia hormonal, acabou perdendo muita força -, mas ainda demonstra a perseverança e humor que a fizeram tão popular na salaslot gladiatoraula.

"Estouslot gladiatorvolta ao canteiroslot gladiatorobras, educando os caras, eu brinco com eles", diz ela.

"Eles ficam assustados e eu digo: 'Haallo!'"

"Tenho que tomar cuidado para não ser acusadaslot gladiatorassédio sexual. É tão engraçado. Damos boas risadas."

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