O empresário boliviano que largou tudo para cuidarcheirinho flamengocães abandonados:cheirinho flamengo
Um dia, quando saíacheirinho flamengosua aulacheirinho flamengoioga, Kushner viu o animal e deu a ele um pedaçocheirinho flamengoseu sanduíche. O cão, então, esfregou o focinho no executivo e lambeu suas mãos - um atocheirinho flamengogratidão que foi suficiente para convencer o homem a alimentá-lo no dia seguinte.
Antes que ele percebesse, Kushner estava alimentando cinco cachorros, depois dez e vinte. Hoje, o número está na casa das centenas.
Rondascheirinho flamengomanhã echeirinho flamengotarde
Todos os dias, ele visita os mesmos sete ou oito distritoscheirinho flamengoLa Paz e deixa porçõescheirinho flamengocomida nos mesmos pontos. Cada cão recebe 1 kgcheirinho flamengofrango e ossos por dia, alémcheirinho flamengouma porçãocheirinho flamengo250gcheirinho flamengobiscoitos para cachorros.
Ferchy faz duas rondas todos os dias, umacheirinho flamengomanhã e outra à tarde. No intervalo entre estes turnos, ele passa três ou quatro horas dirigindo por La Paz buscando alimentos com vários doadores.
As doações mais generosas vêmcheirinho flamengoduas cadeias locaischeirinho flamengofast foodcheirinho flamengofrango.
Em média, ele coleta 15 recipientes, cada um deles com capacidade para aproximadamente 50 litros.
Todo mês, ele gasta cercacheirinho flamengo50 sacascheirinho flamengo22 kgcheirinho flamengobiscoitos para cachorro - a um custo totalcheirinho flamengo9 mil pesos bolivianos (cercacheirinho flamengoR$ 4,9 mil), que ele paga do próprio bolso.
Alémcheirinho flamengoalimentar "seus cães", ele também é voluntáriocheirinho flamengodiferentes instituiçõescheirinho flamengocaridade e abrigos para animaischeirinho flamengoLa Paz.
María Angulo Sandoval, que trabalhacheirinho flamengoum abrigo no município vizinhocheirinho flamengoEl Alto, diz que Ferchy atua onde autoridades municipais falharam.
"As autoridades da cidade são responsáveis pela saúde pública e segurança, o que inclui manter a populaçãocheirinho flamengocães sob controle. Mas elas são absolutamente ausentes", diz.
Natal na rua com os cachorros (e parentes furiososcheirinho flamengocasa)
Ferchy diz que deixar seu lucrativo trabalho para se dedicar aos cães foi fácil e que a decisão aconteceu "de um dia para o outro".
Tem sido mais difícil no caso dos compromissos familiares. Na primeira vezcheirinho flamengoque perdeu a festacheirinho flamengoNatalcheirinho flamengosua família, ele estava alimentando os cães, e seus familiares ficaram furiosos.
Hoje, seus parentes estão um pouco mais resignados.
"Pensei que ele ficaria entediado com tudo isso depoischeirinho flamengocercacheirinho flamengotrês meses, e que ele iria deixar [a atividadecheirinho flamengoassistência aos animais]", dizcheirinho flamengomãe, Lolita Kushner. "Mas toda vez que eu o vejo, ele parece mais preocupado que nunca com cachorros e mais comprometido comcheirinho flamengomissão".
Ferchy espera contratar alguns ajudantescheirinho flamengobreve, mas por enquanto ele é um "exércitocheirinho flamengoum homem só".
Ele nem tem tempo para namorar, diz. Isso não o impedecheirinho flamengocogitar um futuro romance, mas a pessoa "teriacheirinho flamengoamar os animais, caso contrário seria impossível".
A questão é que nem todo mundo é tão apaixonado por cachorros quanto Ferchy.
Raúl Alcázar, moradorcheirinho flamengoLa Paz, acha que, alimentando cãescheirinho flamengorua, Ferchy pode estar agravando o problema: "Os cachorros ficam na rua, vasculhando o lixo e geralmente criando problemas".
Alcázar também se pergunta se os cães são aqueles que mais precisamcheirinho flamengoajuda: "O que ele faz é bom, mas não seria melhor dar o dinheiro para um orfanato ou para um idoso?"
Ferchy não nega que a Bolívia, onde umacheirinho flamengocada três pessoas é pobre e umacheirinho flamengocada seis é considerada extremamente pobre, tenha necessidades sociais agudas. Mas ele argumenta que existem "centenascheirinho flamengoinstituiçõescheirinho flamengocaridade" que cuidam dos pobres da Bolívia e que apenas algumas cuidam dos animais.
Pontes com marcas e companhia aérea
Mesmo assim, Kushner reconhece que seus esforços não são mais que uma gota no oceano. De acordo com seus próprios cálculos, cercacheirinho flamengo250 mil cãescheirinho flamengorua vivem nas ruascheirinho flamengoLa Paz.
Emcheirinho flamengoopinião, a única soluçãocheirinho flamengolongo prazo para o problema dos cachorroscheirinho flamengoruacheirinho flamengoLa Paz está na educação e na conscientização da população.
É aí que entra acheirinho flamengoexperiência no marketing. Depoischeirinho flamengopassar maischeirinho flamengo15 anos conduzindo campanhas para marcascheirinho flamengoluxo, ele não tem dificuldadecheirinho flamengoaproveitar seus contatos sociais e profissionais paracheirinho flamengomissão.
Ele conseguiu persuadir grandes empresas na Bolívia a publicar seu slogan "Adote, não compre". Seu maior sucesso até hoje foi garantir que a companhia aérea privada Bolívia Amazonas aceite cobrir o custo total do enviocheirinho flamengocãescheirinho flamengouma cidade para outra para adoção.
Atualmente, ele está tentando levantar dinheiro para construir um abrigo para cachorroscheirinho flamengoidade, que será também um centrocheirinho flamengoesterilização.
Ele já convenceu a Incerpaz, uma das maiores fabricantescheirinho flamengotijolos da Bolívia, a vender o material a preçocheirinho flamengocusto.
A tenacidadecheirinho flamengoFerchy na defesa dos cãescheirinho flamengoruacheirinho flamengoLa Paz parece não ter limites. Em nome da causa, ele chegou a buscar contato com Jared Kushner, genro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por via diplomática.
"Embora tenhamos o mesmo sobrenome, não temos nenhum parentesco. Mas o que há a perder?", questiona. "Se ele quisesse, poderia pagar para esterilizar todos os cães na Bolívia".
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