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Como cientistas brasileiros usaram camarão luminoso para ‘curar’ mosquito da malária:sportingbet corinthians
O ciclosportingbet corinthiansvida do parasita da malária
Para entender o funcionamento do teste é preciso saber um pouco sobre o ciclosportingbet corinthiansvida do Plasmodium, o protozoário que causa a malária.
Segundo o pesquisador Daniel Youssef Bargieri, do Institutosportingbet corinthiansCiências Biomédicas (ICB) da Universidadesportingbet corinthiansSão Paulo (USP), responsável pela equipe que criou o micro-organismo transgênico, a malária é causadasportingbet corinthianshumanos por pelo menos cinco espécies do Plasmodium - mas são conhecidas cercasportingbet corinthianscem, que infectam outros primatas, aves, répteis e vários mamíferos.
"No nosso laboratório, usamos como modelosportingbet corinthiansestudo o Plasmodium berghei, que infecta camundongos, não pessoas", conta.
De acordo com Bargieri, o ciclosportingbet corinthiansvida do micro-organismo é complexo. "Ele se multiplica no sangue, dentrosportingbet corinthianshemácias. É essa proliferação que causa a doença que conhecemos como malária", explica.
Durante o processo, contudo, parte dos parasitas no sangue pode se transformarsportingbet corinthiansgametócitos, uma fase sexuada (ou seja, com machos e fêmeas)sportingbet corinthiansque o protozoário deixasportingbet corinthiansse multiplicar.
Nessa fase, caso o indivíduo contaminado seja picado por um mosquito do gênero Anopheles, que é o agente transmissor do Plasmodium, o protozoário reinicia o ciclo, infectando outro hospedeiro.
Drogas mais eficazes para impedir a transmissão da doença
Hoje existem medicamentos que tratam a maláriasportingbet corinthianshumanossportingbet corinthiansmaneira bastante eficaz. Em poucos dias, o paciente é curado. Essas drogas agem contra as formas do parasita que se multiplicam no sangue (aquelas que causam a doença).
"O tratamento não é muito eficaz, no entanto, contra os gametócitos", diz Bargieri.
"Ou seja, a pessoa é curada, mas continua carregando as formas do micro-organismo que são transmitidas para o mosquito. Isso significa que, mesmo depois do tratamento, ela pode ser fontesportingbet corinthianstransmissão."
Por isso, o pesquisador e seu grupo decidiram criar um modelo para testar drogas que sejam capazessportingbet corinthiansimpedir que isso ocorra.
"Para isso, criamos o parasita transgênico que produz a nanoluciferase apenas quando há a formaçãosportingbet corinthiansum zigoto", explica o pesquisador.
Assim, ele emite luz quando os gametócitos se transformamsportingbet corinthiansgametas e esses fertilizam para formar um zigoto - o que significa que a substância testada não é eficiente contra a transmissão.
Ele conta que o experimento foi feitosportingbet corinthianspoços bem pequenossportingbet corinthiansplacassportingbet corinthianslaboratório - cada uma delas tem 96, mas existem outras com 384 e 1.536 poços. Em cada um deles é colocada uma droga diferente.
"Depois, nós colocamos os gametócitos nos poços,sportingbet corinthianscondiçõessportingbet corinthiansque eles acham que estão no mosquito, isto é,sportingbet corinthiansum meiosportingbet corinthianscultura que imita as condições encontradas pelo parasita no organismo do inseto", explica Bargieri.
"Ocorre, portanto, a fertilização e, depoissportingbet corinthiansseis horas, conseguimos medir quantosportingbet corinthiansluz cada pocinho emite. Se houver emissão, é porque ocorreu a fertilização. Caso contrário, é porque ela não aconteceu. Com esse micro-organismo transgênico, podemos testar milharessportingbet corinthiansdrogas ao mesmo tempo, procurando aquelas que impedem a emissãosportingbet corinthiansluz, ou seja, as que evitam a fertilização."
Resistência do parasita leva à busca por novas drogas
Embora existam vários remédios eficientes para o tratamento da malária, sempre há uma corridasportingbet corinthiansbuscasportingbet corinthiansnovos, pois, com o tempo, o parasita desenvolve resistência a eles.
"Além disso, as drogas disponíveis atualmente são pouco eficazes contra as formas do micro-organismo que são transmitidas ao mosquito vetor. Há o interessesportingbet corinthiansse desenvolver medicamentos ou vacinas que possam bloquear a transmissão."
De quatro das nove drogas promissoras não se conhecia a capacidadesportingbet corinthiansevitar a transmissão da malária. Além das 400 iniciais, o grupo da USP já testou outras 9 mil.
"Agora, estamos avaliando os resultados e definindo as mais promissoras, para que sejam testadassportingbet corinthiansoutros modelos com parasitas que infectam humanos", informa Bargieri.
"Esses testes são realizados inicialmente oferecendo sangue infectado aos mosquitos", explica.
"Caso as substâncias que encontramos sejam eficazes no bloqueio da infecção do inseto (bloqueio da transmissão), a etapa seguinte seria testar clinicamente."
Além disso, o experimento também serviu para validar o métodosportingbet corinthianstriagem das substâncias.
Aquelas que se mostrarem com potencial contra a transmissão, entrarãosportingbet corinthiansum gruposportingbet corinthiansdrogas estudadas como potencialmente antimaláricas e que agemsportingbet corinthiansdiferentes estágios do desenvolvimento do parasita.
A ideia é que aquelas que bloqueiam a transmissão sejam administradassportingbet corinthianscombinação com os medicamentos atuais,sportingbet corinthiansmodo que a pessoa volte para casa curada e sem transmitir a doença.
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