Como estas bolinhas para lavadorabetnacional pagbetroupas podem reduzir a contaminação dos oceanos:betnacional pagbet
Seu marido estava indignado. "Lixo marinho é uma das poucas coisas que me deixam realmente irritado", disse ele.
Foi ali que Miller, que tinha estudado arqueologia subaquática, decidiu fazer algo mais para evitar que os resíduos plásticos chegassem ao oceano.
Nos anos seguintes, ela se dedicou a desenvolver um dispositivo que batizoubetnacional pagbetCora Ball, uma bolinha feitabetnacional pagbetborracha reciclada com 10 centímetrosbetnacional pagbetdiâmetro, cuja estrutura imita abetnacional pagbetalgumas espéciesbetnacional pagbetcorais dos oceanos.
À venda desde abril, ele captura pedacinhos minúsculosbetnacional pagbetmicrofibra que se soltam da nossa roupa durante a lavagem na máquina - aqueles "pelinhos" que aparecem quando você deixa cair uma camiseta escura na máquina repletabetnacional pagbetroupas claras, por exemplo.
'Grande sopabetnacional pagbetplástico'
Imogen Napper, pesquisadorabetnacional pagbetciências marítimas da Universidadebetnacional pagbetPlymouth, no Reino Unido, afirma que até 700 mil partículasbetnacional pagbetmicrofibra podem se desprenderbetnacional pagbetuma lavagembetnacional pagbetroupas doméstica.
Muitas dessas fibras, que podem medir até três micrômetros (a milésima parte do metro), são pequenas demais para serem eliminadas pela redebetnacional pagbettratamentobetnacional pagbetesgoto e vão parar nos oceanos.
Um único metro cúbicobetnacional pagbetágua do mar pode conter até 100 mil destas partículas, a depender do local.
Parte desse material acaba sendo ingerido pela fauna marinha - um dos caminhos pelos quais as micropartículas "voltariam" para os seres humanos.
Nesse sentido, Lisbeth Van Cauwenberghe, da Universidadebetnacional pagbetGante, na Bélgica, afirma que podemos estar ingerindo 11 mil partículasbetnacional pagbetplástico por ano somente ao comer frutos do mar.
Maisbetnacional pagbetdois terços das espéciesbetnacional pagbetpeixe à vendabetnacional pagbetmercados da Califórnia (EUA), por exemplo, contêm algum tipobetnacional pagbetmicrofibra, ressalta Chelsea Rochman, professorabetnacional pagbetecologia aquática da Universidadebetnacional pagbetToronto (Canadá).
Além do contato com a fauna, as micropartículas podem ainda "se grudar" a contaminantes orgânicos também presentes nos oceanos e criar uma amálgama com efeitos bastante danosos para o meio ambiente marinho.
Assim, junto com outras fontesbetnacional pagbetcontaminação dos oceanos, nossas roupas estariam convertendo os maresbetnacional pagbetuma "grande sopabetnacional pagbetplástico", resume Napper.
Esse é um problema que tem chamado cada vez mais atenção - não à toa, antes mesmo do lançamento,betnacional pagbet2017, a Cora Ball tinha 15,5 mil encomendas no sitebetnacional pagbetcrowdfunding Kickstarter.
O produto, contudo, que retém entre um terço e um quarto das microfibras que se desprendem das roupasbetnacional pagbetuma lavagem, é apenas uma dentre várias invenções desenvolvidas por pequenas empresas que trabalham para manter os microplásticos longe dos oceanos.
A bolsa GuppyFriend
Outras duas pessoas que trabalham para manter as microfibras fora do mar são Alexander Nolte e Oliver Spies, ambos surfistas amadores que morambetnacional pagbetBerlim, na Alemanha.
Os dois inventaram uma bolsa para a máquinabetnacional pagbetlavar roupas chamada GuppyFriend. O invólucro acomoda a roupa durante a lavagembetnacional pagbetforma que solte menos fibras plásticas - e também segura as que se soltam, diz Nolte.
"Se a bolsa estiver com roupas feitasbetnacional pagbettecidos sintéticos, 86% menosbetnacional pagbetfibras se soltam. E as que saem ficam retidas na bolsa", afirma.
Da mesma forma que a Cora Ball, os dois começaram com uma campanhabetnacional pagbetcrowdfunding, que foi encerradabetnacional pagbetdezembro passado.
A princípio, os dois achavam que a bolsa era uma "ideia bem divertida" e que podiam levá-la ao mercado muito rapidamente, diz Nolte. "Mas nós estávamos enganados."
O maior desafio, disse, era permitir que o tecido da bolsa tivesse o tamanho correto para deixar entrar a água, mas sem permitir que as microfibras saíssem.
"É bastante fácil fazer uma bolsa, mas fazê-labetnacional pagbetforma que reduza a liberaçãobetnacional pagbetfibra é algo que requer alta tecnologia", conta.
Filtrando os esgotos
Na Dinamarca, 60%betnacional pagbettodo o lodo dos esgotos é "usado na agricultura", segundo Lars Monster, do grupo KD, uma companhiabetnacional pagbettecnologiabetnacional pagbetáguas residuais da cidadebetnacional pagbetVejle, no sul do país.
Os restos sólidos do processobetnacional pagbettratamentobetnacional pagbetesgoto são distribuídos nas lavouras, para serem usados como fertilizante. O problema é que o plástico presente no lodo, dessa forma, também acaba entrando na cadeia alimentícia.
A maioria das estaçõesbetnacional pagbettratamentobetnacional pagbetesgoto não foi planejada para eliminar as microfibras,betnacional pagbetgrande parte porque a legislação atual não o exige.
Assim, a empresa para a qual Monster trabalha desenvolveu uma nova tecnologiabetnacional pagbetfiltragem que pode eliminar até 90% dos microplásticos do lodo. A expectativa é que esta taxa chegue a 96%betnacional pagbetbreve.
O objetivo final é reciclar todos os plásticos retirados do lodo, diz Monster, e "chegar ao pontobetnacional pagbetque os microplásticos sejam um recurso".
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