VícioNetflix é ruim para o meio ambiente?:

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Legenda da foto, Você sabe qual o custo que assistir a séries traz para o meio ambiente?

Assistir ao seu programa favorito ou ouvirplaylist nunca foi tão fácil.

Uma gama virtual praticamente infinitafilmes, músicas e programasTV pode ser transmitida e baixada quase instantaneamente.

Mas a que custo para o meio ambiente?

Vastas quantidadesenergia são necessárias para manter os dados fluindo na internet e a demanda só aumenta à medida que nossa dependênciaserviços digitais cresce.

Parte dessa energia é gerada a partirfontes limpas, mas outra parte dela é obtida da queimacombustíveis fósseis à basecarbono, que a maioria dos cientistas afirma ser um fator que contribui para o aumento das temperaturas globais.

O último relatório feito por cientistas do clima demonstra a escala dos perigos enfrentados pelas emissõescarbono.

"Como nós potencializamos nossa infraestrutura digital, está rapidamente se tornando crucial saber se conseguiremos conter as mudanças climáticas a tempo", diz Gary Cook, analista do setorTI do Greenpeace.

Afinal, reduzir o tempo gasto na internet pode realmente fazer diferença no consumoenergia e no aquecimento global?

Estima-se que o setorTecnologia da Informação (TI) - da alimentaçãoservidores da internet a cargassmartphones - tenha a mesma pegada ecológica que as emissõescombustível da indústria da aviação. Deve consumir até 20% da eletricidade mundial até 2030, segundo Anders Andrae, da Huawei Technologies.

Contastransmissãovídeo por streaming usam a maior fatia do tráfegointernet do mundo.

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Legenda da foto, Vastas quantidadesenergia são necessárias para manter os dados fluindo na internet e a demanda só aumenta à medida que nossa dependênciaserviços digitais cresce

Assistir a vídeos pela internetcasa é praticamente o mesmo que ter duas ou três lâmpadas incandescentes ligadas, segundo os professores Chris Preist e Dan Schien, do departamentociência da computação da UniversidadeBristol.

Além da força usada por esses dispositivos, a energia é consumida pelas redes que distribuem o conteúdo.

Mais demanda por tecnologia também significa que mais energia será necessária para armazenar e compartilhar grandes quantidadesinformações.

É aí que entram os datacenters - geralmente instaladosprédios imensos que abrigam servidores que armazenam, processam e distribuem o tráfego da Internet. Os servidoressi exigem uma grande quantidaderefrigeração.

A maior parte do tráfego mundialinternet passa por esses data centers, que hospedam plataformasstreaming como Facebook, YouTube e Netflix. Por exemplo, a primeira tem mais2 bilhõesusuários, e a última, cerca140 milhõesassinantes.

Estima-se que esses datacenters consumam atualmente pelo menos 1% da eletricidade mundial, um número que deve aumentar no futuro.

Eles também respondem por cerca0,3% das emissões globaisCO2.

Andrae, da Huawei, afirma que os data centers que estão sendo construídostodo o mundo devem ser alimentados por energia renovável para minimizar essas emissões.

O projeto Eureca, financiado pela Comissão Europeia, descobriu que os data centers nos países da UE consumiam 25% mais energia2017comparação com 2014.

O cientista chefe, Rabih Bashroush, calculou que 5 bilhõesdownloads e transmissões sincronizadas pela música Despacito, lançada2017, consumiram tanta eletricidade quanto Chade, Guiné-Bissau, Somália, Serra Leoa e República Centro-Africana juntosum único ano.

Mas o que você pode fazer?

Toda vez que você se senta para assistir ou ouvir algo online, a quantidadeenergia consumida pode mudar. Dependeuma sériefatores, incluindo a eficiência do dispositivo.

A transmissão terrestreTV é muito mais eficiente do que as tecnologias atuaisstreaming para canaisTV, que são assistidos por um grande númeropessoas, dizem os professores Preist e Schien.

Os telefones celulares tendem a ser os mais eficientestermosenergia - mais do que uma TV ou um notebook.

Mas também dependecomo você usa o streaming. Um celular usando wi-fi consome menos energia do que um conectado a 3G ou 4G.

Mesmo se você não estiver usando o seu dispositivo, por ter o wi-ficasa, você ainda está consumindo energia, diz Preist. "Então,casa, muito do consumoenergia vemtodos nós, mantendo nossos equipamentos conectados 24 horas por dia."

Alguns data centers podem ser mais eficientes que outros. Mantê-loslocais mais frios, no subsolo, por exemplo, pode reduzir as grandes quantidadesenergia necessárias para o resfriamento.

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Legenda da foto, Downloads e transmissões sincronizadas pela música Despacito consumiram tanta eletricidade quanto Chade, Guiné-Bissau, Somália, Serra Leoa e República Centro-Africana juntosum único ano

O último relatório da Agência InternacionalEnergia (AIE) sugeriu que, apesar do aumento da cargatrabalho dos data centers, que triplicarão até 2020, a quantidadeeletricidade usada aumentará apenas 3%.

Isso se resume a melhorias contínuas na eficiência dos servidores e na infraestrutura do data center, e a uma mudança para centros maiores, porém mais eficientes.

Algumas das grandes empresastecnologia têm sido elogiadas por serem mais abertas sobre o quão eficientes elas são.

O Facebook espera que seu novo data centerCingapura seja alimentado por 100%energia renovável, algo que a Apple diz que já acontece com todas as suas instalações globais. Muitas outras empresas se comprometeram a atingir esse objetivo.

As empresas também compensam a quantidadeenergia não renovável que consomem, apoiando projetosenergia renovável.

O escrutínioempresas menos conhecidas e menores e seu consumoenergia devem ser uma prioridade, diz Bashroush.

"É preciso dar mais atenção às instalaçõesdata center menores que estão fora do radar, e é aí que está a próxima grande oportunidadeeconomizar energia, é onde os grandes players não são tão ruinscomparação", diz ele.