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'A receita para sobreviver após a morte da minha mulher: um desenho por dia':betsul. com
Na era digital, ele diz que sentia faltabetsul. comrabiscar o papel com a caneta, assim, resolveu "fazer disso um hábito".
"Antesbetsul. comdormir, criava pequenos desenhos baseadosbetsul. comalgo que havia acontecido naquele dia", conta.
Mas essa rotina ganhou um significado maior quandobetsul. commulher, com quem ele viviabetsul. comSurrey, no Reino Unido, com um casalbetsul. comfilhos, morreubetsul. comsepse.
Estes foram seus primeiros desenhos após a morte dela,betsul. com27betsul. comoutubrobetsul. com2017:
A semana tinha começado com Joy acenando para ele no Aeroportobetsul. comHeathrow,betsul. comLondres, quando ele embarcou para uma viagembetsul. comtrabalho para o Canadá.
Após se sentir mal por alguns dias com sintomas semelhantes aosbetsul. comuma gripe, Joy foi levada ao hospital na quinta-feira com suspeitabetsul. cominfecção nos rins, masbetsul. comcondição piorou rapidamente.
Na sexta-feira, às 3h15, ela morreubetsul. comfalência múltipla dos órgãos causada por infecção generalizada. Gary, que estava na salabetsul. comembarque do aeroportobetsul. comVancouver à esperabetsul. comum voobetsul. comemergência, foi avisado quando pousou no Reino Unido.
Ele havia perdido a mulher com quem estava casado havia tanto tempo, a pessoa que ele descreve comobetsul. commelhor amiga e mãebetsul. comseus dois filhos - Lily, então com 10 anos, e Ben, que estava com sete.
Os desenhos eram algo que eles costumavam compartilhar.
"Quando Joy morreu, virou uma espéciebetsul. comterapia para mim."
"Pensei que deveria continuar porque costumávamos fazer isso todas as noites, então, depois que ela morreu eu não quis parar, porque representa quem eu sou e me ajuda a pensar sobre o que aconteceu naquele dia."
Busca por sentido
As ilustrações geralmente ilustram a presençabetsul. comJoy - e, segundo ele, desenhá-la é mais reconfortante que difícil.
"Fecho os olhos e a vejo", conta.
"Ela é muito presente o tempo todobetsul. comnossas vidas,betsul. comnossas conversas, então, desenhá-la parece simplesmente muito natural."
"Eu a desenhei nos últimos 20 anos", completa.
Um desenho que guarda uma lembrança particularmente forte para ele é o que ilustra o dia da cerimônia que organizaram para celebrarbetsul. comvida e se despedir.
"Esse é o único que eu fiz às lágrimas", diz ele. "Acho que chorei o tempo todobetsul. comque estava desenhando, mas precisava fazer isso."
Enquanto ele compartilhava as ilustrações nas redes sociais,betsul. comfamília e amigos puderam acompanhar como ele estava lidando com a mortebetsul. comJoy.
"Eles gostaram porque mostravam como eu estava, meu estadobetsul. comespírito", avalia.
Era outra formabetsul. comcomunicação. Ele costumava receber telefonemas se postasse algunsbetsul. comsequência, o que deixava as pessoas preocupadas.
Ele diz que se não fossem as ilustrações, não teria uma válvulabetsul. comescape para seus pensamentos.
"O grande lance do desenho é que uma vez que está no papel, o pensamento se esvai."
"Você consegue botar para fora e deixar passar. Se é um pensamento triste, negativo, eu coloco no papel e deixo sair. Meio que libera tudo, e aí você pode seguirbetsul. comfrente."
As ilustrações, feitasbetsul. comcadernos que ele guardabetsul. comuma prateleirabetsul. comordem cronológica, também foram terapêuticas para os filhos - que, segundo ele, "adoram vê-las".
"Lily costuma pegar os desenhos na prateleira e rever os antigos. É lindo que eles possam olhar para trás e usá-los como uma lembrança."
"Eles riem das coisas engraçadas que fizeram juntos e veem as imagens da mãe."
Processobetsul. comcura
Gary vê isso como uma ferramenta importante para documentar não só as fases divertidas da vida, mas também os momentosbetsul. comdor.
"Pode ser apenas um diabetsul. comque meu filho diz algo estúpido - e isso vai acabar no desenho", explica. "É importante poder rir da tristeza."
"A vida continua, precisa continuar. Tembetsul. comser tão boba e engraçada quanto antes."
Gary tem maisbetsul. com30 mil seguidores no Twitter e conta que observou uma reação "universalmente adorável" aos seus desenhos, o que mostra como ele tocou as pessoas.
"As pessoas que estão no mesmo barco me veem escrevendo, desenhando coisas, que se relacionam com algo que está acontecendobetsul. comsuas vidas, que talvez não tenham sido capazesbetsul. comarticular", analisa.
"Ou elas veem algo que está acontecendo com elas e percebem que não estão sozinhas."
"Eu tinha o melhor relacionamento", diz ele. "Foram 19 anos fantásticos. Eu era o cara mais sortudo. O universo decidiu que eu não teria mais isso, mas algo bom precisa sair disso."
À medida que o aniversário da morte da esposa se aproxima, será que Gary vai ser capazbetsul. comcontinuar produzindo um desenho por dia?
"A interação com as pessoas tem sido maravilhosa", diz ele. "É bom saber que existe uma comunidade lá fora, e que algumas pessoas estão encontrando conforto nisso."
"Não vejo por que eu pararia. Adoro fazer isso. Adoro colocar meu diabetsul. comum pedaçobetsul. compapel", resume.
O que é sepse?
A sepse é uma resposta sistêmica do organismo a uma infecção, que pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários.
Quando não diagnosticada e tratada rapidamente, ela pode comprometer o funcionamentobetsul. comum ou vários órgãos do paciente e levar à morte.
A organização britânica UK Sepsis Trust, que se dedica a informar sobre a doença e a ajudar pacientes, lista seis sintomas que devem servirbetsul. comalerta:
- Fala comprometida, arrastada, tontura
- Tremores extremos ou dores musculares
- Baixa produçãobetsul. comurina (passar um dia sem urinar)
- Faltabetsul. comar grave
- Sensaçãobetsul. comque pode morrer
- Pele manchada ou pálida
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