O que significa o gesto inspirado no K-Pop que Kim Jong-un tentou imitarlivescore unibetfoto:livescore unibet
A fotografia foi divulgada por um porta-voz da Casa Azul, residência oficial do governo sul-coreano. Em entrevista coletiva, ele disse que Kim tentou fazer o gesto ao ladolivescore unibetlíderes da Coreia do Sul.
"Como vocês fazem isso? Não estou conseguindo fazer o formato", teria dito Kim.
Esse foi mais um dos momentos dignoslivescore unibetInstagram protagonizados pelo líder da Coreia do Norte durante a visita histórica do presidente do Sul ao país.
Presenciamos um deles quando Kim e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, atravessaramlivescore unibetmãos dadas a fronteira entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, na primeira cúpula entre os dois países desde 2007.
E nas selfies que ele tirou ao percorrer os principais pontos turísticoslivescore unibetCingapura, na noite anterior ao seu encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump.
Suavizando a imagem
Essas fotos que funcionam bem nas redes sociais levaram muitos cidadãos do Sul a descrever o líder norte-coreano no Twitter como incompreendido, ou até mesmo fofo.
Os sul-coreanos encaram o gesto, realizado no sagrado e mítico Monte Paektu, como um sinallivescore unibetque Kim está seriamente disposto a melhorar as relações entre as duas Coreias.
É fácil ser influenciado pelas cenaslivescore unibetamizade explícitas que pipocamlivescore unibetnossas telas.
Eu estava assistindo às imagens do Monte Paektu na salalivescore unibetimprensa - e era difícil reconhecer Kim Jong-un como o "louco", "maníaco" e "cachorrinho doente" descrito por Trump no ano passado.
O jovem líder estava rindo e brincando com Moon e a esposa. Todos trocaram apertoslivescore unibetmão à beiralivescore unibetum lago com águas cristalinas.
Foi um momentolivescore unibetunião diantelivescore unibetuma bela paisagem, que seria impensável há um ano.
"Tivemos um pequeno grupo hoje, mas no futuro próximo, esperamos que muitos sul-coreanos e expatriados possam vir para cá", disse o líder norte-coreano.
"Devemos escrever outro capítulo da história entre o norte e o sul, refletindo nossa nova história neste lago celeste."
Este é realmente o ditador assassino, donolivescore unibetum arsenal nuclear, que dizem ser uma ameaça global?
Poucos dias depois, a Casa Azul divulgou fotoslivescore unibetKim Jong-un tentando fazer o coração.
A fotografia foi idealizada para tocar o público sul-coreano para suavizar ainda maislivescore unibetimagem, à medida que começa a ganhar praticamente statuslivescore unibetcelebridade no Sul.
Houve até uma sugestãolivescore unibetque as pessoas poderiam usá-la como protetorlivescore unibettela.
Caminho difícil
O que não foi dito é que, com o estalar dos mesmos dedos, Kim poderia pôr um fim aos crimes contra a humanidade cometidos na Coreia do Norte.
Com apenas uma ordem, ele poderia libertar dezenaslivescore unibetmilhareslivescore unibetprisioneiros políticos dos gulags (camposlivescore unibetconcentração), incluindo seis sul-coreanos, muitos dos quais são submetidos a trabalhos forçados.
Também não é mencionado que esse gesto tão amado pelas estrelas do K-pop é desconhecido nas ruaslivescore unibetPyongyang, onde ouvir música sul-coreana é crime.
Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgadolivescore unibet2014, concluiu que o governo norte-coreano estava perpetrando "atrocidades indescritíveis" contra seu próprio povolivescore unibetlarga escala.
E, segundo o presidente da Comissãolivescore unibetDireitos Humanos, os crimes eram "surpreendentemente semelhantes" aos cometidos pela Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial - como execução, escravidão, inanição, estupro e aborto forçado.
O próprio Kim é suspeitolivescore unibetordenar o assassinatolivescore unibetseu meio-irmão, Kim Jong-nam, na Malásia, assim como a execuçãolivescore unibetseu tio, Jang Song-thaek,livescore unibet2013.
Mas não é popular falar sobre direitos humanos agora. Eu fiz alusão a alguns crimes atribuídos à Coreia do Norte no Twitter e recebi uma sérielivescore unibetcríticas provenientes do Sul.
Fui acusadolivescore unibetser estrangeiro,livescore unibetjogar um baldelivescore unibetágua fria no processolivescore unibetpaz elivescore unibetnão compreender o povo coreano.
Um consultor sênior da Casa Azul reconheceu que as violaçõeslivescore unibetPyongyang são um "dilema fundamental". Eu conversei com ele durante a primeira cúpula entre as duas Coreias - e, segundo ele, eu fui o único entrevistador naquele dia a levantar a questão dos direitos humanos.
Agora não é horalivescore unibetentrar nessas discussões, foi a resposta que recebi.
"Se pressionarmos demais pelos direitos humanos, a Coreia do Norte vai considerar um ato hostil contra eles. Então, a paz estaria ameaçada", afirmou Moon Chung-ino, conselheiro da presidência sul-coreana.
Segundo ele, era essencial construir a confiança entre os dois países primeiro.
O Norte emitiu alguns alertas. Semanas antes da primeira cúpula intercoreana, a imprensa estatal pediu às autoridades sul-coreanas que "se comportassem com discrição" e afirmou que criticar a situaçãolivescore unibetdireitos do Norte equivaleria a "atirar uma pedra na frágil relação Norte-Sul".
Como resultado, as autoridades sul-coreanas não fizeram dos direitos humanos uma pauta importante nas reuniões.
Também concordaramlivescore unibetinterromper as transmissõeslivescore unibetpropaganda e distribuiçãolivescore unibetfolhetos emlivescore unibetfronteira.
Em vez disso, o foco estálivescore unibetajudar nas reformas econômicas que podem, no longo prazo, ajudar o povo norte-coreano.
Para isso, o presidente Moon levou líderes empresariais para visitar Pyongyang.
"Nos acostumamos tanto a pensar na Coreia do Norte como uma ameaça, que é preciso deixarlivescore unibetracionalizar para ver as possibilidades", escreveu o professor John Delury, da Yonsei University, na Coreia do Sul, no jornal The New York Times.
Ele destaca o sonholivescore unibetKim Jong-unlivescore unibetser "um grande reformador econômico".
Há certamente muitas evidências que comprovam isso. Kim vistoriou diversas fábricas neste ano - chegou a repreender funcionários por atrasos e outras falhas.
Esta abordagem está começando a produzir alguns resultados.
Mudançalivescore unibetrumo
Kim fez avanços diplomáticos com o presidente Moon. Se for totalmente implementado, o acordolivescore unibetPyongyang tem o potenciallivescore unibetcolocar as duas Coreias no caminho da paz.
Eles anunciaram o que equivale a medidaslivescore unibetcontrolelivescore unibetarmas convencionais, incluindo ações conjuntas para reduzir os postoslivescore unibetguardalivescore unibetfronteira e gerenciar as tensões ao longo da Zona Desmilitarizada que divide os dois países.
Kim concordoulivescore unibetpermitir que especialistas internacionais assistam ao fechamento da instalação Tongchang-ri, também conhecida como a estaçãolivescore unibetlançamentolivescore unibetsatélites Sohae, associada a vários aspectos dos programas espaciais elivescore unibetmísseis balísticos do país.
O presidente Moon disse aos repórteres que Kim também estava disposto a permitir que especialistas verificassem a destruiçãolivescore unibetsua única base conhecidalivescore unibettesteslivescore unibetarmas nucleareslivescore unibetPunggyeri.
Mas há um elementolivescore unibetteatralidade nessas reuniões que poderia dar aos espectadores a impressãolivescore unibetque a Coreia do Norte já está mudando e que está se abrindo lentamente.
Não há evidências disso.
O Estado continua fechado - e seu povo não tem permissão para emitir opinião sobre o governo. Nem é autorizado a sair.
A polícia secreta está sempre observando, segundo fontes que visitaram Pyongyang. A imprensa também não é livre. E os desertores continuam a documentar históriaslivescore unibetviolações generalizadaslivescore unibetdireitos humanos.
"Refugiados norte-coreanos com contatos no Norte advertem que o ditador tem apresentado um rosto sorridente para o mundo, mas que ele vem reprimindo domesticamente", diz Casey Lartigue, cofundador e diretor internacional da Teach North Korean Refugees.
"O mundo pode vê-lo como um cara fofo sorridente, mas para os refugiados norte-coreanos, isso significaria que ele é um comediante com uma guilhotina."
"Qualquer norte-coreano que se aproximar da fronteira ou que desejar se comunicar com o mundo exterior sabe que a cabeça dele vai rolar", acrescenta.
Todas as imagens da Coreia do Norte são rigidamente controladas. Eles só mostram o que querem que a gente veja.
Kim Jong-un pode parecer fofo ao tentar fazer o coração coreano. Mas é trabalho dos jornalistas olhar com atenção para esta foto, por todos os ângulos.
Mesmo que seja o que alguns sul-coreanos não querem ouvir.