Como é possível sobreviver 10 horas à derivaup casinoalto-mar:up casino

Temperatura da água

No casoup casinoLongstaff, a sorte realmente parece que estava a seu lado.

Simon Jinks, instrutorup casinosobrevivência no mar, diz que ela deve ter afundado cercaup casinotrês ou quatro metros após a queda e teve a sorteup casinonão ser puxada para debaixo do navio.

As águas próximas à embarcação costumam ser turbulentas - e, segundo ele, "algumas ondas podem te afastar, enquanto outras podem te puxar". Mas isso depende da velocidade do navio e, mais uma vez, da sorte.

É provável que ela também tenha ficado "sem fôlego" ao despencarup casinoum navio tão grande.

O segundo golpeup casinosorteup casinoLongstaff foi a temperatura da água, estimadaup casinocercaup casino28-29°C.

"Um pouco mais quente que uma piscina", diz o professor Mike Tipton, especialistaup casinosobrevivênciaup casinoambientes extremos.

Segundo ele, uma pessoa é capazup casinosobreviver por cercaup casinouma hora na água a uma temperaturaup casino5°C, duas horas a 10°C e seis horas a 15°C. Porém, se a temperatura estiver na faixa dos 20°C, é possível aguentar uma médiaup casino25 horas.

Se a água estiver muito fria, os seres humanos podem entrarup casinochoque, o que significa perder a capacidadeup casinocontrolar a respiração e potencialmente inspirar água ou se afogar.

E quando a temperatura do corpo diminui, a pessoa pode ficar cansada, confusa ou desorientada.

Se Longstaff tivesse caído na costa do Reino Unido, por exemplo, a água estaria a uma temperatura entre 12ºC e 15ºC - fria o suficiente para causar choque térmico.

Tente boiar

De acordo com um guiaup casinotécnicasup casinosobrevivência pessoal, elaborado pelo conselho irlandêsup casinopesca marítima, a melhor maneiraup casinoretardar a queda da temperatura corporal é evitar nadar e tentar flutuar na água com os joelhos levantados na altura do peito.

No casoup casinoLongstaff, Tipton diz que as "condições (do mar) eram calmas e planas", o que significa que ela era capazup casinoflutuar, nadar e "se manter praticamente onde caiu".

"Ela não estava sendo golpeada pelas ondas o tempo todo. Se tivesse, teria, inevitavelmente, se afogado", avalia.

As roupas e os calçados ajudam na flutuação assim que você cai na água, porque prendem o ar, segundo a Royal National Lifeboat Institution (RNLI), ONG que realiza resgates no litoral do Reino Unido. Boiar calmamente, ao invésup casinoficar se mexendo sem parar, também colabora.

Tudo o que você puder fazer para conseguir flutuar vai aumentar suas chances.

Uma escolaup casinotreinamento marítimo na Austrália recomenda procurar qualquer coisa que esteja boiando no mar e se agarrar a isso.

Se a pessoa não estiver usando colete salva-vidas, deve tentar conseguir flutuar por meio da roupa.

Ser localizado

Como o tempo para sobrevivênciaup casinoalto-mar é limitado, é importante ser resgatado o mais rápido possível.

No casoup casinoLongstaff, as pessoas a bordo do navio sentiramup casinofalta e usaram as câmeras do circuito internoup casinotelevisão para identificar seu paradeiro - mais precisamente, o momento da queda e, consequentemente,up casinoprovável localização.

Mas, como diz Tipton, ainda assim é muito difícil encontrar alguém flutuando sozinhoup casinoalto-mar, especialmente à noite.

"É realmente muito difícil encontrar algo que é basicamente uma cabeça na água."

Ser mulher

A alta proporçãoup casinogordura corporal das mulheres - geralmente 10% a mais do que os homens - pode trabalhar a seu favor.

"Elas têm mais gordura subcutânea e isso significa que boiam mais, porque a flutuação do corpo vem principalmente do ar e da gordura", afirma Tipton à rádio BBC 5 Live.

A gordura extra também ajuda a manter o corpo aquecido, o que favorece quando o corpo começa a ficar cansado.

"Se você tem que nadar por 10 horas para manter suas vias aéreas longe da água, há uma boa chanceup casinovocê ficar exausto", acrescenta.

Mantenha a calma

Para sobreviver a esse tipoup casinoprovação, você também precisaup casinoresiliência mental.

De acordo com o livro Survival Psychology (Psicologia da Sobrevivência,up casinotradução livre),up casinoJohn Leach,up casinosituações trágicas, a maioria das pessoas fica paralisada e não faz nada para se ajudar. Outras entramup casinopânico. Mas algumas imediatamente tomam medidas práticas para sobreviver.

"Acho que há um aspecto psicológico importante", afirma Tipton. "Seis, sete, oito, nove horas, deve ser uma situação bem desesperadora."

Longstaff, por exemplo, teria dito a um dos socorristas que cantou a noite toda para tentar se aquecer.

Jinks acredita que a "vontadeup casinosobreviver" é fundamental.

"Se você entrar numa e pensar, 'eu vou morrer',up casinopsicologia muda", afirma.

Por outro lado, dizer a si mesmo "eu não vou morrer hoje" pode aumentar suas chances.

E o efeito do álcool?

Segundo a RNLI, cercaup casinoumaup casinocada oito mortes na costa no Reino Unido envolve álcool. A ONG aconselha evitar entrar na água após beber, lembrando que o álcool pode prejudicar gravemente o julgamento, as reações e a capacidadeup casinonadar.

Mas Tipton diz que,up casinoumup casinoseus recentes estudos, os participantes consumiram seis drinksup casinovodca antesup casinoentrar na água. E,up casinoacordo com ele, o álcool "não fez nenhuma diferençaup casinosuas respostas fisiológicas à imersão".

"O que ele faz é tornarup casinotomadaup casinodecisão um pouco mais difícil. As pessoas tomam decisões ruins quando tem álcool a bordo".

Não há indicaçõesup casinoque o casoup casinoLongstaff tenha envolvido consumoup casinoálcool.

Quem sobreviveu mais tempo à deriva no mar?