Justiça britânica nega divórcio e obriga mulher que se diz 'infeliz' no casamento a ficar casada até 2020:dez rodadas grátis

Tini Owens

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Legenda da foto, Tini Owens foi impedidadez rodadas grátisse divorciar. Ela vai ter que completar cinco anos separada para poder não ser mais uma mulher casa

dez rodadas grátis Uma mulher que queria se divorciar do marido, após 40 anosdez rodadas grátiscasada, sob o argumentodez rodadas grátisque está infeliz teve o pedido negado pela Suprema Corte do Reino Unido.

O marido dela, Hugh Owens,dez rodadas grátis80 anos, se recusou a dar o divórcio. Por isso, Tini Owens, 68 anos, decidiu recorrer à Justiça. O casal é do condadodez rodadas grátisWorcestershire.

Por unanimidade, a Suprema Corte rejeitou o pedido dela. Com isso, Tini será obrigada a permanecer casada até 2020. O advogado disse que ela está "devastada" e que se sente impedidadez rodadas grátis"seguir adiante com a própria vida".

Pela legislação do Reino Unido, a não ser que a pessoa prove que o casamento terminou por adultério, comportamento "desarrazoado" (incoerente) ou abandono, a única formadez rodadas grátisobter o divórcio sem o consentimento do marido ou da esposa é ficar separado por cinco anos. Quando há o consentimento dos dois, ainda assim é preciso viver separado por dois anos para obter o divórcio.

Tini e Hugh Owens se casaramdez rodadas grátis1978 e tiveram dois filhos que hoje são adultos. Tini diz que começou a considerar um divórciodez rodadas grátis2012, mas só deixou a casa que dividia com Hughdez rodadas grátis2015.

Ela argumenta que o matrimônio acabou e que não há como haver uma reconciliação. Segundo a britânica, o marido tem se comportadodez rodadas grátistal forma que não é "razoável" que ela seja obrigada a viver com ele.

Tini citou, por exemplo, que o marido é "insensível" e que ela não se sentia amada. "O fato é que eu tenho estado desesperadamente infeliz no nosso casamento por muitos anos", afirmou.

Hugh Owens rejeitou o pedidodez rodadas grátisdivórcio e negou as alegações da esposa sobre seu comportamento. Ele afirma que, se o casamento terminoudez rodadas grátisforma irremediável, deve ser porque ela "teve um caso" ou ficou "entediada".

Hugh Owens

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Legenda da foto, Hugh Owens se recusou a assinar os papéisdez rodadas grátisdivórcio

Os juízes da Suprema Corte analisaram,dez rodadas grátisaudiênciadez rodadas grátismaio, os argumentos legais apresentados pelas duas partes, que revolviam sobre os conceitosdez rodadas grátis"falha" e comportamento "desarrazoado". Nesta quarta, o tribunal decidiu favoravelmente a Hugh.

Um dos juízes, Nicholas Wilson, disse que a Corte decidiu contra Tini "com relutância" e que esse era um caso para o Parlamento decidir, sugerindo que caberia ao Legislativo alterar a atual lei sobre divórcio.

O advogado Hamish Dunlop, que representou Hugh, comemorou a decisão dizendo que Tini "estava essencialmente advogando pela concessãodez rodadas grátisdivórcios por demanda unilateral".

Já Simon Beccle, advogadodez rodadas grátisTini, afirmou que ela esperava que os juízes tomassem uma decisão que fosse "progressista e guardasse sintonia com os códigos sociais atuais".

Ele acrescentou que a decisão a impededez rodadas grátis"obterdez rodadas grátisindependênciadez rodadas grátisrelação a Hugh". A presidente da Suprema Corte, Brenda Hale, disse que considera o caso "perturbador", mas alegou que não cabe aos juízes "mudar a lei".

Os advogadosdez rodadas grátisTini argumentam quedez rodadas grátiscliente não deveria ter que comprovar que o comportamentodez rodadas grátisHugh foi "desarrazoado". Para eles, Tini simplesmente não deveria ser obrigada a continuar com o marido.

Discussão sobre mudança na lei

O caso gerou um debate sobre se as leis do Reino Unido que tratamdez rodadas grátisdivórcio devem mudar.

"A Inglaterra está muito atrásdez rodadas grátisoutros países quanto às leis sobre divórcio e há clima para uma reforma para incluir a possibilidadedez rodadas grátisdivórcios sem comprovaçãodez rodadas grátisfalhas", disse Caroline Elliot, advogada especialistadez rodadas grátisDireitodez rodadas grátisFamília.

O repórter da BBC Clive Coleman, especialistadez rodadas grátisassuntos legais, explica que a legislação atual exige que o interessadodez rodadas grátisse divorciar aponte uma "falha" do companheiro para obter uma decisão imediata favorável (adultério, abandonodez rodadas grátislar ou comportamento ruim).

Muitos acreditam que esse dispositivo só estimula conflitos adicionais num processo que já é difícil e desgastante.

No Brasil, assim como nos Estados Unidos, Austrália e Escócia, não é preciso responsabilizar marido ou esposa para obter o divórcio. Desde 2007, a legislação brasileira permite que qualquer pessoa que deseja obter um divórciodez rodadas grátisforma consensual e que não tenha filhos menoresdez rodadas grátis18 anos pode solicitar a separação diretamente no cartório. O processo costuma ser rápido.

Os problemas costumam ocorrer quando há discussão sobre divisãodez rodadas grátisbens. Neste caso, o processodez rodadas grátisdivórcio é feito na Justiça.