O paulista que trocou a vida no interior por linhafluminense x vila nova palpitefrente na guerra na Ucrânia:fluminense x vila nova palpite

O brasileiro Rodolfo Cunha Cordeiro fardado

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Legenda da foto, Cordeiro se juntou à luta armada há quatro anos

A BBC News Brasil localizou Cordeiro e manteve contato com o combatente por conversas telefônicas no início deste mês. Seu testemunho revela uma vida solitáriafluminense x vila nova palpitebuscafluminense x vila nova palpitereconhecimento e o que ele chamafluminense x vila nova palpite"aventura" e "desafio".

Os relatos do brasileiro, que diz ter se deslocado para a área para defender o "povo russófonofluminense x vila nova palpitenazistas ucranianos", indicam que o conflito que já deixou maisfluminense x vila nova palpite1,7 milhãofluminense x vila nova palpitepessoas desabrigadas ainda persiste.

A menção aos nazistas ecoa uma narrativa presente na propaganda oficial russa sobre a Ucrânia - que nega enfaticamente a existência desses grupos dentrofluminense x vila nova palpiteseu governo.

Visto como "terrorista" e "ameaça à segurança nacional" por soldados do governo ucraniano, o brasileiro se mostra seguro e tranquilo.

Cunha aparece armadofluminense x vila nova palpitecombate

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, 'Eu me mato, mas não me rendo', diz brasileiro

"Eu não tenho medo, não. Não tenho cidadania ucraniana, nunca estivefluminense x vila nova palpiteterritório ucraniano. Sou um simples combatente da República Popularfluminense x vila nova palpiteDonetsk", diz,fluminense x vila nova palpitereferência à "nação" autoproclamada pelos separatistas.

"Se eu for ferido e houver a possibilidadefluminense x vila nova palpiteser pego pelo Exército, eles podem me capturar, mas não vão me levar. Se vir que não tem jeito, eu me mato, mas não me rendo", anuncia com voz sempre calma,fluminense x vila nova palpiteum momentofluminense x vila nova palpitepausa entre treinamentos militares.

'Morre gente todo dia'

Com apoio do serviço ucraniano da BBC, a reportagem confirmou a identidade do brasileiro efluminense x vila nova palpitepresença na região. Nome, fotos e informações pessoaisfluminense x vila nova palpiteCordeiro aparecemfluminense x vila nova palpitebasesfluminense x vila nova palpitedados sobre rebeldes elaboradas com possível cooperação do Serviço Secreto ucraniano. Os registros também mostram entradas do combatente brasileirofluminense x vila nova palpitehospitais russos.

Os dados levantados pelos ucranianos reafirmam que o brasileiro chegou ao paísfluminense x vila nova palpite2014 e lutou contra forças militares do governo como franco-atirador,fluminense x vila nova palpiteuma brigada motorizadafluminense x vila nova palpitefuzileiros. A checagemfluminense x vila nova palpiteinformações na área ocupada pelos rebeldes é dificultada pela proibição da atuaçãofluminense x vila nova palpitejornalistas independentes.

A presençafluminense x vila nova palpiteCordeiro na Ucrânia indica que o brasileiro teria entrado ilegalmentefluminense x vila nova palpiteterritório ucraniano, já que há rigoroso controle na fronteira com a Rússia.

Entre outras condecorações, Cordeiro chegou a receber uma medalha especial por "méritosfluminense x vila nova palpiteluta"fluminense x vila nova palpitemilícias armadas autointituladas Todo-Poderoso Exército do Don e do Exército Cossaco.

Rodolfo Cordeiro com moto

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Legenda da foto, Rodolfo Cordeio vendeu moto Kawasaki Ninja preta para viajar à Rússia

Ofuscada por conflitos mais conhecidos, como o da Síria ou entre israelenses e palestinos na Faixafluminense x vila nova palpiteGaza, a guerra na fronteira da Ucrânia reflete a velha disputafluminense x vila nova palpiteinfluência entre o Ocidente (o governo ucraniano busca aproximação com a Europa e é aliado dos Estados Unidos) e a Rússia - que apoia informalmente os rebeldes, mas não reconhece participação oficial no conflito além da "ajuda humanitária aos russófonos".

"Até hoje, morre gente todo dia", diz Cordeiro, citando bombardeios e explosõesfluminense x vila nova palpitecampos minados. "Encontro amigos na rua e ouço: 'Você lembrafluminense x vila nova palpitefulano, que serviu com vocêfluminense x vila nova palpitetal região? Faleceu ontem'. É triste, mas sempre acontece."

A guerra estourou após a anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia,fluminense x vila nova palpite2014, na sequênciafluminense x vila nova palpiteconfrontos militares efluminense x vila nova palpiteum plebiscito considerado ilegal e não reconhecido pela Europa e pelos Estados Unidos.

De acordo com observadores e com o governo ucraniano, a votação ocorreu sob o controlefluminense x vila nova palpitemilitantes armados liderados por russos como Igor Strelkov (Girkin), um veteranofluminense x vila nova palpiteguerra classificado como comandante do "Exército da República Popularfluminense x vila nova palpiteDonetsk".

A tensão abriu espaço para que milícias pegassemfluminense x vila nova palpitearmas e se insurgissem contra o governo da regiãofluminense x vila nova palpiteDonbass, região onde fica Donetsk. A maioria da população da região fala russo, mas tem origem e passaporte ucranianos.

'A gente acaba se acostumando'

Imagem aérea mostra escombros do aeroportofluminense x vila nova palpiteDonetsk

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Legenda da foto, Imagem aérea mostra escombros do aeroportofluminense x vila nova palpiteDonetsk; batalha se estendeufluminense x vila nova palpitemaiofluminense x vila nova palpite2014 e janeirofluminense x vila nova palpite2015

Um dos principais momentos da guerra foi a tomada do aeroportofluminense x vila nova palpiteDonetsk pelos rebeldes,fluminense x vila nova palpiteuma batalha que se estendeu entre maiofluminense x vila nova palpite2014 e janeirofluminense x vila nova palpite2015.

"Muita artilharia, muita gente ferida", lembra o brasileiro, que atuou na linhafluminense x vila nova palpitefrente pró-Rússia. "Vários amigos ficaram feridos, nada foi tão estressante para mim."

De acordo com autoridades ucranianas, 200 soldados do país teriam sido mortos na batalha. Estrategicamente importante, a conquista do aeroporto é considerada uma das principais vitórias dos rebeldes na região porque permitiria que munições, equipamentos e mãofluminense x vila nova palpiteobra fossem transportados por via aérea para a zonafluminense x vila nova palpiteconflito.

"O aeroporto ficou tão destruído que não compensa mais. Se a gente quisesse usar, era melhor construir um novo do zero do que tentar tirar todos os escombros. Não dá nem para andar lá. Levanta uma poeirafluminense x vila nova palpitegesso, concreto e dessas mantasfluminense x vila nova palpitevidro para isolamento térmico que você respira e passa mal na hora", diz.

Os primeiros mesesfluminense x vila nova palpiteguerra foram os mais intensos, diz o brasileiro.

"No começo, eu ficava um mês inteiro no front, sem tomar banho, parado. E quando era inverno, piorava", lembra o brasileirofluminense x vila nova palpiteentrevista à BBC News Brasil. As temperaturas na região chegam a 15 graus negativos nos mesesfluminense x vila nova palpitedezembro e janeiro.

Cordeiro diz que "muitas vezes" foi atingido por estilhaços e chegou a ser operado ao fraturar o joelho.

"Minas, granadas… às vezes cai uma pertofluminense x vila nova palpitevocê, rasga a pele e entra. A gente acaba se acostumando", diz. "Vou para o hospital, retiro o estilhaço e volto."

Segundo registros ucranianos, o brasileiro teria sido operadofluminense x vila nova palpitehospitalfluminense x vila nova palpiteSão Petersburgo, na Rússia.

Ele confirma à BBC News Brasil: "Estava correndofluminense x vila nova palpiteum ataque e tinha um buraco aberto por um morteiro. Eu não vi porque tinha muita neve. Na adrenalina, enquanto os morteiros vinham, eu caí e o peso do corpo foi sobre a minha perna. Tive dores, dores, dores e descobri que tinha rompido o ligamento e precisei fazer uma operação. Tenho que fazer mais duas cirurgias, que ainda não fiz".

'Se morrer, vai ser coisa rápida'

Fascinado desde a infância por forçasfluminense x vila nova palpitesegurança e armas ("dizem que é perigoso, mas é assim que me realizo"), Cordeiro conta que não serviu o Exército brasileiro, mas chegou a trabalhar como segurança particular após frequentar cursos privadosfluminense x vila nova palpite"segurança VIP", "segurançafluminense x vila nova palpitecarros fortes" e "escolta armada".

Em 2014, por meiofluminense x vila nova palpitegrupos no Facebook, começou a se comunicar com brasileiros e estrangeiros que se organizavam para lutar como voluntários ao lado dos separatistas pró-Rússia na fronteira da Ucrânia.

"Comecei ver muita coisa na internet. Existiam grupos internacionalistas que estavam indo ao Donbass (onde fica Donestk)fluminense x vila nova palpitesolidariedade", explica Cordeiro, que aprendeu os caminhos para a zonafluminense x vila nova palpiteguerra e decidiu viajar sozinho.

Medalhas e condecorações recebidas por brasileiro

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Legenda da foto, Entre outras condecorações, Cordeiro recebeu uma medalha especialfluminense x vila nova palpitemilícias armadas

Ele conta que já pensavafluminense x vila nova palpiteir à Rússia para estudar o idioma local, "talvezfluminense x vila nova palpiteMoscou ou São Petersburgo".

"Sempre gostei dos costumes, do idioma, sempre fui fascinado pela história da União Soviética,fluminense x vila nova palpiteStalin, Lênin", diz. "Quando vi a situação aqui e vi que havia muitos voluntários estrangeiros, eu pensei, 'Pô, eu vou ajudar também e prestar minha solidariedade'."

Mas, por que na Ucrânia?

"Se eu pudesse pegarfluminense x vila nova palpitearmas para lutar pelo que acredito no Brasil, eu pegaria", ele diz. "Eu fui estudar Direito para entender os crimes, os artigos da Constituição. Pensavafluminense x vila nova palpitefazer um concurso para ter estabilidade, ser polícia civil ou federal. Mas apareceu a oportunidade e larguei."

"Ao mesmo tempo para ajudar as pessoas, mas também pela aventura, a adrenalina, o desafio. Eu queria sentir."

Após tantos anos na guerra, a iminência da morte virou algo natural na vida do brasileiro.

"Não tenho medofluminense x vila nova palpitemorrer", diz. "Tenho medofluminense x vila nova palpiteme ferir gravemente, ficar inválido e não morrer. Já pensou viver o resto da vidafluminense x vila nova palpiteuma cama? Como aconteceu com o 'Super-Homem' (o ator Christopher Reeve, que ficou tetraplégico após cairfluminense x vila nova palpiteum cavalo), que ficoufluminense x vila nova palpiteestado vegetativo? É muito mais sofrimento. Se acontecerfluminense x vila nova palpiteter que morrer, vai ser coisa rápida. Não vai ter muita dor, dependendo do ferimento", diz.

Ele diz perder amigos e colegas rebeldes "sempre" - seja mortos, ou presos, como o brasileiro Rafael Marques Lusvarghi, detido no início do ano pelas forçasfluminense x vila nova palpitesegurança da Ucrânia.

"Esse era muito louco", diz,fluminense x vila nova palpitereferência a Lusvarghi, que entre 2014 e 2015 foi visto como uma espéciefluminense x vila nova palpite"garoto propaganda" das forças rebeldes na região, já que falava português, inglês e russo fluentes.

Militantes pró-Rússiafluminense x vila nova palpiteinvasão a aeroportofluminense x vila nova palpiteDonetskfluminense x vila nova palpite2014

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Legenda da foto, Militantes pró-Rússiafluminense x vila nova palpiteinvasão a aeroportofluminense x vila nova palpiteDonetskfluminense x vila nova palpite2014; brasileiro participoufluminense x vila nova palpiteação, estratégica para rebeldes

A mãe do combatente

A BBC News Brasil localizou por telefone,fluminense x vila nova palpitePresidente Prudente, a enfermeira Sandra Regina da Cunha Cordeiro,fluminense x vila nova palpite53 anos.

"Como ele está?", pergunta a mãefluminense x vila nova palpiteRodolfo quando a reportagem se identifica.

Com a voz trêmula, prestes a fazer uma cirurgia no tornozelo, ela conta que tentou dissuadir o filho da região, sem sucesso.

"Muitas vezes eu chorei desesperada. Tive vontadefluminense x vila nova palpiteir atrás dele e trazer elefluminense x vila nova palpitevolta. Mas é complicado, muito difícil", diz.

"Um dia ele chegou e falou 'mãe, tirei meu passaporte'. Uma semana depois, tinha a passagem", conta. "Ele pegou a gentefluminense x vila nova palpitesurpresa. Eu chorei, pedi, disse 'não, não, não vai', mas não teve jeito."

Casada há 32 anos com o motorista Edson Cordeiro e mãefluminense x vila nova palpiteoutros dois filhos homens, ela diz que apoiou a decisão ao perceber que não conseguiria fazê-lo mudarfluminense x vila nova palpiteideia.

"Ele quis ir para lá porque falou que queria ajudar aqueles que estavam precisando", diz. "Então, a gente deu força e ajudou como pode."

Rodolfo Cunha Cordeiro fantasiadofluminense x vila nova palpitecaipira na infância

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Legenda da foto, Mãe diz que filho 'nunca deu trabalho'

Nos últimos quatro anos, mãe e filho só se viram pelo celular, durante ligaçõesfluminense x vila nova palpitevídeo pelo WhatsApp. Quando o filho fica maisfluminense x vila nova palpiteuma semana sem dar notícias, Sandra diz que "entrafluminense x vila nova palpitedesespero".

"A gente sempre foi muito ligado. Sou uma mãe coruja. Tenho três filhos e fui semprefluminense x vila nova palpiteajudarfluminense x vila nova palpitetudo. Eu queria ir, mas não tenho condições (financeiras)."

Maisfluminense x vila nova palpiteuma vez, ela ressalta as qualidades do filho do meio.

"Rodolfo sempre foi um bom filho, nunca deu trabalho. Muito inteligente, estudava, trabalhava, ajudavafluminense x vila nova palpitecasa. Nunca tive queixa, sabe? Sempre foi muito responsável."

Sandra confirma que armas sempre foram o principal interessefluminense x vila nova palpiteCordeiro.

"Sempre gostoufluminense x vila nova palpitearmas. Desde pequeno. Quando brincava, ele sempre falava que era policial", diz. E emenda: "Nunca foi violento, sempre foi uma pessoa calma… Eu e o pai dele temos muito orgulho do Rodolfo."

A reportagem pergunta que recado ela mandaria ao filho.

"Volte."

No dia seguinte à entrevista, ela pede ao repórter para responder novamente à pergunta. Ela então encaminha uma mensagemfluminense x vila nova palpitetexto enviada ao filho.

"Eu falei, filho, que minha vontade é que você volte para casa. Mas te digo: a saudade é grande e tenho muito orgulhofluminense x vila nova palpitevocê, filho, bom trabalhador, honesto, luta pelo que quer", diz o texto. "Nunca se esqueça que te amamos muito."

A enfermeira Sandra Regina da Cunha Cordeiro e o motorista Edson Cordeiro

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Legenda da foto, A enfermeira Sandra Regina da Cunha Cordeiro e o motorista Edson Cordeiro tentaram demover o filhofluminense x vila nova palpiteir para a Ucrânia, sem sucesso

'Não sou mercenário'

Cordeiro diz ter atuado por quase três anos como voluntário das guerrilhas locais, sem qualquer salário. "Dentrofluminense x vila nova palpiteum batalhão você tem alimentação, fardamento, moradia. Você acaba não tendo despesa se é solteiro", diz o combatente, sem especificar quem bancou esses custos.

Cansado da linhafluminense x vila nova palpitefrente, depoisfluminense x vila nova palpitetentar sem sucesso emprego como segurançafluminense x vila nova palpitesupermercados da região, ele precisou continuar no serviço "militar" e atua hoje como uma espéciefluminense x vila nova palpite"policial federal" na guardafluminense x vila nova palpitefronteiras e proteçãofluminense x vila nova palpiteautoridades locais.

"Meu salário deve ser menosfluminense x vila nova palpite800 reais, porque o custofluminense x vila nova palpitevida é muito baixo. Um médico recebe por mês cercafluminense x vila nova palpite600 reais", diz. "Me chamamfluminense x vila nova palpitemercenário, dizem que vim por dinheiro... No Brasil eu ganhava quatro vezes mais do que recebo aqui. Isso não tem lógica."

O governo brasileiro não reconhece a existência da autoproclamada República Popularfluminense x vila nova palpiteDonetsk.

Procurado, o Itamaraty não comentou o caso específicofluminense x vila nova palpiteCordeiro, mas alertou que "diante dos possíveis riscos decorrentes do quadrofluminense x vila nova palpitesegurança nas provínciasfluminense x vila nova palpiteKharkiv, Donetsk e Lugansk, na Ucrânia, o Ministério das Relações Exteriores recomenda aos turistas e cidadãos brasileiros residentes na Ucrânia que evitem as viagensfluminense x vila nova palpitecaráter não essencial àquelas regiões".

"Recomenda-se, ainda, que os cidadãos brasileiros evitem,fluminense x vila nova palpitetodo o território ucraniano, áreas onde possam ocorrer manifestações. A Embaixada do Brasilfluminense x vila nova palpiteKiev permanece à disposição para eventuais orientações aos cidadãos brasileiros", continuou o Itamaraty,fluminense x vila nova palpitenota.

A reportagem apurou com fontes na diplomacia brasileira que lideranças separatistas teriam procurado a embaixada brasileirafluminense x vila nova palpiteKievfluminense x vila nova palpite2015 citando a presençafluminense x vila nova palpitedois brasileiros na região.

Desde então, nenhum contato formal ou informal teria sido feito com o governo do Brasil.

'Não sou comunista'

Rodolfo Cunha Cordeiro aparece fardado e encapuzado, com homens armados ao fundo

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Legenda da foto, 'Vim fazer o que acho justo', diz brasileiro

Apesarfluminense x vila nova palpitea Rússia negarfluminense x vila nova palpitepresençafluminense x vila nova palpiteDonbass, jornalistas russos identificaram soldadosfluminense x vila nova palpitediferentes batalhões na região. Oficiais do Serviçofluminense x vila nova palpiteSegurança russo, como Alexander Alexandrov e Yevgeny Yerofeyev, foram capturados pelo Exército ucraniano com documentos oficiaisfluminense x vila nova palpiteidentificação russos.

Durante as conversas com Cordeiro, a reportagem insistefluminense x vila nova palpitetentar entender o que motivou o brasileiro a deixarfluminense x vila nova palpitecidade no interior para se embrenharfluminense x vila nova palpiteuma guerra violenta do outro lado do mundo.

"Vim fazer o que acho justo. Tem muito nazista aqui", diz, elogiando a história e a "bravura" dos antigos Exércitos soviéticos.

Mas ele emenda enfático: "Não faço partefluminense x vila nova palpitenenhum grupo comunista."

Quando não está no "front" ou patrulhando a fronteira, a rotinafluminense x vila nova palpiteCordeiro é definida como uma misturafluminense x vila nova palpitetreinamento físico intenso (até quatro horasfluminense x vila nova palpitecorrida, artes marciais, exercícios físicos e esportes coletivos como futebol e basquete) e treinamento militar - atualmente, ele também orienta os recém-chegados para o trabalho na zonafluminense x vila nova palpiteguerra.

A descrição sobre seu tempo livre revela uma vida solitáriafluminense x vila nova palpiteDonetsk.

"Nos diasfluminense x vila nova palpitefolga, todo mundo vai ver suas famílias, ou eles bebem nos bares. Eu sou solteiro e não bebo álcool, nem fumo nada. Eu sou um cara 'geração saúde'. Então eu vou para a academia. Eu passo essas noites trabalhando para melhorar meu corpo ", diz.

"Sou muito diferente dos outros homens da república."

Questionado se a Copa do Mundo trouxe algum tipofluminense x vila nova palpitealento para a região, ele disse que o evento pode ter ajudado a Rússiafluminense x vila nova palpiteoutros setores, "mas, do meu pontofluminense x vila nova palpitevista, nãofluminense x vila nova palpiterelação a esta guerra".

A BBC News Brasil pergunta quantos homens Cordeiro abateu durante a guerra. "É complicado dizer isso. É uma pergunta difícil. Há um regulamento ético que diz que, mesmo se eu tiver ou não tiver feito isso, eu não posso comentar."

"Mas, mesmo sendo um combatente da Repúblicafluminense x vila nova palpiteDonetsk, eu respeito o inimigo", continua. As pessoas, tanto aqui quanto na Ucrânia, estão cansadas desta guerra."

Após ouvir que o jovem não pretende voltar ao Brasil "tão cedo", a reportagem pergunta se ele acompanha o cenário político do país e se tem um favorito para as eleições presidenciais deste ano.

"Nem sei quem são os candidatos no Brasil. Escuto o pessoal falar que tem o Bolsonaro, que ele vai liberar portefluminense x vila nova palpitearma, essas coisas, mas não tenho muito conhecimento. Não tenho televisão, nem acesso a muita informação sobre Brasil. Minha mãe ou amigos é que às vezes acabam me contando algumas coisas", afirma.

"Mas estou totalmente desinformado."