Como o futebol europeu criou a maior hegemoniay betCopas do Mundo:y bet
Mas por que essa hegemonia está ocorrendo?
Para Tim Vickery, colunista da BBC News Brasil e especialistay betfutebol, o intercâmbioy betjogadoresy betvários países pode ser um dos fatores que melhoraram o futebol europeu.
"Nos últimos 25 anos, o futebol mudou muito. Os principais jogadores e técnicos do mundo vão se concentrary betpoucas ligas, como a inglesa, a espanhola e a alemã", diz.
O jornalista esportivo e pesquisadory betfutebol Celso Unzelte, por outro lado, acha que a globalização do esporte fez com que o jogo latino piorasse, e não necessariamente que o europeu melhorasse.
"O abismo entre o futeboly betclubes na América Latina e na Europa já é enorme e só aumenta. O que sobrou para nós é produzir jogadores, mãoy betobra. Nossos campeonatos sãoy betterceira divisão mundial. Isso porque, com o futebol como bussiness que temos hoje, os times do nosso lado não têm como competir, não têm como reter os maiores talentos."
O resultado, diz ele, é que os jogadores ficam muito dispersos pelo mundo, têm poucas oportunidadesy betjogar juntos. Para ele, a Seleção Brasileira, por exemplo, "não é uma seleção, é uma legiãoy betestrangeiros que jogam juntos."
Os técnicos também acabam sendo piores. Tite, para ele, é uma exceção.
Além disso, diz ele, as confederações européias são mais organizadas, se comparadas, por exemplo, à CBF e à AFA, associação argentina.
Na avaliação dele, o futebol mais competitivo hoje não é oy betseleções, mas oy betclubes. "O principal campeonato é a Champions League."
Mesmo a produçãoy betbons jogadores, para ele, pode estar ameaçada. "Temos o DNA, a cultura, mas o futeboly betvárzea está perdendo espaço para a especulação imobiliária, as crianças dividemy betatenção com outras coisas. Na minha época, a única coisa que tinha era futebol. Hoje, não é assim."
Dificuldades e intercâmbio
Para Tim Vickery, as seleções sul-americanas, apesary betterem jogadores nos principais campeonatos da Europa, enfrentam dificuldades para se adaptar a novas maneiras e táticasy betjogar.
"Os técnicos brasileiros não treinam grandes clubes europeus. O Tite até estudou na Europa, um dos únicos que foram lá e não ficaram (só) tirando selfies", explica.
Vickery cita uma contradição no futebol globalizado: enquanto a diferença entre o jogo das seleções diminui, entre os clubes, essa distância só aumenta. "Nessa Copa tivemos poucas goleadas, o que demonstra uma diferença menor. Por outro lado, grandes clubes europeus, como o Real Madrid, estão muito acima dos demais", diz.
Para Vickery, outra possível explicação é a presençay betmais imigrantes naturalizados ou filhosy betimigrantesy betseleções europeias.
Um dos algozes do Brasil na Copa, o belga Romelu Lukaku é filhoy betpais congoleses. Outro exemplo é Kylian Mbappé, o destaque da seleção da França, que está na semifinal.
Mbappé nasceuy betParis, mas seus pais sãoy betorigem congolesa e argelina. Já Paul Pogba, também nascido na França, tem paisy betorigem na Guiné.
"Os jogadoresy betfutebol normalmente vêm da classe trabalhadora. E, na Europa, boa parte da classe trabalhadora éy betimigrantes", diz Vickery.
Mas Vickery também vê uma melhoray betoutras seleções sulamericanas. "A Colômbia fezy betmelhor campanha na última Copa, o Uruguaiy bet2010 também foi bem. A questão é que, na última década, Brasil e Argentina não chegaram para ganhar", diz.