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'Aposentadas' por antibióticos, larvasunibet livescoremosca voltam a ser usadas para tratar feridas crônicas:unibet livescore
"Todos os nossos pacientes que usaram a terapia apresentaram melhora significativa do processo infeccioso, tiveram suas feridas 'limpas' com rapidez, relataram que o odor (mau cheiro) da lesão desapareceu nas primeiras aplicações", garante Julianny Barreto Ferraz, enfermeira presidente da Comissãounibet livescoreCurativos do HUOL, onde o procedimento é usado desde 2012.
"Usamos as larvas da mosca da espécie Chrysomya megacephala, encontradasunibet livescoretodo o território brasileiro", diz.
Em São Paulo, a pesquisadora colombiana Andrea Diaz Roa, doutoranda no Laboratório Especialunibet livescoreToxinologia Aplicada do Centrounibet livescoreToxinas, Resposta-Imune e Sinalização Celular (CeTICS), um Centrounibet livescorePesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela Fundaçãounibet livescoreApoio à Pesquisa do Estadounibet livescoreSão Paulo (Fapesp), vem realizando, desde 2015, pesquisas com larvasunibet livescoreoutra espécie, a Sarconesiopsis magellanica.
"Nos hospitais dos Estados Unidos eunibet livescorealguns países na Europa e da América Latina, a mosca utilizada para tratamentounibet livescoreferidas crônicasunibet livescoredifícil cicatrização é a Lucilia sericata", conta.
Ela explica que ulcerações crônicas são aquelas que permanecem inflamadas por maisunibet livescoreseis meses sem cicatrizar.
É o caso, por exemplo, das lesões provocadas por leishmaniose ou aquelas conhecidas como pé diabético que, muitas vezes, resultamunibet livescoreamputação.
Terapia antiga, abordagem nova
Ao contrário do que ocorria antigamente, a terapia larval moderna é feitaunibet livescorecondiçõesunibet livescoreassepsia muito melhores.
As moscas são criadasunibet livescorelaboratório e colocam seus ovos sobre material orgânico. As larvas estéreis são colocadas no interior das feridas, onde permanecem por 24 a 48 horas. Utilizam-seunibet livescoremédia 20 delas por centímetro quadrado.
"O ferimento é coberto durante o procedimento e lavado depois da retirada das larvas", explica Andrea. "Dependendo do caso, uma única aplicação é suficiente. Elas se alimentam apenas da parte necrosada da lesão."
Antesunibet livescorevir fazer seu doutorado no Brasil, Roa utilizouunibet livescoreseu país larvasunibet livescoremuitos pacientes com problemasunibet livescoreferidas crônicas, com bons resultados e sem necessidadeunibet livescoreamputações.
"Usei tambémunibet livescorecoelhos com diabete induzida e ferimentos provocados, também com bons resultados", revela. "Esse trabalho foi feito durante o meu mestrado, sob orientaçãounibet livescoreprofessores e médicos colombianos."
No Brasil, seu orientador é o pesquisador científico do Instituto Butantan, Pedro Ismael da Silva Jr.
"Iniciamos uma nova fase do trabalho", diz ele. "Durante a terapia, as larvas, alémunibet livescoreremoverem os tecidos mortos, liberam várias substâncias envolvidas na cura e cicatrização. Algumas delas são peptídeos (pequenas moléculas) antimicrobianos."
De acordo com Silva Jr., Roa veio ao Brasil para, junto com ele, isolar e caracterizar esses peptídeos antimicrobianos, que apresentam um papel importante nesse tratamento.
No momento, eles já têm isolados várias dessas pequenas moléculas, mas apenas duas caracterizadas. Uma delas é a sarconesina, descoberta pela pesquisadora colombiana. O nome deriva da espécieunibet livescoremosca que ela estuda (Sarconesiopsis magellanica).
O objetivo agora é utilizar a sarconesina como princípio ativounibet livescoreum medicamento. Por ser uma molécula relativamente pequena, ela pode ser sintetizada artificialmenteunibet livescorelaboratório ou ser produzida por engenharia genética, introduzindo-se as basesunibet livescoreDNA que a codificamunibet livescoreuma bactéria hospedeira.
"Conhecemosunibet livescoresequênciaunibet livescoreaminoácidos, avaliamosunibet livescoreatividade antimicrobianaunibet livescorerelação a vários tiposunibet livescorebactérias e estamos cogitando apresentar um pedidounibet livescorepatente", diz Silva Jr..
Mesmo com o desenvolvimento da nova droga, o usounibet livescorelarvas deverá continuar, no entanto. O pesquisador do Butantan explica que os peptídeos antimicrobianos são apenas uma parte das substâncias envolvidas na cicatrizaçãounibet livescoreferidas crônicas.
"Eles impedem a contaminação das lesões por fungos e bactérias, permitindo a açãounibet livescoreoutras substâncias que levam à cura e à cicatrização", diz. "Sem contar com a parte mecânicaunibet livescoresi, pois as larvas removem os tecidos mortos e estimulam a substituição por novos tecidos. Não podemos dizer que vamos abandoná-lasunibet livescoreum futuro próximo."
Boa aceitação
Ao contrário do que se poderia esperar, a maioria dos pacientes aceita bem o tratamento.
"A reação deles éunibet livescorecompleta aceitação por sentirem a melhora clínicaunibet livescorepoucos dias", assegura Ferraz.
"Uma minoria sente receio quanto ao fervilhar das larvas sobre seu ferimento, mas desde que iniciamos a aplicação no nosso hospital, nenhum (paciente) negou-se a fazer e todos, sem exceção, recomendam para outros a terapia como excelente formaunibet livescorelimpezaunibet livescoresua ferida."
Silva Jr. tem uma possível explicação para isso. De acordo com ele,unibet livescoregeral as pessoas que procuram por esse tratamento sofrem com as feridas crônicas durante muito tempo. Muitos já tiveram amputaçõesunibet livescoremembros e passaram por todo tipounibet livescoreprocedimento médico e não encontraram soluções.
"Embora possa parecer para os pacientes e familiares um método não usual e um tanto incomum - nojento para muitos - , acaba sendo uma nova possibilidadeunibet livescorecura", explica. "Principalmente com os resultados positivos obtidos por quem já se submeteu à terapia larval."
O trabalhounibet livescoreRoa foi apresentado e premiado na 47ª Reunião Anual da Sociedade Brasileiraunibet livescoreBioquímica e Biologia Molecular, realizadaunibet livescoremaiounibet livescoreJoinville (SC). Ela acredita que o prêmio vai trazer mais reconhecimento para a larvoterapia.
"Muitas vezes, é uma prática que não tem muita aceitação, pois diferentemente do remédio, a larva está viva", diz. "A apresentação vai ajudar a dar mais visibilidade para o tema e pode quebrar preconceitos."
Os trabalhosunibet livescoreAndrea e Ferraz não são os únicos no Brasil.
"Já foram aplicaçõesunibet livescorepacientes diabéticos,unibet livescorePetrópolis (RJ eunibet livescorePelotas (RJ), a terapia tem sido usada na área veterinária", conta Ferraz.
"Em Campinas (SP), no final do ano deverão acontecer os primeiros tratamentos, provavelmenteunibet livescoreportadoresunibet livescorepé diabético. Há muitos preconceitosunibet livescorecima das larvas, mas o frutounibet livescorenossas pesquisas garante que se trataunibet livescoreum procedimento seguro,unibet livescorebaixo custo e eficaz, muito oportuno para a realidade brasileira, carenteunibet livescorecentros cirúrgicos eunibet livescoreprofissionais da saúdeunibet livescorenúmero suficiente para garantir um atendimento adequado."
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