Como belgas e alemães planejam repovoar Brasil com ararinha-azul que só existeblaze crash cadastrocativeiro:blaze crash cadastro
O governo brasileiro mantém onze avesblaze crash cadastroum centroblaze crash cadastroconservação e outras duas estãoblaze crash cadastroum zoológicoblaze crash cadastroCingapura, as únicas expostas ao público.
Nova casa
Este mês, como parte do acordo assinado com o Brasil, o Instituto Chico Mendes e a ACTP, o Pairi Daiza recebeu a custódiablaze crash cadastroquatro aves pertencentes à organização alemã.
O zoo belga foi escolhido pela experiênciablaze crash cadastroseu diretorblaze crash cadastrozoologia, Tim Bouts, na criação e reprodução da Cyanopsitta spixii. Ele trabalhou com a ave durante anos no centroblaze crash cadastropreservaçãoblaze crash cadastroespécies ameaçadas Al Wabra Wildlife Preservation,blaze crash cadastroDoha, no Catar, pioneiro na conservação da ararinha-azul.
Depois da morteblaze crash cadastroseu fundador, o xeque Saoud Bin Mohammed Bin Ali Thani,blaze crash cadastro2014, seus herdeiros decidiram transferir as ararinhas-azuisblaze crash cadastroAl Wabra à ACTP, organização com a qual o centro catariano já colaborava na conservação e reprodução da espécie.
Na Bélgica, os quatro exemplares cedidos ao Pairi Daiza ganharam um viveiro exclusivo, separado das demais aves para garantirblaze crash cadastrosegurança, explicou Bouts à BBC Brasil.
O viveiro será aberto a visitação e terá troncos e plantas para tentar reproduzir o habitat original da espécie.
A temperatura é controlada entre 20 e 25 graus centígrados, considerada por Bouts como ideal para esses pássaros nascidosblaze crash cadastrocativeiro, apesarblaze crash cadastroinferior às máximas predominantes na caatinga baiana.
Preparação
Até o final do ano, o parque contará com um Centroblaze crash cadastroConservação e Reproduçãoblaze crash cadastroAraras-Azuis, o segundo do tipo no mundo, depois do que existe na ACTP, e deverá receberblaze crash cadastroseguida novos casaisblaze crash cadastroCyanopsitta spixii.
"Nosso objetivo será preparar as aves que nascerãoblaze crash cadastroPairi Daiza para que possam ser soltasblaze crash cadastroseu habitat natural no Brasil. Queremos reintroduzir dez animais por ano, a partirblaze crash cadastro2019", disse Bouts.
Para isso, é preciso primeiro alcançar uma população "razoável, sustentável e forte"blaze crash cadastroaves, segundo o biólogo.
Como as probabilidadesblaze crash cadastroacasalamento natural e as taxasblaze crash cadastrofertilidade são baixas entre a espécie, Bouts eblaze crash cadastroequipe recorrerão à inseminação artificial.
O segundo passo será a adaptação desses pássaros delicados eblaze crash cadastrosaúde frágil a seu habitat natural brasileiro.
O processo será realizadoblaze crash cadastroum Centroblaze crash cadastroReadaptação e Reintrodução que o zoo belga construirá também este ano no município baianoblaze crash cadastroCuraçá. Assim como as instalações do local, tambémblaze crash cadastromanutenção e mãoblaze crash cadastroobra serão financiadas pelo zoo Pairi Daiza.
O parque não revela quanto está investindo no projeto.
Liberdade
As primeiras 50 aves a ocupar o centroblaze crash cadastroreadaptação no Brasil devem chegar ao Brasil no primeiro trimestreblaze crash cadastro2019,blaze crash cadastrotransferências financiadas pelas instituições belga e alemã. No entanto, elas não serão soltas na natureza antesblaze crash cadastro2021.
"É difícil prever uma data exata para a libertação. Vai dependerblaze crash cadastrocomo evolui cada umablaze crash cadastroseu novo habitat", explica Bouts.
Os pássaros precisam se aclimatizar, aprender a buscar seu próprio alimento e a defender-seblaze crash cadastroeventuais perigos.
"Reintroduzir ao estado selvagem animais nascidosblaze crash cadastrocativeiro é um processo longo e difícil. Os animais, não importa quais, têm que ser preparados para ganhar liberdade progressivamente, por etapas. Essa descoberta da liberdade pode levar meses."
É necessário também recuperar o habitat natural das aves. O corte indiscriminadoblaze crash cadastroárvores e a criaçãoblaze crash cadastrocabras mudaram a paisagem do vale do São Francisco na Bahia e contribuíram para o desaparecimento das ararinhas-azuis, ameaçadas igualmente pelo tráficoblaze crash cadastroanimais selvagens.
A reabilitação da região começoublaze crash cadastrojunho, com a criação do Refúgioblaze crash cadastroVida Silvestre da Ararinha-azul,blaze crash cadastroCuraçá, e da Áreablaze crash cadastroProteção Ambiental da Ararinha-Azul,blaze crash cadastroJuazeiro.
Juntas, as duas reservas somam cercablaze crash cadastro120 mil hectares protegidos.
A assinatura do acordoblaze crash cadastrocooperação com Pairi Daiza foi celebrada pelo ministro brasileiroblaze crash cadastroMeio Ambiente, Edson Duarte, como "um marco histórico da luta pela preservação das espécies".
"Estou aqui para realizar o sonhoblaze crash cadastroambientalistas, não só do Brasil, mas do mundo: trabalhar na reintrodução do animal no seu habitat natural e permitir que ele volte a voarblaze crash cadastrocasa", disse no zoológico belga.